Não herdamos tudo dos africanos!
Antonio Nunes de Souza*
Em razão da importação de negros na nossa colonização (principalmente na Bahia), lógico seria que muitas das suas tradições culturais se enraizassem e passassem a fazer parte do nosso dia-a-dia: danças, cantos, culinária, sensualidade e outras coisas mais. Porém, felizmente, mesmo com os ritmos e musicalidades, não aderimos as famigeradas e barulhentas “vuvuzelas”. Preferimos o Berimbau e o tambor são que mais suáveis!
Li essa semana um artigo, onde a reclamação cheia de razões condenava esse simples instrumento quase rudimentar, que perturba até os mais surdos dos seres humanos. Mas, temos que respeitar esse procedimento cultural, mesmo que estejamos colocando nossos tímpanos em perigo, principalmente para aqueles que estão tendo o prazer de estarem nos estádios da África do Sul.
Gostaria de dar uma sugestão bastante justa, simples e eficaz para que possamos institucionalizar o que sabemos fazer com a maestria brasileira, causando uma recepção maravilhosa para as turistas que nos visitarão nas Olimpíadas e Copa do mundo que se realizarão no Brasil:
Vamos mostrar ao mundo esportivo como sabemos colocar a boca na “Vulva-dela”! Não faz ruído, causa prazer e não influencia nos resultados dos jogos. Mostraremos que somos alegres, dançantes e sabemos “tocar” esse instrumento com habilidade invejável, fazendo com que as turistas do mundo inteiro levem uma boa impressão nossa. Ganhar a copa ou medalhas de ouro serão apenas detalhes. O importante será que as “vulvas-delas” retornem cheias de saudades.
Tomara que a FIFA aprove e libere nos estádios esse comportamento salutar, e aí seremos o primeiro país a lançar numa copa uma nova torcida organizada, que poderá ser batizada com o nome de “boquete-ball. E, se eles quiserem ser mais benevolentes, poderão deixar que também possamos comemorar, em vez de fazer a já superada “Ola”, fazermos uma exibição geral de “Rola”!
Sem dúvidas, iremos parar no Guiness Book!
*Escritor (Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
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