sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Voltando as normalidades!

Antonio Nunes de Souza*

Logo no início das passeatas municipais, estaduais e nacionais, tive oportunidade de externar através artigos que, infelizmente, tudo não passava de estímulos das oposições vencidas nos pleitos eleitorais, procurando dificultar o início de novas administrações no sentido de mostrar ao povo que votaram errado. Obviamente, com essas atitudes imaginam ganhar novos adeptos e a simpatia popular para o futuro!
Mas, esse desgastado e insípido comportamento, usado religiosamente há dezenas de anos, mesmo atrapalhando muito o início das gestões, são com algum trabalho e coragem superados, já que toda classe política e partidária usa desse velho expediente, nunca renovando com novas idéias e atitudes mais consistentes e verdadeiras. E, sabedores que enfrentarão essa mesma revoada de greves, passeatas, reivindicações, ameaças, etc., sempre se preparam para refutar os comportamentos de atos que também fariam se perdedores tivessem sido!
Praticamente já completando um ano nas prefeituras, aqueles prefeitos que, realmente, têm compromissos com as comunidades, passadas as agonias iniciais, regaçaram as mangas e estão suando suas camisas para fazer algo cumprindo suas promessas de campanha e, claro, reestruturando o que encontrou em abandono. Entretanto, mesclando essa gama de homens sérios e qualificados, temos a tristeza de ver uma série desses aproveitadores, que somente entraram na política para levar vantagens pessoais e financeiras. São uns pulhas covardes, que desconheço as razões de Deus ter dado a essas figuras a capacidade de arrebanhar ao seu favor, milhares de eleitores cheios de fidelidades!
Quando me refiro à volta a normalidade é exatamente por ter convivido por mais de um cinquentenário, assistindo e também participando, pois, ninguém pode dizer que nunca foi passivo de ter passado por “Maria vai com as outras” em função da inexperiência na juventude! E, muito embora o caos geral continue gerando em todas as áreas, principalmente a da segurança, todos já estamos nos acostumando a ver e ouvir tantas barbaridades, políticas e criminosas, que chegamos ao ponto de ter que encarar tudo isso como uma coisa normal no novo comportamento humano que, numa loucura geral, preferem a selvageria insana, lastreada nos hediondos crimes, peculatos e corrupção! Para esses, não existem pessoas boas. E sim, idiotas!
Se cada um dos chamados “idiotas” desejarem e deixarem de ser omissos, fazendo suas modéstias parcelas de ajuda, pode até acontecer algum milagre e, com a graça de Deus, voltaremos a uma normalidade invejável e digna de todos e para todos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A filha do Pastor!!!

Antonio Nunes de Souza*

Marli poderia ser filha de um padre (conheci vários que eram e são pais), Pai de Santo, Macumbeiro, Rabino, Monge budista ou outro religioso qualquer, inclusive até de um homem comum sem ligações maiores com religiosidades ou crenças. Mas, para que a verdade seja dita, essa linda moça era filha do Pastor Eduardo, conhecido e altamente conceituado na região, graças seus cultos enxertados de pregações bonitas, inteligentes, convincentes, que prendiam seus fieis durante horas ouvindo e aplaudindo suas maravilhosas mensagens!
As Aleluias e mais Aleluias, misturadas as Glorias a Deus eram uma constante na lotada igreja, sinalizando a vizinhança que, naquele momento, o Pastor Eduardo estava apascentando suas ovelhas!
Até aí tudo bem, admirável e bonito, mas tenho que mostrar o paradoxo de tudo isso, falando sobre como era o comportamento de sua única filha, moça lindíssima, corpo escultural, estudante de direito com aproveitamentos impecáveis na faculdade, porém, por uma fatalidade, havia sofrido um acidente (atropelamento) e, infelizmente, perdeu ambas as pernas na altura dos joelhos, passando quase um ano hospitalizada até a sua recuperação física e psíquica. Contudo, depois dessa tragédia, Marli resolveu deixar de lado os salmos e os versículos bíblicos, dedicando-se seduzir com a sua beleza todos os homens que podia, entre os jovens colegas que, pelas suas idades, não ligam muito para alguns detalhes quando desejam satisfazer suas necessidades sexuais. E, como ela era realmente tentadora e sexy, nada era difícil nas suas diárias conquistas. Havia um detalhe que era ao seu favor, pois, antes do acidente, todos viviam babando por ela e Marli só pensava em ir para o céu ficar ao lado do Senhor. Então...depois dessa abertura, mesmo sem uma parte das pernas, ainda era gostosa e também dava um sabor de vingança e desejo reprimido na rapaziada!
Começou a freqüentar festa, eventos, shows, pagodes, etc., sendo que seus amigos e colegas (todos interessados em transar com ela), iam buscá-la de carro, comiam, bebiam e, estranhamente, tiravam ela para dançar, segurando-a pela cintura, ela colocava suas coxas encaixadas de tal forma nos parceiros, que pouca era a força necessária para uns minutos de dança e esfregação. No fim da noite os mais espertos a pegavam e, levando para sua casa (um pequeno sítio perto do centro), paravam em uma árvore que tinha um galho onde as crianças durante o dia armavam gangorras, colocavam Marli pendurada com suas mãos, baixavam suas roupas e, com a cumplicidade e desejo dela, partiam para uma engenhosa e inusitada transa florestal. Por mais estranha que pareça, essa operação era quase que diária, fazendo a felicidade de Marli e, conseqüentemente, daqueles que desfrutavam de tal inusitado comportamento. Acabada a transa, eles a levavam para casa dando-lhe beijos de boa noite!  Mas, num curso de férias apareceu um estudante de outra faculdade e, como não conhecia a cidade, pediu aos colegas informações sobre como ele poderia transar numa boa sem complicação. Logo informaram a Marli como o ideal para ele pela facilidade e porque a essa altura, ela já estava tão viciada que não enjeitava parceiros!
Noite de seresta na faculdade, todos se reuniram e nosso visitante também no meio, quando viu Marli, ficou logo assanhado, pois, sentada, por sua beleza e corpo bem feito, seios lindos e pontudos (ainda), qualquer homem esquecia e nem olhava a falta dos joelhos para baixo. Ele começou a dança com ela, se adaptando as posições que a essa altura ela já orientava suas novas conquistas e, depois de algumas horas, ela pediu para ir para casa, já pensando na trepadinha arborizada no caminho. No lugar previsto, pediu para parar o carro, orientou o visitante e, sem nenhuma conversa, mandaram “ver” sem dó nem piedade, só parando quando gozaram demoradamente na mesma hora. Ela chegou a babar de emoção! Ele pegou Marli no colo, levou para o carro e seguiu para casa dela. Mas, no caminho, o álcool já havia passado e ele arrependido, chegou a porta da casa, tocou a sirene e, quando o Pastor Eduardo apareceu, chorando e envergonhado, falou entre lágrimas para o ministro de Deus: Senhor, me perdoe, pois me aproveitei de sua filha e agora estou trazendo-a para casa!
O Pastor Eduardo, com sua voz pausada e sacro-santa, apenas disse com um sorriso nos lábios: Meu filho pare de chorar que Deus lhe perdoará, pior são uns filhos da puta que, além de comerem ela, deixam lá nua e pendurada para eu ter que ir buscar pela manhã!


*Escritor Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Devemos ser justos!

Antonio Nunes de Souza*

Por mais que não queiramos fugir da nossa característica normal de escrever sobre fatos do cotidiano da nossa vida louca, temos que aproveitar os momentos de pouca inspiração criativa, para, sem favores ou bajulações partidárias, reconhecer os trabalhos que estão sendo executados em nossa cidade, através de algumas poucas secretarias que regem determinadas instituições ou órgãos!
Praticamente passado um ano do novo governo, estamos vendo e sentindo uma morosidade sem limite em algumas secretarias que, para não sermos injustos ou incoerentes, não queremos nem devemos dizer que a culpa é da falta de competência, mas, infelizmente, aprendi e jamais esqueci que as competências são medidas pelos resultados e, claramente, esses resultados têm sido tão pobres ou invisíveis, que não podemos mais esperar atitudes nos cargos que foram ocupados por compromissos políticos, sem que essas pessoas tenham as qualificações necessárias, desejadas e eficientes. Gostaria muito de saber quando os prefeitos se conscientizarão que seus maiores aliados são os eleitores, ou seja, o povo. Então...essas parcerias partidárias com pequenos e aproveitadores partidos de aluguel, que somente almejam cargos para seus chefes ou familiares, inchando as folhas com incompetentes, só faz deixar o povo decepcionado com suas administrações e falta de pulso e compromisso com os municípios!
Lamentavelmente, esse sistema de parcerias muitas vezes com partidos de maiores expressões, já se tornou uma tônica tão habitual e corriqueira que são feitas nos bastidores, onde, vergonhosamente, o inimigo de ontem é o amigão de hoje ou idolatrado amanhã. O importante é ganhar as eleições, agradando ou não o pobre povo que, passivamente, assiste essas parcerias nada benéficas, vendo que somente serviu de degrau para novos e ambiciosos políticos!
Esse longo e necessário preâmbulo é para, com justiça, ressaltar os trabalhos eficientes e comprovados, vistos com clareza, realizados pelo Hospital de Base tendo o médico Paulo Bicalho a sua frente, a EMASA com o eng. Ricardo Campos Pereira e, no desenvolvimento da cultura tão essencial, contamos na FICC com seu presidente o geólogo Roberto Santos, surpreendendo todos com uma administração próspera e mais que eficiente. Por essas razões é que achamos que devemos ser justos, criticando ou elogiando quando sentimos descasos ou responsabilidades nas ações. Parabenizamos essas vertentes e, com esperanças, aguardamos para demonstrarmos nossa gratidão em outras áreas tão necessárias para colocar nosso município num patamar de grande cidade.
Não custa nada fechar esse artigo deixando uma pergunta importante no ar: “Quando será que vamos ver Itabuna, em todas as ruas e avenidas, como um feirão desorganizado como se fosse uma festa de largo, passeios e ruas ocupadas por centenas de bares?”


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

sábado, 23 de novembro de 2013

O Natal está chegando!

Antonio Nunes de Souza*

Com a aproximação dos festejos natalinos, jamais poderia me esquecer de Zeca Barbudo que, por cultivar carinhosamente uma bonita barba branca, ganhou esse apelido há bastante tempo. E, em função disso, sempre fazia o papel de Papai Noel nas festas da sua família como também em alguns eventos das escolas dos seus filhos. Lógico que tudo isso era uma graça para ele, pois não tinha nenhuma remuneração, mas, via-se em seu rosto, mesmo maquiado, o brilho da sua satisfação. Era um Papai Noel de mão cheia e dava seu recado com amor, beleza e educação. Por esses motivos, evidentemente, era amado pela criançada e suas mães corujas que acompanhavam suas lindas crias!
Os anos foram passando, sua fama crescendo na cidade e um dia, inesperadamente, recebeu uma carta de um grande Shopping Center, solicitando sua presença para uma reunião, no sentido de tratar de assuntos do seu interesse. Obviamente, ficou curioso, porém imaginou que poderia ser uma boa proposta de emprego já que tinha como profissão a área da economia e administração de empresas e, ainda com cinqüenta e nove anos, já estava aposentado, procurando algo para fazer no sentido de ampliar seus rendimentos.
No dia marcado, colocou seu blazer favorito e, sem pestanejar, saiu de casa em direção a empresa, já pensando que voltaria a ter a sua sala e retornar ao trabalho que tanto lhe agradava. Entretanto, chegando lá foi bem recebido pelo diretor de recursos humanos, acompanhado do responsável pela agência de publicidade, sentaram-se e, sem delongas, foram logo dizendo: Você é exatamente o homem que estamos precisando muito nesse momento! Não precisa dizer que essas palavras encheram seu ego de confiança e alegria, dizendo pra si mesmo: Oba! Já estou empregado!
-Poderiam me explicar com mais clareza de que se trata?
-Fizemos um estudo, pesquisamos sua pessoa, comportamento e chegamos a conclusão que o senhor poderá ser o símbolo do nosso Natal, representando a figura de Papai Noel.
-Senhores, embora já tenha feito esse bonito papel dezenas de vezes para a família e eventos de amigos, não levo isso à sério como uma profissão complementar que possa ser usada comercialmente.
-Pois, a partir desse momento, passe a encarar essa nossa proposta como algo especial, uma vez que estamos dispostos a lhe remunerar com R$20.000,00 pelo seu trabalho de apenas 6 horas diárias durante os meses de novembro e dezembro. Com refeições e lanches, além de um carro para buscá-lo e levá-lo para casa diariamente. Apenas não terá folgas, pois nossas lojas abrem todos os dias.
Em princípio, achando que seria apenas um bico sem maiores significações, até riu intimamente, contudo, pela nota que iria receber para fazer algo que lhe deixava feliz, acabou aceitando, sem mesmo comunicar a sua família. Imaginando como seria engraçado contar para a mulher, filhos e seus melhores amigos. Assim sendo, ficou tudo combinado, assinaram contrato e já marcaram para ele tomar instruções sobre o comportamento que teria que exercer durante o trabalho.
Voltou para casa, sorrindo sozinho em função da proposta inesperada, para fazer algo que, certamente, além de fazer a felicidade da criançada, também o deixaria com o espírito elevado perante Deus. Achou que receberia uma gozação emérita de todos, mas, ao contrário disso, foi agraciado com carinho e estímulos de todos que, orgulhosos, ficaram loucos para vê-lo em ação.
No seu primeiro dia, logicamente um pouco nervoso por ter que enfrentar milhares de pessoas diariamente, estar sempre sorridente e abraçar as centenas de crianças que o rodearia. Porém, seguiu em frente, dirigiu-se ao departamento de maquiagem para ampliar a barriga quase inexistente, além de colocar suas bochechas avermelhadas como são representadas a de S. Nicolau. Seguiu para sua cadeira de espaldar alto e toda trabalhada, bastante acolchoada, braços confortáveis, banco para descansar os pés, etc. Um conforto digno do rei da festa. Sentou-se relembrando as recomendações do diretor de marketing e, silenciosamente, fez uma oração, pedindo a Deus que tudo funcionasse a contento.
Na proporção que o shopping ia enchendo, maior era o número de crianças, suas devotas mães os colocavam em seu colo para tirar fotos, cochicharem seu pedidos de presentes, dar beijos e abraços, enfim, curtirem aquele momento de sonho e afetividade que as criançadas dedicam ao seu maior doador de presentes na infância. Ouvia tudo com carinho, minimizando com cuidados os pedidos mais absurdos, prometendo que tentará cumprir, etc.
No fim do seu expediente, bastante elogiado pelo pessoal da empresa e os lojistas esperançosos por boas vendas, se desfez de suas vestes, indo para casa no veículo fornecido pela diretoria. Lá chegando foi recebido com beijos, abraços e um jantar especial comemorativo pela sua nova e maravilhosa função profissional. Porém, ao deitar-se, resolveu passar um filme dos seus contatos com as crianças e, com sua memória privilegiada, passou a lembrar de alguns pedidos carregados de inocência e amor, onde a maior preocupação era com a segurança de seus pais e irmãos, implorando que os protegessem dos ladrões, assassinos, motoristas bêbados, policiais perversos e incompetentes, balas perdidas e outros perigos maiores e menores que, pelas suas idades, me deixaram bastante estarrecido, mas, lembrei-me que, com as informações diariamente e constantemente das TVs, essas crianças já estavam super familiarizadas com essas barbaridades das nossas loucas vidas cotidianas. Alguns, por incrível que possa parecer, pediram para que eu não deixasse nem seu pai nem sua mãe os matassem! No meio da multidão você, logicamente, promete quase tudo, principalmente esses pedidos esdrúxulos, mas, naquele momento que você tem de paz para raciocinar, começa a sentir como a selvageria está tomando conta dessa nova geração que, logicamente, serão os futuros dirigentes da nação. Esse detalhe foi marcante e deixou-lhe pensativo e aflito por longo tempo, até que o cansaço o levou para os braços de Morfeu!
Na manhã seguinte, ainda inculcado com aqueles pensamentos nada agradáveis, fez algumas coisas em casa e, as 14:00 horas o carro chegou para levá-lo. Preparou-se e seguiu para seu especial lugar, onde já havia uma grande formação de aconchegantes mães e crianças para a rotina normal do contato pessoal com o velhinho presenteador. Seguiu normalmente com suas atividades, que se tornam uma rotina diária, mas, existe uma mudança constante nos pedidos, principalmente os mais absurdos e inviáveis de serem cumpridos, somente se for uma dádiva divina, pois, a capacidade humana sem estar aliada a uma boa solidariedade, dificilmente poderá dar resultados alentadores e respeitáveis na nossa vivência cotidiana. Existem duas vertentes de comportamentos: a boa e a ruim!, Porém, por uma burrice descomunal, o homem apóia a segunda, sem atinar que agindo assim está criando cobras para serem picados no futuro. São uns tolos travestidos de sabidos!
Esses pensamentos todos passaram e continuam passando pela cabeça do nosso querido Zeca Barbudo, deixando-o triste, ressentido dentro de uma depressão, uma vez que não consegue se convencer que estamos vivenciando um sistema estúpido de individualismo e egoísmo. Tornou a voltar para casa no horário normal, carregado de alegrias e, em seu saco mental, não deixou de gravar as lamúrias e os pedidos terríveis feitos pelas crianças, esperançosas da sua competência em realizar seus desejos afetivos e materiais. Nada comentava a esse respeito com os familiares, guardando dentro de si todas as mágoas que o atormentavam.
Alguns dias depois, já costumado e com desenvoltura no trabalho, ao cair da tarde, ladrões tentaram roubar uma joalheria e, com o aparecimento da polícia, começou um bruto tiroteio no ambiente, muitas correrias e Zeca Barbudo naquele momento estava com duas crianças no colo e para protegê-las, se levantou correndo exatamente para a saída, onde, infelizmente, estava centralizada a artilharia. Nesse instante, não sabendo de onde, recebeu um certeiro tiro no tórax, deitou-se sobre as crianças para protegê-las e desmaiou. A confusão acabou, chamaram o SAMU para atendê-lo e algumas outras pessoas com ferimentos leves em função das correrias. Quando o colocaram na maca, completamente imóvel e mudo, Zeca ouviu de uma criança aflita que gritou bem alto: Papai Noel não morra antes do Natal para você me dar meu presente! Ele, fazendo uma força que somente Deus poderia lhe dar naquele momento, abriu os olhos, disse que sim e, duas lágrimas saíram escorrendo em sua rosada face, enquanto seu corpo dava os últimos estertores da morte!
Perdemos todos, esse homem bom, solidário, humano, um exemplo de como deveríamos ser todos nós. Jamais esqueceremos Zeca Barbudo que, com seu sorriso e suas vestes, encantou e deu brilho a centenas de festas natalinas e, por uma razão que jamais tive explicação plausível, foi levado num dos momentos mais felizes de sua gloriosa vida.
Reconheço a minha dúvida de fé, mas jamais me conformarei com o dito popular já enraizado perante os religiosos: “Os bons Deus leva para perto Dele!”. Será essa uma medida cheia de sensatez?

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Essa nova promessa será cumprida?

Antonio Nunes de Souza*

Esperamos todos que sim! Essa pergunta enfática e esperançosa é com relação à construção da nova ponte para a travessia Ilhéus/Pontal que, por ser mais uma via de escoamento, torna-se super essencial e necessária, inclusive para estender mais ainda o mercado imobiliário, ainda carente no outro lado da ilha, em função, principalmente, das grandes dificuldades de deslocamentos (idas e vindas) constantes durante o dia!
Como todos têm ciência, a moradia na faixa Pontal/Olivença, indo até Cana Brava, é aprazível, salutar, generosa com suas vistas praianas belíssima, sendo e demonstrando ser ideal para se ter uma residência confortável, saindo das normais confusões das áreas urbanas centrais. Hoje podemos verificar, claramente, que muitas pessoas que no passado construíram suas casas como repouso de veraneios, estão se mudando para essas residências com as maiores satisfações, mas, infelizmente, a falta da tão prometida nova ponte, ainda deixa muito a desejar, principalmente, nos horários pontuais de meio dia e dezoito horas!
Desta feita, segundo o governador Wagner em suas últimas declarações, já estão sendo processadas as providências de praxe para o início das obras, verba também disponibilizada e, faltando pouco para que vejamos em breve a realização desse sonho desejado pela população da região, principalmente, ilheense,
Imaginamos que, com essa expectativa de uma possibilidade, praticamente concreta, a essa altura a valorização imobiliária de lotes, terrenos para condomínios, edificações existentes, etc., já esteja, sorrateiramente, acontecendo como é habitual em casos semelhantes em outras localidades.
Nós estamos torcendo por esse acontecimento pois, com o crescimento e implantação de novas construções, obviamente, veremos uma grande amplidão comercial, principalmente na área de materiais básicos e sofisticados, que criará uma nova cidade nessa linda parte litorânea!
Não vamos nos ater a falar sobre a parte hoteleira, bares, barracas, restaurantes, etc., uma vez que, fatalmente, essa vertente deverá ser enriquecida por si só, porém, com uma necessidade premente de uma melhoria nos serviços, menores explorações nos preços, qualificar funcionários, oferecendo uma gama de atendimentos que o turista deseja e merece!
Estamos atentos acompanhando de perto os andamentos, para que possamos estar cobrando e informando aos nossos leitores!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral2@hotmail.com

domingo, 10 de novembro de 2013

Vamos para o sul da Bahia!

Antonio Nunes de Souza*

Mediante as boas perspectivas de ganho de uma fatia respeitável do território baiano nessa região, as tribos do Xingu, índios verdadeiros e comprovados, acharam por bem preparar uma excursão com vários ônibus, claro que com a ajuda da FUNAI, para que pudessem se solidarizar aos seus distantes irmãos Pataxós!
Como todos nós sabemos e conhecemos, as tribos da região amazônica são realmente composta de índios verdadeiros e autênticos, que preservam suas culturas, línguas ou idiomas, muito embora uma fatia deles já está se familiarizando tanto com os hábitos, como também com as tecnologias que, não é de se duvidar que dentro de alguns anos, todos se transformarão em mestiços e não mais será necessária essa divisão de etnias, assim como está acontecendo com os negros que, paulatinamente, está produzindo a etnia brasileira, ou seja, mulatos com características mescladas de brancos, negros e uma fatia de índios, onde veremos negros com cabelos lisos, sem as narinas achatadas, olhos verdes ou azuis, etc., talvez uma nova etnia que, com a influencia genética dos negros, certamente, será bem mais fortalecida e menos passiva de doenças.
Voltando a causa principal do assunto, podemos acreditar que nossos indígenas das paragens amazônicas, ficarão assustados e estarrecidos quando depararem com esses pseudos pataxós, que temos até dúvidas se nas suas três últimas gerações passadas, tinha alguém que pudéssemos registrar como índios tribais autênticos, pois o que os caciques do Xingo encontraram foi um amontoados de mulatos e sararás que nunca pegaram em um arco e, malmente, devem conhecer uma lança. Vestir-se como índio não é difícil para ninguém, pois, muito tempo atrás, eu mesmo fazia minha fantasia de Sioux ou Cheyenne com penas de galinha e peru, tanga de saco de aniagem, colares de contas e, bastava pintar a cara e umas penas na cabeça, estava ali representando um verdadeiro índio, mas, sem querer tomar as terras alheias alegando que eram herança dos meus antepassados. Simplesmente para brincar o carnaval!
As televisões, jornais, rádios e blogueiros, ávidos para ver esse histórico encontro, se aglomeravam com suas câmeras e microfones em volta duma roda composta pelos chefes representativos das tribos visitantes e a as locais, obviamente para conversarem e fumarem o cachimbo da paz. Mas, quando os caciques Touro Sentado e Nuvem Serena se depararam com os caciques locais, Touro Sentado se levantou de um salto, Nuvem Serena deu dois relâmpagos e um trovão e, indignados disseram em coro: “Nós não acreditamos no que nossos olhos estão mostrando. Se branco fizer DNA desses supostos índios, vai encontrar no máximo 5% de descendentes de terceira ou quarta geração indígena, misturados mais que PF de restaurante de terceira na beira das estradas.”
Foi uma completa celeuma, “babau” que a reunião/encontro foi para o brejo, os índios entraram nos ônibus e, já saindo, um repórter perguntou a Touro Sentado qual era sua opinião sobre o assunto. E ele, sem pestanejar disse: “Se o governo tiver que devolver terras produtivas, com seus donos administrando há dezenas de décadas, terá que devolver toda nação brasileira aos índios, pois, quando todos aqui chegaram somente haviam índios no território brasileiro. Mas, fazer agora uma nova “capitania hereditária” em favor dos índios ou seus descendentes e supostos, seria uma atitude nada benéfica e que traria sérios constrangimentos para todos os envolvidos!”
Com essa declaração enfática a caravana partiu cantando uma canção na autentica língua tribal que, apenas consegui traduzir um único verso do refrão, que em nosso português seria assim: “Porra meu irmão, porra meu irmão, perdemos nosso tempo vindo aqui para esse chão!”

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Eu disse que as águas iam rolar!

Antonio Nunes de Souza*

E estão rolando numa proporção não vista nos últimos oito anos, em função do descaso das administrações anteriores que, infelizmente, não se dedicaram com afinco para resolver os problemas novos e antigos relativos aos fornecimentos do líquido precioso, tão importante para a sobrevivência humana, dando inclusive uma condição higiênica a população!
O que não é possível é atender como se a nova presidência, entregue ao Engenheiro Ricardo Pereira, seja cercada de mágicos e fadas madrinhas, para com dez meses solucionar todas as necessárias e justas reivindicações dos munícipes. O que é importante nesse caso é que a equipe técnica da empresa está atenta, catalogando os problemas de maiores essencialidades e já atacando em suas raízes e, ao mesmo tempo, tratando da manutenção básica para um funcionamento a contento, não deixando nenhuma vertente da cidade sem seus bombeamentos, mesmo em quantidades somente paliativas, até que as coisas se normalizem por inteiro.
Esse é um trabalho técnico e profissional que se fazia necessário, já que anteriormente as direções foram inteiramente políticas, onde os interesses pessoais ocupavam os primeiros lugares e as “águas” apenas jorravam para seus tanques privativos e particulares. A preocupação de vender a EMASA sempre foi sinalizada como a finalidade precípua e ideal. E, talvez por essa razão, prestava-se um serviço totalmente a desejar, provavelmente para demonstrar que a venda seria o ideal e uma necessidade, livrar a cidade de um órgão deficitário. Felizmente, dado aos esforços e denúncias de algumas pessoas e entidades, não foi concretizado essa negociação!
Estamos vendo em todos os bairros e na parte central, os equipamentos, máquinas e homens, trabalhando bastante e, sem querer ser gentil, essa administração está fazendo jus à ocupação do cargo. Tenham paciência, pois não será com um ano que teremos todos os resultados e soluções, mas, com certeza, assim como diversas melhorias já estão sendo feitas, melhores dias virão quando as águas começarem a rolar! Esse artigo fez me lembrar de um Hai Kai que vi e li na revista o Cruzeiro há mais de cinqüenta anos, do nosso saudoso Millor Fernandes, que era assim:
Nessa eu não me engano, o destino da água é entrar pelo cano!”
E Ricardo, nosso “Pereirão” não está medindo esforços para que isso aconteça!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

Coragem ou inocência?

Antonio Nunes de Souza*

A proliferação da marginalidade no país está tão grande e audaciosa que, por mais que a polícia organize seus projetos defensivos, equipe seus quadros, adquira instrumentos adequados para os patrulhamentos, os bandidos, soltos, presos e engaiolados, comandam suas quadrilhas determinando operações completamente condenáveis e, na maioria das vezes, são bem sucedidos com resultados financeiros substanciais, além de uma matança sem precedente e completamente injustificada, que supomos ser o método usado para criar pânico, medo e respeito!
Esse retrato bizarro e triste, com tendência diária de ampliação, nos faz crer que chegamos ao fundo do poço, acuados em nossas residências, trabalhos e nas ruas, estando todos passivos de sofrer algum tipo de criminalidade e sair dando graças a Deus, quando não morremos por balas achadas e perdidas, ou agraciados com seqüelas irreparáveis!
Parece uma piada a audácia de um desses saqueadores de rua que, sem nem se preocupar quem é a sua vítima, afrontou em pleno dia o Comandante da Polícia Militar da Bahia que, lamentavelmente, sentiu na pele o que o cidadão baiano sente quando está desfrutando das belezas da orla marítima, ou mesmo indo e voltando da sua labuta diária. Levaram seu celular, e mais não levaram porque o nosso querido defensor policial estava com roupas esportivas praticando a caminhada cotidiana, logicamente para conservar a saúde e trabalhar cada vez melhor defendendo a população!
Não sei dizer se o referido marginal é um homem corajoso ou agiu por inocência, atacando logo uma das grandes autoridades que batalham, avidamente, procurando dar a merecedora tranqüilidade que precisamos. Porém, já soube através de um zum- zum- zum as escondidas que, os chefões das quadrilhas aterrorizadoras, já mandaram fazer uma placa de prata para agraciar esse considerado herói quando for preso e, com gratidão e respeito, terá no presídio todas as regalias que são dadas aos chefões!
Só nos resta saber se na realidade o ato foi praticado por coragem ou inocência? Peço a Deus que se trate da segunda hipótese, pois, caso contrário, que será de nós que não temos nenhuma patente?


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Você sabe com quem está falando?

Antonio Nunes de Souza*

Essa célebre frase que foi bastante usada no passado, mesmo com o decorrer do tempo, ainda é ouvida em muitas ocasiões. Entretanto, não com tanto poderio de amedrontamento como se ouvia nos velhos tempos, já que as autoridades federais, civis e militares já estão mais libertadas de tais afrontas, licenças para que atuem de conformidade com as leis, reprimindo e advertindo todos aqueles que, de uma maneira qualquer, estão negligenciando com as normas estabelecidas no país. Mas, mesmo assim, ainda temos os prepotentes e arrogantes que ocupam altos cargos públicos (até baixo às vezes), patentes militares, políticos (esses, principalmente, inclusive seus familiares) que, aproveitando-se das suas posições, afrontam as autoridades que estão desempenhando suas dignas funções, nas ocasiões em que cometem erros e, logicamente, são chamados a atenção para que se identifiquem e justifique o ato cometido. Não vou nem me ater às ocasiões quando vão a um órgão público e querem ser atendidos imediatamente, não considerando as ordens de chegada ou as marcações de horários. Esse comportamento insólito passou a ser denominado de ”carteirada”!
E Adilson, capitão do exército já reformado, conhecido no quartel quando estava na ativa pela alcunha de Tenente Boquinha, sempre que tomava suas caninhas habituais, cometia alguma atitude fora das normas e padrões que ampliavam cada vez mais as pontuações negativas em sua carteira de habilitação. E, mesmo sabendo que pouco funcionava atualmente, sempre usava desse expediente que algumas vezes colava com bons resultados.
Certo dia no fim da tarde, vindo do seu barzinho favorito onde tomava seus drinques e cerveja, invadiu o semáforo e atropelou uma senhora, felizmente causando leves arranhões. Aí, o guarda de trânsito Nigro que estava retado da vida, pois sua ex-mulher tinha pedido aumento de pensão alimentícia para os filhos, sua casa tinha sido invadida pelas chuvas destruindo os móveis e utensílios, seu velho carro tinha estourado o motor, seus cartões estavam atrasados e, para completar, sua mãe com 80 anos estava doente precisando de cuidados especiais que, somente com dinheiro se consegue. Literalmente, assuntos bastantes para deixar uma pessoa puta da vida e louca para descarregar seus azares.
-Favor senhor, desça do veículo e apresente os documentos!
Foi quando Capitão Boquinha na maior galhardia disse: Você sabe com quem está falando?
Soldado Nigro, retado da vida, nem titubeou: Sei sim. Com um filho da puta que atropelou uma senhora, com cara de tomador da cana e metido a porreta querendo tirar onda com minha cara. Passe-me logo essa porra desses documentos antes que lhe leve preso por desrespeito a autoridade e ameaça de amedrontamento!
Nesse momento, Capitão Adilson meio assustado com a reação do soldado, meteu rapidamente a mão no bolso de trás da calça e, Nigro pensando que era uma arma que ele ia puxar, sacou seu trinta e oito e mandou ver bem na testa do militar que, imediatamente, caiu duro para o lado do carona. O soldado se picou, fugiu e até hoje ninguém sabe onde foi parar e se esconder. A mulher atropelada testemunhou a favor do soldado dizendo que o capitão tinha desacatado e agredido o guarda, logicamente, para livrar a cara dele e condenar o sacana que havia lhe atropelado dentro da faixa de segurança.
Como é habitual, o capitão for enterrado com honras militares e, seus amigos de bar, mandaram fazer uma placa e colocaram em sua lápide com os seguintes dizeres: “Você sabe por quem está rezando?”

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna- antoniodaagral26@hotmail.com


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A indústria das cotas!

Antonio Nunes de Souza*

A sagacidade dos políticos e seus orientadores marqueteiros, sempre estão criando ou ampliando campanhas para as classes minoritárias, mas bastante representativas, pensando em primeiro lugar angariar simpatias, demonstrar sensibilidades, solidariedades e outros sentimentos que, facilmente, enganam a grande maioria dos componentes, uma vez que esses estão sempre ávidos e esperançosos por atitudes que ofereçam melhores dias. E, sem raciocinar friamente ou concordar com os políticos por serem direta ou indiretamente beneficiados, seus representantes nas instituições ou bairros, além de aprovarem ainda fazem dessas notícias como sendo grandes conquistas pois, tranquilamente, também desejam um brilhante (?) futuro político, começando por uma vereança!
Pelo título vocês já perceberam que estou me referindo à grande proliferação de cotas nesses últimos vinte anos, demonstrando que esse método é uma solução, ou o começo de uma vitória maravilhosa perante a sociedade e, tranquilamente, está vislumbrando as soluções que estão a caminho. Porém, infelizmente, trata-se de um grosseiro e absurdo comportamento, servindo apenas como um modesto paliativo enganador, pois, a solução ideal e justa seria oportunizar todas essas classes, oferecendo as melhores e mais técnicas educacionais e médicas, para que possam eles vencer dignamente pelas suas capacidades, preparos e esforços.
Sinceramente, são tantas as reivindicações e projetos nas câmaras (municipais, estaduais e federais), que se torna difícil você enumerar. Entretanto, qualquer telespectador, leitor ou ouvinte de rádio sabe quem são os que serão beneficiados e os já beneficiados: pretos, índios, deficientes, pobres, idosos, aposentados, etc., Entretanto de uma maneira tão singela que não atende suas necessidades reais, passando não só serem enganadoras, como motivo de preconceitos, chacotas e deboches por parte dos seus colegas de escola ou trabalho!
Que esses oportunistas tomem vergonha desse comportamento sórdido e procurem dar condições de igualdade em todas as áreas, para que essas merecedoras pessoas, mesmo sendo especiais em alguns dos casos, tenham orgulho de suas conquistas, demonstrando que são iguais nas suas capacidades mentais, culturais e educacionais!
Na verdade o que deveria ser instituída seria uma lei rigorosa acabando com as cotas dos políticos corruptos no país, nos livrando dessa gama de hipócritas aproveitadores e enganadores do nosso sofrido povo!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Passagem do "Dia dos finados"

Antonio Nunes de Souza*

Nessa data gosto sempre de escrever alguma coisa, pois, por mais que não queiramos, sempre nos lembramos dos entes queridos, amigos, ídolos, etc. que, de alguma forma representaram algo para nós durante nossa vida. Até daqueles que, com seus desaparecimentos as coisas melhoraram para a humanidade e esses jamais devemos esquecer e, ao mesmo tempo, policiar severamente para que não apareçam substitutos com os mesmos brutais propósitos!
Com a proliferação das religiosidades, você está passivo de encontrar no mercado divino uma série interminável de características, hábitos, costumes, modismos, determinações, padrões de comportamentos, promessas das mais incríveis e sonhadoras, que, a fraca e debilitada mente humana acredita piamente, jurando de pés juntos que o seu ministro religioso está coberto de razões e, sem fazer reflexões, seguem as regras completamente, até que, com o tempo, as fichas caiem e vejam quanto tolos foram em acreditar nas fantasiosas promessas salvadoras de suas almas!
Eu, vacinado que já estou, continuo seguindo os conceitos e preconceitos da minha linha Católica Apostólica Romana, onde sempre encontrei paz de espírito, fé e confiabilidade e as ofertas são abertas para todos, cujos preços dependem exclusivamente do seu comportamento com todas as pessoas que lhe cercam, suas atitudes, sua solidariedade e o abandono do sentimento egoístico que está cada dia se enraizando em todas as pessoas como se fosse um comportamento correto e normal!
Vamos todos não esquecer de reverenciar os mortos, levando nossas velinhas e flores, esperando que eles estejam onde desejamos, fazer algumas orações e depois dessa horinha sentimental já não tão olhada com eterna lamentação, seguir suas vidas aproveitando o feriado para comer um gostoso caranguejo na praia regado a uma cervejinha gelada, não esquecendo que, em breve, também fará parte integrante desse feriado como um querido homenageado.
Que aceitem meus sentimentos pelas suas perdas, logicamente iguais as minhas, lembrando que o dia de finados não se trata de um feriado, apenas um dia que foi resguardado para demonstrar o nosso carinho e respeito pelos mortos. Então...nada mais justo que, antes de partir para as baladas, lembre-se de cumprir sua obrigação religiosa!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com