quinta-feira, 31 de março de 2016

Mudanças que o povo dança!

Antonio Nunes de Souza*

Com a proximidade das eleições, já estamos acostumados as saídas e entradas de substitutos nos vantajosos e benéficos cargo públicos, que seus favorecidos se aproveitam para colocar amigos, parentes e colaboradores nas arrecadações de votos e, ao mesmo tempo, não só premiando sua “turminha”, como também, poder ficar manobrando por fora o órgão que foi repassado. Fora os casos que, sabidamente e desonestamente, ainda exigem 50% dos salários, para os “capachos serviçais.” Esses não se importam, pois, somente assim, encontram as oportunidades de ganhar algo, em função de não terem competências!
Em todos os casos acima, nada decentes, o povo não é beneficiado. Fica sempre a mercê desses políticos malditos, que olham em último lugar as necessidades das comunidades e as pendências públicas! Infelizmente, essa costumeira repetição já está sedimentada e, praticamente, oficializada, que nem se discute mais e, em alguns casos, e poucos, o incompetente que entra é menos ruim do que o que estava. É raro, mas acontece!
Em nosso município as mudanças começaram hoje e o que podemos fazer é cruzar os dedos, fazer orações e pedir a Deus que tenha pena da nossa comunidade, favorecendo de alguma forma, mesmo milagrosamente, para que possamos sofrer menos!
Com relação ao listão de pré-candidatos, daqui pra frente tende a ir murchando, pois, muitas delas, cientes que não vão para lugar nenhum, começam a fazer seus conchavos, já com seus cargos determinados, se seu parceiro for o eleito. Esse grupinho de oportunistas são espertos e sempre se voltam para aqueles que as pesquisas apontam como favoritos. São os urubus que seguem seus abutres!
Gostaria de saber quando teremos homens sérios e patrióticos na nossa política nacional. Pois, pelo visto sempre, creio que teremos que apelar para exportar corruptos por preços bem módicos e, criteriosamente, procurar um país que possamos importar homens de bem, mesmo por prazos determinados!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

quarta-feira, 30 de março de 2016

Aniversário com lágrimas!

Antonio Nunes de Souza*

31 de março de 1964, para quem vivenciou, acompanhou seus passos, atos e desatinos, sofreu consequências, decepções e tristezas, esse aniversário, somente pode ser comemorado com lágrimas de tristeza e dores no coração, por ter passado por um golpe militar, completamente preparado, levando o pobre povo para a guilhotina dos podres poderes! Esse coitado, que acredita em todo mundo, sempre que é para se rebelar, estão prontos, como se fossem um batalhão de idiotas, manipulado pelos mais ricos e poderosos. Podemos até perdoá-los pela falta de formações, informações e educação, necessidades básicas para que possam refletir com mais clareza, vendo que para se consertar um país, não basta apenas, sair dançando nas ruas, pintando seus rostos, batendo panelas e dando gritos contra ou a favor de alguém!
Repito que vivenciei vários golpes e, em nenhum deles, não vi nada de melhoras. Apenas mudanças nos poderes e, em muitos casos, aflorarem piores condições com as repetidas ladainhas de que encontraram tudo péssimo. Mas, passa o seu tempo, e as coisas continuam fora dos lugares ou são roubadas, cinicamente!
Curiosamente, nessa data de aniversário fatídico e inesquecível, estamos convivendo mais uma burlesca e bem arquitetada quebra de democracia, desrespeito a constituição, com um golpe onde a sordidez dos comportamentos, chega as raias do absurdo, de um presidente de câmara cheio de apontados problemas gravíssimos, seja o maioral e com o poder nas mãos, sendo apoiado, grosseiramente, pela metade dos deputados e muitos senadores, provando, claramente, ser um torpe golpe político!
Não nego, em nenhuma hipótese, que tenha coisas erradíssimas cometidas por políticos do partido do poder, mas, claramente está evidenciado através de denúncias, que 24 siglas partidárias estão com políticos envolvidos até o pescoço. Portanto, o momento é de se afastar a escória, punir e prender seja quem for e ajudar o governo a estabilizar o país!
Infelizmente, a ganância pelo poder, quer ver o mar pegar fogo para poder pescar peixe frito. Vamos aguardar, esperar resultados e, que Deus com sua sensatez, escolha para nós o melhor, ou pelo menos, o menos ruim!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

Sexo? Um tabu quebrado!

Antonio Nunes de Souza*

Por mais que queiramos ser pudicos, moralistas, religiosos radicais, ou conservadores de hábitos e costumes, temos que reconhecer todas as fases e mudanças com relação aos comportamentos sexuais nesses últimos cinquenta anos!
Infelizmente, em algumas ocasiões, algumas radicais mudanças foram dadas graças aos comportamentos sociais, necessidades financeiras, entre outras menos culpadas, logicamente, merecem uma atenção especial, mesmo que não seja um compêndio sobre o importante assunto, mas, simplesmente, em rápidas palavras, fale-se sobre suas mudanças, benéficas e maléficas no decorrer desse período!
Primeiramente devemos lembrar que o uso do sexo como transação comercial vem de longas datas, através dos prostíbulos, criados para atender aos ricos solteiros e casados, com a finalidade de desafogar suas necessidades e desejos. As mulheres, normalmente, dirigidas por uma velha cafetina que, descaradamente, conseguia fazer um bom cartel feminino, com mocinhas pobres que aliciava, ou mulheres abandonadas pelos maridos que não tinham condições de se manterem, em função de não terem profissões definidas. Essa fase foi dominadora por uma quase eternidade e, ainda hoje, funciona em uma escala bem inferior e não luxuosa como outrora. Antes o nome era suntuoso: castelo! Hoje, com menos requinte: puteiro ou mangue!
Nos anos sessenta, com o movimento de contracultura dos “hippies”, foi declarada a busca do espaço feminino, liberação de hábitos e comportamentos e, significativamente, a liberdade sexual em larga escala, mais como uma rebeldia que uma necessidade. Muita gente curtiu e se aproveitou dessa fase que, sem dó nem piedade, aumentou a população mundial com a chegada de milhares de “produções independentes”!
Já nos anos setenta, essa fase foi amainada e repensada, sentindo as mulheres que sair “dando” somente para provar liberdade e igualdade de gênero, era uma tolice e que, para ocupar seus verdadeiros espaços tinham que lutar, estudar e se preparar para enfrentar as dificuldades existentes. E foi o que começaram a fazer: Abrindo os braços e as mentes para as lutas e fechando as pernas para os homens! O sexo sofreu a sua primeira repressão pós hippie, graças as cautelas femininas. Não deixando de ter aquelas que transavam porque gostavam, pois tinham os provimentos familiares!
No início dos anos oitenta até o meado dos anos noventa, os medos, receios e hábitos comportamentais foram abrandando e, sorrateiramente e maravilhosamente, as mulheres começaram a despontar com suas formações acadêmicas, técnicas e profissionais e, pelas suas independências, voltaram a ser mais bondosas, facilitando umas carinhosas noites aos seus namorados e amantes. Sempre era um privilégio encontrar uma namorada ou caso que fosse liberal. Também não era tão difícil, pois o essencial era ter condições, locais e, principalmente, carro ou lambreta, vespa ou moto, que eram as curtições de transporte da época!
No fim dos anos noventa, com as necessidades financeiras mais acentuadas, faculdades cobrando os olhos da cara, universidades públicas com poucas vagas e vestibulares difíceis e competitivos, as mulheres foram começando, lentamente, a procurar homens independentes, principalmente mais velhos, para que, em troca de sexo e carícias, pagassem suas escolas e, na maioria das vezes, muitas outras despesas básicas, já que os salários em seus modestos empregos, não eram suficientes para suas manutenções! Essa parceria “sexo X comércio” prolonga-se até os dias de hoje com a maior tranquilidade, já existindo centenas de moças que, já formadas, casaram-se, constituíram suas famílias e apagaram completamente o passado nada brilhante, porém, muito essencial nas épocas!
Atualmente, já sendo o sexo encarado, praticamente, como apenas uma necessidade fisiológica, existindo uma grande possibilidade de se viver usando-o como fonte de renda, as mulheres passaram a ser “garotas de programa”, sem vínculos de afetos ou moradia, cobrando cachês dos mais simples até os mais caros e caríssimos (dependendo de corpo, beleza e charme), vivendo suas vidas luxuosas, com apartamentos e até carros! Ainda mandam dinheiro para os pobres familiares nas pequenas cidade, alegando que são altas secretárias executivas de empresas multinacionais!
Essas desinibidas, valentes e desprovidas das tolices de pecados, que não se submetem as hipocrisias sociais, dizem e repetem o seguinte: “Lavou está novinha outra vez. Preciso é ter cuidado com DST!”
Essa é uma simples crônica, com uma síntese minúscula do processo e comportamento sexual através do tempo, pois, se formos fazer um relato minucioso, num só livro não caberia!
Continuamos tendo o baixo meretrício, alguns altos, catálogos para escolher o tipo desejado, telefones e internet para encontros através das redes, fora as possibilidades nas ruas, festas, praias e eventos!
Imagino que o tabu do sexo foi, literalmente, quebrado! Tolas são as que vivem oprimidas e não aproveitam as oportunidades surgidas!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com