domingo, 28 de fevereiro de 2021

A TERRA DA FELICIDADE!

 

                                Antonio Nunes de Souza*

Há muitos e muitos anos, um homem ouviu falar que existia um lugar chamado Terra da Felicidade, onde todos eram felizes e só havia bondade. Ele, como vivia tendo e causando problemas com as pessoas que convivia, resolveu abandonar tudo e partir em busca desta terra que, para ele, representava todos os seus sonhos e anseios!

Madrugada, sorrateiramente, preparou uma sacola com algumas roupas e alimentos para consumir no caminho e, olhando para sua mulher e filhos que estavam dormindo, desejou mentalmente que todos fossem felizes sem a sua presença e o perdoasse pela inesperada atitude. Nas pontas dos pés para não acorda-los, saiu porta fora para sua longa caminhada, não sabendo quanto tempo iria demorar.

 

Subiu e desceu montanhas durante todo o dia, atravessou riachos e caminhos pantanosos e nada de chegar ao seu desejado destino. Cansado e sem forças, resolveu sentar-se na sombra de uma árvore para refazer suas energias. Porém, debilitado pelo grande esforço, terminou adormecendo, só acordando na manhã seguinte, quando alguém bateu em seu ombro, dizendo:

-Senhor, bom dia! Estou viajando e parece que estou perdido. Gostaria que, com a bondade de Deus, me orientasse qual o caminho para a Terra da Felicidade.

-Eu não sei lhe informar, entretanto estou também indo para lá e, se quiseres, poderemos seguir juntos e encontraremos esse bendito lugar.

O viajante ficou satisfeito e seguiram os dois na longa caminhada, na esperança que dentro em breve desfrutariam os encantos da sonhada terra.

Sem demorar muito, uma mulher apareceu repentinamente, aproximou-se deles e falou que o seu destino era o mesmo. E, sem pestanejar, uniu-se a eles e seguiram juntos.

Isso foi acontecendo repetidamente durante meses, sempre encontrando pelo caminho pessoas insatisfeitas com a vida, procurando chegar ao mesmo destino. Curiosamente, quando menos se esperava, já estava formada uma caravana imensa e eclética, onde a preocupação maior era encontrar e viver na Terra da Felicidade.

Quando já haviam passados anos de caminhadas nos vales e montanhas, enfrentando o sol e as chuvas, sem contar os frios das madrugadas e todos vivendo de pescas e caças, e nada de aparecer à maravilhosa terra, resolveram de comum acordo, parar e fazer uma grande assembléia para discutir o que deveria ser feito, já que não encontravam o destino desejado. Então, o primeiro homem, que tinha maior experiência de vida ou pensava que tinha, sugeriu para todos o seguinte: Nosso grupo hoje conta com centenas de pessoas e todos estão procurando o mesmo ideal. Portanto, Já que não conseguimos encontrar essa sonhada terra, poderíamos acampar nesse lindo lugar e começarmos a fazer uma cidade feliz para nós, já que temos o mesmo intento. O que vocês acham?

Todos se entreolharam e, ao mesmo tempo, começou uma ruidosa salva de palmas aplaudindo a grande idéia. Pois, já que todos ali buscavam a felicidade, claro que essa nova cidade seria tudo que realmente eles desejavam.

Desfeita a reunião, cada um foi escolhendo onde fazer as suas casas, demarcando os seus terrenos e, com seis meses, já descortinava um vilarejo com características de uma pequena vila constituída de algumas famílias, em função das uniões acontecidas durante a longa jornada e a convivência.

Para selar com chave de ouro, o lugar foi batizado com o nome de Nova Felicidade. Mesmo com humildade, não faltaram os festejos para comemorar o batismo do paraíso criado por eles. E, para que a felicidade fosse completa, combinou-se que não haveria chefes, prefeitos, polícias, etc. e que todos os poderes seriam iguais. Determinando-se que todos os assuntos e problemas seriam resolvidos pelos próprios integrantes. Grande foi à aclamação e a alegria da festa foi até o sol raiar.

Porém, com o passar do tempo, começaram a surgir os problemas. Um invadia o terreno do outro, alguém roubava frutas ou verduras do outro, apareceram traições matrimoniais, brigas por futilidades e, bem antes que se esperava, a pequena cidade passou a ser igualzinha as outras de onde eles tinham vindo. Com o crescimento da população, os problemas foram se avolumando, deixando todos tristes e preocupados.

Um belo dia, aquele primeiro homem que havia iniciado sozinho a caminhada em busca da Terra da Felicidade, ao acordar notou um grande silêncio. Chegando a porta observou que não havia ninguém nas ruas. Assustado, correu até a casa mais próxima e, ao entrar, viu um bilhete pregado na parede que dizia: Não era nada disso que eu queria. Estou voltando para minha cidade.

Correu para outras casas e outros bilhetes foram encontrados, mesmo com outras palavras, Porém, os sentidos eram os mesmos. Já cansado e bastante aflito, entrou na última casa e a mensagem era a seguinte:

“Hoje, graças a Deus, eu sei onde está a felicidade!”

Sozinho, sentou-se e começou a refletir: É verdade, passei anos da minha vida caminhando por caminhos tortuosos procurando essa utópica e imaginária felicidade plena e, para encontrá-la, bastaria que eu tivesse sido menos egoísta, compreendido melhor as pessoas, perdoasse as fraquezas humanas e não tivesse exigido tanto o que elas não tinham a capacidade para dar.

No dia seguinte, arrumou sua velha sacola, colocou alguns mantimentos e, olhando para aquela deserta comunidade, já caminhando de volta para sua antiga casa, disse: “A felicidade não está em nenhum lugar a não ser em nosso próprio coração!”

“Nunca busque fora, o que está dentro de você!”

*Escritor–Membro da Academia Grapiúna de Letras-antoniomanteiga.blogspot.com –antoniodaagral26@hotmail.com                                        

sábado, 27 de fevereiro de 2021

UM DIA UM CASO!

 

Antonio Nunes de Souza*

 

Quando menos esperava, ela com um movimento tranquilo e estudado, começou a baixar o zíper da minha calça e, mais que depressa, enfiou a mão apalpando o que já estava rígido e latejando na parte baixa do meu corpo. Digo-lhe que fiquei surpreso pela iniciativa tomada, já que era nosso primeiro encontro e tinha apenas dois dias que havíamos nos conhecido. A beleza angelical dos seus 17 anos, não demonstrava que era possuidora de uma experiência tão gostosa e agradável nas maneiras mais deliciosas de dar prazer ao seu parceiro, acariciando seus pontos vitais em matéria de sexo!

 

Continuamos nos beijando cada vez com maior furor. Embora o desconforto dos bancos do carro não propiciasse a harmonia de movimentos, mantínhamo-nos agarrados um ao outro e suados pelo calor. Não da noite, mas dos nossos corpos excitados, que faziam com que os vidros fechados do carro ficassem embaçados, nos dando a ilusão de uma proteção contra os eventuais passantes noturnos, como se fosse uma cortina de filó. Enquanto isso, nossas mãos trabalhavam com meigas carícias, fazendo nossas respirações ficarem descompassadas e ofegantes, anunciando a proximidade dos nossos esperados e desejados prazeres.

 

Seus olhos, assim como os meus, estavam com as pupilas dilatadas e nossas narinas abriam e fechavam durante a respiração que, naquela hora, éramos o retrato fiel de animais no cio. Nem o passar dos carros na avenida, focalizando-nos quase sempre com os faróis, fazia com que desviássemos a atenção do que estávamos fazendo. O clima de desejo recíproco nos deixava cegos e ávidos de amores, pois naquele momento, nada nos importava a não ser o próximo, ansioso e esperado orgasmo conjunto!

 

Procurei amenizar as caricias, utilizando o expediente de falar alguma coisa, pensando somente em elastecer aquele momento para que não chegássemos ao clímax sem aproveitar aquela louca e inesperada oportunidade. Entretanto, ela fechou-me a boca com beijos lambidos e babados e, com seu hálito quente e cheiro estranho, soprava e sugava minha boca como se quizasse, literalmente, comer-me.

 

Nada mais poderia fazer em termos de prolongamento de tempo. Voltei a acariciar com os dedos o seu clitóris, apalpando o seu sexo, ao tempo em que ela abria cada vez mais suas pernas, demonstrando estar sedenta de prazer!

 

Aí, num rápido e preciso movimento, ela desceu sua boca até embaixo e abocanhou-me com tanto desejo que, naquele momento, o inevitável aconteceu. Ela foi apertando a minha mão com as suas coxas, espasmodicamente contraindo-se junto ao meu corpo, enquanto eu tremia de prazer, ejaculando em sua cálida boca!

 

Paramos silenciosamente, procurando equilibrar nossas respirações, mas mesmo cansado pelo prazeroso esforço, continuei beijando-a por todo seu rosto e disse:

Eu gostei muito de você porque você foi maravilhosa!

E ela sorrindo, respondeu: E eu fui maravilhosa, porque gostei muito de você!

 

*Escritor-Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

BAR DOCE BAR!

 

                    Antonio Nunes de Souza*

Há tempos tenho percebido que, semanalmente, são abertos novos bares em nossa cidade (excetuando agora na endemia) e podemos dizer que em cada rua existe pelo menos um para atender as clientelas!

Conversando em casa com meu experiente e conselheiro avô, falei da minha surpresa com relação a esse tipo de comércio estar ampliando numa proporção exagerada. Aí ele logo retrucou: Meu netinho a invasão de bares em uma cidade que não é pólo turístico representa decadência, falta de formações profissionais, falta de empregos, cultura e educação!

Ele falou com tanta segurança que, em vez de pedir explicações, preferi matutar um pouco, raciocinar em cima de sua afirmativa, para depois dar meu parecer. Logo comecei a analisar, seguindo a ordem das razões apresentadas pelo meu guru, para ver se realmente mais uma vez esse homem estava com razão. A decadência foi no cacau, não somos pólo turístico e, dificilmente seremos, pois, todo acervo histórico que representa nosso passado já foi, ou está em vias de serem derrubados. Aqui a palavra  “tombar” é traduzida como dar um tombo e jogar no chão!

Seguindo minha linha de raciocínio, vi claramente, que por falta de capacitação profissional para enfrentar as vagas de empregos, cada dia mais exigentes com relação às qualificações, descobrem que é bem mais fácil enveredar por esse comércio informal, uma vez que, basta apenas alugar uma garagem, que os fabricantes de bebidas fornecem as mesas, cadeira, geladeiras, freezer, além das bebidas em consignação e um letreiro luminoso com suas marcas. O dono da nova “casa comercial” entra com os garçons (geralmente são os familiares) e os croquetes e salgadinhos terceirizados, ou feitos pelas suas madames. Até os copos plásticos e os sombreiros vêm no pacote do contrato com a marca de bebida. E a música é claro, fica a cargo do modesto equipamento doméstico, que atende no dia a dia aos filhos adolescentes, ou com a colaboração de um amigo cantante e seu violão solitário!

Pronto! Está montado um novo bar e o “empreendedor”, que não tem capacitação para ser absorvido pelo mercado, começa mais uma aventura na sua vida, sem saber se realmente está fazendo um bom negócio, pois, também, se der errado, basta devolver os equipamentos, mandar segurar alguns cheques sem fundos e arranjar uma desculpa para justificar o fracasso!                                      

Restou analisar a observação sobre cultura e educação, mas, rapidamente, captei o que influencia demonstrando a falta de cultura e educação: o serviço de péssima qualidade, músicas de gostos que não são duvidosos (são péssimos mesmo, além de ensurdecedores) e, assim sendo, a educação dos freqüentadores desses tipos de bares que proliferam, não são dignos de deixar que alguém normal, se sinta confortável e com prazer de um momento agradável. Sendo o mais absurdo a ocupação das áreas públicas com mesas, limitando as calçadas e perturbando toda vizinhança!

Mais uma vez comprovei que meu avô, do alto dos seus 99 e tantos anos, continua sabendo das coisas!

Aproveito para sugerir aos novos “empreendedores” que façam uma tentativa inovadora abrindo uma casa para que possamos tomar um chocolate (quente ou frio) tipo cafezinho, e venda também uma geléia de cacau, pois isso pode ser preparado pela própria família e será aconchegante já que a cidade não tem. Pelo menos eu desconheço e outro dia quis levar um visitante para mostrar e nos deliciarmos e, lamentavelmente, não encontrei.   

Presumo que, por estarmos na região do cacau, um cantinho assim para um bom papo, ler um livro, ou jornal, chocolatinho quente com beijus e torradas, ainda com umas cocadinhas de cacau para levar para as crianças, teria uma aceitação grande e supriria essa lacuna que, misteriosamente, até hoje não existe. Creio que é um assunto para se analisar com carinho. Seria, verdadeiramente, um “bar doce bar!”

Mas, não posso deixar de enfatizar uma grande verdade, que é: “Toda cidade que tem mais bares que escolas e não é polo turístico, caracteriza a sua decadência!”

*Escritor-Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL- antoniomanteiga.blogspot.com-antoniodaagral26@hotmail.com                                                   

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

NÃO VOU DEIXAR NUNCA!

 

Antonio Nunes de Souza*

 

-Não meu bem! Aí não de jeito nenhum! Já vem você de novo!

-Oh! Minha filha, deixe. Só um pouquinho...

-Não, não e não! Você pode fazer o que quiser, mas, na bunda não!

-Por que meu bem? Não é nada de mais!

-Não é porque a bunda não é sua! Imagino que vai doer bastante e isso não foi feito para sexo. É pura invenção dos homens e vocês acham que devem aderir com as mulheres.

-Você vai ver que eu vou botar bem devagarzinho e não vai doer nada.

-Então não é! Só em olhar para o volume, me dói até a alma. Ainda mais isso ficar entrando e saindo como se eu estivesse fazendo cocô pra dentro e pra fora.

-Qualé rapaz! Não está vendo que essa não é a maneira correta de se fazer sexo?

-Todo mundo faz isso e não diz nada. Você é que está sendo careta!

-Careta eu vou fazer é quando você enfiar isso no meu rabo. -Não meu filho, não quero ter esse desprazer e depois ficar arrependida.

-Acho que você não me ama, meu bem adorado!

-Eu lhe amo é com o coração, não é com o cu não!

-Puxa! Não precisa exagerar não! Quando se ama de verdade, nós fazemos tudo para que o outro seja feliz.

-Pois é! Você acha que eu vou ficar feliz com essa rolona sua enfiada em minha bunda?

-Se isso acontecer um dos dois ficará infeliz. Então... que seja você. Pois posso lhe fazer feliz com minha xoxotinha e, ao mesmo tempo, sentir prazer também.

-Oh! Meu amor! Dessa forma nós já fazemos amor há vários meses. Precisamos variar um pouco para não cair na rotina.

-Eu prefiro que caia na rotina do que cair na minha bunda! E eu sei como é isso: É só dessa vez meu bem!

-Depois nem se lembra mais que eu tenho xereca. Vai logo pegando e me virando de bruços. Isso é o que me contam minhas amigas que caíram nesse papo: “Comeu uma vez, vira freguês!”

-Mas comigo é diferente. Sempre faremos em várias posições.

-Eu já estou vendo as várias posições que você vai querer: Cu deitado, cu em pé, cu de quatro pés, etc. Não meu filho! Deixe essa idéia de lado e venha logo pra cima de mim. Eu estava até excitada, mas, com esse papo você me tirou toda tesão. Minha xoxota estava molhadinha e secou de tristeza.

-Se fosse comigo eu deixava, meu bem!

-Então vire a bunda que eu vou enfiar o cabo do espanador pra você ver se é bom!

-Que é isso meu bem! Está me estranhando? Eu sou espada!

-E meu cu é bainha?

-Querida deixe eu botar só na regadinha, deixe?

-Nada de regadinha, porra nenhuma! Essa merda escorrega, entra em minha bunda, aí é que eu vou ficar puta da vida pelo meu vacilo. Não! Não! E chega!

-Puxa! Como você é puritana, minha filha! Hoje é normal se transar em todos os buracos do corpo.

-Ótimo! Daqui a pouco você vai comprar um apontador de lápis para afinar a rola e querer enfiar em meus ouvidos.

-Sinto muito, mas não acompanho essa evolução. As mulheres da minha família transam há várias gerações, porém, com as bocetas como Deus determinou.

-Veja que eu não tenho nenhum preconceito com você. Chupo sua xoxotinha e até dou uma lambidinha em seu cuzinho com o maior prazer.

-E você pensa que eu botar esse troço seu em minha boca, as vezes ficar entalada e você ainda gozar dentro é agradável?

-Essa merda tem cheiro de Q-boa e um gosto estranho retado!

-Chega querida, tudo bem. Abra as perninhas amor, vou botar bem devagarzinho, da maneira que você adora sentir, ele entrando sorrateiramente...

-Aí sim, meu bem! É tão gostoooooso! Assim, assim, mais, mais. Huuum, que bom meu bem!

-Mete mais meu filho, não deixe sair não. Vá. Vá, mais, mais... acho que vou gooosarrr! Ai, ai, ai, não tire não, não, não, não, aaaahh meu tesouro!

-Meu bem, vire a bundinha agora, vá! Deixe eu botar só a cabecinha. A cabecinha só meu amor.

-Qualé mané cabecinha! Já me ensinaram que rola não tem ombros e termina entrando toda.

-Que porra, seu sacana! Eu não já disse que no meu cu não entra nada! Saia de cima de mim, vamos vestir as roupas, pagar o motel e ir embora.

-É sempre assim. Tudo termina em briga só porque eu quero uma bobagem e você não quer nunca ceder.

-É bobagem? Então enfia sua bobagem na bunda de sua mãe e nunca mais me procure!

-Está tudo acabado, pois não agüento mais os seus desejos anormais.

-Mas meu bem...

-Meu bem nada! Me deixe em minha casa, por favor!

 

-Saltei do carro puta da vida, porque realmente eu gostava desse cara, mas, parece que ele só via minha bunda e, com certeza, enquanto não enfiasse em meu rabo não iria sossegar.

-Um dia ainda vou tomar coragem para dar esse cu e acabar com as brigas com meus namorados.

-Qual será o mistério que faz os homens gostarem tanto de enfiar em nossa bunda?

 

*Escritor–Historiador-Membro da Academia Grapiúna de Letras- antoniodaagral26@hotmail.com-anto0niomanteiga.blogspot.com