segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Precisava me redimir!

Antonio Nunes de Souza*

Depois de passar, praticamente, quase todo ano fazendo artigos e crônicas alertando e condenando os problemas existentes em nosso querido município de Itabuna, gostaria de pedir desculpas para aqueles que, com paciência, leram minhas ladainhas e humanizações, apresentando as melhores das intenções, porém, muitas vezes, um tanto repetitivo no sentido de tentar incutir na mente dos culpados, que bastam apenas pequenas mudanças nos seus comportamentos, um pouco de vontade política e, principalmente, respeitarem o povo que paga os seus altos salários, para que, imediatamente, se veja uma transformação maravilhosa em todas as vertentes e sentidos!
Reconheço, claro, que para que isso aconteça depende de ações coletivas e desejos unificados de solucionar problemas existentes, sem que deixem de reconhecer que os bons resultados são admirados, elogiados e benéficos para todos que participaram para suas realizações. Portanto, a colheita eleitoreira será de todos que desejam suas reeleições, independentes das linhas partidárias. Não é que eu, um pobre colunista, acredite em soluções simplistas ou passes de mágicas, mas, sem sombra de dúvidas, a união de forças e poderes em todos os sentidos da vida, sempre consegue vencer as adversidades e os acidentes de percursos. E será que é impossível uma mudança comportamental nesse sistema podre e insólito de administrar e legislar somente em causa própria?
Nada disso! O que precisa é coragem de enfrentamentos e muita cidadania. Assim como foram implantados esses podres poderes, havendo hombridades e moralidades, pode-se corrigir essa discrepância cheia de anomalias e perversidades!
Findando o ano me senti no dever de me redimir, pedir desculpas aos meus leitores que já devem estar saturados de ler meus textos ratificando meus ávidos desejos. Neste ano de 2014 vou ver se consigo escrever em Braille, pois assim fazendo, acredito que esses cegos políticos e a sociedade organizada (?), leiam e tomem ciências dos modestos pedidos de um simples representante e defensor do povo!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

domingo, 29 de dezembro de 2013

Um ano de "Vane...ração"!

Antonio Nunes de Souza*

Aproveitei para criar esse neologismo, corruptela da conhecida “veneração’, para dizer algumas coisas sobre a administração do nosso prefeito Vane que, enfrentando uma série de problemas encontrados comuns em todos os inícios de gestões, montagem de uma equipe do segundo escalão do seu gosto e confiabilidade, muitas vezes, infelizmente, obrigado a ceder pressões e imposições de partidos que ajudaram para sua vitória, além da falta de recursos normalmente uma constante nos cofres das prefeituras nos inícios dos mandatos, está caminhando contra o vento e as tempestades!
Juntando tudo isso a veemente cobrança do povo em geral, exigindo imediatas providências para seus problemas, ruas e bairros como se dependessem apenas de algumas ordens, determinações ou desejos próprios, espalhando assim uma onda de condenações, comparações aos governos passados, ganhando como prêmio a velha adjetivação comum em todas as rodas de comentários jocosos e venenosos: “São todos farinha do mesmo saco!”
Mas, mesmo não tendo participado da sua campanha, pois minhas candidatas eram de outra linha partidária, não posso perder o bom senso de munícipe de respeitar e, logicamente, ajudar para que nossa cidade cresça, se desenvolva, tenha uma administração digna e respeitável. Jamais vestir o traje de carrasco opositor e torcer para que tudo dê errado, mesmo vendo que, se isso acontecer, o mais prejudicado é o povo. Porém, para esses, o importante é atrapalhar os bons resultados, para colher resultados futuros, usando a expressão conhecida por todos: “Eu não disse que não ia dar certo?”. Infelizmente, esse comportamento sórdido está tão enraizado culturalmente, que até o povo apóia e acredita nesses ávidos caçadores de poderes.
Nesse primeiro ano, ano de arrumação, adaptação ao cargo, entrosamento com os contatos estaduais e federais, levantamentos estatísticos, elaborações de projetos e um bom curso de degustação para ter que engolir sapos, cobras e lagartos, imagino que teremos um ano de 2014 com algumas novidades necessárias, fazendo com que tenhamos resultados visíveis como os que já estão acontecendo na FICC com Roberto, EMASA com Ricardo e no Hospital de Base com Bicalho. Sabemos que outras áreas estão tentando fazer algo significativo, mas, até agora, ainda não conseguimos ver o lógico é necessário.
Continuo solicitando que ajudem muito o meu querido amigo José Humberto Martins, titular da Secretaria de Indústria e Comércio, para que seja feito o saneamento do monstruoso comércio informal que, nesses últimos dez anos, tomou de assalto todas as ruas, praças e avenidas da cidade. Essa herança maldita deixada por todos os antigos prefeitos e secretários, precisa ser estruturada e organizada sem que haja prejuízos para os comerciantes informais credenciados e, logicamente, para os comerciantes estabelecidos. Nem cito os transeuntes, pois esses serão beneficiados automaticamente pelas liberações dos passeios e calçadas.
Finalmente, “mais um ano que passou e nossa cidade não pode ficar velha e acabada”. Vamos ajudar sem tendenciosidades partidárias!


*Escritor–Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna antoniodaagral26@hotmail.com

sábado, 28 de dezembro de 2013

Meu natal na casa de Billy!

Antonio Nunes de Souza*

Arredio como sou, já habituado as minhas solidões propositais, geralmente não saio para fazer festejos nessas datas, sagradas ou profanas, preferindo a paz que só encontramos, com certeza absoluta, em nosso lar!
Mas, nesse natal, por uma insistência grande dos avôs de Billy, não tive como dizer não, ainda mais por se tratar de pessoas que tenho o maior carinho e afeto, mesmo não os vendo normalmente. Uma prova cabal que as distâncias não interferem nas amizades quando essas são sinceras!
Passei antes na casa da minha irmã para uma rápida visita e segui para festejar um natal com a família do jovem Billy, que na verdade eu nem o conhecia, mas, pelo seu avô João, já tinha conhecimentos das suas peripécias e traquinagens dentro e fora de casa, provavelmente pelo grande mimo que é tratado por todos da família. O danado é meio histérico, barulhento e faz a maior festa dando pinotes nas pernas e nos colos dos que vão se aproximando dele. Muito divertido e, logicamente, prende a atenção de todos, achando graça no seu comportamento folgado, aproveitando a maneira especial que é tratado em todos os aspectos.
Para que vocês não se surpreendam, vou logo dizendo que o nosso querido e famoso Billy é nada mais, nada menos que um cão da raça Pinscher miniatura, daqueles que parecem um anãozinho Doberman, raquítico, mas late e salta bastante, faz imitações de ataques, porém  o seu desejo é apenas de brincar, chamar a atenção de todos e, obviamente, ganhar carinhos e alimentos. Depois de alguns momentos já estávamos familiarizados e ele ficou brincando por toda casa, sempre cobrando um pedacinho de peru, queijo cuia, chester e todas as boas iguarias que compunham o delicioso jantar natalino. Juro que fiquei impressionado com a maneira do tratamento dispensado ao Billy, não só por João e sua maravilhosa esposa Neuzinha, que se intitularam avós, como também pelos seus filhos genros e nora, logicamente, tios dessa figura canina impoluta. Ele claro, usava e abusava, já compreendendo que era o rei da festa e, logicamente, o dono do lar, quando todos os parentes seguiam para suas cidades e casas e ele, folgadamente, até dormia na cama do casal, como se fosse uma criança de verdade!
João orgulhoso com a sua nova cria, substituta dos filhos que já foram cuidar de suas vidas, não parava de elogiar suas aptidões e as especiais perfumarias e óleos, roupinhas, etc., que, religiosamente, compravam para alimentar suas vaidades e deixar seu animalzinho querido cheiroso e bem cuidado. Pois, além de ter seu veterinário particular, comemorava seus aniversários com festas e convidados de vários bairros da idade!
Foi uma noite agradabilíssima, diverti-me bastante, conheci essa figura altamente paparicada e, logicamente, me deu vontade de escrever algo sobre o assunto. Entretanto, voltando para casa, radiante de alegria pelos momentos agradáveis que passei, comecei a matutar e me lembrar que milhares de “Billys” humanos, naquela hora estavam já nas latas de lixo apanhando as sobras para suas refeições natalinas. Preparando com papelão suas camas embaixo das marquises e, sem nenhumas perspectivas de vidas melhores, continuariam vagando pelas ruas, provavelmente tornando-se marginais no futuro. Obvio que não sou contra a criação de animais domésticos, respeito e também admiro quem tem ou cria algum, mas, creio ser mais sensato, apadrinhar uma criança que sofrendo vive nos asilos a espera de uma adoção, pois, uma modesta ajuda mensal pode torná-lo um médico, engenheiro, advogado, professor, etc. e, conseqüentemente, menos um delinqüente nas vias públicas. Suponho que uma reflexão nesse sentido é bastante válida!
É sempre mais humano a solidariedade com seus semelhantes, que se entregarem de corpo e alma em adorações por animais irracionais, iludindo-se com visões abstratas que o animal está até falando através de gestos e olhares!!!
Vale a pena atentar para meu modesto raciocínio e a franqueza de não derramar milhões de elogios falsos, apenas colocando grilos na cabeça de meu estimado “João Grilo”!!!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Premonição de 2014!

Antonio Nunes de Souza*

Como bom brasileiro, curioso e querendo ser informativo nos detalhes com os leitores, sempre vou atrás de um competente articulador e adivinho dos acontecimentos que seremos vítimas ou agraciados, durante o novo ano que se aproxima! No meu antigo costume e hábito, hoje já considerados medievais, fui procurar um Pai de Santo num terreiro do subúrbio, homens experientes, jogam seus búzios miraculosos e conseguem ver as venturas e desventuras que essa vida louca vai nos proporcionar. Mas, chegando à casa do dito cujo, protegida por um portão eletrônico, um porteiro e dois seguranças, tive que me identificar colocando minhas digitais em um aparelho, ser fotografado e, olhando para cima, percebi uma câmara apontada para minha direção que sozinha, acompanhava meus movimentos. Juro que me assustei com o aparato, mas, gentilmente, o recepcionista falou que fazia parte da consulta essa segurança pertinente, já que estamos passivos de assaltos e espionagem dos segredos e premonições do seu mestre. Lógico que essas declarações me deixaram pasmo e completamente fora dessa nova realidade. Já ouvir falar de todo tipo de espionagem (os americanos são sublimes nesse particular), mas, de premonições e adivinhações era a primeira vez!
Sentei e em seguida entra um homem de terno e gravata, um Notebook na mão e apresentando-se me deu seu cartão onde rapidamente pude ler: Dr. André Nogueira – Pós graduado em Tarô na Sorbonne - Mestre em Búzios eletrônicos na Universidade de Havard – PHD em Macumbas virtuais em Cambridge, Especializado em divulgar notícias ruins nas esquinas e botecos internacionais e Professor de Boataria na Fundação Getúlio Vargas. Suspirei e pensei: Porra esse homem é preparadíssimo. Esse sacana não é um Pai de Santo, esse é o próprio Santo!
Ele sentou, olhando para minha cara de espanto, tirou da gaveta um charuto cubano, uma garrafa de whisky 18 anos, se serviu, começou a fumar e beber degustando seu drinque e falou: Não usamos mais cachaça e nem charutos de terceira.Sem mais demoras, ligou seu note e começou a falar que teríamos muitas enchentes, uma grande seca numa parte do país, morrerão alguns artistas e literatos famosos, apareceriam novas duplas caipiras, serão presos e soltos muitos políticos conhecidos, serão descobertos novos ladrões nas administrações públicas, as drogas continuarão sendo vendidas e consumidas e o trânsito vai ficar cada vez mais enlouquecido em função da quantidade de carros e as imprudências das motos! Sobre os assaltos e crimes, desastres, etc., estes tendem serem ampliados em função da animosidade que os homens estão cultivando nas suas mais simples maneiras de comportamento.
-Mas o senhor não me disse nada de novo. Essas merdas todas estão acontecendo há anos!
-Claro, meu consulente. Coloquei todos os meus aplicativos para funcionar e, infelizmente, tem mais de dois meses que esse software só me aponta esses fatos normais e comuns como se fossem novidades. Se o senhor desejar, pode deixar seu PC acoplado ao nosso site de informações e, qualquer novidade a informação será enviada!
Logicamente puto da vida, pois havia pago antecipado o equivalente a duzentos Euros e estava saindo tão sem novidades como cheguei. Porém, por respeito aos meus leitores, estou passando o ocorrido!
Feliz 2014 e que o Brasil consiga ser campeão da Copa do Mundo. Fato importante para os brasileiros e o sacana nem mencionou nada a respeito. Já não se faz mais Pais de Santo como antigamente!!!
Ah! Dr. André enganador. Tantos diplomas e não adivinha porra nenhuma!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A prepotência literária!

Antonio Nunes de Souza*

Não constitui nenhuma novidade que Itabuna, desde o tempo dos coronéis, sempre desejou estar na frente em todas as coisas, tendo sempre um grupo de prepotentes e arrogantes que se achavam superiores em seus estatus financeiros e, obviamente, com importâncias privilegiadas. Imagine vocês que há quarenta anos o jornalista Arthur Brandão, debochadamente, dizia que Itabuna tinha mais jornais que Nova Yorque, pois, todo mundo que podia ter uma máquina impressora, fazia circular seu diário, semanário, mensal ou eventual jornal, aproveitando-se da vaidade dos tolos da época, representados por uma gama de coronéis, seus filhos e mulheres dondocas que, para alimentarem suas cabeças cheias de idéias vazias se deslumbravam em ver suas fotos e as ridículas frases elogiosas aos seus respeitos!
E, mesmo com o tempo passando, ainda perdura esse hábito tolo alimentador de revistas e colunas sociais dedicadas a explorar essa ainda rica fatia. São, sem sobras de dúvidas, os males necessários para os egos dos pobres de espírito.
Toda essa explanação nada agradável aos olhos de muitos, mas, de uma verdade incontestável, que entro no assunto principal desse artigo ou crônica bastante interessante, mostrando como continuamos tratando com a prepotência e arrogância de pessoas que se acham superiores em suas qualificações e, tolamente, procedem de uma maneira infantil e nada enriquecedora para a cultura regional. Hoje, imitando o passado jornalístico quantitativo, por uma questão de bobas vaidades, uma academia de letras que seria fundada, terminou na fundação de outra, pois, os vaidosos dissidentes, não se conformaram em não serem os manda-chuvas ou presidente, impondo seus desejos e suas únicas idéias e orientações. Daí, como uma série de outras instituições (Rotary, Lions, Clubes sociais, Igrejas, cooperativas, agremiações, sindicatos, etc.), esses prepotentes e supostos donos das verdades, acharam por bem criarem outra academia que, ridiculamente,por alguns dos seus membros (felizmente poucos e com as suas honrosas exceções de praxe) se rotularam de mais importantes, mais qualificados, mais agraciados com prêmios e, obviamente, as grandes cabeças premiadas dentro da literatura. Juro que sinto pena e lamento tanta infantilidade. Na cultura e literatura não existem primeira nem segunda classe, nós não somos trens, navios, aviões ou outros tipos de transportes, apenas divulgamos a cultura por diversos ângulos, quer sejam acadêmicos ou primitivos, mas, jamais deixam de serem enriquecedores para muitas pessoas, principalmente estimulando a um povo que não é muito fadado a ler, ainda mais quando os textos e palavras estão acima dos seus conhecimentos.
Eu escrevo desde menino e nunca tive nenhuma pretensão de entrar em academias. Quando jovem freqüentei a academia de capoeira de mestre Bimba e, algumas vezes, fui a uma academia de ginástica para equilibrar meu corpo. Fazer parte de uma academia de letras, seja ela qual for não fará de mim um grande escritor, não quero ganhar prêmios Jabutis e, quando tiver de administrar, demonstrar que sou lento como um cágado!
Deixemos essa arrogância sem sentido de lado, respeitem uma entidade que luta para engrandecer a cultura e educação, mesmo não tendo em seu bojo uma constelação de estrelas vaidosas e, quem sabe? Talvez até cadentes! O que se espera dos verdadeiros acadêmicos, e em todas elas há uma grande maioria, é que umas respeitem as outras, não só no aspecto institucional, mas também no seu caráter de entidades voltadas para o saber e conhecimento.


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O menino Niltinho!

Antonio Nunes de Souza*

Desde menino que era endiabrado e tinham que ter cuidado e fiscalizá-lo, pois, já com dez anos ele gostava de olhar as primas e as amigas de suas irmãs quando estavam tomando banho e, ainda nem pentelho tinha, mas era um grande punheteiro!
Sua mãe, depois de tê-lo flagrado várias vezes, resolveu levá-lo a um psicólogo para que fosse analisado esse comportamento em uma criança. Porém, depois umas terapias, o psicólogo disse que passaria com o tempo, que era uma questão de idade já que ele estava entrando para a juventude, quando passará a ter um comportamento dentro dos padrões. Que a sua sagacidade estava um pouco acima do normal, porém não se poderia considerar uma anomalia! A mãe menos preocupada, contudo não deixou de continuar acompanhando seus passos, não dando chances para ele ficar por perto na hora do banho das meninas e, principalmente, não mais deixou que ele tomasse banho na piscina do edifício na hora que havia mulheres de biquine. Isso porque ele já tinha sido surpreendido pelo síndico que, de binóculos, em seu apartamento, viu, claramente, Niltinho batendo uma “aquática” na intenção da sua linda e jovem mulher que banhava-se. Desceu as pressas, pegou o moleque pelo braço, com vontade de lhe dar uns cascudos e levou para entregá-lo a sua mãe, contando o episódio absurdo do menino tarado! Logicamente o moleque tomou umas porradas, uma dúzia de bolos de palmatória que deixou suas armas sexuais vermelhas e inchadas. Ele que era até pequeno para a idade, parecendo mais jovem, ficava sempre calado, chorando e cabisbaixo. Mas, parecia uma tara, pois não podia ver um par de coxas ou uma virilha mostrando os cabelinhos, que ia logo ao banheiro e descascava uma banana com a maior tranqüilidade. Fazia isso algumas vezes durante o dia, pois, com sua idade, tesão não lhe faltava!
O tempo foi passando, Niltinho foi crescendo, nunca foi bom estudante, mas muito inteligente e jeitoso nos negócios, terminou prosperando muito se tornando um comerciante relativamente sólido. Porém, já adulto, não mais aquele velho batedor de punhêta infanto/juvenil, como seria o que todos esperavam, transformou-se em um grande fodedor, não só das suas secretárias, como atacava o universo feminino da cidade que conquistava com sua simpatia, carisma, charme e bondade de um presenteador emérito! Com essas características come-se até a mulher do diabo, sem o perigo de ir parar no inferno.
Hoje, quando me encontro com ele,cinqüentão já avô, amigo que adoro, brincando lhe dou um abraço e trato logo de encostar a bunda na parede, relembrando a sua trajetória de um grande fudião regional!
Pelo que vejo, creio que ele ainda faz suas gracinhas as escondidas. A carinha sorridente de menino traquino, mesmo com cabelos grisalhos e óculos, não disfarça que morrerá sendo o garoto sapeca de outrora!

*Escritor – Membro da academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Meu réveillon de 2014!

Antonio Nunes de Souza*

Como sou bastante previdente, já estou com minha programação dos festejos de fim de ano completamente elaborada, com uma sabedoria sensacional adquirida através de experiências desastrosas no passado!
Qualquer um sabe que no dia 31 de dezembro a grande maioria dos brasileiros, mesmo os que seguem outras religiões, são completamente influenciados e levados a homenagear a Rainha das Águas, nossa majestade Iemanjá. A maior parte desses devotos eventuais são apenas umas “Maria vai com as outras”, que por modismo e para estar na onda folclórica, vão dar seus presentes, pular suas ondas, jogar suas flores e, logicamente, fazer seus impossíveis pedidos, sem contar as “sacanagens” franciscanas que acontecem nesses eventos!
E eu que não sou diferente de ninguém, também adoro essa sacanagem toda, sem levar em conta nada de religiosidade. Meu negócio nesse dia é completamente profano, arranjo uma companhia bonita, agradável e inteligente e, sem maiores compromissos vamos nos divertir, dançar, beber, comer, rir, se lambuzar com areia e depois partir para o hotel para realmente penetrar nos lugares que nos proporcionam pequenos choques milagrosos! Temos que ter cautela e nos policiar, pois, se bebermos demais, quando chegamos ao hotel, depois de um banho, entramos num sono profundo deixando a parceira na mão e perdendo o fechamento de ouro desse evento anual!
E ainda está arriscado a ouvir da sua parceira o seguinte deboche: Você antes era um CD = “Comia e dormia!”. E hoje você se transformou em um DVD = “Deita, vira e dorme!”.
Já reservei minha pousada em Ilhéus, a companhia estamos em fase de acertos, já tracei meu plano de ir pela manhã para não pegar aquele trânsito sacana na ponte e estrada para Olivença, vou levando meu champanhe predileto, a tal da roupa branca exigida, o carro totalmente revisado, embora o pacote já esteja pago estou levando grana extra, creio que não está faltando nada em termos de precauções!
Não quero de jeito nenhum que aconteça o que ocorreu o ano passado: Saí daqui no fim da tarde, fiquei engarrafado na estrada até as duas horas da manhã, não assisti a comemoração, queima de fogos, brindes, etc., com fome na estrada e puto da vida pelas reclamações da parceira. Chegando ao hotel, ambos calados e zangados, resolvi voltar na mesma hora para Itabuna e, na volta, pegamos outro engarrafamento que só chegamos a Itabuna as nove horas da manhã! Uma verdadeira tragédia e ainda tive que ouvir da minha linda companhia que passei quase todo ano tentando levá-la para a cama, a seguinte e triste frase de despedida: “Você é um merda mesmo!”.
Nunca mais tive chance de comer Priscila. Esse era o seu nome. Mas, com Tereza esse ano o pau vai comer direitinho sem dó nem piedade e contarei para vocês nos mínimos detalhes!
Feliz Ano Novo e viva a Rainha das águas!!!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O dia que Papai Noel ficou retado!

Antonio Nunes de Souza*

Ficou retado e com toda razão, pois passou a noite trabalhando muito na separação dos presentes e, ainda sem dormir, chegou à janela e viu uma grande faixa pendurada pelas renas, dizendo que estavam em greve, querendo e exigindo uma séria reivindicação!
Quase não acreditou no que estava vendo, mas, pelas caras dos animais, percebeu que a coisa era real e que teria de negociar com os galhudos animais, pois se trata da sua força motriz para o desempenho da sua nobre missão. Entretanto, me submeter às vontades de uma tropa de sacanas, que sempre dei boa alimentação, refrigeração das melhores no verão, baias confortáveis e toda assistência veterinária, não justifica que seja pressionado a oferecer melhores condições. Mas, como já sofremos com a incompreensão humana que se diz racional, nos exigindo absurdos e com comportamentos de animais ferozes, imagine vocês o que se pode esperar de animais irracionais, mesmo aqueles com aparências bonitinhas e admiradas por todos. Porém, por maior que seja o meu saco, que todos sabem que é grande, não posso deixar de ficar retado em razão de antes de termos uma conversa preliminar para acordos, venham logo me ameaçando com uma greve na véspera do Natal.
Preparei minha sala de reunião e, prontamente, chamei uma rena que fosse representante do grupo para conversar. Contudo, elas responderam que teria que ser com a participação de todas as renas, em função do pedido que tinha unanimidade! Não gostei logo de início, mas, para ser democrático concordei. Depois de sentados, fui logo perguntando qual é o motivo da greve e o que elas desejavam. Uma grande rena, das mais sabidas, que corria sempre na frente e era boa negociadora, levantou e disse: Não queremos nada para nós, nosso pedido é para que o senhor dê de presente ao Capitão Azevedo, o ex prefeito, a aprovação de todas nebulosas contas durante sua gestão! Aí foi que fiquei retado, vermelho que nem um camarão e, dei uma bronca filha da puta em todo mundo e, como curiosidade, perguntei de quem tinha sido essa idéia macabra sem pé e nem cabeça, de colocar vocês num caso tão absurdo?
Escabreada, a rena líder respondeu: foram uns políticos de um partido interessado em elegê-lo deputado federal, que nos prometeu uma série de coisas para que nós fizéssemos esse pedido e que o senhor aceitasse. Prometeram até que lhe mandaria uma caminhonete cabine dupla para suas entregas e nós passaríamos a estar de folga desse serviço!
Pois não vou fazer essa merda não! E vocês se piquem daqui, vão cuidar dos seus arreios, verificar o trenó e se prepararem para nossa jornada! Saíram todas as renas cabisbaixas e com vergonha pela tolice da proposta indecente.
Papai Noel, mesmo estando retadíssimo, pensou: Essa raça de políticos, além de fazer miséria contra o povo, ainda acreditam que Papai Noel existe e é capaz de fazer milagres absurdos! Hô! Hô! Hô! Hô!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Doze homens e uma sentença!

Antonio Nunes de Souza*

O título acima é de um clássico da cinemateca mundial, que fez sucesso em 1957 como uma obra prima do suspense, realizado, praticamente, em uma sala apenas, todas suas filmagens.  Foi à estréia do jovem diretor Sidney Lumet que, até os dias de hoje, ainda faz o maior sucesso, prendendo a platéia por mais de uma hora de projeção! Uma das maiores interpretações do genial e saudoso ator Henry Fonda.
Aqui, na nossa aldeia tupiniquim, tivemos uma representação dramática ao vivo, desenrolada em várias salas as escondidas, onde onze jurados se reuniam com o próprio acusado e seus advogados de defesa, no sentido de conservar esses malditos votos e, naturalmente, modificar os dos restantes vereadores, conseqüentemente, inocentando um acusado completamente condenado, não só pelo Tribunal como, pelo povo, graças as suas desastradas ações durante sua gestão sem nenhum brilho ou respeito aos munícipes!
Felizmente, tivemos uma réplica com certa similaridade, porém contamos com onze homens e uma sentença que, mostrando as suas caras, votaram dentro de um critério correto, não se deixando vender pela troca de favores, cargos comissionados, votos extras ou outras coisas que fossem e, por respeito, medo, coragem ou dignidade, mantiveram a sentença já determinada pelo Tribunal dos Municípios, alijando, temporariamente, das fileiras políticas, aquele que foi o responsável maior dos erros cometidos!
A alegria contagiante por esse resultado, também nos deixou triste de presenciar, praticamente 50% dos vereadores (no caso dez deles), absurdamente, mesmo às claras, votarem pela inocência de um homem completamente culpado, através de provas cabais durantes todos os anos da sua desastrosa gestão, não tendo eles o senso vergonhoso de pronunciarem suas justificativas mais simplórias e insustentáveis possíveis. Obedecendo as instruções de seus partidos, corporativismo, amizade, pagamento de favores no passado, pensando em favores no futuro e outras desconhecidas coisas mais, esquecendo completamente que foram eleitos pelo povo para defender os seus direitos e não apoiar absurdos pensando nos bons resultados que terão e o município que exploda!
Foi uma vitória histórica, graças às pressões exercidas por muitos e uma derrota por ver que temos que agüentar uma grande parte de câmara, composta de vereadores que se preocupam apenas com seus benefícios!
Que esse fato seja o início de uma nova postura política na região!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Usando Mandela!

Antonio Nunes de Souza*

Dizer que Nelson Mandela foi um grande líder, político, exemplo humano, salvador do seu povo, libertador, etc. é, simplesmente, chover no molhado, pois todos os jornais do mundo já dedicaram matérias completíssimas sobre isso e, nada que eu possa dizer, constituirá alguma novidade!
Sendo assim, vendo as preparações do enterro desse homem, passei a contabilizar, anotar, estudar o tempo passado e, lamentavelmente, estou me deparando com uma enxurrada de velhos políticos que, durante dezenas de anos, mesmo militando e apregoando democracias pelo mundo a fora, jamais se dedicaram a fazer pressões contra os colonizadores cruéis da África do Sul, no sentido de corrigir a injustiça que estavam cometendo com as arbitrárias prisões de vários homens e mulheres, dentre eles o Nelson Mandela, provocando em suas  represálias assassinatos a sangue frio, matanças descabidas, além das perseguições brutais, ocasiões em que os aprisionados eram torturados até a morte!
Essa observação que faço é para aqueles que foram omissos completamente, não só pelas suas conveniências, como também, por estarem praticando as mesmas misérias em seus próprios países, contra o seu próprio povo!
Hoje, sem o menor escrúpulo e vergonha, aparecem com seus discursos sentimentais, suas grandes coroas de flores, acompanhados de suas esposas, ministros e outras companhias de homens que pretendem projetar, fazendo carinhas de santos, proferindo seus discursos patéticos e mentirosos usando a imagem e o comportamento digno e exemplar de um homem que, sem nenhuma dúvida, representou e honrou a sua etnia, dando um exemplo que jamais será esquecido. Sinto asco e repugnância por essa troupe. Uma pena que o mundo com sua grande massa ainda pura e limitada educacionalmente, deixe passar despercebida essa atitude cheia de falta de solidariedades!
Será que temos que nos adaptar a esse comportamento como uma normalidade, ou devemos lutar para tentar mudar esses podres poderes?
Voltando para suas casas, eles vão levando em suas bagagens dezenas de fotos, junto ao caixão e familiares do herói morto, para que sejam publicadas pela sua mídia marrom que, bem paga, encarrega-se da divulgação!
Prefiro, mesmo sendo considerado um tolo e louco, brigar veementemente contra esse procedimento nada humano, que hoje faz parte ativa do cotidiano dessa nossa “Vida Louca”!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Feliz Natal...

                                                         Antonio Nunes de Souza*

“Feliz Natal e próspero Ano Novo!”

Esse clichê conhecido e muitíssimo usado nos fins de anos, criado certamente pelas mídias comerciais, é claro, objetivo, simples e, sem dúvida alguma atinge seu ideal de consumismo, sendo um processo entranhado na mente de todas as pessoas, seguindo a tradição passada por gerações durante suas vidas!
Entretanto, dentro do seu bojo, pouquíssimo está explícita a intenção religiosa, já que nele as objetivações principais é que você tenha uma noite agradável, uma ceia farta, deguste bons vinhos ou champanhe, receba e dê bastante presentes e, que o próximo ano que começará seja cheio de progressos, crescimentos financeiros, melhorias profissionais, etc.. Até aí vai tudo bem, porém, lamentavelmente, pouco ou nada focaliza a parte mais importante e celestial que é a religiosidade do evento, da data, seu significado, o revigoramento da fé e, acima de tudo, o nosso amar a Deus sobre todas as coisas, pois Ele, na sua bondade, mandou seu filho Jesus Cristo para mostrar aos homens os caminhos da paz através das suas palavras e exemplos, voltando para os braços do seu Pai após bastantes sofrimentos, porém com a felicidade do dever cumprido!
Não estamos querendo desmistificar a “estória”, o que queremos é reativar a memória para a “historia”, dando um cunho diferenciado e com a objetivação mais direcionada a parte da religiosidade que, para tanto, bastaria uma modificação nesse desgastado refrão, colocando a verdade bíblica que, verdadeiramente, devemos comemorar!
Devemos nós, pelas experiências e sabedorias que somente o tempo nos ensina, fazer com que os jovens entendam a necessidade da iluminação divina que sempre clareará nossos caminhos, desde quando estejamos cumprindo nossa parte de bons cristãos!
Eu se tivesse o poder de mudar, substituiria esse slogan desgastado por outro mais longo, porém dando ênfase ao que significa o verdadeiro Natal:
“Comemore a maior data da cristandade lembrando-se, que nesse dia nasceu o menino Jesus, aquele que veio ao mundo para nos salvar. E, no próximo ano, você seja mais solidário, humano e ame aos seus irmãos como Jesus nos amou!”
Um Natal com fé é um Natal feliz!!!

*Escritor – Membro da Academias Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nossa campanha não é tão brilhante!

Antonio Nunes de Souza*

Estamos todos assistindo diariamente na TV Record, uma campanha acirrada da Igreja Universal na busca de ampliar os seus seguidores, mostrando através de depoimentos de pessoas que se realizaram, conquistaram posições sociais, financeiras e profissionais, graças os aprendizados e ensinamentos do Bispo Macedo e seus Pastores milagreiros! Depois de ressaltarem todas suas virtudes, ouvimos o fechamento muito bem bolado: Eu sou a Universal!
Analisando com cuidados especiais, sem querer ser injusto com ninguém, fiquei matutando uma série de idéias no sentido de aproveitar o gancho, também fazendo a nossa campanha, para que as pessoas que vestirem as carapuças reflitam e vejam que, “torto não pode falar do aleijado”, como dizia o sábio popular do meu avô! Então, assim sendo, também bolei a nossa campanha, parodiando a original, utilizando-me de situações que acontecem normalmente nessa vida louca que vivemos:
Meu nome é José da Silva Santos, tenho formação acadêmica, mas, poderia não ter, todos da minha família votaram em um candidato ficha suja, porém ele nos prometeu emprego para todos, quando um policial numa blitz ou no posto rodoviário, percebe que cometi uma infração, tento logo de convencê-lo a receber uma “cervejinha” para eu seguir meu caminho (e, lamentavelmente, ele aceita), quando vou a uma repartição sempre dou uma gorjeta por fora para ser atendido logo, se acontece algo na área policial comigo ou parentes, procuro logo ver se o delegado come “bola” para facilitar, dou presentes ao pessoal da carceragem para dar facilidades aos meus parentes e aderentes presos, se por um acaso chega as minhas mãos uma nota falsa em vez de destruí-la já que fui enganado, procuro um otário coitado e passo pra frente e ainda me gabo pela minha sabedoria, se me dão um troco a mais nunca devolvo, pois cada um deve prestar atenção no seu trabalho, nunca me preocupei se os candidatos são ruins para o povo e minha cidade, uma vez que o importante é ele ser bom para mim e me dar boas condições, quando o povo fala mal deles eu veja a verdade, mas, como gratidão e para não perdera a “boca”, muitas vezes os defendo veemente!
Por essas razões que declarei acima, posso me orgulhar (?) e dizer:   EU SOU CORRUPTO E CORRUPTOR!
Absurdamente é lamentável, mas, tudo que foi dito é normalmente usado na vida do brasileiro, obvio que tem as exceções, que infelizmente a cada dia estão sendo minimizadas, graças ao péssimo sistema já enraizado e implantado na nação tupiniquim!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Escolas, hospitais ou presídios?

Antonio Nunes de Souza*

Certamente, se for feita uma pesquisa criteriosa e bem traçada, teremos índices contraditórios, as similaridades nas três áreas será difícil, pois, cada brasileiro tem sua opinião sobre as prioridades, achando que, alavancando ou ampliando certos setores, soluções serão sanadas imediatamente. Mas, sabemos todos, ou deveríamos saber que não existem tomadas de posições e projetos em qualquer setor, que se consigam resultados concretos imediatamente. Principalmente e lamentavelmente nas administrações públicas, onde para fazer um projeto andar, ser aprovado depois de contestações e emendas, acordos partidários, liberações de verbas, licitações, etc., a demora é tamanha que, antes do início das referidas obras, já surgiram vários outros problemas tão graves quanto, desviando as atenções não só dos políticos como, lamentavelmente, do próprio povo reivindicador!
É obvio que as três vertentes são altamente importantes, num país que cada dia precisa ser mais bem educado para melhorar o nível qualitativo de sua população, impulsionar progresso, preparar educadores responsáveis e comprometidos, pensando obter no futuro frutos invejáveis e respeitados mundialmente. A educação é a base de tudo em nossas vidas, pois, através dela e com ela, galgamos os maiores obstáculos chegando a realizar nossos sonhos de cidadania e o desejo de transmitir os saberes adquiridos! Meus respeitos aos professores serão sempre eternos, principalmente para aqueles que, mesmo com remunerações aviltantes, se sacrificam com suas labutas diárias!
Partindo para a saúde, outra área de igual valor, já que uma alimenta as mentes, formações e profissionalismos, a outra cuida do corpo e da alma. Percebe-se claramente que ambas são de grande importância no contexto geral da vida. Temos, sem nenhum favor, encará-las como igualitárias! Porém, como citamos acima, todas as operações lentas, demoradas e falta de interesses políticos de uma expressiva gama de homens, que apenas estão comprometidos com os seus interesses, sempre são mudadas as administrações, mas a metodologia e desempenhos são sempre repetidos como se fosse a mecânica normal do condenável sistema!
E, infelizmente, pela falta abundante da educação e saúde, aliada ao desemprego, falta de moradia, segurança claudicante com infiltrações de bandidos, corrupções, peculatos, avanço mundial na distribuição e venda de drogas e prostituição, ampliamos a criminalidade de tal forma, que já não temos onde colocar essa quantidade gigantesca de marginais. Ainda tendo que enfrentar uma justiça que se baseia em leis obsoletas que, propositadamente no passado, já deixaram as brechas como válvulas de escape para aqueles que têm condições financeiras para utilizá-las. Por outro lado, pelo número avantajado de prisões, com a falta de vagas a justiça também é obrigada a fornecer alvarás de soltura para muita gente que não merece que, imediatamente, voltam para a vida criminosa!
A verdade é que as três coisas são muito importantes, assim como centenas de outras, e nós temos que ficar gritando por socorro nas ruas, servindo de “acarajés e abarás” para os policiais nos encherem de pimenta, achando que no “nosso” é refresco!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Voltando as normalidades!

Antonio Nunes de Souza*

Logo no início das passeatas municipais, estaduais e nacionais, tive oportunidade de externar através artigos que, infelizmente, tudo não passava de estímulos das oposições vencidas nos pleitos eleitorais, procurando dificultar o início de novas administrações no sentido de mostrar ao povo que votaram errado. Obviamente, com essas atitudes imaginam ganhar novos adeptos e a simpatia popular para o futuro!
Mas, esse desgastado e insípido comportamento, usado religiosamente há dezenas de anos, mesmo atrapalhando muito o início das gestões, são com algum trabalho e coragem superados, já que toda classe política e partidária usa desse velho expediente, nunca renovando com novas idéias e atitudes mais consistentes e verdadeiras. E, sabedores que enfrentarão essa mesma revoada de greves, passeatas, reivindicações, ameaças, etc., sempre se preparam para refutar os comportamentos de atos que também fariam se perdedores tivessem sido!
Praticamente já completando um ano nas prefeituras, aqueles prefeitos que, realmente, têm compromissos com as comunidades, passadas as agonias iniciais, regaçaram as mangas e estão suando suas camisas para fazer algo cumprindo suas promessas de campanha e, claro, reestruturando o que encontrou em abandono. Entretanto, mesclando essa gama de homens sérios e qualificados, temos a tristeza de ver uma série desses aproveitadores, que somente entraram na política para levar vantagens pessoais e financeiras. São uns pulhas covardes, que desconheço as razões de Deus ter dado a essas figuras a capacidade de arrebanhar ao seu favor, milhares de eleitores cheios de fidelidades!
Quando me refiro à volta a normalidade é exatamente por ter convivido por mais de um cinquentenário, assistindo e também participando, pois, ninguém pode dizer que nunca foi passivo de ter passado por “Maria vai com as outras” em função da inexperiência na juventude! E, muito embora o caos geral continue gerando em todas as áreas, principalmente a da segurança, todos já estamos nos acostumando a ver e ouvir tantas barbaridades, políticas e criminosas, que chegamos ao ponto de ter que encarar tudo isso como uma coisa normal no novo comportamento humano que, numa loucura geral, preferem a selvageria insana, lastreada nos hediondos crimes, peculatos e corrupção! Para esses, não existem pessoas boas. E sim, idiotas!
Se cada um dos chamados “idiotas” desejarem e deixarem de ser omissos, fazendo suas modéstias parcelas de ajuda, pode até acontecer algum milagre e, com a graça de Deus, voltaremos a uma normalidade invejável e digna de todos e para todos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A filha do Pastor!!!

Antonio Nunes de Souza*

Marli poderia ser filha de um padre (conheci vários que eram e são pais), Pai de Santo, Macumbeiro, Rabino, Monge budista ou outro religioso qualquer, inclusive até de um homem comum sem ligações maiores com religiosidades ou crenças. Mas, para que a verdade seja dita, essa linda moça era filha do Pastor Eduardo, conhecido e altamente conceituado na região, graças seus cultos enxertados de pregações bonitas, inteligentes, convincentes, que prendiam seus fieis durante horas ouvindo e aplaudindo suas maravilhosas mensagens!
As Aleluias e mais Aleluias, misturadas as Glorias a Deus eram uma constante na lotada igreja, sinalizando a vizinhança que, naquele momento, o Pastor Eduardo estava apascentando suas ovelhas!
Até aí tudo bem, admirável e bonito, mas tenho que mostrar o paradoxo de tudo isso, falando sobre como era o comportamento de sua única filha, moça lindíssima, corpo escultural, estudante de direito com aproveitamentos impecáveis na faculdade, porém, por uma fatalidade, havia sofrido um acidente (atropelamento) e, infelizmente, perdeu ambas as pernas na altura dos joelhos, passando quase um ano hospitalizada até a sua recuperação física e psíquica. Contudo, depois dessa tragédia, Marli resolveu deixar de lado os salmos e os versículos bíblicos, dedicando-se seduzir com a sua beleza todos os homens que podia, entre os jovens colegas que, pelas suas idades, não ligam muito para alguns detalhes quando desejam satisfazer suas necessidades sexuais. E, como ela era realmente tentadora e sexy, nada era difícil nas suas diárias conquistas. Havia um detalhe que era ao seu favor, pois, antes do acidente, todos viviam babando por ela e Marli só pensava em ir para o céu ficar ao lado do Senhor. Então...depois dessa abertura, mesmo sem uma parte das pernas, ainda era gostosa e também dava um sabor de vingança e desejo reprimido na rapaziada!
Começou a freqüentar festa, eventos, shows, pagodes, etc., sendo que seus amigos e colegas (todos interessados em transar com ela), iam buscá-la de carro, comiam, bebiam e, estranhamente, tiravam ela para dançar, segurando-a pela cintura, ela colocava suas coxas encaixadas de tal forma nos parceiros, que pouca era a força necessária para uns minutos de dança e esfregação. No fim da noite os mais espertos a pegavam e, levando para sua casa (um pequeno sítio perto do centro), paravam em uma árvore que tinha um galho onde as crianças durante o dia armavam gangorras, colocavam Marli pendurada com suas mãos, baixavam suas roupas e, com a cumplicidade e desejo dela, partiam para uma engenhosa e inusitada transa florestal. Por mais estranha que pareça, essa operação era quase que diária, fazendo a felicidade de Marli e, conseqüentemente, daqueles que desfrutavam de tal inusitado comportamento. Acabada a transa, eles a levavam para casa dando-lhe beijos de boa noite!  Mas, num curso de férias apareceu um estudante de outra faculdade e, como não conhecia a cidade, pediu aos colegas informações sobre como ele poderia transar numa boa sem complicação. Logo informaram a Marli como o ideal para ele pela facilidade e porque a essa altura, ela já estava tão viciada que não enjeitava parceiros!
Noite de seresta na faculdade, todos se reuniram e nosso visitante também no meio, quando viu Marli, ficou logo assanhado, pois, sentada, por sua beleza e corpo bem feito, seios lindos e pontudos (ainda), qualquer homem esquecia e nem olhava a falta dos joelhos para baixo. Ele começou a dança com ela, se adaptando as posições que a essa altura ela já orientava suas novas conquistas e, depois de algumas horas, ela pediu para ir para casa, já pensando na trepadinha arborizada no caminho. No lugar previsto, pediu para parar o carro, orientou o visitante e, sem nenhuma conversa, mandaram “ver” sem dó nem piedade, só parando quando gozaram demoradamente na mesma hora. Ela chegou a babar de emoção! Ele pegou Marli no colo, levou para o carro e seguiu para casa dela. Mas, no caminho, o álcool já havia passado e ele arrependido, chegou a porta da casa, tocou a sirene e, quando o Pastor Eduardo apareceu, chorando e envergonhado, falou entre lágrimas para o ministro de Deus: Senhor, me perdoe, pois me aproveitei de sua filha e agora estou trazendo-a para casa!
O Pastor Eduardo, com sua voz pausada e sacro-santa, apenas disse com um sorriso nos lábios: Meu filho pare de chorar que Deus lhe perdoará, pior são uns filhos da puta que, além de comerem ela, deixam lá nua e pendurada para eu ter que ir buscar pela manhã!


*Escritor Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Devemos ser justos!

Antonio Nunes de Souza*

Por mais que não queiramos fugir da nossa característica normal de escrever sobre fatos do cotidiano da nossa vida louca, temos que aproveitar os momentos de pouca inspiração criativa, para, sem favores ou bajulações partidárias, reconhecer os trabalhos que estão sendo executados em nossa cidade, através de algumas poucas secretarias que regem determinadas instituições ou órgãos!
Praticamente passado um ano do novo governo, estamos vendo e sentindo uma morosidade sem limite em algumas secretarias que, para não sermos injustos ou incoerentes, não queremos nem devemos dizer que a culpa é da falta de competência, mas, infelizmente, aprendi e jamais esqueci que as competências são medidas pelos resultados e, claramente, esses resultados têm sido tão pobres ou invisíveis, que não podemos mais esperar atitudes nos cargos que foram ocupados por compromissos políticos, sem que essas pessoas tenham as qualificações necessárias, desejadas e eficientes. Gostaria muito de saber quando os prefeitos se conscientizarão que seus maiores aliados são os eleitores, ou seja, o povo. Então...essas parcerias partidárias com pequenos e aproveitadores partidos de aluguel, que somente almejam cargos para seus chefes ou familiares, inchando as folhas com incompetentes, só faz deixar o povo decepcionado com suas administrações e falta de pulso e compromisso com os municípios!
Lamentavelmente, esse sistema de parcerias muitas vezes com partidos de maiores expressões, já se tornou uma tônica tão habitual e corriqueira que são feitas nos bastidores, onde, vergonhosamente, o inimigo de ontem é o amigão de hoje ou idolatrado amanhã. O importante é ganhar as eleições, agradando ou não o pobre povo que, passivamente, assiste essas parcerias nada benéficas, vendo que somente serviu de degrau para novos e ambiciosos políticos!
Esse longo e necessário preâmbulo é para, com justiça, ressaltar os trabalhos eficientes e comprovados, vistos com clareza, realizados pelo Hospital de Base tendo o médico Paulo Bicalho a sua frente, a EMASA com o eng. Ricardo Campos Pereira e, no desenvolvimento da cultura tão essencial, contamos na FICC com seu presidente o geólogo Roberto Santos, surpreendendo todos com uma administração próspera e mais que eficiente. Por essas razões é que achamos que devemos ser justos, criticando ou elogiando quando sentimos descasos ou responsabilidades nas ações. Parabenizamos essas vertentes e, com esperanças, aguardamos para demonstrarmos nossa gratidão em outras áreas tão necessárias para colocar nosso município num patamar de grande cidade.
Não custa nada fechar esse artigo deixando uma pergunta importante no ar: “Quando será que vamos ver Itabuna, em todas as ruas e avenidas, como um feirão desorganizado como se fosse uma festa de largo, passeios e ruas ocupadas por centenas de bares?”


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

sábado, 23 de novembro de 2013

O Natal está chegando!

Antonio Nunes de Souza*

Com a aproximação dos festejos natalinos, jamais poderia me esquecer de Zeca Barbudo que, por cultivar carinhosamente uma bonita barba branca, ganhou esse apelido há bastante tempo. E, em função disso, sempre fazia o papel de Papai Noel nas festas da sua família como também em alguns eventos das escolas dos seus filhos. Lógico que tudo isso era uma graça para ele, pois não tinha nenhuma remuneração, mas, via-se em seu rosto, mesmo maquiado, o brilho da sua satisfação. Era um Papai Noel de mão cheia e dava seu recado com amor, beleza e educação. Por esses motivos, evidentemente, era amado pela criançada e suas mães corujas que acompanhavam suas lindas crias!
Os anos foram passando, sua fama crescendo na cidade e um dia, inesperadamente, recebeu uma carta de um grande Shopping Center, solicitando sua presença para uma reunião, no sentido de tratar de assuntos do seu interesse. Obviamente, ficou curioso, porém imaginou que poderia ser uma boa proposta de emprego já que tinha como profissão a área da economia e administração de empresas e, ainda com cinqüenta e nove anos, já estava aposentado, procurando algo para fazer no sentido de ampliar seus rendimentos.
No dia marcado, colocou seu blazer favorito e, sem pestanejar, saiu de casa em direção a empresa, já pensando que voltaria a ter a sua sala e retornar ao trabalho que tanto lhe agradava. Entretanto, chegando lá foi bem recebido pelo diretor de recursos humanos, acompanhado do responsável pela agência de publicidade, sentaram-se e, sem delongas, foram logo dizendo: Você é exatamente o homem que estamos precisando muito nesse momento! Não precisa dizer que essas palavras encheram seu ego de confiança e alegria, dizendo pra si mesmo: Oba! Já estou empregado!
-Poderiam me explicar com mais clareza de que se trata?
-Fizemos um estudo, pesquisamos sua pessoa, comportamento e chegamos a conclusão que o senhor poderá ser o símbolo do nosso Natal, representando a figura de Papai Noel.
-Senhores, embora já tenha feito esse bonito papel dezenas de vezes para a família e eventos de amigos, não levo isso à sério como uma profissão complementar que possa ser usada comercialmente.
-Pois, a partir desse momento, passe a encarar essa nossa proposta como algo especial, uma vez que estamos dispostos a lhe remunerar com R$20.000,00 pelo seu trabalho de apenas 6 horas diárias durante os meses de novembro e dezembro. Com refeições e lanches, além de um carro para buscá-lo e levá-lo para casa diariamente. Apenas não terá folgas, pois nossas lojas abrem todos os dias.
Em princípio, achando que seria apenas um bico sem maiores significações, até riu intimamente, contudo, pela nota que iria receber para fazer algo que lhe deixava feliz, acabou aceitando, sem mesmo comunicar a sua família. Imaginando como seria engraçado contar para a mulher, filhos e seus melhores amigos. Assim sendo, ficou tudo combinado, assinaram contrato e já marcaram para ele tomar instruções sobre o comportamento que teria que exercer durante o trabalho.
Voltou para casa, sorrindo sozinho em função da proposta inesperada, para fazer algo que, certamente, além de fazer a felicidade da criançada, também o deixaria com o espírito elevado perante Deus. Achou que receberia uma gozação emérita de todos, mas, ao contrário disso, foi agraciado com carinho e estímulos de todos que, orgulhosos, ficaram loucos para vê-lo em ação.
No seu primeiro dia, logicamente um pouco nervoso por ter que enfrentar milhares de pessoas diariamente, estar sempre sorridente e abraçar as centenas de crianças que o rodearia. Porém, seguiu em frente, dirigiu-se ao departamento de maquiagem para ampliar a barriga quase inexistente, além de colocar suas bochechas avermelhadas como são representadas a de S. Nicolau. Seguiu para sua cadeira de espaldar alto e toda trabalhada, bastante acolchoada, braços confortáveis, banco para descansar os pés, etc. Um conforto digno do rei da festa. Sentou-se relembrando as recomendações do diretor de marketing e, silenciosamente, fez uma oração, pedindo a Deus que tudo funcionasse a contento.
Na proporção que o shopping ia enchendo, maior era o número de crianças, suas devotas mães os colocavam em seu colo para tirar fotos, cochicharem seu pedidos de presentes, dar beijos e abraços, enfim, curtirem aquele momento de sonho e afetividade que as criançadas dedicam ao seu maior doador de presentes na infância. Ouvia tudo com carinho, minimizando com cuidados os pedidos mais absurdos, prometendo que tentará cumprir, etc.
No fim do seu expediente, bastante elogiado pelo pessoal da empresa e os lojistas esperançosos por boas vendas, se desfez de suas vestes, indo para casa no veículo fornecido pela diretoria. Lá chegando foi recebido com beijos, abraços e um jantar especial comemorativo pela sua nova e maravilhosa função profissional. Porém, ao deitar-se, resolveu passar um filme dos seus contatos com as crianças e, com sua memória privilegiada, passou a lembrar de alguns pedidos carregados de inocência e amor, onde a maior preocupação era com a segurança de seus pais e irmãos, implorando que os protegessem dos ladrões, assassinos, motoristas bêbados, policiais perversos e incompetentes, balas perdidas e outros perigos maiores e menores que, pelas suas idades, me deixaram bastante estarrecido, mas, lembrei-me que, com as informações diariamente e constantemente das TVs, essas crianças já estavam super familiarizadas com essas barbaridades das nossas loucas vidas cotidianas. Alguns, por incrível que possa parecer, pediram para que eu não deixasse nem seu pai nem sua mãe os matassem! No meio da multidão você, logicamente, promete quase tudo, principalmente esses pedidos esdrúxulos, mas, naquele momento que você tem de paz para raciocinar, começa a sentir como a selvageria está tomando conta dessa nova geração que, logicamente, serão os futuros dirigentes da nação. Esse detalhe foi marcante e deixou-lhe pensativo e aflito por longo tempo, até que o cansaço o levou para os braços de Morfeu!
Na manhã seguinte, ainda inculcado com aqueles pensamentos nada agradáveis, fez algumas coisas em casa e, as 14:00 horas o carro chegou para levá-lo. Preparou-se e seguiu para seu especial lugar, onde já havia uma grande formação de aconchegantes mães e crianças para a rotina normal do contato pessoal com o velhinho presenteador. Seguiu normalmente com suas atividades, que se tornam uma rotina diária, mas, existe uma mudança constante nos pedidos, principalmente os mais absurdos e inviáveis de serem cumpridos, somente se for uma dádiva divina, pois, a capacidade humana sem estar aliada a uma boa solidariedade, dificilmente poderá dar resultados alentadores e respeitáveis na nossa vivência cotidiana. Existem duas vertentes de comportamentos: a boa e a ruim!, Porém, por uma burrice descomunal, o homem apóia a segunda, sem atinar que agindo assim está criando cobras para serem picados no futuro. São uns tolos travestidos de sabidos!
Esses pensamentos todos passaram e continuam passando pela cabeça do nosso querido Zeca Barbudo, deixando-o triste, ressentido dentro de uma depressão, uma vez que não consegue se convencer que estamos vivenciando um sistema estúpido de individualismo e egoísmo. Tornou a voltar para casa no horário normal, carregado de alegrias e, em seu saco mental, não deixou de gravar as lamúrias e os pedidos terríveis feitos pelas crianças, esperançosas da sua competência em realizar seus desejos afetivos e materiais. Nada comentava a esse respeito com os familiares, guardando dentro de si todas as mágoas que o atormentavam.
Alguns dias depois, já costumado e com desenvoltura no trabalho, ao cair da tarde, ladrões tentaram roubar uma joalheria e, com o aparecimento da polícia, começou um bruto tiroteio no ambiente, muitas correrias e Zeca Barbudo naquele momento estava com duas crianças no colo e para protegê-las, se levantou correndo exatamente para a saída, onde, infelizmente, estava centralizada a artilharia. Nesse instante, não sabendo de onde, recebeu um certeiro tiro no tórax, deitou-se sobre as crianças para protegê-las e desmaiou. A confusão acabou, chamaram o SAMU para atendê-lo e algumas outras pessoas com ferimentos leves em função das correrias. Quando o colocaram na maca, completamente imóvel e mudo, Zeca ouviu de uma criança aflita que gritou bem alto: Papai Noel não morra antes do Natal para você me dar meu presente! Ele, fazendo uma força que somente Deus poderia lhe dar naquele momento, abriu os olhos, disse que sim e, duas lágrimas saíram escorrendo em sua rosada face, enquanto seu corpo dava os últimos estertores da morte!
Perdemos todos, esse homem bom, solidário, humano, um exemplo de como deveríamos ser todos nós. Jamais esqueceremos Zeca Barbudo que, com seu sorriso e suas vestes, encantou e deu brilho a centenas de festas natalinas e, por uma razão que jamais tive explicação plausível, foi levado num dos momentos mais felizes de sua gloriosa vida.
Reconheço a minha dúvida de fé, mas jamais me conformarei com o dito popular já enraizado perante os religiosos: “Os bons Deus leva para perto Dele!”. Será essa uma medida cheia de sensatez?

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Essa nova promessa será cumprida?

Antonio Nunes de Souza*

Esperamos todos que sim! Essa pergunta enfática e esperançosa é com relação à construção da nova ponte para a travessia Ilhéus/Pontal que, por ser mais uma via de escoamento, torna-se super essencial e necessária, inclusive para estender mais ainda o mercado imobiliário, ainda carente no outro lado da ilha, em função, principalmente, das grandes dificuldades de deslocamentos (idas e vindas) constantes durante o dia!
Como todos têm ciência, a moradia na faixa Pontal/Olivença, indo até Cana Brava, é aprazível, salutar, generosa com suas vistas praianas belíssima, sendo e demonstrando ser ideal para se ter uma residência confortável, saindo das normais confusões das áreas urbanas centrais. Hoje podemos verificar, claramente, que muitas pessoas que no passado construíram suas casas como repouso de veraneios, estão se mudando para essas residências com as maiores satisfações, mas, infelizmente, a falta da tão prometida nova ponte, ainda deixa muito a desejar, principalmente, nos horários pontuais de meio dia e dezoito horas!
Desta feita, segundo o governador Wagner em suas últimas declarações, já estão sendo processadas as providências de praxe para o início das obras, verba também disponibilizada e, faltando pouco para que vejamos em breve a realização desse sonho desejado pela população da região, principalmente, ilheense,
Imaginamos que, com essa expectativa de uma possibilidade, praticamente concreta, a essa altura a valorização imobiliária de lotes, terrenos para condomínios, edificações existentes, etc., já esteja, sorrateiramente, acontecendo como é habitual em casos semelhantes em outras localidades.
Nós estamos torcendo por esse acontecimento pois, com o crescimento e implantação de novas construções, obviamente, veremos uma grande amplidão comercial, principalmente na área de materiais básicos e sofisticados, que criará uma nova cidade nessa linda parte litorânea!
Não vamos nos ater a falar sobre a parte hoteleira, bares, barracas, restaurantes, etc., uma vez que, fatalmente, essa vertente deverá ser enriquecida por si só, porém, com uma necessidade premente de uma melhoria nos serviços, menores explorações nos preços, qualificar funcionários, oferecendo uma gama de atendimentos que o turista deseja e merece!
Estamos atentos acompanhando de perto os andamentos, para que possamos estar cobrando e informando aos nossos leitores!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral2@hotmail.com

domingo, 10 de novembro de 2013

Vamos para o sul da Bahia!

Antonio Nunes de Souza*

Mediante as boas perspectivas de ganho de uma fatia respeitável do território baiano nessa região, as tribos do Xingu, índios verdadeiros e comprovados, acharam por bem preparar uma excursão com vários ônibus, claro que com a ajuda da FUNAI, para que pudessem se solidarizar aos seus distantes irmãos Pataxós!
Como todos nós sabemos e conhecemos, as tribos da região amazônica são realmente composta de índios verdadeiros e autênticos, que preservam suas culturas, línguas ou idiomas, muito embora uma fatia deles já está se familiarizando tanto com os hábitos, como também com as tecnologias que, não é de se duvidar que dentro de alguns anos, todos se transformarão em mestiços e não mais será necessária essa divisão de etnias, assim como está acontecendo com os negros que, paulatinamente, está produzindo a etnia brasileira, ou seja, mulatos com características mescladas de brancos, negros e uma fatia de índios, onde veremos negros com cabelos lisos, sem as narinas achatadas, olhos verdes ou azuis, etc., talvez uma nova etnia que, com a influencia genética dos negros, certamente, será bem mais fortalecida e menos passiva de doenças.
Voltando a causa principal do assunto, podemos acreditar que nossos indígenas das paragens amazônicas, ficarão assustados e estarrecidos quando depararem com esses pseudos pataxós, que temos até dúvidas se nas suas três últimas gerações passadas, tinha alguém que pudéssemos registrar como índios tribais autênticos, pois o que os caciques do Xingo encontraram foi um amontoados de mulatos e sararás que nunca pegaram em um arco e, malmente, devem conhecer uma lança. Vestir-se como índio não é difícil para ninguém, pois, muito tempo atrás, eu mesmo fazia minha fantasia de Sioux ou Cheyenne com penas de galinha e peru, tanga de saco de aniagem, colares de contas e, bastava pintar a cara e umas penas na cabeça, estava ali representando um verdadeiro índio, mas, sem querer tomar as terras alheias alegando que eram herança dos meus antepassados. Simplesmente para brincar o carnaval!
As televisões, jornais, rádios e blogueiros, ávidos para ver esse histórico encontro, se aglomeravam com suas câmeras e microfones em volta duma roda composta pelos chefes representativos das tribos visitantes e a as locais, obviamente para conversarem e fumarem o cachimbo da paz. Mas, quando os caciques Touro Sentado e Nuvem Serena se depararam com os caciques locais, Touro Sentado se levantou de um salto, Nuvem Serena deu dois relâmpagos e um trovão e, indignados disseram em coro: “Nós não acreditamos no que nossos olhos estão mostrando. Se branco fizer DNA desses supostos índios, vai encontrar no máximo 5% de descendentes de terceira ou quarta geração indígena, misturados mais que PF de restaurante de terceira na beira das estradas.”
Foi uma completa celeuma, “babau” que a reunião/encontro foi para o brejo, os índios entraram nos ônibus e, já saindo, um repórter perguntou a Touro Sentado qual era sua opinião sobre o assunto. E ele, sem pestanejar disse: “Se o governo tiver que devolver terras produtivas, com seus donos administrando há dezenas de décadas, terá que devolver toda nação brasileira aos índios, pois, quando todos aqui chegaram somente haviam índios no território brasileiro. Mas, fazer agora uma nova “capitania hereditária” em favor dos índios ou seus descendentes e supostos, seria uma atitude nada benéfica e que traria sérios constrangimentos para todos os envolvidos!”
Com essa declaração enfática a caravana partiu cantando uma canção na autentica língua tribal que, apenas consegui traduzir um único verso do refrão, que em nosso português seria assim: “Porra meu irmão, porra meu irmão, perdemos nosso tempo vindo aqui para esse chão!”

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Eu disse que as águas iam rolar!

Antonio Nunes de Souza*

E estão rolando numa proporção não vista nos últimos oito anos, em função do descaso das administrações anteriores que, infelizmente, não se dedicaram com afinco para resolver os problemas novos e antigos relativos aos fornecimentos do líquido precioso, tão importante para a sobrevivência humana, dando inclusive uma condição higiênica a população!
O que não é possível é atender como se a nova presidência, entregue ao Engenheiro Ricardo Pereira, seja cercada de mágicos e fadas madrinhas, para com dez meses solucionar todas as necessárias e justas reivindicações dos munícipes. O que é importante nesse caso é que a equipe técnica da empresa está atenta, catalogando os problemas de maiores essencialidades e já atacando em suas raízes e, ao mesmo tempo, tratando da manutenção básica para um funcionamento a contento, não deixando nenhuma vertente da cidade sem seus bombeamentos, mesmo em quantidades somente paliativas, até que as coisas se normalizem por inteiro.
Esse é um trabalho técnico e profissional que se fazia necessário, já que anteriormente as direções foram inteiramente políticas, onde os interesses pessoais ocupavam os primeiros lugares e as “águas” apenas jorravam para seus tanques privativos e particulares. A preocupação de vender a EMASA sempre foi sinalizada como a finalidade precípua e ideal. E, talvez por essa razão, prestava-se um serviço totalmente a desejar, provavelmente para demonstrar que a venda seria o ideal e uma necessidade, livrar a cidade de um órgão deficitário. Felizmente, dado aos esforços e denúncias de algumas pessoas e entidades, não foi concretizado essa negociação!
Estamos vendo em todos os bairros e na parte central, os equipamentos, máquinas e homens, trabalhando bastante e, sem querer ser gentil, essa administração está fazendo jus à ocupação do cargo. Tenham paciência, pois não será com um ano que teremos todos os resultados e soluções, mas, com certeza, assim como diversas melhorias já estão sendo feitas, melhores dias virão quando as águas começarem a rolar! Esse artigo fez me lembrar de um Hai Kai que vi e li na revista o Cruzeiro há mais de cinqüenta anos, do nosso saudoso Millor Fernandes, que era assim:
Nessa eu não me engano, o destino da água é entrar pelo cano!”
E Ricardo, nosso “Pereirão” não está medindo esforços para que isso aconteça!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com