A ficção que poderá virar verdade!
Antonio Nunes de Souza*
Estamos às vésperas de uma possível grande guerra mundial, sendo o grande pivô os Estados Unidos da América! Vivemos o ano de 2051, depois de passados dezenas de anos das eleições para presidente, vencida pelo negro Barack Obama, provocando uma guinada jamais esperada num país com a tradição racista das mais fortes no mundo.
Provavelmente, a escolha desse homem para governar o país naquela época, que sempre foi considerado a maior potencia mundial, deveu-se a insatisfação do povo americano imaginando que uma mudança radical seria a solução para resolver seus problemas, causada pela própria prepotência e arrogância enraizada no patriotismo dos ditos super homens.
Assim pensando, elegeram o primeiro negro para habitar a casa branca em 2008, começando a nova era, onde os “afros e seus descendentes passaram a ocupar um espaço que, por muitos anos, não tinham nem nas escolas e nem em quase lugar nenhum descente, excetuando a copa e a cozinha.
Começamos a ver e sentir de perto, que o negro não é apenas bom nos esportes, danças, músicas, etc., como se pensava e era difundido nas escolas. Assim que tiveram oportunidades, conseguidas com muita luta e perseverança, foram chegando pelas beiradas e, num piscar de olhos, passaram a ocupar lugares e cargos de destaques mundiais, mostrando a capacidade de uma brilhante etnia, jamais prestigiada em todo mundo, graças ao imbecil preconceito racial que, estupidamente, supõem que a cor da pele ou cabelos lisos aumenta o QI das pessoas.
Então, décadas atrás, depois que o Presidente Obama iniciou uma conscientização e união dos povos, para que todos fossem beneficiados uniformemente, mesmo com a resistência de uma grande parte da população, isso foi conseguido progressivamente nos seus oito anos de governo, graças à reeleição, tendo sofrido nesse período o mesmo número de atentados contra sua vida. Mas, assim mesmo, conseguiu colocar sucessores da mesma etnia.
Se os negros já tinham seus valores através do esporte, dança, música e, com destaque, o cinema, normalmente foram aumentadas suas cotações preferenciais graças a política. E, afetivamente, ampliando significativamente o nascimento de mulatinhos e sararás, etc., dando uma alavancada espetacular na miscigenação americana. Não raro encontramos babys pretinhos com olhos azuis, verdes, violetas, alguns até com cabelos lourinhos e lisos (esses últimos são raros, pois, o cabelo pixaim, meu irmão, é forte demais). Nessa época já começava a nova era americana e o fortalecimento do negro no continente, uma vez que foram ampliadas as ajudas aos países africanos e a entrada para estudantes e estagiários nos States foi uma dádiva para os que chegavam e, conseqüentemente, reforçava a já maioria da nova raça que surgia no país. Para nós brasileiros isso não constituiu nenhuma novidade, pois, desde o descobrimento, que misturamos raças mais do que feijão com arroz ou café com leite. Mas, para os americanos, em geral cheios de preconceitos, foi uma novidade aceita aos poucos, ou forçosamente, pela realidade dos fatos.
Imaginem vocês, até a igreja católica habituada a se aconchegar aos poderes para ter vantagens, mudou a exclamação tradicional da santa missa de: Hosana nas alturas, para “Obama nas alturas”. Vexatório, mas faz parte da história!
Os presidentes que sucederam Barack Obana acompanharam a sua política e, nessas décadas, os negros ampliaram seus poderes, direitos, respeito e população. Se olharmos hoje numa visão panorâmica o Central Parque, raramente poderemos visualizar um branco (a não ser os garis), em virtude dos nascimentos de mestiços que, pela força do poderio da raça, deixa seus traços bem delineados nas características.
E, não sei se por vingança ou necessidade, já que a Europa tornou-se decadente, o dinheiro do mundo centralizado nos States e os negros já não querem mais se submeter aos serviços domésticos ou subempregos, alguém teve a triste idéia de aproveitar a situação e explorar a escravidão de brancos que, lamentavelmente, transformou-se em uma antiga África em função da fome e da miséria.
Já em 2047, sorrateiramente, a marinha americana começou a trazer europeus para realizar trabalho escravo, escudando-se em declarações que estavam ajudando um povo sofrido e decadente. E, de 2049 em diante, era comum chegar diariamente nos portos de New York, navios carregados de brancos, denominados de “Navios Branqueiros”. Talvez uma alusão aos nossos antigos e trágicos navios negreiros.
Na verdade não havia os maus tratos de senzalas, chicotadas, etc., mas, o trabalho era duro, fiscalização policial forte e, aqueles que não estivessem correspondendo nas funções, eram duramente penalizados, inclusive devolvidos as suas origens onde a fome campeava.
Felizmente, depois de reuniões confidenciais constantes entre todos os países do mundo (já que através da UNO seria inviável), programaram uma invasão armada, no sentido de conseguir sair do julgo dos Estados Unidos, agora liderados pelos pretos detentores das maiores fortunas e os mais elevados cargos.
Hoje, ano de 2051, em qualquer empresa pública ou estatal seus presidentes e diretores são todos negros, mulatos e sararás. Aos brancos são reservados os cargos de terceiros e quartos escalões, mesmo assim os nascidos e legalizados no país. Aos brancos importados da Europa são destinados os serviços de faxina em geral. Os chamados subempregos que no passado eram destinados aos imigrantes.
Nossa preocupação nesse momento é que, a qualquer hora, podemos ver nos céus aviões bombardeando Washington e Nova York e o pânico reinando em todo mundo, já que os interesses são grandes e existem solidariedades divididas para ambos os lados.
Lamentavelmente, seja o que Deus quiser! Sem nenhuma dúvida, agora podemos dizer, literalmente, que as coisas estão pretas!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
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