Esse homem tem toda razão!
Antonio Nunes de Souza*
Precisando dar minha opinião na área das famosas premonições que se espalham em todo mundo, convivendo na Bahia, terra dos Orixás e crenças africanas, que misturadas com a cultura dos Tupinambás e Tupiniquins, não se pode deixar de acolher o crédito de um bom e experiente jogador de búzios que, geralmente, são pais de Santos. O escolhido deve ser Avô de Santo, pois, cabeça e barba são brancas como a pomba da paz.
Famoso pelos seus acertos passados, trabalha com hora marcada e triagem na clientela, priorizando aqueles que, de alguma forma, promova suas virtudes na mídia ou nos circuitos sociais de ponta. Vê-se logo que nosso “vovô adivinho” não tem nada de besta!
Fui recebido por um casal de jovens vestidos de branco, bem penteados e unhas feitas, demonstrando que o serviço era de primeiro mundo, apenas baseando-se nas técnicas e tradições do terceiro. A moça solicitou que sentássemos e, consultando seu computador hi-tech, checou minha consulta e, no interfone, anunciou minha presença, recebendo uma resposta numa voz sonora e forte, autorizando minha entrada.
Foi nessa hora que fiquei conhecendo o homem descrito acima. Apenas um novo detalhe: O coroa estava com um terno Pierre Cardin de cambraia inglesa, camisa Pólo, gravata que pelo corte deveria ser italiana e um sapato que não precisava se saber a marca para ver que era especial. Quando o cara apertou minha mão e pediu para sentar-me, deu um sorriso que parecia uma passeata de ambulâncias de tão brancos que eram. Tenho que confessar que me senti logo humilhado com minha calça jean comprada numa promoção de uma lojinha do calçadão da Rui Barbosa, camiseta hering e uma sandália de couro cru que comprei na feira livre em Feira de Sant’ana. Sem contar dois dentes escurecidos que tenho na frente, graças uns “canais” que fiz na juventude com um charlatão e nunca liguei para tentar consertar. Não sou chegado a vaidades, mas, naquele momento, me senti um verdadeiro cu de cobra (além de arrastando no chão, ainda situado lá no fim do rabo). Ele não me olhava com desprezo, pois sabia que tenho algum status na mídia e imaginou que eu era um dos excêntricos intelectuais que não ligam para as aparências.
Iniciando a conversa, nosso adivinho manequim foi logo dizendo: não jogarei búzios e nem irei declarar que vai morrer um grande cantor, vamos perder uma famosa personalidade mundial, que haverá novas guerras, diversas hecatombes, novas doenças e curas na medicina, etc., pois, esses fatos são normais acontecer todos os anos e estaria repetindo os clichês usuais. Vou me concentrar, estritamente, nos comportamentos do povo que, diretamente, influencia a decorrência de milhares de fatos, principalmente em nosso país.
Achei estranha essa declaração, mas, ao mesmo tempo, sincera e cheia de convicções, demonstrando que eu estava em frente a alguém que sabe o que faz e bases sociais e científicas para tanto. E, quando falei que concordaria, dei uma olhada geral na sala, que era toda azul com diversas nuances, parecendo (o que imagino) ser igual ao quarto de Roberto Carlos. E, na parede principal, vislumbrei dois diplomas de PHDs em filosofia e sociologia. Aí foi que fui sentir que o homem não era pai nem avô de Santo, era o próprio Santo! Jogar búzios para ele era coisa do passado!
-Como estou com um cliente bem informado, experiente pela idade, vivência e também estudos, farei apenas uma síntese da motivação comportamental que domina o universo humano, tornando os fatos reflexivos, por não serem ativos e ficarem, comodamente, passivos. Nesse simples jogo de palavras, estou espelhando uma sociedade que deitada no berço esplendido das omissões, vestindo o pijama do egoísmo, coberta pelos lençóis dos interesses egoísticos, permitem e até ajudam a acontecer as mais absurdas falcatruas e descalabros dentro da política, vendo o povo ser assaltado por uma série de políticos e administradores públicos e, como gozam a vida equilibrada dos privilegiados, aliada aos benesses que geralmente acontecem, esses cegos, surdos e mudos continuam dormindo num ronco silencioso de satisfação e prazer.
-Para efeito apenas de ilustração e também por tratar-se de nossa cidade, lamentavelmente, estamos presenciando, vendo, a olhos nus, os absurdos que estão sendo denunciados e comprovados, réus confessos, saúde deteriorada, uma câmara que deveria ser de gás letal, mas... seu gás é, simplesmente, hilariante! E, mediante tudo isso, a dita sociedade organizada (?) comporta-se como disse acima, deixando nossa cidade transformar-se em um verdadeiro caos. O povo? Esse que se exploda! Depois é só dar um caminhão de areia, umas telhas, alguns blocos, uma dentadura, óculos, colocar uns trios nas festas e pronto. Nosso voto está garantido para reeleição ou para eleger os candidatos que indicarmos.
Enquanto eu ouvia calado dando o máximo de concordância, ele continuava sua séria e verdadeira explanação. É uma pena ver esse fato e não poder, num passe de mágica, modificar esse sórdido comportamento que os cegos e tolos que assim procedem não se apercebam que estão criando monstros (vide o morro do alemão), que já estão tirando suas tranqüilidades e de suas famílias. Além de viverem gradeados em casa, são passiveis de assaltos seqüestros e assassinatos. Nada mais que o efeito bulmerang que meu amigo Matheus conhece tão bem.
-Não lhe cobrarei nada pela nossa conversa, foi um prazer e espero que, mesmo em poucas palavras, tenha conseguido externar uma triste verdade que, com compromisso e boa vontade, pode ser corrigida ou minimizada. Simplesmente, nós dessa sociedade omissa e interesseira, somos os maiores responsáveis!
Com essas palavras, fechou ele sua sincera demonstração do comportamento político/ social da nossa hipócrita população. Trocamos algumas palavras por mais meia hora, agradeci e saí alegre por encontrar alguém que comunga com meus pensamentos e triste com a podre realidade. Perdi até o interesse de saber os acontecimentos futuros!
*Escritor (Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com - antoniomanteiga.blogspot.com
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Realize seus sonhos!
Realize seus sonhos!
Antonio Nunes de Souza*
Sonhar é nada mais nada menos que projetar em nossas mentes (dormindo ou acordado) todos os desejos que queremos que sejam realizados.
O homem nasce com uma finalidade de vida determinada pela sociedade, onde precisa ser culto, razoavelmente poderoso, muito saudável, tremendamente feliz e bastante forte. Conquistando essas cinco coisas, certamente poderá dizer que realizou o seu sonho, integralmente, perante o mundo e a comunidade que vive.
E conquistar tudo isso é fácil?
Claro que não! É tão difícil que, na maioria das vezes, as pessoas nem tentam. Entregam-se nas mãos do destino, esperando que o que tem que ser será e, achando que as soluções cairão do céu, não dando conta que nós é que traçamos e somos responsáveis pelas trajetórias dos nossos destinos.
Por que digo que a realização dos nossos sonhos não é fácil?
Simplesmente baseado nos fatos do cotidiano, experiência de vida e a observação que constantemente faço com pessoas que conheço e convivo.
Por exemplo: O primeiro item que acho primordial é ser culto e bem informado!
Como admirar as coisas belas sem saber os seus significados e suas origens? Impossível! E cultura e conhecimentos aprendem-se freqüentando boas escolas, lendo-se bons livros, freqüentando bons ambientes, tendo amigos com bons níveis intelectuais, fazendo viagens, etc. E, para conseguir fazer isso, precisa que você seja bem nascido e tenha por trás de si um respaldo financeiro para apoiá-lo, senão você não passará de um medíocre alfabetizado, vivendo iludido pensando que sabe das coisas, ou conformado em ter adquirido o saber do “feijão com arroz”, limitando sua visão do que seja, verdadeiramente, o mundo.
O segundo parece ser até indispensável aos olhos dos tolos, mas, na verdade, é de uma importância brutal para uma boa sobrevivência em qualquer comunidade que você viva. Isto porque, por mais que você não queira admitir, o homem é mais respeitado pelo mal que pode fazer, do que pelo bem que pode realizar. É um raciocínio torpe, porém verdadeiro. E, tendo você um pouco de poder, as pessoas o olham com mais atenção e contam até dez antes de invadir os seus direitos.
E como se pode ser razoavelmente poderoso, não tendo-se uma situação financeira definida? Creio que nunca!
O terceiro é literalmente vital: Ser saudável! Ter saúde é uma questão genética, entretanto mantê-la é o mais difícil, pois, para tanto, importante é que você tenha uma boa alimentação, freqüente médicos e dentistas periodicamente, disponha de remédios quando forem necessários, possa hospitalizar-se quando preciso for e, basicamente, morar em uma casa que lhe ofereça condições adequadas de conforto e higiene. E como se consegue tudo isso? Tendo-se condições financeiras compatíveis.
O quarto é para mim, talvez o mais difícil de todos os preceitos para a realização do nosso sonho. Simplesmente porque para se sentir bastante feliz, precisa-se de todos os outros itens e, às vezes, você tem todos os outros e não consegue alcançar a tão desejada felicidade. Como também, consegue-se a felicidade e a falta dos outros complementos, fazem com que ela seja tão rápida e efêmera que nos torna infelizes pela frustração de não termos condições de mantê-la. Quem pode sentir-se bastante feliz sem cultura, sem algum poder ou sem uma boa saúde, se essas coisas dependem categoricamente de dinheiro? Portanto, mais uma vez a estabilidade financeira interfere em nossos sonhos, sendo que, desta feita, com força brutal, atingindo o que nos deixa mais fragilizado, que é nosso equilíbrio emocional.
O quinto e último é a característica predominante em qualquer circunstância de todos os itens, principalmente para aqueles que conseguem alcançar todos os outros. Pois, não sendo forte (refiro-me a fortaleza de caráter e a capacidade de receber as cacetadas da vida e levantar sempre para lutar), não consegue manter-se na lista daqueles que realizaram os seus sonhos. Isso porque deixou desmoronar-se rapidamente pela falta de competência de administrá-los. Esse fato ocorre muito com aqueles bem nascidos que já encontraram tudo praticamente pronto e não souberam o que fazer para continuarem bem. Vale dizer que, a característica de ser forte é nata em todos nós. Em alguns, para procurarem sempre sobreviver de bem com a vida. E em outros, para apanharem constantemente, achando que é isso mesmo, e é assim porque Deus quer e determinou. Esses últimos são os que têm grandes capacidades de serem fortes suficientes para serem mediocremente fracos.
Como se pode ver claramente, a situação financeira de todos está ligada, radicalmente, à realização dos nossos sonhos. Pode parecer que a minha conceituação seja dinheirista, mas, se você analisar com sensatez e frieza, no seu julgamento verá que, infelizmente, sem o vil metal pouco ou nada se consegue na nossa gloriosa vida. Terminamos passando por ela pensando que o mundo é somente o que está em nossa volta.
Na verdade o dinheiro não é o mais importante de tudo, entretanto, a falta dele nos priva das coisas mais significativas que o mundo oferece. Eu, particularmente, detesto dinheiro. Todas as poucas vezes que ele chega a minhas mãos, imediatamente troco-o por coisas que me deixa mais culto e bem informado, respeitosamente poderoso, mais saudável, muitíssimo feliz e suficientemente forte.
Portando, não espere nada cair do céu! Rale muito, engula sapos, saiba escolher aquilo que melhor lhe oferece oportunidades e, com certeza, realizará seus sonhos.
Espero que você faça uma reflexão sobre essas regras básicas, coloque como primordial em sua vida a independência (sem essa você não é ninguém) e, dentro em breve, possa dizer sorrindo: Como está sendo bom realizar os meus sonhos!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com) - antoniomanteiga.blogspot.com
Antonio Nunes de Souza*
Sonhar é nada mais nada menos que projetar em nossas mentes (dormindo ou acordado) todos os desejos que queremos que sejam realizados.
O homem nasce com uma finalidade de vida determinada pela sociedade, onde precisa ser culto, razoavelmente poderoso, muito saudável, tremendamente feliz e bastante forte. Conquistando essas cinco coisas, certamente poderá dizer que realizou o seu sonho, integralmente, perante o mundo e a comunidade que vive.
E conquistar tudo isso é fácil?
Claro que não! É tão difícil que, na maioria das vezes, as pessoas nem tentam. Entregam-se nas mãos do destino, esperando que o que tem que ser será e, achando que as soluções cairão do céu, não dando conta que nós é que traçamos e somos responsáveis pelas trajetórias dos nossos destinos.
Por que digo que a realização dos nossos sonhos não é fácil?
Simplesmente baseado nos fatos do cotidiano, experiência de vida e a observação que constantemente faço com pessoas que conheço e convivo.
Por exemplo: O primeiro item que acho primordial é ser culto e bem informado!
Como admirar as coisas belas sem saber os seus significados e suas origens? Impossível! E cultura e conhecimentos aprendem-se freqüentando boas escolas, lendo-se bons livros, freqüentando bons ambientes, tendo amigos com bons níveis intelectuais, fazendo viagens, etc. E, para conseguir fazer isso, precisa que você seja bem nascido e tenha por trás de si um respaldo financeiro para apoiá-lo, senão você não passará de um medíocre alfabetizado, vivendo iludido pensando que sabe das coisas, ou conformado em ter adquirido o saber do “feijão com arroz”, limitando sua visão do que seja, verdadeiramente, o mundo.
O segundo parece ser até indispensável aos olhos dos tolos, mas, na verdade, é de uma importância brutal para uma boa sobrevivência em qualquer comunidade que você viva. Isto porque, por mais que você não queira admitir, o homem é mais respeitado pelo mal que pode fazer, do que pelo bem que pode realizar. É um raciocínio torpe, porém verdadeiro. E, tendo você um pouco de poder, as pessoas o olham com mais atenção e contam até dez antes de invadir os seus direitos.
E como se pode ser razoavelmente poderoso, não tendo-se uma situação financeira definida? Creio que nunca!
O terceiro é literalmente vital: Ser saudável! Ter saúde é uma questão genética, entretanto mantê-la é o mais difícil, pois, para tanto, importante é que você tenha uma boa alimentação, freqüente médicos e dentistas periodicamente, disponha de remédios quando forem necessários, possa hospitalizar-se quando preciso for e, basicamente, morar em uma casa que lhe ofereça condições adequadas de conforto e higiene. E como se consegue tudo isso? Tendo-se condições financeiras compatíveis.
O quarto é para mim, talvez o mais difícil de todos os preceitos para a realização do nosso sonho. Simplesmente porque para se sentir bastante feliz, precisa-se de todos os outros itens e, às vezes, você tem todos os outros e não consegue alcançar a tão desejada felicidade. Como também, consegue-se a felicidade e a falta dos outros complementos, fazem com que ela seja tão rápida e efêmera que nos torna infelizes pela frustração de não termos condições de mantê-la. Quem pode sentir-se bastante feliz sem cultura, sem algum poder ou sem uma boa saúde, se essas coisas dependem categoricamente de dinheiro? Portanto, mais uma vez a estabilidade financeira interfere em nossos sonhos, sendo que, desta feita, com força brutal, atingindo o que nos deixa mais fragilizado, que é nosso equilíbrio emocional.
O quinto e último é a característica predominante em qualquer circunstância de todos os itens, principalmente para aqueles que conseguem alcançar todos os outros. Pois, não sendo forte (refiro-me a fortaleza de caráter e a capacidade de receber as cacetadas da vida e levantar sempre para lutar), não consegue manter-se na lista daqueles que realizaram os seus sonhos. Isso porque deixou desmoronar-se rapidamente pela falta de competência de administrá-los. Esse fato ocorre muito com aqueles bem nascidos que já encontraram tudo praticamente pronto e não souberam o que fazer para continuarem bem. Vale dizer que, a característica de ser forte é nata em todos nós. Em alguns, para procurarem sempre sobreviver de bem com a vida. E em outros, para apanharem constantemente, achando que é isso mesmo, e é assim porque Deus quer e determinou. Esses últimos são os que têm grandes capacidades de serem fortes suficientes para serem mediocremente fracos.
Como se pode ver claramente, a situação financeira de todos está ligada, radicalmente, à realização dos nossos sonhos. Pode parecer que a minha conceituação seja dinheirista, mas, se você analisar com sensatez e frieza, no seu julgamento verá que, infelizmente, sem o vil metal pouco ou nada se consegue na nossa gloriosa vida. Terminamos passando por ela pensando que o mundo é somente o que está em nossa volta.
Na verdade o dinheiro não é o mais importante de tudo, entretanto, a falta dele nos priva das coisas mais significativas que o mundo oferece. Eu, particularmente, detesto dinheiro. Todas as poucas vezes que ele chega a minhas mãos, imediatamente troco-o por coisas que me deixa mais culto e bem informado, respeitosamente poderoso, mais saudável, muitíssimo feliz e suficientemente forte.
Portando, não espere nada cair do céu! Rale muito, engula sapos, saiba escolher aquilo que melhor lhe oferece oportunidades e, com certeza, realizará seus sonhos.
Espero que você faça uma reflexão sobre essas regras básicas, coloque como primordial em sua vida a independência (sem essa você não é ninguém) e, dentro em breve, possa dizer sorrindo: Como está sendo bom realizar os meus sonhos!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com) - antoniomanteiga.blogspot.com
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Eu também tenho o meu Guru!
Eu também tenho meu Guru!
Antonio Nunes de Souza*
Véspera de ano novo, como bom brasileiro, principalmente baiano cheio de crendices e superstições, não poderia deixar de ter a curiosidade de saber como será o ano de 2011, tomar precauções e me preparar para as boas e ruins previsões.
A primeira coisa que fiz foi procurar um guru diferenciado dos demais e que fosse algo inovador, vanguardista e tivesse competência no assunto. Então, para início de conversa escolhi uma “gurua” branca, jovem, bonita, charmosa e inteligente. Fiz isso para desmistificar que tem que ser um Preto Velho, Pai de Santo ou uma velha baiana habilitada por terreiros tradicionais, etc.
Chegando ao endereço levando comigo as melhores recomendações visuais, já que há muito tempo vinha monitorando essa belíssima represente da espécie, psicóloga por formação e estudiosa profunda na arte de prever o futuro, sendo possuidora de um corpo capaz de levantar o astral de qualquer presente.
-Bom dia! Estou aqui como cliente ou paciente, não sei como denominar minha condição, mas, a verdade é que estou necessitando de uma consulta com a finalidade de preparar-me para enfrentar o ano que começará dentro de dias.
-Bom dia e é um prazer recebe-lo como um cliente e, certamente, procurarei atender suas curiosidades, sendo que tudo que possa lhe transmitir é baseado em estudos, cruzamentos de fatos, visibilidade astral, possibilidades e os fluidos que forem emanados por sua pessoa no decorrer da nossa conversa. Quero deixar claro que bons resultados só poderão ocorrer se conseguirmos interagir nossos corpos e pensamentos numa onda cósmica e junção de integração siamesa. Esse método, embora pareça excêntrico e de um vanguardismo inovador, temos conseguidos resultados surpreendentes e nossos clientes não tem reclamado nosso atendimento.
Meu amigo, a mulher fez uma dissertação do seu trabalho com uma voz ultra carinhosa e meiga, uma carinha cheia de doçura e malícia que, no popular não seria exagero dizer que ela era a encarnação da “santa/puta”. Esqueci-me até o que fui fazer ali e pensei logo: Com esse dublê em minha frente vou começar a rezar para uma pedindo para me ajudar a comer a outra.
A sala não era grande, porém bem mobiliada, principalmente um largo sofá com almofadas coloridas, onde sentamos para começar a tal consulta e eu, a essa altura, não me interessava mais em futuro (o futuro a Deus pertence). Minha ansiedade era para interagir como siameses, pois, para mim essa parte significava uma deliciosa transa que valeria pelo passado, presente e futuro. Ou seja: uma viagem através do tempo, tripulando minha gurua, que mais parecia uma aeronave interplanetária.
-Para que tudo transcorra dentro da normalidade da minha metodologia, se faz necessário que estejamos bem a vontade, corpos livres de roupas, para nossos contatos de pele sejam condutores de energias que registrarão os resultados.
Antes d’ela acabar de falar eu já estava sem camisa e desabotoando o cinto para baixar as calças. Nunca fui de ter pudores exagerados quando o assunto é ligado a essa linha de esoterismos prazerosos ou novas experiências nessa vida louca.
-Vá ficando a vontade sem inibições, que irei me preparar e retorno logo! Exclamou ela com a maior naturalidade, sem estranhar minha desenvoltura no strip-tease.
Caí de bunda esparramado no sofá quando a mulher voltou à sala completamente nua, trazendo em uma mão um incenso aceso bastante perfumado e na outra mão um frasco com um bálsamo. Colocou o incenso em um recipiente adequado e, pedindo licença, começou a me lambuzar cuidadosamente por todas as partes do meu corpo, me deixando ungido e sacramentado para o que desse ou viesse. Lógico que comecei a ficar excitado! Mas, ela tranquilamente, mesmo notando, falou que isso era normal e que eu não ficasse tímido, pois, afetaria os resultados.
Mas. eu não estava nada tímido. Estava era ansioso para a continuação das premonições, mesmo que as futuras dessem todas erradas, a presente teria que dar muito bem certa.
-Para iniciar as transmissões energéticas, você deve deitar-se bem relaxado no sofá e eu me deitarei sobre você por alguns minutos e nos concentraremos nas coisas boas que desejamos que aconteçam no próximo ano. Não vamos falar nada, porém, você tem toda liberdade para se movimentar, sem tirar meu copo junto do seu para não interromper a operação cósmica.
-Pode ficar tranqüila que obedecerei, religiosamente, suas instruções. Respondi já com a respiração meio ofegante, pensando, maliciosamente, que o que me interessa nesse momento é o que vai acontecer nesse resto de ano e, principalmente, naquele momento tão maravilhoso. Não sei pra que eu quero saber de futuros, meu Deus! Eu sou historiador e tenho que me preocupar é com o passado.
Então... já que havia uma liberdade de ação, não pestanejei e fui me ajeitando aos pouquinho até que nos tornamos, realmente, siameses, ligando, gostosamente, nossos órgãos sexuais e, num vai-vem bem cadenciado, ficamos alguns minutos nos deliciando até que os raios gama e eletrizantes do orgasmo nos fez tremer e dar alguns suspiros de emoção e prazer.
Ela levantou-se, elogiou meu comportamento seguindo a regra determinada sem ter havido falhas ou exageros, dizendo que iria se recompor e que fizesse o mesmo, para depois continuarmos, agora conversando sobre as conclusões dos astros depois do nosso contato quântico.
Eu, na euforia que estava, disse: Se por acaso não funcionou a contento, podemos repetir o procedimento para que você vislumbre as coisas com mais nitidez! Notei que ela deu um sorrisinho safado antes de entrar no quarto.
Na sua volta, nos sentamos e conversamos, sendo eu um bom ouvinte, me deleitando e às vezes assombrado com as premonições que eram citadas.
Juro que foi uma experiência sensacional e inovadora e, mediante o resultado, já agendei com ela que, em vez de ir somente aos fins de ano, passarei a querer saber das premonições todas as semanas.
Vou terminar porque estou com pressa, pois estou indo para lá agora ver minha eficiente Gurua, aproveitando a última semana do ano!
Feliz Ano Novo para todos!!!
*Escritor (Vida Louca - ansousa_ba@hotmail.com) - antoniomanteiga.blogspot.com
Antonio Nunes de Souza*
Véspera de ano novo, como bom brasileiro, principalmente baiano cheio de crendices e superstições, não poderia deixar de ter a curiosidade de saber como será o ano de 2011, tomar precauções e me preparar para as boas e ruins previsões.
A primeira coisa que fiz foi procurar um guru diferenciado dos demais e que fosse algo inovador, vanguardista e tivesse competência no assunto. Então, para início de conversa escolhi uma “gurua” branca, jovem, bonita, charmosa e inteligente. Fiz isso para desmistificar que tem que ser um Preto Velho, Pai de Santo ou uma velha baiana habilitada por terreiros tradicionais, etc.
Chegando ao endereço levando comigo as melhores recomendações visuais, já que há muito tempo vinha monitorando essa belíssima represente da espécie, psicóloga por formação e estudiosa profunda na arte de prever o futuro, sendo possuidora de um corpo capaz de levantar o astral de qualquer presente.
-Bom dia! Estou aqui como cliente ou paciente, não sei como denominar minha condição, mas, a verdade é que estou necessitando de uma consulta com a finalidade de preparar-me para enfrentar o ano que começará dentro de dias.
-Bom dia e é um prazer recebe-lo como um cliente e, certamente, procurarei atender suas curiosidades, sendo que tudo que possa lhe transmitir é baseado em estudos, cruzamentos de fatos, visibilidade astral, possibilidades e os fluidos que forem emanados por sua pessoa no decorrer da nossa conversa. Quero deixar claro que bons resultados só poderão ocorrer se conseguirmos interagir nossos corpos e pensamentos numa onda cósmica e junção de integração siamesa. Esse método, embora pareça excêntrico e de um vanguardismo inovador, temos conseguidos resultados surpreendentes e nossos clientes não tem reclamado nosso atendimento.
Meu amigo, a mulher fez uma dissertação do seu trabalho com uma voz ultra carinhosa e meiga, uma carinha cheia de doçura e malícia que, no popular não seria exagero dizer que ela era a encarnação da “santa/puta”. Esqueci-me até o que fui fazer ali e pensei logo: Com esse dublê em minha frente vou começar a rezar para uma pedindo para me ajudar a comer a outra.
A sala não era grande, porém bem mobiliada, principalmente um largo sofá com almofadas coloridas, onde sentamos para começar a tal consulta e eu, a essa altura, não me interessava mais em futuro (o futuro a Deus pertence). Minha ansiedade era para interagir como siameses, pois, para mim essa parte significava uma deliciosa transa que valeria pelo passado, presente e futuro. Ou seja: uma viagem através do tempo, tripulando minha gurua, que mais parecia uma aeronave interplanetária.
-Para que tudo transcorra dentro da normalidade da minha metodologia, se faz necessário que estejamos bem a vontade, corpos livres de roupas, para nossos contatos de pele sejam condutores de energias que registrarão os resultados.
Antes d’ela acabar de falar eu já estava sem camisa e desabotoando o cinto para baixar as calças. Nunca fui de ter pudores exagerados quando o assunto é ligado a essa linha de esoterismos prazerosos ou novas experiências nessa vida louca.
-Vá ficando a vontade sem inibições, que irei me preparar e retorno logo! Exclamou ela com a maior naturalidade, sem estranhar minha desenvoltura no strip-tease.
Caí de bunda esparramado no sofá quando a mulher voltou à sala completamente nua, trazendo em uma mão um incenso aceso bastante perfumado e na outra mão um frasco com um bálsamo. Colocou o incenso em um recipiente adequado e, pedindo licença, começou a me lambuzar cuidadosamente por todas as partes do meu corpo, me deixando ungido e sacramentado para o que desse ou viesse. Lógico que comecei a ficar excitado! Mas, ela tranquilamente, mesmo notando, falou que isso era normal e que eu não ficasse tímido, pois, afetaria os resultados.
Mas. eu não estava nada tímido. Estava era ansioso para a continuação das premonições, mesmo que as futuras dessem todas erradas, a presente teria que dar muito bem certa.
-Para iniciar as transmissões energéticas, você deve deitar-se bem relaxado no sofá e eu me deitarei sobre você por alguns minutos e nos concentraremos nas coisas boas que desejamos que aconteçam no próximo ano. Não vamos falar nada, porém, você tem toda liberdade para se movimentar, sem tirar meu copo junto do seu para não interromper a operação cósmica.
-Pode ficar tranqüila que obedecerei, religiosamente, suas instruções. Respondi já com a respiração meio ofegante, pensando, maliciosamente, que o que me interessa nesse momento é o que vai acontecer nesse resto de ano e, principalmente, naquele momento tão maravilhoso. Não sei pra que eu quero saber de futuros, meu Deus! Eu sou historiador e tenho que me preocupar é com o passado.
Então... já que havia uma liberdade de ação, não pestanejei e fui me ajeitando aos pouquinho até que nos tornamos, realmente, siameses, ligando, gostosamente, nossos órgãos sexuais e, num vai-vem bem cadenciado, ficamos alguns minutos nos deliciando até que os raios gama e eletrizantes do orgasmo nos fez tremer e dar alguns suspiros de emoção e prazer.
Ela levantou-se, elogiou meu comportamento seguindo a regra determinada sem ter havido falhas ou exageros, dizendo que iria se recompor e que fizesse o mesmo, para depois continuarmos, agora conversando sobre as conclusões dos astros depois do nosso contato quântico.
Eu, na euforia que estava, disse: Se por acaso não funcionou a contento, podemos repetir o procedimento para que você vislumbre as coisas com mais nitidez! Notei que ela deu um sorrisinho safado antes de entrar no quarto.
Na sua volta, nos sentamos e conversamos, sendo eu um bom ouvinte, me deleitando e às vezes assombrado com as premonições que eram citadas.
Juro que foi uma experiência sensacional e inovadora e, mediante o resultado, já agendei com ela que, em vez de ir somente aos fins de ano, passarei a querer saber das premonições todas as semanas.
Vou terminar porque estou com pressa, pois estou indo para lá agora ver minha eficiente Gurua, aproveitando a última semana do ano!
Feliz Ano Novo para todos!!!
*Escritor (Vida Louca - ansousa_ba@hotmail.com) - antoniomanteiga.blogspot.com
domingo, 26 de dezembro de 2010
Assim caminha a humanidade!
Antonio Nunes de Souza*
O título é de um clássico do cinema, nada tendo com o assunto, mas, espelha uma verdade que somente os românticos não se dão conta. Acordo e leio um poema de Carlos Drummond de Andrade, alusivo ao labor durante o ano e as necessidades das recuperações para um recomeçar cheio de esperanças e êxitos nos futuros sonhos. Recebi de uma virtual e gentil amiga e, curiosamente, talvez tenha sido apenas a gota d’água para dar a tesão literária necessária para me expressar sobre uma vertente delicada, pois, estaremos batendo de frente com uma massa de hipocrisia gigantesca, que já faz parte do currículo da nossa decadente humanidade. E, como imagina que não é interessante para ninguém alguma mudança, o comportamento continua fluindo por trás de expostos sorrisos amarelos e invisíveis (?) pensamentos negros.
O alvo que direciono as “flechadas” é exatamente a falsidade e hipocrisia que o homem pratica cotidianamente, preocupado, exclusivamente, com sua melhoria financeira, profissional e social e, como faz parte dessa caminhada aparentar generosidade através de ajudas e doações, esses procedimentos são executados já contabilizando os custos/benefícios. Por outro lado, alguns desses fatos são também vistos por uma questão de demonstrar religiosidade e, pelo sim pelo não, garantir, divinamente, as subidas dos degraus do sucesso ou, quem sabe, até um lugarzinho no céu após a morte. Mas, infelizmente, não passa de um comportamento grotesco e nada humano essa maneira egoísta e singularizada que o homem tomou como padrão comportamental moderno: Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu! Até o mais tolo dos tolos percebe essa mutação dentro de todos ambientes, ampliada nas comunidades mundiais, porém, como nada pode fazer para mudar, acha mais prático entrar nessa ciranda, também se beneficiando entre os mais fracos que eles. É o tal efeito cascata que, seguramente, está provocando uma tsuname gigantesca que atingirá a todos sem dó nem piedade. Aliás, já estamos vendo efeitos em escalas progressivas e seus crescimentos com passos largos.
Pode parece que sou um cético, de mal com a vida, ódio do mundo, radical, etc., mas, não é nada disso. Sou apenas um observador mais detalhista que consegue captar as nuances deixadas passar pelos menos preocupados em esconder a realidade. Não sou dono da verdade, mas não consigo ser indiferente com a mentira, e também creio que existam, obviamente, exceções. Pena que em número bem restrito!
Então, depois de mais um ano de lobos querendo engolir lobos, engrossam os jornais, revistas, televisões, cartões, e-mails, brindes, etc., acompanhados de mensagens criadas por agências e profissionais que também fazem partes do jogo, cheias de doçuras e bondades, apelando para as divindades e religiosidades que, infelizmente, são esquecidas durante o ano que transcorreu!
É uma pena que o verdadeiro espírito da solidariedade esteja desaparecendo na humanidade, imperando a singularidade nos homens, supondo que esse procedimento possa levá-lo a algum lugar seguro e benéfico. Infelizmente, estamos nos tornando uns solitários convivendo no meio de uma multidão. Um paradoxo bastante triste!
Lamentavelmente, assim caminha a humanidade!
*Escritor (antoniodaagral26@hotmail.com - antoniomanteiga.blogspot.com)
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Ó Paí, "OI"!
Ó Paí,“OI”!
Antonio Nunes de Souza*
Nós brasileiros, verdadeiros cordeirinhos com relação a reclamar seus direitos, herança maldita do tempo da colonização que, reclamar direitos era ganhar severas punições. Já estávamos até melhorando bastante, mas, com o golpe militar de 64, eles passaram mais de vinte anos nos forçando a conservar tal comportamento, talvez para eternizá-lo no povo brasileiro.
Continuamos aceitando todos os absurdos nas áreas políticas, industriais, financeiras, sociais e, principalmente, serviços, que massacram o povo de uma maneira cínica e desprezível.
A abertura de prestadoras de serviços de comunicação, no caso em questão a telefonia, lógico que demonstra um avanço em benefício do povo, já que a concorrência é benéfica para que tenhamos preços mais acessíveis, desde quando essas multinacionais ou mesmo nacionais, não pratiquem os famigerados cartelismos, tão peculiar entre eles.
Sendo o mais aterrorizante as propagandas enganosas, serviços de atendimento insólitos e ineficientes, bandas largas mais estreitas que o canal do Gibraltar, além de cobranças indevidas e assistência técnica de quinta categoria.
Mas, com tudo isso, nossos cordeiros falantes continuam prestigiando essas empresas, falando mal nos aparelhos celulares e nas esquinas da vida, sem tomarem posições mais radicais utilizando os seus direitos.
Hoje estamos vivendo, lamentavelmente, uma situação absurda de falta de comunicação, decorrendo prejuízos significativos, principalmente aos empresários, exatamente numa data onde o comércio tem possibilidades de boas vendas através do sistema de crédito dos cartões. “Claro” que essas provedoras deveriam ter, obrigatoriamente, uma unidade de reserva para, em casos de acidentes ou defeitos técnicos, possam entrar, imediatamente, para que não cause prejuízos aos seus usuários.
Mas, para que essa atenção seja dada aos clientes, seria preciso que as autoridades estivessem com o olho “Vivo” e fiscalizassem eles “Tim” tim por tim tim, aplicando multas severas, inclusive, cancelando contratos.
Nós brasileiros somos o segundo maior comprador de aparelhos celulares do mundo, perdendo apenas para os americanos do norte, mas, com certeza, somos também os mais sofredores para desfrutar de tal serviço. É capaz de na África e nas comunidades indígenas existam comunicações através de tambores e fumaça que são mais eficientes que esses pseudos avanços tecnológicos. Pelo menos, estes, nunca estão fora de área!
Precisamos extirpar de nossa vida essa cultura de falar mal, sofrer e não fazer nada, se acomodando na omissão e deixando que nos façam de idiotas.
Já ia me esquecendo de um detalhe insuportável e constrangedor! Diariamente somos obrigados a receber mensagens por eles enviadas, oferecendo milhões de vantagens que, em sua grande maioria, não passa de mais um engodo comercial.
Ó Pai,”OI”! Veja o transtorno que você está nos causando!
*Escritor (Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
Antonio Nunes de Souza*
Nós brasileiros, verdadeiros cordeirinhos com relação a reclamar seus direitos, herança maldita do tempo da colonização que, reclamar direitos era ganhar severas punições. Já estávamos até melhorando bastante, mas, com o golpe militar de 64, eles passaram mais de vinte anos nos forçando a conservar tal comportamento, talvez para eternizá-lo no povo brasileiro.
Continuamos aceitando todos os absurdos nas áreas políticas, industriais, financeiras, sociais e, principalmente, serviços, que massacram o povo de uma maneira cínica e desprezível.
A abertura de prestadoras de serviços de comunicação, no caso em questão a telefonia, lógico que demonstra um avanço em benefício do povo, já que a concorrência é benéfica para que tenhamos preços mais acessíveis, desde quando essas multinacionais ou mesmo nacionais, não pratiquem os famigerados cartelismos, tão peculiar entre eles.
Sendo o mais aterrorizante as propagandas enganosas, serviços de atendimento insólitos e ineficientes, bandas largas mais estreitas que o canal do Gibraltar, além de cobranças indevidas e assistência técnica de quinta categoria.
Mas, com tudo isso, nossos cordeiros falantes continuam prestigiando essas empresas, falando mal nos aparelhos celulares e nas esquinas da vida, sem tomarem posições mais radicais utilizando os seus direitos.
Hoje estamos vivendo, lamentavelmente, uma situação absurda de falta de comunicação, decorrendo prejuízos significativos, principalmente aos empresários, exatamente numa data onde o comércio tem possibilidades de boas vendas através do sistema de crédito dos cartões. “Claro” que essas provedoras deveriam ter, obrigatoriamente, uma unidade de reserva para, em casos de acidentes ou defeitos técnicos, possam entrar, imediatamente, para que não cause prejuízos aos seus usuários.
Mas, para que essa atenção seja dada aos clientes, seria preciso que as autoridades estivessem com o olho “Vivo” e fiscalizassem eles “Tim” tim por tim tim, aplicando multas severas, inclusive, cancelando contratos.
Nós brasileiros somos o segundo maior comprador de aparelhos celulares do mundo, perdendo apenas para os americanos do norte, mas, com certeza, somos também os mais sofredores para desfrutar de tal serviço. É capaz de na África e nas comunidades indígenas existam comunicações através de tambores e fumaça que são mais eficientes que esses pseudos avanços tecnológicos. Pelo menos, estes, nunca estão fora de área!
Precisamos extirpar de nossa vida essa cultura de falar mal, sofrer e não fazer nada, se acomodando na omissão e deixando que nos façam de idiotas.
Já ia me esquecendo de um detalhe insuportável e constrangedor! Diariamente somos obrigados a receber mensagens por eles enviadas, oferecendo milhões de vantagens que, em sua grande maioria, não passa de mais um engodo comercial.
Ó Pai,”OI”! Veja o transtorno que você está nos causando!
*Escritor (Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Existe ser mais importante que a mulher?
Existe ser mais importante que a mulher?
Antonio Nunes de Souza*
Não creio de jeito nenhum!
Duas são as razões preponderantes que elas foram privilegiadas em possuir, fazendo-as verdadeiras líderes na face da terra. A primeira é essa que você pensou imediatamente, se é que você é chegado à fruta e admira os prazeres da vida. Já a segunda, que não é física e de importância fundamental em todos os aspectos, é o amor dedicado em todas suas ações, que, dentro dele, ela concentra, magistralmente, solidariedade, carinho, respeito, honestidade e disposição para o trabalho. Predicados esses que, infelizmente, não são encontrados na maioria dos homens. Refiro-me a segunda razão, pois, a primeira é totalmente inexistente!
Para seres que têm esses atributos, comandar o mundo é apenas uma questão de tempo, união feminina para derrubar os preconceitos dos machistas trogloditas ainda existentes e, nas oportunidades surgidas, demonstrar suas competências natas que andavam adormecidas ou dopadas pelos fechamentos das portas, ou policiadas pelos tolos que sempre se acharam o sexo forte e, entre quatro paredes, se rendem às mulheres e mostram suas fraquezas. E... como elas demoraram ver que esse trunfo é imbatível e que vale por dez cartas na manga!!!
Esse processo de ampliação da feminilidade em todas vertentes do mundo está acontecendo gradativamente, sendo mais acentuada nessas duas últimas décadas, chegando, sorrateiramente, nos países em desenvolvimento, provando-se assim que a mulher é bastante essencial na formação de uma nação que deseja manter a liberdade e a democracia, sem que seja preciso sacrificar, desumanamente, uma fatia da população.
Parabenizo, carinhosamente, todas as mulheres pelo que elas são e representam em nossas vidas, e agora por terem uma representante como autoridade maior do Brasil, onde esperamos que seja feito um trabalho sério contra a corrupção (herdada e continuada) e os aproveitamentos de benesses políticos. Que a educação, aliada a saúde e segurança, sejam metas prioritárias e bem fiscalizadas, a fim de obtermos resultados significativos e necessários para o povo brasileiro.
Não vamos nos ater a questões partidárias, e sim a questões que engrandeçam nosso país, pois, com uma união de forças, mais fácil chegaremos aos nossos objetivos.
Para mim, vocês mulheres, sempre foram tão fortes quanto qualquer homem!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Antonio Nunes de Souza*
Não creio de jeito nenhum!
Duas são as razões preponderantes que elas foram privilegiadas em possuir, fazendo-as verdadeiras líderes na face da terra. A primeira é essa que você pensou imediatamente, se é que você é chegado à fruta e admira os prazeres da vida. Já a segunda, que não é física e de importância fundamental em todos os aspectos, é o amor dedicado em todas suas ações, que, dentro dele, ela concentra, magistralmente, solidariedade, carinho, respeito, honestidade e disposição para o trabalho. Predicados esses que, infelizmente, não são encontrados na maioria dos homens. Refiro-me a segunda razão, pois, a primeira é totalmente inexistente!
Para seres que têm esses atributos, comandar o mundo é apenas uma questão de tempo, união feminina para derrubar os preconceitos dos machistas trogloditas ainda existentes e, nas oportunidades surgidas, demonstrar suas competências natas que andavam adormecidas ou dopadas pelos fechamentos das portas, ou policiadas pelos tolos que sempre se acharam o sexo forte e, entre quatro paredes, se rendem às mulheres e mostram suas fraquezas. E... como elas demoraram ver que esse trunfo é imbatível e que vale por dez cartas na manga!!!
Esse processo de ampliação da feminilidade em todas vertentes do mundo está acontecendo gradativamente, sendo mais acentuada nessas duas últimas décadas, chegando, sorrateiramente, nos países em desenvolvimento, provando-se assim que a mulher é bastante essencial na formação de uma nação que deseja manter a liberdade e a democracia, sem que seja preciso sacrificar, desumanamente, uma fatia da população.
Parabenizo, carinhosamente, todas as mulheres pelo que elas são e representam em nossas vidas, e agora por terem uma representante como autoridade maior do Brasil, onde esperamos que seja feito um trabalho sério contra a corrupção (herdada e continuada) e os aproveitamentos de benesses políticos. Que a educação, aliada a saúde e segurança, sejam metas prioritárias e bem fiscalizadas, a fim de obtermos resultados significativos e necessários para o povo brasileiro.
Não vamos nos ater a questões partidárias, e sim a questões que engrandeçam nosso país, pois, com uma união de forças, mais fácil chegaremos aos nossos objetivos.
Para mim, vocês mulheres, sempre foram tão fortes quanto qualquer homem!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Temos que reconhecer o óbvio!
Temos que reconhecer o óbvio!
Antonio Nunes de Souza*
Sem tendenciosidade partidária, mas, por uma questão de lógica e justiça, nada mais correto que reconheçamos o trabalho realizado durante toda sua gestão que finda, do Deputado Federal Geraldo Simões, em benefício de Itabuna, região cacaueira e toda Bahia.
Quando dizemos que devemos reconhecer o óbvio é querendo enfatizar que, infelizmente, só temos, realmente, um representante na câmara federal que é de Itabuna e sempre ligado as suas necessidades, presente nas ocasiões necessárias e lutando por benefícios que melhorem nosso município e, consequentemente, o povo grapiúna e adjacências. Lamentavelmente, não podemos esperar muito dos “catadores” eventuais de votos na época das eleições. Temos provas disso!
Tornou-se um privilégio para nós contarmos com sua presença na câmara nos representando com veemência e dignidade, respeitando o povo que acreditou e continua acreditando na sua competência e compromisso político.
Certamente, na sua próxima gestão na câmara federal, ocasião em que as maiores obras regionais estarão sendo iniciadas, sua presença não ficará somente na sua interviniência e luta para as aprovações dos projetos, pois, seu acompanhamento de perto, será altamente benéfico para que as coisas andem corretamente, assim como, com seu prestígio junto ao governo federal, conseguir agregar novos benefícios que engrandecerão mais ainda o progresso do sul do Estado.
Estamos às vésperas do novo governo de nossa presidente Dilma, que os brasileiros depositaram uma confiança nunca vista no Brasil, já que somos um país de machistas e a mulher é sempre olhada com desconfiança profissional. Mas, coerentemente, em vista do excelente trabalho administrativo, social e financeiro do presidente Lula, nosso partido ampliou sua fé de ofício e, consequentemente, o povo reconheceu e sentiu na pele e no bolso que estamos no caminho certo para a melhoria dos brasileiros e do Brasil.
Nunca existiu comportamento de retaliações dentro PT, e temos grandes exemplos do nosso presidente Lula, como também do governador Wagner que, ambos, sempre atenderam a todos com a mesma presteza, qual seja o partido que pertença, pois, o importante é a coletividade ser atendida em suas necessidades. Porém, quando se trata de um deputado federal que tem aberturas em todas as áreas, capacitado e interessado em melhor servir cumprindo suas obrigações, claro que as coisas funcionam mais rápidas e os resultados são conseguidos com menor tempo, não por preferências, e sim pela competência de fazer acontecer. E, o nosso Dep. Geraldo Simões, tem dado provas disso através verbas e recursos que sempre estão sendo canalizados para nossa região!
As razões que expomos são mais que claras e elucidativas, para que possamos dizer com segurança que: “Temos que reconhecer o óbvio!”
*Escritor (Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
Antonio Nunes de Souza*
Sem tendenciosidade partidária, mas, por uma questão de lógica e justiça, nada mais correto que reconheçamos o trabalho realizado durante toda sua gestão que finda, do Deputado Federal Geraldo Simões, em benefício de Itabuna, região cacaueira e toda Bahia.
Quando dizemos que devemos reconhecer o óbvio é querendo enfatizar que, infelizmente, só temos, realmente, um representante na câmara federal que é de Itabuna e sempre ligado as suas necessidades, presente nas ocasiões necessárias e lutando por benefícios que melhorem nosso município e, consequentemente, o povo grapiúna e adjacências. Lamentavelmente, não podemos esperar muito dos “catadores” eventuais de votos na época das eleições. Temos provas disso!
Tornou-se um privilégio para nós contarmos com sua presença na câmara nos representando com veemência e dignidade, respeitando o povo que acreditou e continua acreditando na sua competência e compromisso político.
Certamente, na sua próxima gestão na câmara federal, ocasião em que as maiores obras regionais estarão sendo iniciadas, sua presença não ficará somente na sua interviniência e luta para as aprovações dos projetos, pois, seu acompanhamento de perto, será altamente benéfico para que as coisas andem corretamente, assim como, com seu prestígio junto ao governo federal, conseguir agregar novos benefícios que engrandecerão mais ainda o progresso do sul do Estado.
Estamos às vésperas do novo governo de nossa presidente Dilma, que os brasileiros depositaram uma confiança nunca vista no Brasil, já que somos um país de machistas e a mulher é sempre olhada com desconfiança profissional. Mas, coerentemente, em vista do excelente trabalho administrativo, social e financeiro do presidente Lula, nosso partido ampliou sua fé de ofício e, consequentemente, o povo reconheceu e sentiu na pele e no bolso que estamos no caminho certo para a melhoria dos brasileiros e do Brasil.
Nunca existiu comportamento de retaliações dentro PT, e temos grandes exemplos do nosso presidente Lula, como também do governador Wagner que, ambos, sempre atenderam a todos com a mesma presteza, qual seja o partido que pertença, pois, o importante é a coletividade ser atendida em suas necessidades. Porém, quando se trata de um deputado federal que tem aberturas em todas as áreas, capacitado e interessado em melhor servir cumprindo suas obrigações, claro que as coisas funcionam mais rápidas e os resultados são conseguidos com menor tempo, não por preferências, e sim pela competência de fazer acontecer. E, o nosso Dep. Geraldo Simões, tem dado provas disso através verbas e recursos que sempre estão sendo canalizados para nossa região!
As razões que expomos são mais que claras e elucidativas, para que possamos dizer com segurança que: “Temos que reconhecer o óbvio!”
*Escritor (Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
A salvação da lavoura!
A salvação da lavoura!
*Antonio Nunes de Souza
Depois de uma manhã bastante trabalhosa, para descansar as escondidas do administrador, o trabalhador rural procurou uma grota numa pirambeira para relaxar, deitou-se e dormiu tranqüilamente, depois de tomar uma cachacinha e saborear sua farofa com carne seca.
Passadas algumas horas, com um grande susto, foi acordado com uma pancada da cabeça, por algo que despencara da árvore.
Pulou assustado, olhou para o chão e viu um grande ovo de chocolate, rachado em duas partes. Em princípio ficou apavorado e procurou em sua volta quem havia atirado tal objeto. Mas, não vendo ninguém, olhou para cima e, muito espantado, viu que o cacaueiro estava carregado de ovos de páscoa (desembrulhados, é claro!). Ele, mais assustado ainda, esfregou os olhos para dar uma maior firmeza a sua visão, tornando a olhar para cima, constatou a árvore coberta de ovos, não só em seu tronco, como em diversos galhos.
-Meu Deus, será que estou doido ou é um milagre? Exclamou ele em voz alta, ainda não acreditando no que via.
Meio desconfiado, pegou um pedaço do ovo que havia caído em sua cabeça e, com certo medo, enfiou na boca para experimentar o sabor e constatar a realidade. E, para sua maior surpresa, o gosto era uma delícia, com uma textura de alta qualidade.
Já desfeito do susto inicial, deu um pequeno sorriso e ficou a matutar o que teria acontecido com aquele cacaueiro, pois os outros estavam todos normais, somente aquele apresentava uma frutificação tão saborosa e estranha. Curiosamente, aquele pedaço de roça fora ele mesmo que havia plantado tempos atrás, mas, pela localização ser muito acidentada, nunca tinha voltado ali para verificar o crescimento ou desenvolvimento daquelas mudas que lhe foram mandadas pelo patrão. Mas, o curioso é que todas as mudas foram iguais e somente aquele tinha degenerado com relação aos frutos.
Depois de pensar bastante o que fazer, se colheria para ele e ficaria calado ou se contava ao administrador. Então, colocou a memória para funcionar, procurando lembrar-se do dia em que fez o tal plantio. Caboclo de boa memória, num sobre-salto, lembrou-se que, no dia em que estava enterrando às mudas, ele encontrou uma galinha morta bem no pé da cova e aproveitou para empurrá-la para dentro, fazendo o plantio e a ave serviria de adubo.
-Só pode ter sido isso! Disse ele em voz baixa. E ao mesmo tempo pensou: Houve uma mistura das características da galinha com a do cacau e o resultado foi a árvore produzir ovos de páscoa. Vou imediatamente passar essa minha experiência para o pessoal da Ceplac e lá eles poderão aprimorar, colocar papel de seda e uma fitinha, pois aí os ovos já sairão embalados e prontos para vender. E ainda tem mais, se os cientistas forem expertos, já nos saquinhos das mudas colocarão castanhas, passas, amendoins, frutas cristalizadas, farinha de trigo, etc. e, quem sabe se não teremos mudas que produzam, além dos ovos de páscoa com vários sabores, alguns deliciosos panetones?
Esse trabalhador rural fez uma carta para o departamento de genética do órgão, já se passaram dois anos e ninguém foi na fazenda para comprovar o fato e colocar em prática esse novo tipo de clone. Talvez essa seja a solução para todos os nossos problemas regionais.
Infelizmente não posso declinar o nome do trabalhador, mas, posso afirmar que ele nunca mais comprou ovos de páscoa, manda para os amigos e guarda a sete chaves, bem camuflado, seu cacaueiro encantado.
*Escritor (Vida Louca – Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Depois de uma manhã bastante trabalhosa, para descansar as escondidas do administrador, o trabalhador rural procurou uma grota numa pirambeira para relaxar, deitou-se e dormiu tranqüilamente, depois de tomar uma cachacinha e saborear sua farofa com carne seca.
Passadas algumas horas, com um grande susto, foi acordado com uma pancada da cabeça, por algo que despencara da árvore.
Pulou assustado, olhou para o chão e viu um grande ovo de chocolate, rachado em duas partes. Em princípio ficou apavorado e procurou em sua volta quem havia atirado tal objeto. Mas, não vendo ninguém, olhou para cima e, muito espantado, viu que o cacaueiro estava carregado de ovos de páscoa (desembrulhados, é claro!). Ele, mais assustado ainda, esfregou os olhos para dar uma maior firmeza a sua visão, tornando a olhar para cima, constatou a árvore coberta de ovos, não só em seu tronco, como em diversos galhos.
-Meu Deus, será que estou doido ou é um milagre? Exclamou ele em voz alta, ainda não acreditando no que via.
Meio desconfiado, pegou um pedaço do ovo que havia caído em sua cabeça e, com certo medo, enfiou na boca para experimentar o sabor e constatar a realidade. E, para sua maior surpresa, o gosto era uma delícia, com uma textura de alta qualidade.
Já desfeito do susto inicial, deu um pequeno sorriso e ficou a matutar o que teria acontecido com aquele cacaueiro, pois os outros estavam todos normais, somente aquele apresentava uma frutificação tão saborosa e estranha. Curiosamente, aquele pedaço de roça fora ele mesmo que havia plantado tempos atrás, mas, pela localização ser muito acidentada, nunca tinha voltado ali para verificar o crescimento ou desenvolvimento daquelas mudas que lhe foram mandadas pelo patrão. Mas, o curioso é que todas as mudas foram iguais e somente aquele tinha degenerado com relação aos frutos.
Depois de pensar bastante o que fazer, se colheria para ele e ficaria calado ou se contava ao administrador. Então, colocou a memória para funcionar, procurando lembrar-se do dia em que fez o tal plantio. Caboclo de boa memória, num sobre-salto, lembrou-se que, no dia em que estava enterrando às mudas, ele encontrou uma galinha morta bem no pé da cova e aproveitou para empurrá-la para dentro, fazendo o plantio e a ave serviria de adubo.
-Só pode ter sido isso! Disse ele em voz baixa. E ao mesmo tempo pensou: Houve uma mistura das características da galinha com a do cacau e o resultado foi a árvore produzir ovos de páscoa. Vou imediatamente passar essa minha experiência para o pessoal da Ceplac e lá eles poderão aprimorar, colocar papel de seda e uma fitinha, pois aí os ovos já sairão embalados e prontos para vender. E ainda tem mais, se os cientistas forem expertos, já nos saquinhos das mudas colocarão castanhas, passas, amendoins, frutas cristalizadas, farinha de trigo, etc. e, quem sabe se não teremos mudas que produzam, além dos ovos de páscoa com vários sabores, alguns deliciosos panetones?
Esse trabalhador rural fez uma carta para o departamento de genética do órgão, já se passaram dois anos e ninguém foi na fazenda para comprovar o fato e colocar em prática esse novo tipo de clone. Talvez essa seja a solução para todos os nossos problemas regionais.
Infelizmente não posso declinar o nome do trabalhador, mas, posso afirmar que ele nunca mais comprou ovos de páscoa, manda para os amigos e guarda a sete chaves, bem camuflado, seu cacaueiro encantado.
*Escritor (Vida Louca – Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Anatomia marcante!
Anatomia marcante!
*Antonio Nunes de Souza
Ela era perfeita! Sua bundinha lindamente arredondada e ligeiramente empinada, dando a impressão que dali só poderia sair patê de fois grás e perfume de rosas. Só em olhar, o mais puro dos mortais ficaria excitado e com desejo de pelo menos passar a mão para ver se era de verdade. E era! Eu sabia que era, pois tempos atrás tive a dádiva de acariciar aquela coisinha tão doce, que comparada com rapadura, esta pareceria um jiló.
Se eu disser que a minha qualidade de conquistador é imbatível, estarei mentindo, mas, para que vocês compreendam e saibam como aconteceu, vou contar:
Um dia, daqueles que parecem que nada vai acontecer além da rotina, estava em pé na porta do meu trabalho quando mais que de repente, um carro em disparada atropelou uma pessoa. Não precisa dizer quem era essa pessoa!
Embora tivesse sido uma pancada de raspão, provocou algumas pequenas escoriações e, ainda meio atordoada, carregaram-na para dentro do meu trabalho e alguém gritou: Providenciem um copo com água e é melhor aplicar uma injeção antitetânica por precaução!
Aí foi que eu entrei na história, pois eu trabalhava em uma farmácia e era o enfermeiro encarregado das aplicações. Logo passei para dentro do balcão, orientei para que a levassem para a sala de atendimentos e digo-lhes francamente que até àquela hora, não tinha nem percebido as características da pessoa atropelada, em função da aglomeração dos curiosos bastante comuns nessas ocasiões.
Deitaram-na à mesa de curativos, dispensaram a platéia, enquanto eu preparava a seringa e apanhava a injeção. Quando, já mais calmo, voltei-me e vislumbrei aquelas lindas pernas, fui subindo o olhar até deparar-me com umas coxas com penugens aveludadas. Controlei-me e levantei aquela minúscula saia, deparando-me com uma senhora e sedutora bundinha. A calcinha era bege claro que nada escondia. Fiz um ar profissional e baixei aquele tecido tão fino que parecia uma segunda pele.
Deu-me um branco que eu vi as coisas pretas. Aquela bunda olhava para mim como se estivesse implorando que eu não a furasse. E eu olhando pra ela suplicando que ela me desse o seu furo. Não nego não! Mesmo naquela situação embaraçosa causada pelo acidente, não pude separar minha condição de enfermeiro com a de homem. Haviam duas seringas em riste: uma na mão, que era descartável e pronta para fazer um furo e outra dura e vitalícia pronta para tapar o furo existente.
Nesse instante ela vira-se com aquele rosto angelical e choroso e disse quase como um sussurro: Vá com calma... para não doer!
Aí foi que a excitação aumentou! Só me lembro que, quando passei três vezes o algodão com éter naquela deslumbrante bundinha, desmaiei e só acordei vinte minutos depois, quando alguém colocou amoníaco para eu cheirar.
Ela já tinha ido embora e a confusão era toda em cima de mim pela preocupação dos meus colegas e alguns clientes. Ao despertar ainda ouvi alguém dizer: Pobre rapaz... ficou traumatizado com o acidente! E um outro arrematou: Pessoas que não podem ver sangue não deviam trabalhar em farmácia ou hospitais!
Na verdade o que me deixou traumatizado não foi o acidente nem o sangue. Foi simplesmente aquela maravilhosa bundinha bem torneada.
Essa historia veio a minha mente, porque neste momento passou por mim uma mulher que, mesmo que eu não tenha gravado na mente as suas feições em função do tumulto no dia do acidente, juro por todos os santos que é ela, pois uma bundinha daquela ninguém jamais esquece e não pode ter duas iguais.
*Escritor (Vida Louca–ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Ela era perfeita! Sua bundinha lindamente arredondada e ligeiramente empinada, dando a impressão que dali só poderia sair patê de fois grás e perfume de rosas. Só em olhar, o mais puro dos mortais ficaria excitado e com desejo de pelo menos passar a mão para ver se era de verdade. E era! Eu sabia que era, pois tempos atrás tive a dádiva de acariciar aquela coisinha tão doce, que comparada com rapadura, esta pareceria um jiló.
Se eu disser que a minha qualidade de conquistador é imbatível, estarei mentindo, mas, para que vocês compreendam e saibam como aconteceu, vou contar:
Um dia, daqueles que parecem que nada vai acontecer além da rotina, estava em pé na porta do meu trabalho quando mais que de repente, um carro em disparada atropelou uma pessoa. Não precisa dizer quem era essa pessoa!
Embora tivesse sido uma pancada de raspão, provocou algumas pequenas escoriações e, ainda meio atordoada, carregaram-na para dentro do meu trabalho e alguém gritou: Providenciem um copo com água e é melhor aplicar uma injeção antitetânica por precaução!
Aí foi que eu entrei na história, pois eu trabalhava em uma farmácia e era o enfermeiro encarregado das aplicações. Logo passei para dentro do balcão, orientei para que a levassem para a sala de atendimentos e digo-lhes francamente que até àquela hora, não tinha nem percebido as características da pessoa atropelada, em função da aglomeração dos curiosos bastante comuns nessas ocasiões.
Deitaram-na à mesa de curativos, dispensaram a platéia, enquanto eu preparava a seringa e apanhava a injeção. Quando, já mais calmo, voltei-me e vislumbrei aquelas lindas pernas, fui subindo o olhar até deparar-me com umas coxas com penugens aveludadas. Controlei-me e levantei aquela minúscula saia, deparando-me com uma senhora e sedutora bundinha. A calcinha era bege claro que nada escondia. Fiz um ar profissional e baixei aquele tecido tão fino que parecia uma segunda pele.
Deu-me um branco que eu vi as coisas pretas. Aquela bunda olhava para mim como se estivesse implorando que eu não a furasse. E eu olhando pra ela suplicando que ela me desse o seu furo. Não nego não! Mesmo naquela situação embaraçosa causada pelo acidente, não pude separar minha condição de enfermeiro com a de homem. Haviam duas seringas em riste: uma na mão, que era descartável e pronta para fazer um furo e outra dura e vitalícia pronta para tapar o furo existente.
Nesse instante ela vira-se com aquele rosto angelical e choroso e disse quase como um sussurro: Vá com calma... para não doer!
Aí foi que a excitação aumentou! Só me lembro que, quando passei três vezes o algodão com éter naquela deslumbrante bundinha, desmaiei e só acordei vinte minutos depois, quando alguém colocou amoníaco para eu cheirar.
Ela já tinha ido embora e a confusão era toda em cima de mim pela preocupação dos meus colegas e alguns clientes. Ao despertar ainda ouvi alguém dizer: Pobre rapaz... ficou traumatizado com o acidente! E um outro arrematou: Pessoas que não podem ver sangue não deviam trabalhar em farmácia ou hospitais!
Na verdade o que me deixou traumatizado não foi o acidente nem o sangue. Foi simplesmente aquela maravilhosa bundinha bem torneada.
Essa historia veio a minha mente, porque neste momento passou por mim uma mulher que, mesmo que eu não tenha gravado na mente as suas feições em função do tumulto no dia do acidente, juro por todos os santos que é ela, pois uma bundinha daquela ninguém jamais esquece e não pode ter duas iguais.
*Escritor (Vida Louca–ansouza_ba@hotmail.com)
Acontece!
Acontece!
Antonio Nunes de Souza*
Era uma vez uma verdade,
Que parecia mentira,
Partiu sem deixar saudade,
Nem eu sei por que partira!
Era uma vez uma mentira,
Que parecia verdade,
Com sonhos e pesadelos,
Nunca virou realidade!
Era uma vez uma mentira verdadeira,
Que por causa de uma bobeira,
Transformou-se em ilusão.
Não sei nem se ela existiu,
Pois depois que ela partiu,
Não deixou saudades não!
*Escritor (vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Antonio Nunes de Souza*
Era uma vez uma verdade,
Que parecia mentira,
Partiu sem deixar saudade,
Nem eu sei por que partira!
Era uma vez uma mentira,
Que parecia verdade,
Com sonhos e pesadelos,
Nunca virou realidade!
Era uma vez uma mentira verdadeira,
Que por causa de uma bobeira,
Transformou-se em ilusão.
Não sei nem se ela existiu,
Pois depois que ela partiu,
Não deixou saudades não!
*Escritor (vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Minha festa do dia dos pais!
Antonio Nunes de Souza*
Acordei lépido, fagueiro e cheio de alegria, torcendo para chegar a noite, quando seria homenageado em nossa reunião rotária, com uma festança cheia de surpresas preparada com amor e carinho pela casa da amizade.
Olhei-me no espelho, vislumbrei meus cabelos brancos que ajudam a dar um charme ao meu visual ainda conservado, mesmo brigando com tempo, supondo que, ainda consigo enganar a platéia aparentando jovialidade. Fiz a barba com esmero, tomei um bom banho, tomei café e segui para o escritório para trabalhar e contar as horas para desfrutar do meu delicioso momento noturno.
Mesmo o dia demorando de passar, finalmente terminei meu expediente, segui para casa, tomei um banho em regra, coloque uma das minhas roupas domingueiras, barrufei pelo corpo um perfume francês e segui imaginando ser confundido com um jovem saradão, que apenas pintou os cabelos para estar na moda e “bombar” na pista como nos velhos tempos.
Cheguei no recinto da festa, alegre e arisco, cumprimentando aqueles que já haviam chegado, vendo estampado em seus rostos uma alegria somente vista quando se trata de ocasiões especiais. E essa era uma delas!
Salão cheio, platéia eclética, onde se podia ver de bispo a pecadores e jovens até a terceira idade. Uma combinação perfeita para que o conjunto geral fosse apenas vislumbrado como um grupo animado e feliz, não deixando transparecer que havia desnível etário no ambiente.
Arrumada a mesa, saudamos o pavilhão nacional, todos acomodados em suas mesas, drinks servidos e, para o maior deleito, no palco havia um conjunto com um cantor com pinta de indiano, parecendo filho do duble de cientista/curandeiro Asha Ram, soltando boleros em profusão, entremeados de algumas bossas novas. Até aí estava tudo uma maravilha! Os sorrisos e os adeus choviam de uma mesa para outra, com os cumprimentos educados entre os presentes, vendo-se ainda na pista, alguns casais que dançavam e curtiam a noitada que iniciava.
Alguns minutos passados, a presidente da casa da amizade pediu uma pausa, agradeceu a presença de todos e anunciou a presença de uma cantora voltada para músicas religiosas, que nos brindaria com algumas canções em trono do tema. Educadamente aplaudimos e ela iniciou mandando ver aquelas músicas com letras cheias de chavões saturados, pedindo e dando perdões, frases feitas e carimbadas que já decoramos ao longo do tempo. Fizemos cara de sentimento e ficamos pedindo a Deus para acabar logo. Felizmente, Ele atendeu nosso pedido e ela só cantou dois números.
Já não gostei dessa primeira etapa, mas, como foi rápida, consegui digeri-la pacientemente, pois, pela diversidade de gostos dos presentes, temos que agüentar educadamente algumas situações. Porém, depois da cantoria angelical, foi anunciada uma pedagoga que iria fazer uma palestra homenageando os rotarianos. Aplaudimos entusiasticamente, esperando uma série de gabolices e elogios, que nos deixaria como verdadeiros Deuses gregos: fortes como Hércules e belos como Narciso.
Rapaz... quando a moça começou a falar e projetar no telão detalhes do que dizia, começamos a perceber que o assunto em pauta era os problemas da terceira idade.
Não acreditei que aquilo estava acontecendo! Todos se olhavam entre si, os mais jovens gargalhando, os médios sorrindo e os mais velhos estampavam no rosto um sorriso amarelo ou fechavam a cara com o ar de ofendido. E o pior é que a moça não dava tréguas! Começou com dor de cabeça, partiu para alimentação, parou no colesterol, nem deu bola para azia e má digestão e foi logo para labirintite, inibição da libido, deu uma parada substancial no enfarto do miocárdio e derrame, partindo forte para doença de Parkinson, fechando com chave de ouro com o mal de Alzheimer.
Se ela queria deixar os velhinhos na merda, ela pode ter certeza que conseguiu com honras e gloria!
Não tinha um que não estivesse se sentido um bagaço humano, cantando internamente a triste música de Raul Seixas “Esperando a morte chegar”.
Eu, na minha loucura contumaz, ria desbragadamente, imaginando de quem foi a brilhante idéia de programar essa palestra (maravilhosa para outra ocasião) para um dia de homenagem e festa para os pais. Imagino que, quem pensou e programou, tinha a melhor intenção do mundo. Mas, com tantas doenças, deu a entender que as intenções eram do outro mundo. Aquele que não queremos nem pensar, ainda mais num dia de festa.
Terminada a fatídica palestra baixa astral, para a ocasião, a moça sorria feliz pela missão cumprida e nós batemos uma calorosa salva de palmas, não pelo conteúdo, e sim pelo alívio da finalização da tortura psicológica que estávamos sendo submetidos.
Segui-se com uma distribuição de brindes, foi servido o jantar e, os sobreviventes, ficaram dançando ao som da voz melodiosa do cantor descendente de Ghandi.
Eu, como estava solteiro, levantei-me sorrateiramente e voltei para casa, já pensando em programar com muito carinho uma festa a altura da nossa para homenagear o Dia das Mães.
E, com certeza, já tenho em mente todos os planos traçados para que não falte nada com relação às generosas mães que tanto nos querem bem. O palestrante começará com pés de galinha, rugas na face, papo no queixo, ponte móvel e ponte fixa, seios caídos, celulite, câncer de mama, mioma, deslocamento de útero, menopausa, artrite e osteoporose.
Não quero que pensem tratar-se de uma vingança. Apenas desejo demonstrar quanto às amamos e temos cuidados com suas saúdes.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com - antoniomanteiga.blogspot.com)
Acordei lépido, fagueiro e cheio de alegria, torcendo para chegar a noite, quando seria homenageado em nossa reunião rotária, com uma festança cheia de surpresas preparada com amor e carinho pela casa da amizade.
Olhei-me no espelho, vislumbrei meus cabelos brancos que ajudam a dar um charme ao meu visual ainda conservado, mesmo brigando com tempo, supondo que, ainda consigo enganar a platéia aparentando jovialidade. Fiz a barba com esmero, tomei um bom banho, tomei café e segui para o escritório para trabalhar e contar as horas para desfrutar do meu delicioso momento noturno.
Mesmo o dia demorando de passar, finalmente terminei meu expediente, segui para casa, tomei um banho em regra, coloque uma das minhas roupas domingueiras, barrufei pelo corpo um perfume francês e segui imaginando ser confundido com um jovem saradão, que apenas pintou os cabelos para estar na moda e “bombar” na pista como nos velhos tempos.
Cheguei no recinto da festa, alegre e arisco, cumprimentando aqueles que já haviam chegado, vendo estampado em seus rostos uma alegria somente vista quando se trata de ocasiões especiais. E essa era uma delas!
Salão cheio, platéia eclética, onde se podia ver de bispo a pecadores e jovens até a terceira idade. Uma combinação perfeita para que o conjunto geral fosse apenas vislumbrado como um grupo animado e feliz, não deixando transparecer que havia desnível etário no ambiente.
Arrumada a mesa, saudamos o pavilhão nacional, todos acomodados em suas mesas, drinks servidos e, para o maior deleito, no palco havia um conjunto com um cantor com pinta de indiano, parecendo filho do duble de cientista/curandeiro Asha Ram, soltando boleros em profusão, entremeados de algumas bossas novas. Até aí estava tudo uma maravilha! Os sorrisos e os adeus choviam de uma mesa para outra, com os cumprimentos educados entre os presentes, vendo-se ainda na pista, alguns casais que dançavam e curtiam a noitada que iniciava.
Alguns minutos passados, a presidente da casa da amizade pediu uma pausa, agradeceu a presença de todos e anunciou a presença de uma cantora voltada para músicas religiosas, que nos brindaria com algumas canções em trono do tema. Educadamente aplaudimos e ela iniciou mandando ver aquelas músicas com letras cheias de chavões saturados, pedindo e dando perdões, frases feitas e carimbadas que já decoramos ao longo do tempo. Fizemos cara de sentimento e ficamos pedindo a Deus para acabar logo. Felizmente, Ele atendeu nosso pedido e ela só cantou dois números.
Já não gostei dessa primeira etapa, mas, como foi rápida, consegui digeri-la pacientemente, pois, pela diversidade de gostos dos presentes, temos que agüentar educadamente algumas situações. Porém, depois da cantoria angelical, foi anunciada uma pedagoga que iria fazer uma palestra homenageando os rotarianos. Aplaudimos entusiasticamente, esperando uma série de gabolices e elogios, que nos deixaria como verdadeiros Deuses gregos: fortes como Hércules e belos como Narciso.
Rapaz... quando a moça começou a falar e projetar no telão detalhes do que dizia, começamos a perceber que o assunto em pauta era os problemas da terceira idade.
Não acreditei que aquilo estava acontecendo! Todos se olhavam entre si, os mais jovens gargalhando, os médios sorrindo e os mais velhos estampavam no rosto um sorriso amarelo ou fechavam a cara com o ar de ofendido. E o pior é que a moça não dava tréguas! Começou com dor de cabeça, partiu para alimentação, parou no colesterol, nem deu bola para azia e má digestão e foi logo para labirintite, inibição da libido, deu uma parada substancial no enfarto do miocárdio e derrame, partindo forte para doença de Parkinson, fechando com chave de ouro com o mal de Alzheimer.
Se ela queria deixar os velhinhos na merda, ela pode ter certeza que conseguiu com honras e gloria!
Não tinha um que não estivesse se sentido um bagaço humano, cantando internamente a triste música de Raul Seixas “Esperando a morte chegar”.
Eu, na minha loucura contumaz, ria desbragadamente, imaginando de quem foi a brilhante idéia de programar essa palestra (maravilhosa para outra ocasião) para um dia de homenagem e festa para os pais. Imagino que, quem pensou e programou, tinha a melhor intenção do mundo. Mas, com tantas doenças, deu a entender que as intenções eram do outro mundo. Aquele que não queremos nem pensar, ainda mais num dia de festa.
Terminada a fatídica palestra baixa astral, para a ocasião, a moça sorria feliz pela missão cumprida e nós batemos uma calorosa salva de palmas, não pelo conteúdo, e sim pelo alívio da finalização da tortura psicológica que estávamos sendo submetidos.
Segui-se com uma distribuição de brindes, foi servido o jantar e, os sobreviventes, ficaram dançando ao som da voz melodiosa do cantor descendente de Ghandi.
Eu, como estava solteiro, levantei-me sorrateiramente e voltei para casa, já pensando em programar com muito carinho uma festa a altura da nossa para homenagear o Dia das Mães.
E, com certeza, já tenho em mente todos os planos traçados para que não falte nada com relação às generosas mães que tanto nos querem bem. O palestrante começará com pés de galinha, rugas na face, papo no queixo, ponte móvel e ponte fixa, seios caídos, celulite, câncer de mama, mioma, deslocamento de útero, menopausa, artrite e osteoporose.
Não quero que pensem tratar-se de uma vingança. Apenas desejo demonstrar quanto às amamos e temos cuidados com suas saúdes.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com - antoniomanteiga.blogspot.com)
Mude seus conceitos e preconceitos!
Mude seus conceitos e preconceitos!
*Antonio Nunes de Souza
Como sou partidário de todos os movimentos favoráveis aos direitos humanos, igualdade de todos, etc., e estando em São Paulo, não poderia deixar de ir apreciar a Parada Gay para dar o meu modesto apoio aplaudindo, como também me deleitar com boas risadas em função de alguns exageros que geralmente são cometidos, principalmente para escandalizar os falsos puritanos conservadores de normas obsoletas, esquecidos que estamos no século XXI e, convenientemente, cegos em não enxergar que houve uma grande evolução de hábitos e costumes na raça humana.
Assim que me instalei num lugar privilegiado, notei que ao meu lado estava uma família e, junto ao pai, um garotinho com uns nove anos aproximadamente, usando um boné e com os olhos vivos procurava através da longa avenida, o desfile que lentamente caminhava ao longe. Ouvi quando sua mãe falou:
-Calma Julinho! Daqui a pouco a parada estará aqui!
-E mamãe...está demorando muito!
Olhei para eles e dei um sorriso para o pai do garoto, que segurava sua mão com bastante firmeza, talvez preocupado com a possibilidade do menino perder-se no meio da monstruosa multidão, que a cada minuto crescia nas ruas.
Os olhos de Julinho estavam vibrantes, acesos e mexiam para todos os lados não querendo perder nenhuma cena que se passava na avenida. Mas, como ver tudo se a multidão era imensa, as músicas, fantasias, performances, trejeitos, cenas de amor e carinho, etc., eram tão continuas e volumosas? Por mais ágil que a visão humana pudesse ser, jamais captaria completamente aquele gigantesco desfile de protesto, mais parecendo ser de vitória alcançada. Acredito mais nessa segunda opção, pois, mesmo oficiosamente, todos sorriam, aplaudiam e se deliciavam com tudo que estava se passando, mostrando através das suas fisionomias, que devemos mudar nossos conceitos e aprender urgentemente respeitar as opções alheias, desde de que não infrinja os nossos direitos, nem as regras estabelecidas na lei. Devemos esquecer certos ensinamentos ultrapassados, onde o amor só pode ser praticado entre um homem e uma mulher.
O amor é algo (sentimento ou ilusão) que desabrocha inesperadamente pela identificação entre pessoas, provocação da libido, oportunidade, carência e, algumas vezes, pela busca de tudo isso.
Quando não existe nada disso, logicamente, não se trata de amor. É outra necessidade fisiológica chamada sexo. Que, ao meu ver, é a melhor das nossas necessidades corporais em todos os sentidos. Senão, vejamos:
Primeiro: Geralmente pratica-se deitado em uma cômoda posição (as variações fazem parte do tema. Mas, o papai/mamãe até hoje é bastante apreciada).
Segundo: Somos estimulados através de toques, odores e, muitas vezes, somente com o olhar. Aliás, esse último é sempre o primeiro.
Terceiro: Baixo custo. Uma vez que existe interesse de ambas as partes e, logicamente, o prazer e desejo são recíprocos, nada se gasta a não ser algumas calorias (muito mais bem gastas do que ficar correndo feito um louco pelas avenidas da cidade). Porém, caso não se tenha os cuidados necessários, alguém pode ganhar peso através da barriga ou contrair doenças perigosíssimas. A falta de precaução pode causar prejuízos e desastres irreparáveis. É como comer bacalhau: Uma delícia! Mas, se não evitar as espinhas, as despesas médicas e hospitalares serão altas.
Quarto: Quando você acaba de satisfazer essa necessidade sente-se relaxado, feliz, vitorioso e saciado temporariamente (jamais definitivamente). Resultados esses, não encontrados nas nossas outras necessidades fisiológicas, onde as posições são humilhantes, os odores horríveis, altos custos alimentícios e a absurda perda de 30% de nossa vida dormindo. Sem contar o tempo que perdemos na nossa imperiosa higiene pessoal. Sinceramente, acredito que quem fez essa distribuição de tempo para nossas necessidades fisiológicas era eunuco.
Todas essas coisas passaram pela minha cabeça, quando de longe, observava o garoto Julinho vendo o desfile da “Parada Gay” realizada em Sampa. Lembrei-me do princípio básico do direito milenarmente buscado pelos homens, que é a liberdade (de expressão, pensamentos, profissões, etc.) E por que não no amor? É fundamental respeitar para que se tenha respeito. Ninguém é obrigado a seguir padrões ditados por uma sociedade obsoleta, uma vez que esta vem deixando muito a desejar em dezenas de outras áreas, ficando parada no tempo sem acompanhar o processo evolutivo.
Portanto, que cada um tenha sua opção sexual, sem, contudo, jamais condenar outros por terem preferências diferenciadas. Inclusive, vale salientar que, segundo estatísticas, o crescimento do homossexualismo está tão acelerado em termos de aderências, que nos deixa a dúvida que vivemos num mundo de enrustidos.
Eu, particularmente, levanto essa bandeira para a quebra de preconceito por duas razões muito fortes: O livre arbítrio em todos os sentidos e por minimizar a concorrência. Pois adoro as mulheres!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com).
*Antonio Nunes de Souza
Como sou partidário de todos os movimentos favoráveis aos direitos humanos, igualdade de todos, etc., e estando em São Paulo, não poderia deixar de ir apreciar a Parada Gay para dar o meu modesto apoio aplaudindo, como também me deleitar com boas risadas em função de alguns exageros que geralmente são cometidos, principalmente para escandalizar os falsos puritanos conservadores de normas obsoletas, esquecidos que estamos no século XXI e, convenientemente, cegos em não enxergar que houve uma grande evolução de hábitos e costumes na raça humana.
Assim que me instalei num lugar privilegiado, notei que ao meu lado estava uma família e, junto ao pai, um garotinho com uns nove anos aproximadamente, usando um boné e com os olhos vivos procurava através da longa avenida, o desfile que lentamente caminhava ao longe. Ouvi quando sua mãe falou:
-Calma Julinho! Daqui a pouco a parada estará aqui!
-E mamãe...está demorando muito!
Olhei para eles e dei um sorriso para o pai do garoto, que segurava sua mão com bastante firmeza, talvez preocupado com a possibilidade do menino perder-se no meio da monstruosa multidão, que a cada minuto crescia nas ruas.
Os olhos de Julinho estavam vibrantes, acesos e mexiam para todos os lados não querendo perder nenhuma cena que se passava na avenida. Mas, como ver tudo se a multidão era imensa, as músicas, fantasias, performances, trejeitos, cenas de amor e carinho, etc., eram tão continuas e volumosas? Por mais ágil que a visão humana pudesse ser, jamais captaria completamente aquele gigantesco desfile de protesto, mais parecendo ser de vitória alcançada. Acredito mais nessa segunda opção, pois, mesmo oficiosamente, todos sorriam, aplaudiam e se deliciavam com tudo que estava se passando, mostrando através das suas fisionomias, que devemos mudar nossos conceitos e aprender urgentemente respeitar as opções alheias, desde de que não infrinja os nossos direitos, nem as regras estabelecidas na lei. Devemos esquecer certos ensinamentos ultrapassados, onde o amor só pode ser praticado entre um homem e uma mulher.
O amor é algo (sentimento ou ilusão) que desabrocha inesperadamente pela identificação entre pessoas, provocação da libido, oportunidade, carência e, algumas vezes, pela busca de tudo isso.
Quando não existe nada disso, logicamente, não se trata de amor. É outra necessidade fisiológica chamada sexo. Que, ao meu ver, é a melhor das nossas necessidades corporais em todos os sentidos. Senão, vejamos:
Primeiro: Geralmente pratica-se deitado em uma cômoda posição (as variações fazem parte do tema. Mas, o papai/mamãe até hoje é bastante apreciada).
Segundo: Somos estimulados através de toques, odores e, muitas vezes, somente com o olhar. Aliás, esse último é sempre o primeiro.
Terceiro: Baixo custo. Uma vez que existe interesse de ambas as partes e, logicamente, o prazer e desejo são recíprocos, nada se gasta a não ser algumas calorias (muito mais bem gastas do que ficar correndo feito um louco pelas avenidas da cidade). Porém, caso não se tenha os cuidados necessários, alguém pode ganhar peso através da barriga ou contrair doenças perigosíssimas. A falta de precaução pode causar prejuízos e desastres irreparáveis. É como comer bacalhau: Uma delícia! Mas, se não evitar as espinhas, as despesas médicas e hospitalares serão altas.
Quarto: Quando você acaba de satisfazer essa necessidade sente-se relaxado, feliz, vitorioso e saciado temporariamente (jamais definitivamente). Resultados esses, não encontrados nas nossas outras necessidades fisiológicas, onde as posições são humilhantes, os odores horríveis, altos custos alimentícios e a absurda perda de 30% de nossa vida dormindo. Sem contar o tempo que perdemos na nossa imperiosa higiene pessoal. Sinceramente, acredito que quem fez essa distribuição de tempo para nossas necessidades fisiológicas era eunuco.
Todas essas coisas passaram pela minha cabeça, quando de longe, observava o garoto Julinho vendo o desfile da “Parada Gay” realizada em Sampa. Lembrei-me do princípio básico do direito milenarmente buscado pelos homens, que é a liberdade (de expressão, pensamentos, profissões, etc.) E por que não no amor? É fundamental respeitar para que se tenha respeito. Ninguém é obrigado a seguir padrões ditados por uma sociedade obsoleta, uma vez que esta vem deixando muito a desejar em dezenas de outras áreas, ficando parada no tempo sem acompanhar o processo evolutivo.
Portanto, que cada um tenha sua opção sexual, sem, contudo, jamais condenar outros por terem preferências diferenciadas. Inclusive, vale salientar que, segundo estatísticas, o crescimento do homossexualismo está tão acelerado em termos de aderências, que nos deixa a dúvida que vivemos num mundo de enrustidos.
Eu, particularmente, levanto essa bandeira para a quebra de preconceito por duas razões muito fortes: O livre arbítrio em todos os sentidos e por minimizar a concorrência. Pois adoro as mulheres!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com).
Evolução dos costumes!
Evolução dos costumes!
*Antonio Nunes de Souza
Nada melhor que ultrapassar um cinqüentenário de vida, quando se presta atenção aos costumes, hábitos, valores, preconceitos, etc., acompanhando e sendo testemunha da queda de muitos deles. Uma grande parte desaparecendo e outra até revertida para conceituações totalmente contrárias às obsoletas e rígidas regras do passado.
Como sou homem do interior e de uma cidade pequena, outrora tradicional, baseado nesses choques de atitudes e reações sociais, resolvi imaginar como seria uma carta de uma moça do interior, que foi estudar na capital nos anos 50, e uma atual contando os mesmos fatos.
Salvador, 10 de maio de 1954.
Querida mãe, (benção Mãe!)
Como à senhora bem sabe já se passaram dois meses que estou na capital, em função de ter completado o ginasial e ter que fazer o curso científico para enfrentar o vestibular. O pensionato que tio Augusto arranjou é ótimo e tem muitos estudantes de diversas cidades e alguns funcionários de bancos. A comida é ótima e, graças a Deus, tenho um quarto só para mim (ficou um pouco mais caro, mas me dá mais liberdade e privacidade.).
Escolhi o colégio Severino Vieira, que é muito bom, e fica pertinho do bairro da Saúde e eu vou e volto sem precisar de transporte. Além de fazer economia, ainda faço um exercício com a caminhada. É uma pena que vocês não me ligam todos os dias para eu poder matar a saudade. Mas, compreendo que o serviço telefônico é horrível!
Depois de dar uma visão como estou vivendo, passei dois dias tomando coragem para relatar um fato que ocorreu:
- Porém, pelo amor de Deus não fale com papai, pois não sei como ele reagirá. Ou até sei perfeitamente, que ele viria aqui me buscar, acabando o sonho de me formar.
Mãe, eu conheci um rapaz muito bonito e educado, que estuda no mesmo colégio (ele faz o terceiro científico e mora na mesma pensão), e começamos a ter um ligeiro namoro. Coisa simples, apenas uns beijos no rosto e mãos dadas quando vamos para o colégio. Nada comprometedor.
-Entretanto, dois dias atrás, aniversário da dona da pensão e todos fizeram uma vaquinha para comprar bolo, salgadinhos, alguns refrigerantes e uma garrafa de Rum Bacardi para fazer cuba-libres. A noite foi uma festança, colocaram na radiola Hi-Fi uns LPs de Waldir Calmon, Ray Conniff, Silvio Mazzuca, Miltinho, Ângela Maria e Gregório Barrios. Dançamos até uma hora da manhã.
Eu, como sabes, não posso beber nada que fico logo tonta. E, por insistência de Raul (meu namorado), terminei tomando uns Cuba na hora de brindar e no decorrer da festa tomei mais um, forçada pela alegre turma que estava uma brasa.
Mainha foi aí que aconteceu o inesperado. Eu fiquei tontinha e Raul foi me levar até o meu quarto que fica na parte de cima e a festa era no térreo. Ele entrou no quarto me amparando pela cintura e eu com o braço em volta do seu pescoço. Aí, quando ele me colocou na cama, caímos os dois juntos e começamos a dar risadas e passamos a nos beijar.
Somente por carta estou tendo coragem de lhe contar essa tragédia. Perdoe-me, mamãe! O fato é que eu já não estava mais em mim e Raul também não parava de me alisar e o resultado é que ele me tirou de casa. Deflorou-me mamãe (que vergonha meu Deus). Quando eu vi aquele pequeno sangramento entre minhas pernas e no lençol foi que notei o que aconteceu. Estava tão tonta que nem senti alguma dor como todo mundo diz que sente.
Comecei a chorar e soluçar, deixando Raul assustado com a situação, sem saber que atitude tomar. Ele mandou eu ir tomar um banho, me deu um beijo na testa, saindo do quarto muito pálido e nervoso.
Pela manhã, acordei sem coragem de descer para tomar café e ir para o colégio, pois, para mim todos já sabiam o que aconteceu ou iam descobrir somente olhando na minha cara. Depois de algum tempo, resolvi descer e enfrentar a situação.
Todos estavam sentados a grande mesa, alegres e rindo, fazendo comentários sobre a festa, porém, ninguém fez alguma alusão a Raul ter ido me levar para o quarto. Parece até que ninguém nem percebeu. Apenas minha consciência de culpa é que me deixava com a cara meio escabreada e um sorriso amarelo. Olhei e não vi Raul e imaginei que deveria ter saído.
Fui para o colégio, não encontrei com ele e ambos temos evitado falar sobre o ocorrido.
Hoje, bastante trêmula e nervosa, estou escrevendo pedindo seu perdão e orientação para o que devo fazer. Mas, pelo amor de Deus, não fale com papai, senão ele é capaz de me matar. Jamais eu teria coragem de lhe contar essa tragédia pessoalmente. Estou morrendo de vergonha.
Diga a painho que não precisa mandar dinheiro essa quinzena, pois eu economizei e vai dar até o fim do mês. Perdoe-me mamãe, eu não sou digna de vocês!
Da sua pobre e desesperada filha que aguarda uma resposta urgente,
Maria
Com a evolução dos tempos, suponho como relataria o fato, uma garota da atualidade:
Salvador, 20 de dezembro de 2010.
Oi mãe,
Salvador é a maior zorra do mundo. Se soubesse antes não perderia meu tempo estudando nessa cidade careta. Teria vindo pra cá desde o maternal. O ap que estou é super maneiro e a galera é toda pra cima. Alguns estudam. outros só fazem curtir. Meu colégio é devagar, pois preferi um que não é tão exigente, para não fundir meu juízo e não perigar perder ano.
Conheci um cara, colega de cafôfo, que é um gato. O nome dele parece que é Raul, mas todo mundo lhe chama de Rê. O bicho é sarado, bunda crocante e dança pra cacete! Tem uma tatuagem tribal na bundinha que é uma graça! Estamos ficando, mas... de leve!
Ontem foi aniversário da coroa dona da pensão e a galera resolveu armar uma balada quentíssima para comemorar. Cada um deu uma grana e compramos cerveja, pinga e limão (para caipirinha), conhaque e, alguns mais chegados, descolaram uns baseados para a festa rolar mais solta (fique fria que eu não estou nessa. Se muito, dou uns tapinhas).
Velha, foi o maior bunda Lê Lê até a madruga! Pintou um DJ amigo da galera que bombou legal e rolou de Axé a Rock in Roll, com variações de alguns raps. Até arrocha pintou no pedaço para a esfregação ser justificada. Forró e as porras mais!
Lá pras tantas, eu já estava pra lá de Bagdá (talvez no Iraque) e arrastei Rê para meu quarto e transamos até o sol raiar. Pô! Estou com uma puta dor de cabeça que nem fui à aula hoje. Rê ainda está chapado lá na minha cama. Agora mãe, ninguém mais vai me chamar de careta. Agora sou mulher igual a qualquer uma delas.
Diga a meu pai que aumente a mesada, pois o preço do ante concepcional está lá em cima e os convites para os ensaios do Ilê, Olodum, Timbalada, Araketo, Mascarados e outros, estão caros pra caralho e, com grana curta, é foda estudar aqui. Inclusive, preciso comprar umas roupas pra não ficar parecendo uma mocoronga suburbana do interior.
Aqui é massa real, mamãe! Estou adorando! Mas, por favor, vejam se não ficam pentelhando todo dia, ligando para meu celular. Se continuar essa encheção de saco, vou mudar o número.
Vou me mandar porque Rê está chamando, pois vamos curar o bode na praia do Porto da Barra.
Beijão velha,
Mara
*Escritor (VIDA LOUCA – ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Nada melhor que ultrapassar um cinqüentenário de vida, quando se presta atenção aos costumes, hábitos, valores, preconceitos, etc., acompanhando e sendo testemunha da queda de muitos deles. Uma grande parte desaparecendo e outra até revertida para conceituações totalmente contrárias às obsoletas e rígidas regras do passado.
Como sou homem do interior e de uma cidade pequena, outrora tradicional, baseado nesses choques de atitudes e reações sociais, resolvi imaginar como seria uma carta de uma moça do interior, que foi estudar na capital nos anos 50, e uma atual contando os mesmos fatos.
Salvador, 10 de maio de 1954.
Querida mãe, (benção Mãe!)
Como à senhora bem sabe já se passaram dois meses que estou na capital, em função de ter completado o ginasial e ter que fazer o curso científico para enfrentar o vestibular. O pensionato que tio Augusto arranjou é ótimo e tem muitos estudantes de diversas cidades e alguns funcionários de bancos. A comida é ótima e, graças a Deus, tenho um quarto só para mim (ficou um pouco mais caro, mas me dá mais liberdade e privacidade.).
Escolhi o colégio Severino Vieira, que é muito bom, e fica pertinho do bairro da Saúde e eu vou e volto sem precisar de transporte. Além de fazer economia, ainda faço um exercício com a caminhada. É uma pena que vocês não me ligam todos os dias para eu poder matar a saudade. Mas, compreendo que o serviço telefônico é horrível!
Depois de dar uma visão como estou vivendo, passei dois dias tomando coragem para relatar um fato que ocorreu:
- Porém, pelo amor de Deus não fale com papai, pois não sei como ele reagirá. Ou até sei perfeitamente, que ele viria aqui me buscar, acabando o sonho de me formar.
Mãe, eu conheci um rapaz muito bonito e educado, que estuda no mesmo colégio (ele faz o terceiro científico e mora na mesma pensão), e começamos a ter um ligeiro namoro. Coisa simples, apenas uns beijos no rosto e mãos dadas quando vamos para o colégio. Nada comprometedor.
-Entretanto, dois dias atrás, aniversário da dona da pensão e todos fizeram uma vaquinha para comprar bolo, salgadinhos, alguns refrigerantes e uma garrafa de Rum Bacardi para fazer cuba-libres. A noite foi uma festança, colocaram na radiola Hi-Fi uns LPs de Waldir Calmon, Ray Conniff, Silvio Mazzuca, Miltinho, Ângela Maria e Gregório Barrios. Dançamos até uma hora da manhã.
Eu, como sabes, não posso beber nada que fico logo tonta. E, por insistência de Raul (meu namorado), terminei tomando uns Cuba na hora de brindar e no decorrer da festa tomei mais um, forçada pela alegre turma que estava uma brasa.
Mainha foi aí que aconteceu o inesperado. Eu fiquei tontinha e Raul foi me levar até o meu quarto que fica na parte de cima e a festa era no térreo. Ele entrou no quarto me amparando pela cintura e eu com o braço em volta do seu pescoço. Aí, quando ele me colocou na cama, caímos os dois juntos e começamos a dar risadas e passamos a nos beijar.
Somente por carta estou tendo coragem de lhe contar essa tragédia. Perdoe-me, mamãe! O fato é que eu já não estava mais em mim e Raul também não parava de me alisar e o resultado é que ele me tirou de casa. Deflorou-me mamãe (que vergonha meu Deus). Quando eu vi aquele pequeno sangramento entre minhas pernas e no lençol foi que notei o que aconteceu. Estava tão tonta que nem senti alguma dor como todo mundo diz que sente.
Comecei a chorar e soluçar, deixando Raul assustado com a situação, sem saber que atitude tomar. Ele mandou eu ir tomar um banho, me deu um beijo na testa, saindo do quarto muito pálido e nervoso.
Pela manhã, acordei sem coragem de descer para tomar café e ir para o colégio, pois, para mim todos já sabiam o que aconteceu ou iam descobrir somente olhando na minha cara. Depois de algum tempo, resolvi descer e enfrentar a situação.
Todos estavam sentados a grande mesa, alegres e rindo, fazendo comentários sobre a festa, porém, ninguém fez alguma alusão a Raul ter ido me levar para o quarto. Parece até que ninguém nem percebeu. Apenas minha consciência de culpa é que me deixava com a cara meio escabreada e um sorriso amarelo. Olhei e não vi Raul e imaginei que deveria ter saído.
Fui para o colégio, não encontrei com ele e ambos temos evitado falar sobre o ocorrido.
Hoje, bastante trêmula e nervosa, estou escrevendo pedindo seu perdão e orientação para o que devo fazer. Mas, pelo amor de Deus, não fale com papai, senão ele é capaz de me matar. Jamais eu teria coragem de lhe contar essa tragédia pessoalmente. Estou morrendo de vergonha.
Diga a painho que não precisa mandar dinheiro essa quinzena, pois eu economizei e vai dar até o fim do mês. Perdoe-me mamãe, eu não sou digna de vocês!
Da sua pobre e desesperada filha que aguarda uma resposta urgente,
Maria
Com a evolução dos tempos, suponho como relataria o fato, uma garota da atualidade:
Salvador, 20 de dezembro de 2010.
Oi mãe,
Salvador é a maior zorra do mundo. Se soubesse antes não perderia meu tempo estudando nessa cidade careta. Teria vindo pra cá desde o maternal. O ap que estou é super maneiro e a galera é toda pra cima. Alguns estudam. outros só fazem curtir. Meu colégio é devagar, pois preferi um que não é tão exigente, para não fundir meu juízo e não perigar perder ano.
Conheci um cara, colega de cafôfo, que é um gato. O nome dele parece que é Raul, mas todo mundo lhe chama de Rê. O bicho é sarado, bunda crocante e dança pra cacete! Tem uma tatuagem tribal na bundinha que é uma graça! Estamos ficando, mas... de leve!
Ontem foi aniversário da coroa dona da pensão e a galera resolveu armar uma balada quentíssima para comemorar. Cada um deu uma grana e compramos cerveja, pinga e limão (para caipirinha), conhaque e, alguns mais chegados, descolaram uns baseados para a festa rolar mais solta (fique fria que eu não estou nessa. Se muito, dou uns tapinhas).
Velha, foi o maior bunda Lê Lê até a madruga! Pintou um DJ amigo da galera que bombou legal e rolou de Axé a Rock in Roll, com variações de alguns raps. Até arrocha pintou no pedaço para a esfregação ser justificada. Forró e as porras mais!
Lá pras tantas, eu já estava pra lá de Bagdá (talvez no Iraque) e arrastei Rê para meu quarto e transamos até o sol raiar. Pô! Estou com uma puta dor de cabeça que nem fui à aula hoje. Rê ainda está chapado lá na minha cama. Agora mãe, ninguém mais vai me chamar de careta. Agora sou mulher igual a qualquer uma delas.
Diga a meu pai que aumente a mesada, pois o preço do ante concepcional está lá em cima e os convites para os ensaios do Ilê, Olodum, Timbalada, Araketo, Mascarados e outros, estão caros pra caralho e, com grana curta, é foda estudar aqui. Inclusive, preciso comprar umas roupas pra não ficar parecendo uma mocoronga suburbana do interior.
Aqui é massa real, mamãe! Estou adorando! Mas, por favor, vejam se não ficam pentelhando todo dia, ligando para meu celular. Se continuar essa encheção de saco, vou mudar o número.
Vou me mandar porque Rê está chamando, pois vamos curar o bode na praia do Porto da Barra.
Beijão velha,
Mara
*Escritor (VIDA LOUCA – ansouza_ba@hotmail.com)
A televisão é destruidora de valores?
A televisão é destruidora de valores?
Antonio Nunes de Souza*
Infelizmente, sim!
Talvez a invenção mais fantástica de todos os tempos, partida de uma experiência de um estudante de 23 anos na Pomerânia, que desejando ver os seus pais em uma cidade vizinha, na noite de Natal, criou um protótipo esquisito, sendo galhofado por todos, mas obteve com êxito uma imagem de segundos, deixando seus professores e colegas de boca aberta. Posteriormente, foi desenvolvida e hoje se tornou a diversão de milhões de pessoas, principalmente as crianças e os menos favorecidos financeiramente, que não têm outras opções com custo tão barato.
Porém, o que deveria ser um veículo no sentido de informar, ilustrar e educar dentro dos princípios morais, tornou-se uma formadora de opiniões sem escrúpulos, enfatizando cada vez mais a falta de caráter de seres humanos e, em muitas ocasiões, mostrando em suas novelas comportamentos nada elogiáveis, como se fossem coisas normais, inclusive estimulando praticas condenáveis, pois mostram que a grande maioria se dá muito bem no final, como se esses comportamentos fossem normais e devam ser imitados.
Sou totalmente contra a censura, mas, ver nas novelas das seis, sete, oito horas, cenas e diálogos sobre sexo livre na puberdade, lesbianismo, homossexualismo, roubos, desfalques, traições, drogas e outros absurdos mais, certamente não deixa de influenciar a juventude, principalmente porque são demonstrados de tal forma que, se você assim não procede, está totalmente fora do contesto mundial.
Tenho certeza que você pensou: Ora! Todo jovem hoje sabe dessas coisas todas!
Realmente sabem e muitos até praticam. Mas, graças aos aprendizados e estímulos através da bendita tv que, sem sombras de dúvidas, patrocinam as primeiras informações, que servem de conversas nas escolas e, automaticamente, o início das experiências.
E como ficam os valores tradicionais com relação ao caráter e educação?
Todos estão indo para brejo! A televisão com a força de entrar em sua casa, mostrar e falar que o certo é o errado, conseqüentemente, torce a realidade e formará uma série de monstros para o mundo futuro. Suas estórias cheias de brilhos e fantasias, claramente ou subliminarmente, impõem o produto que se deve usar, a moda que convém aos seus patrocinadores, hábitos, costumes, refrões, gírias, músicas, etc., fazendo do telespectador uma marionete em suas hábeis mãos.
Você pode estar pensando que sou um careta ultrapassado, pertencente ao movimento TPF (Tradição, Pátria e Família), líder batista, católico ou evangélico. Mas, não é nada disso! Quem ler o meu livro (Vida Louca) verá que sou super vanguardista e até chamado de porra-louca por alguns mais exagerados. O que condeno é o aproveitamento das emissoras, por serem estas que fazem as suas próprias censuras, não se preocuparem em apresentar novelas ou programas mais educativos nos ditos horários nobres e, após as 22:00 hs., mandem para o ar seus descalabros, pois os adultos já estão mais preparados para receber os lixos e fazerem suas triagens.
Infelizmente, pelo poder que a tv já exerce, qualquer advertência ou chamamento para reflexões como esse, para muitos é olhado como uma tolice. Porém, não custa nada olhar o comportamento dentro das suas próprias casas e verificarem que, lamentavelmente, temos razões para preocupações.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com A televisão é destruidora de valores?
Antonio Nunes de Souza*
Infelizmente, sim!
Talvez a invenção mais fantástica de todos os tempos, partida de uma experiência de um estudante de 23 anos na Pomerânia, que desejando ver os seus pais em uma cidade vizinha, na noite de Natal, criou um protótipo esquisito, sendo galhofado por todos, mas obteve com êxito uma imagem de segundos, deixando seus professores e colegas de boca aberta. Posteriormente, foi desenvolvida e hoje se tornou a diversão de milhões de pessoas, principalmente as crianças e os menos favorecidos financeiramente, que não têm outras opções com custo tão barato.
Porém, o que deveria ser um veículo no sentido de informar, ilustrar e educar dentro dos princípios morais, tornou-se uma formadora de opiniões sem escrúpulos, enfatizando cada vez mais a falta de caráter de seres humanos e, em muitas ocasiões, mostrando em suas novelas comportamentos nada elogiáveis, como se fossem coisas normais, inclusive estimulando praticas condenáveis, pois mostram que a grande maioria se dá muito bem no final, como se esses comportamentos fossem normais e devam ser imitados.
Sou totalmente contra a censura, mas, ver nas novelas das seis, sete, oito horas, cenas e diálogos sobre sexo livre na puberdade, lesbianismo, homossexualismo, roubos, desfalques, traições, drogas e outros absurdos mais, certamente não deixa de influenciar a juventude, principalmente porque são demonstrados de tal forma que, se você assim não procede, está totalmente fora do contesto mundial.
Tenho certeza que você pensou: Ora! Todo jovem hoje sabe dessas coisas todas!
Realmente sabem e muitos até praticam. Mas, graças aos aprendizados e estímulos através da bendita tv que, sem sombras de dúvidas, patrocinam as primeiras informações, que servem de conversas nas escolas e, automaticamente, o início das experiências.
E como ficam os valores tradicionais com relação ao caráter e educação?
Todos estão indo para brejo! A televisão com a força de entrar em sua casa, mostrar e falar que o certo é o errado, conseqüentemente, torce a realidade e formará uma série de monstros para o mundo futuro. Suas estórias cheias de brilhos e fantasias, claramente ou subliminarmente, impõem o produto que se deve usar, a moda que convém aos seus patrocinadores, hábitos, costumes, refrões, gírias, músicas, etc., fazendo do telespectador uma marionete em suas hábeis mãos.
Você pode estar pensando que sou um careta ultrapassado, pertencente ao movimento TPF (Tradição, Pátria e Família), líder batista, católico ou evangélico. Mas, não é nada disso! Quem ler o meu livro (Vida Louca) verá que sou super vanguardista e até chamado de porra-louca por alguns mais exagerados. O que condeno é o aproveitamento das emissoras, por serem estas que fazem as suas próprias censuras, não se preocuparem em apresentar novelas ou programas mais educativos nos ditos horários nobres e, após as 22:00 hs., mandem para o ar seus descalabros, pois os adultos já estão mais preparados para receber os lixos e fazerem suas triagens.
Infelizmente, pelo poder que a tv já exerce, qualquer advertência ou chamamento para reflexões como esse, para muitos é olhado como uma tolice. Porém, não custa nada olhar o comportamento dentro das suas próprias casas e verificarem que, lamentavelmente, temos razões para preocupações.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com
Antonio Nunes de Souza*
Infelizmente, sim!
Talvez a invenção mais fantástica de todos os tempos, partida de uma experiência de um estudante de 23 anos na Pomerânia, que desejando ver os seus pais em uma cidade vizinha, na noite de Natal, criou um protótipo esquisito, sendo galhofado por todos, mas obteve com êxito uma imagem de segundos, deixando seus professores e colegas de boca aberta. Posteriormente, foi desenvolvida e hoje se tornou a diversão de milhões de pessoas, principalmente as crianças e os menos favorecidos financeiramente, que não têm outras opções com custo tão barato.
Porém, o que deveria ser um veículo no sentido de informar, ilustrar e educar dentro dos princípios morais, tornou-se uma formadora de opiniões sem escrúpulos, enfatizando cada vez mais a falta de caráter de seres humanos e, em muitas ocasiões, mostrando em suas novelas comportamentos nada elogiáveis, como se fossem coisas normais, inclusive estimulando praticas condenáveis, pois mostram que a grande maioria se dá muito bem no final, como se esses comportamentos fossem normais e devam ser imitados.
Sou totalmente contra a censura, mas, ver nas novelas das seis, sete, oito horas, cenas e diálogos sobre sexo livre na puberdade, lesbianismo, homossexualismo, roubos, desfalques, traições, drogas e outros absurdos mais, certamente não deixa de influenciar a juventude, principalmente porque são demonstrados de tal forma que, se você assim não procede, está totalmente fora do contesto mundial.
Tenho certeza que você pensou: Ora! Todo jovem hoje sabe dessas coisas todas!
Realmente sabem e muitos até praticam. Mas, graças aos aprendizados e estímulos através da bendita tv que, sem sombras de dúvidas, patrocinam as primeiras informações, que servem de conversas nas escolas e, automaticamente, o início das experiências.
E como ficam os valores tradicionais com relação ao caráter e educação?
Todos estão indo para brejo! A televisão com a força de entrar em sua casa, mostrar e falar que o certo é o errado, conseqüentemente, torce a realidade e formará uma série de monstros para o mundo futuro. Suas estórias cheias de brilhos e fantasias, claramente ou subliminarmente, impõem o produto que se deve usar, a moda que convém aos seus patrocinadores, hábitos, costumes, refrões, gírias, músicas, etc., fazendo do telespectador uma marionete em suas hábeis mãos.
Você pode estar pensando que sou um careta ultrapassado, pertencente ao movimento TPF (Tradição, Pátria e Família), líder batista, católico ou evangélico. Mas, não é nada disso! Quem ler o meu livro (Vida Louca) verá que sou super vanguardista e até chamado de porra-louca por alguns mais exagerados. O que condeno é o aproveitamento das emissoras, por serem estas que fazem as suas próprias censuras, não se preocuparem em apresentar novelas ou programas mais educativos nos ditos horários nobres e, após as 22:00 hs., mandem para o ar seus descalabros, pois os adultos já estão mais preparados para receber os lixos e fazerem suas triagens.
Infelizmente, pelo poder que a tv já exerce, qualquer advertência ou chamamento para reflexões como esse, para muitos é olhado como uma tolice. Porém, não custa nada olhar o comportamento dentro das suas próprias casas e verificarem que, lamentavelmente, temos razões para preocupações.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com A televisão é destruidora de valores?
Antonio Nunes de Souza*
Infelizmente, sim!
Talvez a invenção mais fantástica de todos os tempos, partida de uma experiência de um estudante de 23 anos na Pomerânia, que desejando ver os seus pais em uma cidade vizinha, na noite de Natal, criou um protótipo esquisito, sendo galhofado por todos, mas obteve com êxito uma imagem de segundos, deixando seus professores e colegas de boca aberta. Posteriormente, foi desenvolvida e hoje se tornou a diversão de milhões de pessoas, principalmente as crianças e os menos favorecidos financeiramente, que não têm outras opções com custo tão barato.
Porém, o que deveria ser um veículo no sentido de informar, ilustrar e educar dentro dos princípios morais, tornou-se uma formadora de opiniões sem escrúpulos, enfatizando cada vez mais a falta de caráter de seres humanos e, em muitas ocasiões, mostrando em suas novelas comportamentos nada elogiáveis, como se fossem coisas normais, inclusive estimulando praticas condenáveis, pois mostram que a grande maioria se dá muito bem no final, como se esses comportamentos fossem normais e devam ser imitados.
Sou totalmente contra a censura, mas, ver nas novelas das seis, sete, oito horas, cenas e diálogos sobre sexo livre na puberdade, lesbianismo, homossexualismo, roubos, desfalques, traições, drogas e outros absurdos mais, certamente não deixa de influenciar a juventude, principalmente porque são demonstrados de tal forma que, se você assim não procede, está totalmente fora do contesto mundial.
Tenho certeza que você pensou: Ora! Todo jovem hoje sabe dessas coisas todas!
Realmente sabem e muitos até praticam. Mas, graças aos aprendizados e estímulos através da bendita tv que, sem sombras de dúvidas, patrocinam as primeiras informações, que servem de conversas nas escolas e, automaticamente, o início das experiências.
E como ficam os valores tradicionais com relação ao caráter e educação?
Todos estão indo para brejo! A televisão com a força de entrar em sua casa, mostrar e falar que o certo é o errado, conseqüentemente, torce a realidade e formará uma série de monstros para o mundo futuro. Suas estórias cheias de brilhos e fantasias, claramente ou subliminarmente, impõem o produto que se deve usar, a moda que convém aos seus patrocinadores, hábitos, costumes, refrões, gírias, músicas, etc., fazendo do telespectador uma marionete em suas hábeis mãos.
Você pode estar pensando que sou um careta ultrapassado, pertencente ao movimento TPF (Tradição, Pátria e Família), líder batista, católico ou evangélico. Mas, não é nada disso! Quem ler o meu livro (Vida Louca) verá que sou super vanguardista e até chamado de porra-louca por alguns mais exagerados. O que condeno é o aproveitamento das emissoras, por serem estas que fazem as suas próprias censuras, não se preocuparem em apresentar novelas ou programas mais educativos nos ditos horários nobres e, após as 22:00 hs., mandem para o ar seus descalabros, pois os adultos já estão mais preparados para receber os lixos e fazerem suas triagens.
Infelizmente, pelo poder que a tv já exerce, qualquer advertência ou chamamento para reflexões como esse, para muitos é olhado como uma tolice. Porém, não custa nada olhar o comportamento dentro das suas próprias casas e verificarem que, lamentavelmente, temos razões para preocupações.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com
O retorno às origens!
O retorno às origens.
*Antonio Nunes de Souza
Os homens, segundo a história bíblica e também a universal, quando foram feitos pelo oleiro Mor ou chegaram de algum lugar do universo, encontraram a terra cheia de morros, montanhas, desertos, mares, rios, lagos, florestas, animais silvestres e ferozes, etc. Assim sendo, foram proliferando desordenadamente, vivendo em grupos, procurando melhores lugares para formar suas comunidades e fincar suas raízes, transformando tudo de agreste que existia, em locais agradáveis, aprazíveis, salutares e, principalmente, que oferecessem as melhores comodidades possíveis, almejando alcançar a qualificação ideal, ou seja, a designação de civilizados.
Milhares de anos se passaram, criaram linguagens para suas comunicações, determinaram regras, leis e padrões, transformando aquele mundo selvagem em vilas, cidades e metrópoles. Colocaram monumentos simbólicos demonstrando suas conquistas e suas vitórias, cada lugar querendo ser o que construía maior e mais bonito ícone representativo.
Inventaram os mais sofisticados aparelhos de comunicação, partindo dos sinais de tambores e fumaça, chegando ao rádio, telefone fixo, celular, televisão, internet, chips via satélites, radares e outras coisas mais, que já passaram hoje a serem de somenos importância ou obsoletos.
Para suas locomoções, que eram verdadeiras maratonas de andanças e arriscadas viagens através de cipós, conseguiram substituir esses sufocos inventando a roda, depois a carroça, bicicleta, moto, carro, avião, helicóptero, nave espacial e uma série de outras máquinas para tais fins.
Para deleitar seu paladar e desejos gustativos, nada mais justo que, usando a imaginação, criar e produzir boas bebidas e iguarias ultra-sofisticadas, utilizando condimentos super exóticos e raros, que não lembram nem de perto aqueles javalis crus que eram devorados, sem nenhuma educação, pelos trogloditas seus antepassados.
Aí, depois dessa maravilhosa transformação, ao custo de milhões e milhões de anos, mortes, sacrifícios e muito trabalho, o homem, mais que justamente, orgulhou-se por ter alcançado, praticamente, todos os seus objetivos e uma vida digna perante a humanidade.
Então, depois de estar desfrutando de todas essas maravilhas. Ele começou a perceber quanto ele está cercado de problemas em função de tudo que foi criado ao longo dessa caminhada, causando-lhe uma novidade até bem pouco tempo desconhecida, logicamente, pela sua inexistência: O stress. Este é nada mais nada menos do que a sensação de desconforto de que ter viver cercado de loucuras e tarefas do cotidiano. Causa uma impaciência ilimitada, irritação e, automaticamente, um processo depressivo igual à de quem comprou o ingresso para ver uma apresentação de Milton Nascimento e, errando de teatro, se bate com um show de Waldick Soriano.
Resultado. O homem passou a rever os seus criados conceitos de vida maravilhosa, cidades deslumbrantes, segurança, comidas saborosas, transportes rápidos e, principalmente, meio ambiente. E, num processo de lentidão similar ao de uma preguiça paraplégica, chegou à conclusão óbvia que tudo isso é uma utópica ilusão. Pois, os milhões de carros transitando nas ruas e estradas causam desastres físicos e ecológicos, congestionamentos nas horas mais importantes, as comidas condimentadas e gordurosas são venenos para corpo, os telefones (principalmente os celulares) sempre estão falhando ou nos localizando nos lugares indevidos, as televisões, rádios e jornais mentem e são tendenciosos. Enfim, que é uma verdadeira merda a vida na cidade!
Principalmente nas grandes metrópoles, onde além dos tormentos existentes, você ainda está passivo de ser assaltado, seqüestrado, morto por uma bala perdida ou por algum policial querendo mostrar serviço (provavelmente para algum traficante).
Que fazer então?
Claro que voltar às origens! E, pensando nisso, um amigo meu já comprou um pedacinho de terra na Chapada Diamantina, mais precisamente em Igatú, e está agilizando a construção de uma casinha estilizada no alto de uma montanha, onde ele pode vislumbrar a mata selvagem, o céu azul durante o dia e o luar estrelado a noite. Passear durante o dia nas insólitas picadas com direção as rústicas quedas d’água, encontrar dormindo no caminho algumas cobrinhas inofensivas ou não, ouvir os pássaros cantando com naturalidade e desenvoltura, ao tempo que vai respirando um ar mais puro e limpo do que bolso de professor e matando os mosquitinhos nativos que atacam, ávidos para saborearem o sangue novo na praça.
Só em chegar ao destino, poder parar o carro e não aparecer, misteriosamente, um flanelinha dizendo: “Pode deixar que eu tomo conta, doutor!” Vale fugir de qualquer cidade.
Acho que o homem está certíssimo em tomar essa correta atitude. Posso até aderir tal comportamento. Mas, se eu não tiver ao meu lado uma maravilhosa mulher para me tentar e atentar, não serei capaz de mudar radicalmente meu habitat. Isso com direito a trocas eventuais para quebrar a rotina. Pois, depois de determinado tempo convivendo a maresia local, a variação de diálogos terminará sempre com os mesmos temas e, infelizmente, essa permuta torna-se essencial. Claro que na cidade grande nosso grau de tolerância é muito mais ampliado, pois não temos nem tempo de conversar em função do labor durante o dia e a tv durante a noite.
Não quero que pensem que sou um maníaco sexual de maneira nenhuma, mas, viver nesse paraíso sem uma Eva semestral, prefiro morrer estressado nas loucuras das cidades.
Vou providenciar a compra de meu pedacinho do céu em Igatú, procurar minha parceira temporária, arrumar os meus paninhos e: Adeus civilização ingrata!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Os homens, segundo a história bíblica e também a universal, quando foram feitos pelo oleiro Mor ou chegaram de algum lugar do universo, encontraram a terra cheia de morros, montanhas, desertos, mares, rios, lagos, florestas, animais silvestres e ferozes, etc. Assim sendo, foram proliferando desordenadamente, vivendo em grupos, procurando melhores lugares para formar suas comunidades e fincar suas raízes, transformando tudo de agreste que existia, em locais agradáveis, aprazíveis, salutares e, principalmente, que oferecessem as melhores comodidades possíveis, almejando alcançar a qualificação ideal, ou seja, a designação de civilizados.
Milhares de anos se passaram, criaram linguagens para suas comunicações, determinaram regras, leis e padrões, transformando aquele mundo selvagem em vilas, cidades e metrópoles. Colocaram monumentos simbólicos demonstrando suas conquistas e suas vitórias, cada lugar querendo ser o que construía maior e mais bonito ícone representativo.
Inventaram os mais sofisticados aparelhos de comunicação, partindo dos sinais de tambores e fumaça, chegando ao rádio, telefone fixo, celular, televisão, internet, chips via satélites, radares e outras coisas mais, que já passaram hoje a serem de somenos importância ou obsoletos.
Para suas locomoções, que eram verdadeiras maratonas de andanças e arriscadas viagens através de cipós, conseguiram substituir esses sufocos inventando a roda, depois a carroça, bicicleta, moto, carro, avião, helicóptero, nave espacial e uma série de outras máquinas para tais fins.
Para deleitar seu paladar e desejos gustativos, nada mais justo que, usando a imaginação, criar e produzir boas bebidas e iguarias ultra-sofisticadas, utilizando condimentos super exóticos e raros, que não lembram nem de perto aqueles javalis crus que eram devorados, sem nenhuma educação, pelos trogloditas seus antepassados.
Aí, depois dessa maravilhosa transformação, ao custo de milhões e milhões de anos, mortes, sacrifícios e muito trabalho, o homem, mais que justamente, orgulhou-se por ter alcançado, praticamente, todos os seus objetivos e uma vida digna perante a humanidade.
Então, depois de estar desfrutando de todas essas maravilhas. Ele começou a perceber quanto ele está cercado de problemas em função de tudo que foi criado ao longo dessa caminhada, causando-lhe uma novidade até bem pouco tempo desconhecida, logicamente, pela sua inexistência: O stress. Este é nada mais nada menos do que a sensação de desconforto de que ter viver cercado de loucuras e tarefas do cotidiano. Causa uma impaciência ilimitada, irritação e, automaticamente, um processo depressivo igual à de quem comprou o ingresso para ver uma apresentação de Milton Nascimento e, errando de teatro, se bate com um show de Waldick Soriano.
Resultado. O homem passou a rever os seus criados conceitos de vida maravilhosa, cidades deslumbrantes, segurança, comidas saborosas, transportes rápidos e, principalmente, meio ambiente. E, num processo de lentidão similar ao de uma preguiça paraplégica, chegou à conclusão óbvia que tudo isso é uma utópica ilusão. Pois, os milhões de carros transitando nas ruas e estradas causam desastres físicos e ecológicos, congestionamentos nas horas mais importantes, as comidas condimentadas e gordurosas são venenos para corpo, os telefones (principalmente os celulares) sempre estão falhando ou nos localizando nos lugares indevidos, as televisões, rádios e jornais mentem e são tendenciosos. Enfim, que é uma verdadeira merda a vida na cidade!
Principalmente nas grandes metrópoles, onde além dos tormentos existentes, você ainda está passivo de ser assaltado, seqüestrado, morto por uma bala perdida ou por algum policial querendo mostrar serviço (provavelmente para algum traficante).
Que fazer então?
Claro que voltar às origens! E, pensando nisso, um amigo meu já comprou um pedacinho de terra na Chapada Diamantina, mais precisamente em Igatú, e está agilizando a construção de uma casinha estilizada no alto de uma montanha, onde ele pode vislumbrar a mata selvagem, o céu azul durante o dia e o luar estrelado a noite. Passear durante o dia nas insólitas picadas com direção as rústicas quedas d’água, encontrar dormindo no caminho algumas cobrinhas inofensivas ou não, ouvir os pássaros cantando com naturalidade e desenvoltura, ao tempo que vai respirando um ar mais puro e limpo do que bolso de professor e matando os mosquitinhos nativos que atacam, ávidos para saborearem o sangue novo na praça.
Só em chegar ao destino, poder parar o carro e não aparecer, misteriosamente, um flanelinha dizendo: “Pode deixar que eu tomo conta, doutor!” Vale fugir de qualquer cidade.
Acho que o homem está certíssimo em tomar essa correta atitude. Posso até aderir tal comportamento. Mas, se eu não tiver ao meu lado uma maravilhosa mulher para me tentar e atentar, não serei capaz de mudar radicalmente meu habitat. Isso com direito a trocas eventuais para quebrar a rotina. Pois, depois de determinado tempo convivendo a maresia local, a variação de diálogos terminará sempre com os mesmos temas e, infelizmente, essa permuta torna-se essencial. Claro que na cidade grande nosso grau de tolerância é muito mais ampliado, pois não temos nem tempo de conversar em função do labor durante o dia e a tv durante a noite.
Não quero que pensem que sou um maníaco sexual de maneira nenhuma, mas, viver nesse paraíso sem uma Eva semestral, prefiro morrer estressado nas loucuras das cidades.
Vou providenciar a compra de meu pedacinho do céu em Igatú, procurar minha parceira temporária, arrumar os meus paninhos e: Adeus civilização ingrata!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
domingo, 19 de dezembro de 2010
O desespero da elite do Titanic!
O desespero da elite do Titanic!
Antonio Nunes de Souza*
Está tornando-se até engraçado a capacidade criativa dos passageiros políticos do Titanic que, na sanha descabida de voltar ao poder, criam em suas mentes conturbadas, cada dia mais boatos e acusações, pensando que ainda estão lidando com um povo idiota e fácil de ser enganado, como eles vêm fazendo ao longo da vida.
Tudo que eles alegam que o governo não fez em três anos, esquecem que eles não fizeram e nem tentaram fazer nas décadas em que estavam no poder. Citam sempre as deficiências existentes, mas omitem, cinicamente, todas as melhorias que foram implantadas. Esquecendo, convenientemente, que todos esses erros que fazem o povo sofrer, foram e são em decorrência dos desmandos dos governos anteriores.
Quem ouve a oposição falar, parece que eles entregaram um Brasil maravilhoso, um povo feliz e, tudo de ruim que estamos passando, foi uma criação perversa do atual governo.
Então, se os desesperados passageiros do Titanic estavam governando bem o país, por que perderam as eleições?
Para eles foi um susto, mas, para nós, não foi uma surpresa! Pois o povo, sabiamente, chegou à conclusão lógica que deveria dar um basta nas enganações, mudar as regras do jogo, deixar de ser cordeiros e procurar novas opções saindo das garras dos pseudos donos do Brasil, que têm como preocupação maior, fatiar o país para saciarem suas fomes e de seus familiares.
E o povo, como ficava? Este, coitado, ficava sempre como um mero expectador dos progressos financeiros dos políticos e sofrendo no corpo e na alma por serem relegados aos segundos e terceiros planos. E, sabiamente, chegaram a uma conclusão lógica que já estava na hora de deixar de dar as costas para apanhar e passar a ser o chicote. E o seu chicote é o pior de todos: O voto! Esse, sem violência, faz doer o corpo e a alma (se é que eles têm alma).
Já presenciamos o Titanic saindo do porto nababescamente, com todos a bordo fazendo festas, arquitetando em seus camarotes de luxo as mais sórdidas artimanhas, esperando aportarem de volta ao poder, sorridentes e alegres, dando demonstrações que são imbatíveis e que o povo continua subserviente e sempre será o capacho para que eles limpem os pés da suas sujeiras.
Que ledo engano! Aliás, eles estão preocupados, e muito! A certeza de outrora se transformou na dúvida de hoje. E isso podemos ver claramente através de seus sorrisos amarelos e as acusações sem provas que fazem diariamente, querendo inundar o povo com mentiras através de mídias compradas e inescrupulosas.
Mas, felizmente, quem vai mesmo ser inundado, deixando poucos sobreviventes é esse Titanic de passageiros desesperados, que baterá de encontro ao gigantesco iceberg formado pela votação do povo.
Esperamos que nesse filme Titanic, o Leonardo de Caprio que vai sucumbir no fim, seja o coronel da Bahia.
Seja você um cubinho de gelo para formarmos o grande iceberg.
Quem viver, verá!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Antonio Nunes de Souza*
Está tornando-se até engraçado a capacidade criativa dos passageiros políticos do Titanic que, na sanha descabida de voltar ao poder, criam em suas mentes conturbadas, cada dia mais boatos e acusações, pensando que ainda estão lidando com um povo idiota e fácil de ser enganado, como eles vêm fazendo ao longo da vida.
Tudo que eles alegam que o governo não fez em três anos, esquecem que eles não fizeram e nem tentaram fazer nas décadas em que estavam no poder. Citam sempre as deficiências existentes, mas omitem, cinicamente, todas as melhorias que foram implantadas. Esquecendo, convenientemente, que todos esses erros que fazem o povo sofrer, foram e são em decorrência dos desmandos dos governos anteriores.
Quem ouve a oposição falar, parece que eles entregaram um Brasil maravilhoso, um povo feliz e, tudo de ruim que estamos passando, foi uma criação perversa do atual governo.
Então, se os desesperados passageiros do Titanic estavam governando bem o país, por que perderam as eleições?
Para eles foi um susto, mas, para nós, não foi uma surpresa! Pois o povo, sabiamente, chegou à conclusão lógica que deveria dar um basta nas enganações, mudar as regras do jogo, deixar de ser cordeiros e procurar novas opções saindo das garras dos pseudos donos do Brasil, que têm como preocupação maior, fatiar o país para saciarem suas fomes e de seus familiares.
E o povo, como ficava? Este, coitado, ficava sempre como um mero expectador dos progressos financeiros dos políticos e sofrendo no corpo e na alma por serem relegados aos segundos e terceiros planos. E, sabiamente, chegaram a uma conclusão lógica que já estava na hora de deixar de dar as costas para apanhar e passar a ser o chicote. E o seu chicote é o pior de todos: O voto! Esse, sem violência, faz doer o corpo e a alma (se é que eles têm alma).
Já presenciamos o Titanic saindo do porto nababescamente, com todos a bordo fazendo festas, arquitetando em seus camarotes de luxo as mais sórdidas artimanhas, esperando aportarem de volta ao poder, sorridentes e alegres, dando demonstrações que são imbatíveis e que o povo continua subserviente e sempre será o capacho para que eles limpem os pés da suas sujeiras.
Que ledo engano! Aliás, eles estão preocupados, e muito! A certeza de outrora se transformou na dúvida de hoje. E isso podemos ver claramente através de seus sorrisos amarelos e as acusações sem provas que fazem diariamente, querendo inundar o povo com mentiras através de mídias compradas e inescrupulosas.
Mas, felizmente, quem vai mesmo ser inundado, deixando poucos sobreviventes é esse Titanic de passageiros desesperados, que baterá de encontro ao gigantesco iceberg formado pela votação do povo.
Esperamos que nesse filme Titanic, o Leonardo de Caprio que vai sucumbir no fim, seja o coronel da Bahia.
Seja você um cubinho de gelo para formarmos o grande iceberg.
Quem viver, verá!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Que saudade!
O acidente!
Antonio Nunes de Souza*
A confusão na rua estava formada. Pessoas corriam de todas as direções centralizando suas atenções para um casal que estava caído no asfalto.
Alguém gritou para os que se aproximavam: Foi um carro preto com os vidros fumê que atropelou os dois!
-Você viu a placa? Interpelou um dos curiosos.
-Nada mermão! O cara passou batido, não respeitou o sinal fechado e não parou nem para dar socorro. Filho da puta irresponsável!
Já cercado pela multidão de curiosos, o casal contorcia-se em dores enquanto alguns filetes de sangue escorriam pelos seus corpos, caracterizando os ferimentos provocados.
-Chamem o Samu! Chamem o Samu! Gritava desesperadamente uma velhinha que tinha assistido a desdita do casal.
-Quem é Samu? É algum parente das vítimas?
-Parente porra nenhuma, meu filho! Falou a velha já nervosa com a ignorância do indivíduo. Samu é um serviço de ambulância para atendimento de emergência. É só ligar para 192 e eles chegam em minutos.
-Desculpe minha senhora. Eu não sabia que Itabuna contava com essa novidade. Vou ligar agora mesmo ali do orelhão.
-Alô! È do Samu?
-Pois não. Em que podemos servir?
-Tem um casal aqui na Praça Adami que foi atropelado. Vocês podem vir buscá-lo para levar para o hospital?
-Claro! Estaremos aí imediatamente.
-Pronto senhora. Vamos ver se eles vão demorar.
Mas, como um raio, imediatamente apareceu uma ambulância que tinha mais luzes do que a igreja do Bonfim, tocando uma sirene barulhenta e foi logo abrindo caminho entre os curiosos. Saltou logo um médico acompanhado de um enfermeiro, ambos vestidos como se fossem astronautas ou agentes da swat americana, fizeram os exames preliminares e, num pestanejar, colocaram o casal em duas macas, acomodando ambos no carro, enquanto o motorista avisava pelo rádio que estava seguindo para o hospital de Base.
O povo todo aplaudiu a rapidez e eficiência do socorro, esquecendo até dos acidentados que gemiam pelas dores que sentiam.
Rapaz parece até coisa de cinema! A zorra chegou num minuto e já vai levando para os cuidados hospitalares. Nem parece que estou em Itabuna!
Um grande grupo de curiosos continuou em volta da testemunha ouvindo sua detalhada narrativa do fato, enquanto outros seguiam os seus caminhos.
-Esse Dr. Bicalho é do caralho! Falou a velhinha com um sorriso nos lábios, toda feliz em ver a eficiência da Secretaria de saúde em Itabuna.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Antonio Nunes de Souza*
A confusão na rua estava formada. Pessoas corriam de todas as direções centralizando suas atenções para um casal que estava caído no asfalto.
Alguém gritou para os que se aproximavam: Foi um carro preto com os vidros fumê que atropelou os dois!
-Você viu a placa? Interpelou um dos curiosos.
-Nada mermão! O cara passou batido, não respeitou o sinal fechado e não parou nem para dar socorro. Filho da puta irresponsável!
Já cercado pela multidão de curiosos, o casal contorcia-se em dores enquanto alguns filetes de sangue escorriam pelos seus corpos, caracterizando os ferimentos provocados.
-Chamem o Samu! Chamem o Samu! Gritava desesperadamente uma velhinha que tinha assistido a desdita do casal.
-Quem é Samu? É algum parente das vítimas?
-Parente porra nenhuma, meu filho! Falou a velha já nervosa com a ignorância do indivíduo. Samu é um serviço de ambulância para atendimento de emergência. É só ligar para 192 e eles chegam em minutos.
-Desculpe minha senhora. Eu não sabia que Itabuna contava com essa novidade. Vou ligar agora mesmo ali do orelhão.
-Alô! È do Samu?
-Pois não. Em que podemos servir?
-Tem um casal aqui na Praça Adami que foi atropelado. Vocês podem vir buscá-lo para levar para o hospital?
-Claro! Estaremos aí imediatamente.
-Pronto senhora. Vamos ver se eles vão demorar.
Mas, como um raio, imediatamente apareceu uma ambulância que tinha mais luzes do que a igreja do Bonfim, tocando uma sirene barulhenta e foi logo abrindo caminho entre os curiosos. Saltou logo um médico acompanhado de um enfermeiro, ambos vestidos como se fossem astronautas ou agentes da swat americana, fizeram os exames preliminares e, num pestanejar, colocaram o casal em duas macas, acomodando ambos no carro, enquanto o motorista avisava pelo rádio que estava seguindo para o hospital de Base.
O povo todo aplaudiu a rapidez e eficiência do socorro, esquecendo até dos acidentados que gemiam pelas dores que sentiam.
Rapaz parece até coisa de cinema! A zorra chegou num minuto e já vai levando para os cuidados hospitalares. Nem parece que estou em Itabuna!
Um grande grupo de curiosos continuou em volta da testemunha ouvindo sua detalhada narrativa do fato, enquanto outros seguiam os seus caminhos.
-Esse Dr. Bicalho é do caralho! Falou a velhinha com um sorriso nos lábios, toda feliz em ver a eficiência da Secretaria de saúde em Itabuna.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
O Padre de Oxalá!
O padre de Oxalá!
*Antonio Nunes de Souza
Meu Deus! O mundo está perdido ou eu estou perdido no mundo?
Peguei minha Bíblia sagrada, parti para a igreja, cheio de fé cristã para rezar minha tradicional Santa Missa e, de repente, mas que de repente (como diria Vinicius de Moraes), deparo-me com um padre travestido de mãe de Santo, fazendo um deslumbrante desfile de Orixás, digno do Terreiro de Mãe Menininha, requebrando mais do que as garotas do Tchan e fazendo caras e bocas, ainda alegando que tudo aquilo era em nome de Jesus.
Sarava, meu Pai! Aliás, benza Deus! (Olhe eu já influenciado!)
Rapaz, mesmo sem ser do ramo, quase eu recebia uma entidade e saía dando Santo, fumando charuto e bebendo pinga.
A performance era de uma riqueza de afrescalhamento, que deixaria qualquer Drag Queen babando de inveja. Atrás do dito cujo, tinha um corpo de baile devidamente ensaiado, numa coreografia que faria o Papa João XXIII levantar do sepulcro e sentar o cajado na cabeça da boneca sagrada, voando cacos de bicha pra todo lado. Juro por Deus que ouvi claramente, de uma imagem de Cristo crucificado, Ele soltar as mãos dos pregos da cruz, colocar as mãos pra cima e dizer: Pai perdoe essa louca! Ela não sabe o que faz!
Santa Madalena, que sempre foi meio desbocada, cochichou baixinho para os anjos que ornamentam seu altar lateral: Não sou preconceituosa, mas essa bicha passou dos limites! Isso aqui é uma igreja ou uma boate Gay?
O pior de tudo é que as carolas começaram a dançar no ritmo afro, enquanto algumas batiam palmas, outras colocavam as mãos pra cima, balançando de um lado para o outro. Um verdadeiro show de viadagem, que se fosse no tempo do Papa Gregório, um dos baluartes da inquisição, essa boneca iria direto para a fogueira. Só faltou ele, na hora da benção, encher o cálice com sangue de galinha preta e fazer a comunhão numa gamela cheia de pipocas banhadas no azeite de dendê.
Acho até maravilhoso haver uma miscigenação de raças e credos, ou até uma unificação religiosa na Bahia, mas, também não precisa exagerar na carga de frescura, pois creio que até os Orixás, não ficaram muito satisfeitos com os trejeitos com que foram representados. Com certeza Ogum deve ter dito: Perai, mermão. Eu sou espada!
O interessante é o prefeito da cidade que assistia aquela cena feliniana, com a mesma e contumaz naturalidade que Roberto Carlos plagia as músicas dos outros. Sorrindo e aguardando o resultado se será sucesso ou não.
Não nego não! Saí sem saber se sorria da loucura que acabara de ver ou se chorava por presenciar mais uma decadência da igreja católica, que por suas antigas e ridículas tradições, está perdendo fieis para qualquer igrejinha de quinta categoria que é aberta, diariamente, em cada esquina.
São por essas e outras aberrações, que hoje eu dedico a minha fé estritamente a Deus. Pois, acreditar nesses ditos “ministros” pedófilos, depravados, praticantes de sexo (ativo, passivo e reflexivo) é uma incoerência e um desrespeito a minha própria pessoa.
Epa Rei! Sai pra lá padre Pinto!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Meu Deus! O mundo está perdido ou eu estou perdido no mundo?
Peguei minha Bíblia sagrada, parti para a igreja, cheio de fé cristã para rezar minha tradicional Santa Missa e, de repente, mas que de repente (como diria Vinicius de Moraes), deparo-me com um padre travestido de mãe de Santo, fazendo um deslumbrante desfile de Orixás, digno do Terreiro de Mãe Menininha, requebrando mais do que as garotas do Tchan e fazendo caras e bocas, ainda alegando que tudo aquilo era em nome de Jesus.
Sarava, meu Pai! Aliás, benza Deus! (Olhe eu já influenciado!)
Rapaz, mesmo sem ser do ramo, quase eu recebia uma entidade e saía dando Santo, fumando charuto e bebendo pinga.
A performance era de uma riqueza de afrescalhamento, que deixaria qualquer Drag Queen babando de inveja. Atrás do dito cujo, tinha um corpo de baile devidamente ensaiado, numa coreografia que faria o Papa João XXIII levantar do sepulcro e sentar o cajado na cabeça da boneca sagrada, voando cacos de bicha pra todo lado. Juro por Deus que ouvi claramente, de uma imagem de Cristo crucificado, Ele soltar as mãos dos pregos da cruz, colocar as mãos pra cima e dizer: Pai perdoe essa louca! Ela não sabe o que faz!
Santa Madalena, que sempre foi meio desbocada, cochichou baixinho para os anjos que ornamentam seu altar lateral: Não sou preconceituosa, mas essa bicha passou dos limites! Isso aqui é uma igreja ou uma boate Gay?
O pior de tudo é que as carolas começaram a dançar no ritmo afro, enquanto algumas batiam palmas, outras colocavam as mãos pra cima, balançando de um lado para o outro. Um verdadeiro show de viadagem, que se fosse no tempo do Papa Gregório, um dos baluartes da inquisição, essa boneca iria direto para a fogueira. Só faltou ele, na hora da benção, encher o cálice com sangue de galinha preta e fazer a comunhão numa gamela cheia de pipocas banhadas no azeite de dendê.
Acho até maravilhoso haver uma miscigenação de raças e credos, ou até uma unificação religiosa na Bahia, mas, também não precisa exagerar na carga de frescura, pois creio que até os Orixás, não ficaram muito satisfeitos com os trejeitos com que foram representados. Com certeza Ogum deve ter dito: Perai, mermão. Eu sou espada!
O interessante é o prefeito da cidade que assistia aquela cena feliniana, com a mesma e contumaz naturalidade que Roberto Carlos plagia as músicas dos outros. Sorrindo e aguardando o resultado se será sucesso ou não.
Não nego não! Saí sem saber se sorria da loucura que acabara de ver ou se chorava por presenciar mais uma decadência da igreja católica, que por suas antigas e ridículas tradições, está perdendo fieis para qualquer igrejinha de quinta categoria que é aberta, diariamente, em cada esquina.
São por essas e outras aberrações, que hoje eu dedico a minha fé estritamente a Deus. Pois, acreditar nesses ditos “ministros” pedófilos, depravados, praticantes de sexo (ativo, passivo e reflexivo) é uma incoerência e um desrespeito a minha própria pessoa.
Epa Rei! Sai pra lá padre Pinto!
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
sábado, 18 de dezembro de 2010
Minha primeira noite!
*Antonio Nunes de Souza
-Lucinha, não lhe conto!
-Vá logo contando e deixe de suspense Sheila. Estou morrendo de curiosidade! Depois que você saiu não consegui nem dormir direito, imaginando como seria sua noite.
-Ah! Ah! Ah! Ah! Você não vai acreditar! Foi a coisa mais incrível que poderia acontecer, minha filha!
-Então bota tudo pra fora e não omita nadinha, nadinha. Quero saber todas as minúcias, minha filha, pois, quando aconteceu comigo eu não escondi de você nem um suspiro.
-Tá certo! Você é minha melhor amiga e não posso lhe esconder essa minha mais nova emoção, que protelei ao máximo, prometendo a mim mesma que só faria quando fosse a hora e a pessoa certa.
Assim que entrei no carro ele virou-se para mim e disse:
-Posso ir para um lugar que estou pensando?
-Claro! Você conhece os lugares interessantes da cidade e tenho certeza que também gostarei.
Ele me deu um beijinho, alisou o meu queixo e segui dirigindo sem dar uma palavra. Quando eu percebi que estávamos indo em direção ao S. Caetano, fiquei pensando que restaurante legal existia por lá para ele me levar para jantar. Mas, quando chegou no antigo Hiper messias, ele dobrou a direita e continuou seguindo, passou pelo Colégio Estadual, Espora de Ouro, Jaçanã, e aí comecei a suar as mãos, pois, embora jamais tivesse ido, sabia que naquele trecho ficava o Motel Carinhoso. E, como imaginei, ele olhou para mim, deu um sorriso, puxou o meu rosto e deu um beijo e um cheiro em meu pescoço, como se tivesse pedindo meu assentimento para parar e entrar. Dei um sorriso amarelo e calada fiquei. No seu entendimento, aquela minha reação era sinal de que eu estava gostando da surpresa.
Na verdade eu estava excitadíssima com o que estava começando a acontecer. Não uma excitação sexual, mas um misto de tensão nervosa, tesão, medo, curiosidade, insegurança, desejo, dúvida e mais uma infinidade de coisas que passava pela cabeça. Mas, mesmo com esse coquetel de coisas no juízo, minha vontade de ir para cama pela primeira vez com um homem, estava definida que seria naquela noite. Apenas, a surpresa do imediatismo dele, quase me colocou em pânico. Imaginei que iríamos, jantar, depois dançar um pouco em algum lugar e, no fim da noite, já animados, partiríamos para a verdade, fosse em que lugar fosse.
-Menina, você não ficou com medo não?
-Fiquei a porra toda que você imaginar, mas, o que mais fiquei foi com vontade de dar! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Na hora que o carro entrou e ele recebeu a chave e o porteiro falou: Apartamento 27, eu ri por dentro e disse pra mim mesma: Vai dar vermelho 27 na cabeça! E comecei a rir com meu pensamento besta.
-Alguma coisa meu bem?
-Nada Lúcio. É que me lembrei de uma coisa engraçada, mas não tem nenhuma relação conosco, foi um fato que aconteceu na escola.
Ele dirigia naquele labirinto desconhecido para mim, mas parecia ser um Fernando Alonso nas curvas fechadas, como se fosse um profundo conhecedor do circuito. Enfiou o carro no Box e imaginei logo que quem iria receber a mangueira e sair abastecida era eu e não o carro.
Ele saltou, abriu a porta para mim, eu saltei super tremula, mas sem dar bandeira, querendo demonstrar segurança, embora ele soubesse que aquela era minha primeira experiência.
O apartamento estava todo arrumado, relativamente espaçoso e havia uma pequena piscina. Apenas dava para sentir no ar um cheiro desagradável de mofo misturado com desodorante ambiental, que tirava um pouco o romantismo. Eu permanecia passiva sem saber realmente o que fazer, ficando a espera de suas reações para seguir os meus e os seus instintos.
Ele ligou o ar condicionado, a música ambiente, me pegou pela cintura e começamos a dançar bem agarradinhos a meia luz. Entre esfregações e beijos, sem que nada disséssemos um ao outro ele parou, pegou o telefone e solicitou que mandassem um Champanhe. Eu fiquei logo assustada imaginando o garçom entrar e me ver. Mas, depois percebi que tem uma janelinha onde são colocadas as coisas, sem perturbar a privacidade.
Começamos a beber e, aos poucos, ele foi tirando minha roupa e eu, seguindo os seus passos fui fazendo a mesma coisa, até que ficamos completamente nus e continuamos dançando numa esfregação bem gostosa que eu estava vendo a hora de gozar ali mesmo em pé.
A essa altura eu já estava praticamente dominando o ambiente, parecendo que nada daquilo era novidade para mim. Mesmo dançando, fui levando ele para junto da cama e, com um leve empurrão, o joguei no colchão que estava forrado com um edredom e começamos a rolar de um lado para o outro, por cima, por baixo e em todas as posições que a cama permitia. Aí, comecei a sentir que ele estava suando muito e um tanto nervoso. Coloquei minha coxa entre suas pernas e percebi nitidamente qual era a razão do seu desespero: Seu pinto estava mais mole do que coração de mãe! Fiquei me esfregando com todo carinho para ver se conseguiria alguma reação, mas o danado parecia morto, porém, sem a rigidez cadavérica.
-Algum problema, Lú?
-Pô Sheila! Pensei tanto nessa noite e agora me acontece isso. Juro que é a primeira vez que isso me acontece. Acho que é a emoção de estar aqui com você! Venho desejando há tanto tempo e agora passo essa vergonha e lhe decepciono.
-Não se preocupe meu bem. Tenho ouvido falar e já li a respeito que isso pode acontecer com qualquer pessoa, pois é uma questão emocional.
-Vamos pedir um jantar pra nós, pelo menos para compensar esse desastre.
-Tá legal! Peça alguma coisa e eu vou tomar um banho enquanto chega, você descanse a cabeça um pouco e, quem sabe, não muda tudo e pode ser que seu caso seja fome. Falei sorrindo, querendo quebrar a tensão que seu olhar transmitia.
Entrei no banheiro, fechei a porta e, sinceramente, fui logo me masturbar, pois estava com um tesão incrível, toda molhadinha e não iria sair com aquele zero a zero filho da puta. Gozei gostoso embaixo do chuveiro bem quentinho, satisfazendo pelo menos em parte, o que tinha programado fazer naquela noite.
Quando saí, enrolada na toalha, pois aquela altura não havia mais vergonhas nem pudores, a comida já havia chegado, nos sentamos em uma pequena mesa e começamos a comer. Ele evitava olhar-me nos olhos, deixando claro que estava morrendo de vergonha. Eu, para deixa-lo mais à vontade, puxei várias outras conversas e também pouco o olhava de frente.
Acabamos de jantar, esperei um pouco para ver qual seria a reação dele, com relação a novamente deitarmos e tentarmos alguma coisa, mas, infelizmente, o que ele disse foi: Meu bem vista a roupa e vamos embora. Quero sair daqui para esquecer essa noite de decepção. Mas, você sabe que foi uma casualidade, pois quando nos beijamos sempre, você percebe a minha reação.
-Claro! Deixe de ser bobo que, embora com 16 anos, eu sei perfeitamente que essa situação independe de idade. E não é por você ter 35 anos, que já não corresponde sua masculinidade. E, para completar, disse sorrindo: Isso acontece até com a nobreza inglesa, como dizem no popular.
Saímos, entramos no carro, trocamos poucas palavras e, na saída, ele olhou pra mim com aquela cara de cão sem dono e implorou com a maior meiguice: Oh, meu bem, por favor, não conte isso pra ninguém não, senão eu vou morrer de vergonha. Você promete?
-Com certeza! Fique tranqüilo, pois para mim nada existiu de excepcional. Foi apenas um acidente de percurso.
Nos beijamos e eu saltei do carro, dirigindo-me para dentro de casa, carregando entre as pernas o meu sortudo cabaço, que ainda terá alguns dias de sobrevivência.
-Meu Deus! Eu nem acredito Sheila! Aquele homão todo brochar na hora H?
-Pois é minha filha. Mas, da próxima vez se ele falhar, será deletado da minha vida para sempre sem dó nem piedade.
-Olhe Lucinha, que esse segredo fique entre nós. Combinado?
-Fique tranqüila, minha amiga. Somente eu vou ter cuidado, para na hora que me encontrar com ele não cair na risada.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
-Lucinha, não lhe conto!
-Vá logo contando e deixe de suspense Sheila. Estou morrendo de curiosidade! Depois que você saiu não consegui nem dormir direito, imaginando como seria sua noite.
-Ah! Ah! Ah! Ah! Você não vai acreditar! Foi a coisa mais incrível que poderia acontecer, minha filha!
-Então bota tudo pra fora e não omita nadinha, nadinha. Quero saber todas as minúcias, minha filha, pois, quando aconteceu comigo eu não escondi de você nem um suspiro.
-Tá certo! Você é minha melhor amiga e não posso lhe esconder essa minha mais nova emoção, que protelei ao máximo, prometendo a mim mesma que só faria quando fosse a hora e a pessoa certa.
Assim que entrei no carro ele virou-se para mim e disse:
-Posso ir para um lugar que estou pensando?
-Claro! Você conhece os lugares interessantes da cidade e tenho certeza que também gostarei.
Ele me deu um beijinho, alisou o meu queixo e segui dirigindo sem dar uma palavra. Quando eu percebi que estávamos indo em direção ao S. Caetano, fiquei pensando que restaurante legal existia por lá para ele me levar para jantar. Mas, quando chegou no antigo Hiper messias, ele dobrou a direita e continuou seguindo, passou pelo Colégio Estadual, Espora de Ouro, Jaçanã, e aí comecei a suar as mãos, pois, embora jamais tivesse ido, sabia que naquele trecho ficava o Motel Carinhoso. E, como imaginei, ele olhou para mim, deu um sorriso, puxou o meu rosto e deu um beijo e um cheiro em meu pescoço, como se tivesse pedindo meu assentimento para parar e entrar. Dei um sorriso amarelo e calada fiquei. No seu entendimento, aquela minha reação era sinal de que eu estava gostando da surpresa.
Na verdade eu estava excitadíssima com o que estava começando a acontecer. Não uma excitação sexual, mas um misto de tensão nervosa, tesão, medo, curiosidade, insegurança, desejo, dúvida e mais uma infinidade de coisas que passava pela cabeça. Mas, mesmo com esse coquetel de coisas no juízo, minha vontade de ir para cama pela primeira vez com um homem, estava definida que seria naquela noite. Apenas, a surpresa do imediatismo dele, quase me colocou em pânico. Imaginei que iríamos, jantar, depois dançar um pouco em algum lugar e, no fim da noite, já animados, partiríamos para a verdade, fosse em que lugar fosse.
-Menina, você não ficou com medo não?
-Fiquei a porra toda que você imaginar, mas, o que mais fiquei foi com vontade de dar! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Na hora que o carro entrou e ele recebeu a chave e o porteiro falou: Apartamento 27, eu ri por dentro e disse pra mim mesma: Vai dar vermelho 27 na cabeça! E comecei a rir com meu pensamento besta.
-Alguma coisa meu bem?
-Nada Lúcio. É que me lembrei de uma coisa engraçada, mas não tem nenhuma relação conosco, foi um fato que aconteceu na escola.
Ele dirigia naquele labirinto desconhecido para mim, mas parecia ser um Fernando Alonso nas curvas fechadas, como se fosse um profundo conhecedor do circuito. Enfiou o carro no Box e imaginei logo que quem iria receber a mangueira e sair abastecida era eu e não o carro.
Ele saltou, abriu a porta para mim, eu saltei super tremula, mas sem dar bandeira, querendo demonstrar segurança, embora ele soubesse que aquela era minha primeira experiência.
O apartamento estava todo arrumado, relativamente espaçoso e havia uma pequena piscina. Apenas dava para sentir no ar um cheiro desagradável de mofo misturado com desodorante ambiental, que tirava um pouco o romantismo. Eu permanecia passiva sem saber realmente o que fazer, ficando a espera de suas reações para seguir os meus e os seus instintos.
Ele ligou o ar condicionado, a música ambiente, me pegou pela cintura e começamos a dançar bem agarradinhos a meia luz. Entre esfregações e beijos, sem que nada disséssemos um ao outro ele parou, pegou o telefone e solicitou que mandassem um Champanhe. Eu fiquei logo assustada imaginando o garçom entrar e me ver. Mas, depois percebi que tem uma janelinha onde são colocadas as coisas, sem perturbar a privacidade.
Começamos a beber e, aos poucos, ele foi tirando minha roupa e eu, seguindo os seus passos fui fazendo a mesma coisa, até que ficamos completamente nus e continuamos dançando numa esfregação bem gostosa que eu estava vendo a hora de gozar ali mesmo em pé.
A essa altura eu já estava praticamente dominando o ambiente, parecendo que nada daquilo era novidade para mim. Mesmo dançando, fui levando ele para junto da cama e, com um leve empurrão, o joguei no colchão que estava forrado com um edredom e começamos a rolar de um lado para o outro, por cima, por baixo e em todas as posições que a cama permitia. Aí, comecei a sentir que ele estava suando muito e um tanto nervoso. Coloquei minha coxa entre suas pernas e percebi nitidamente qual era a razão do seu desespero: Seu pinto estava mais mole do que coração de mãe! Fiquei me esfregando com todo carinho para ver se conseguiria alguma reação, mas o danado parecia morto, porém, sem a rigidez cadavérica.
-Algum problema, Lú?
-Pô Sheila! Pensei tanto nessa noite e agora me acontece isso. Juro que é a primeira vez que isso me acontece. Acho que é a emoção de estar aqui com você! Venho desejando há tanto tempo e agora passo essa vergonha e lhe decepciono.
-Não se preocupe meu bem. Tenho ouvido falar e já li a respeito que isso pode acontecer com qualquer pessoa, pois é uma questão emocional.
-Vamos pedir um jantar pra nós, pelo menos para compensar esse desastre.
-Tá legal! Peça alguma coisa e eu vou tomar um banho enquanto chega, você descanse a cabeça um pouco e, quem sabe, não muda tudo e pode ser que seu caso seja fome. Falei sorrindo, querendo quebrar a tensão que seu olhar transmitia.
Entrei no banheiro, fechei a porta e, sinceramente, fui logo me masturbar, pois estava com um tesão incrível, toda molhadinha e não iria sair com aquele zero a zero filho da puta. Gozei gostoso embaixo do chuveiro bem quentinho, satisfazendo pelo menos em parte, o que tinha programado fazer naquela noite.
Quando saí, enrolada na toalha, pois aquela altura não havia mais vergonhas nem pudores, a comida já havia chegado, nos sentamos em uma pequena mesa e começamos a comer. Ele evitava olhar-me nos olhos, deixando claro que estava morrendo de vergonha. Eu, para deixa-lo mais à vontade, puxei várias outras conversas e também pouco o olhava de frente.
Acabamos de jantar, esperei um pouco para ver qual seria a reação dele, com relação a novamente deitarmos e tentarmos alguma coisa, mas, infelizmente, o que ele disse foi: Meu bem vista a roupa e vamos embora. Quero sair daqui para esquecer essa noite de decepção. Mas, você sabe que foi uma casualidade, pois quando nos beijamos sempre, você percebe a minha reação.
-Claro! Deixe de ser bobo que, embora com 16 anos, eu sei perfeitamente que essa situação independe de idade. E não é por você ter 35 anos, que já não corresponde sua masculinidade. E, para completar, disse sorrindo: Isso acontece até com a nobreza inglesa, como dizem no popular.
Saímos, entramos no carro, trocamos poucas palavras e, na saída, ele olhou pra mim com aquela cara de cão sem dono e implorou com a maior meiguice: Oh, meu bem, por favor, não conte isso pra ninguém não, senão eu vou morrer de vergonha. Você promete?
-Com certeza! Fique tranqüilo, pois para mim nada existiu de excepcional. Foi apenas um acidente de percurso.
Nos beijamos e eu saltei do carro, dirigindo-me para dentro de casa, carregando entre as pernas o meu sortudo cabaço, que ainda terá alguns dias de sobrevivência.
-Meu Deus! Eu nem acredito Sheila! Aquele homão todo brochar na hora H?
-Pois é minha filha. Mas, da próxima vez se ele falhar, será deletado da minha vida para sempre sem dó nem piedade.
-Olhe Lucinha, que esse segredo fique entre nós. Combinado?
-Fique tranqüila, minha amiga. Somente eu vou ter cuidado, para na hora que me encontrar com ele não cair na risada.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
Judas meu herói, meu bandido!
Judas, meu herói, meu bandido!
*Antonio Nunes de Souza
Nada melhor que o tempo e a história, para dar luz às verdades desse mundo de meu Deus!
Deixaram-me durante toda vida, execrar sem piedade, a figura do apóstolo Judas, passando-me uma imagem de traidor, perverso, alcagüete sacrílego que, sem dó nem piedade, ainda usou de um beijo, gesto dos mais carinhosos, para entregar Jesus de Nazaré aos seus inimigos. Aliás, não só comigo que fizeram isso, mas com toda humanidade cristã.
Ontem fui surpreendido com a notícia da descoberta de documentos comprovadamente reais, onde constata que, nosso grande Judas, apenas cumpriu ordens do seu Mestre, no sentido de entregá-lo as autoridades romanas, provavelmente para testar o seu poderio perante o povo, provar sua contestada santidade e. em seguida, desencarnar-se.
Infelizmente, como o povo, desde aquele tempo, adorava prestigiar ladrões, na hora em que Pilatos lavou as mãos se isentando de ser o juiz, o povo, na sua sabedoria milenar de prestigiar corruptores e corruptos, sem pestanejar, escolheram a liberdade de Barrabás, famoso ladrão regional, e optaram para o sacrifício de Jesus Cristo.
A essa altura, pelos boatos sem nenhuma comprovação, somente pelas evidências, condenaram moralmente o pobre do Judas, que naquela época não contava com uma comissão de código de ética. Envergonhado e para não ser linchado em praça pública, preferiu suicidar-se por enforcamento (Me fez lembrar agora do caso Wladimir Herzog, que a história provou, documentalmente, que foi assassinado brutalmente pelo golpe militar de 64). Imagino até que, se continuarem na busca de outros papiros, possam descobrir que a turma da oposição tenha enforcado nosso fiel e heróico apóstolo, deixando indícios de suicídio, para como sempre, enganar a pobre humanidade.
É lamentável que a história seja sempre escrita de uma maneira errada, direcionando o povo para o abismo, através dos ferozes lobos travestidos de bondosas ovelhas. Sempre procuram alguém para sacrificar, deixar transparecer que são os donos da verdade e defensores do ser humano. E, depois das vitórias, esse mesmo iludido povo, é agraciado com pão, circo e lutas greco-romanas (essa técnica romana hoje modernizada usa-se bebidas, trios elétricos e brigas das galeras).
Vamos abrir os nossos olhos, procurar analisar com mais cuidados todas as notícias que chegam aos nossos olhos e ouvidos, para que não atravessemos a vida vivenciando as verdades que nos são impostas, muitas vezes baseadas em escabrosas mentiras.
Ao fiel apóstolo Judas, peço minhas mais sinceras desculpas, esperando que a humanidade preste-lhe uma grande homenagem pelo homem que foi, preferindo a morte a ter que ajoelhar-se perante a hipocrisia dos poderosos.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Nada melhor que o tempo e a história, para dar luz às verdades desse mundo de meu Deus!
Deixaram-me durante toda vida, execrar sem piedade, a figura do apóstolo Judas, passando-me uma imagem de traidor, perverso, alcagüete sacrílego que, sem dó nem piedade, ainda usou de um beijo, gesto dos mais carinhosos, para entregar Jesus de Nazaré aos seus inimigos. Aliás, não só comigo que fizeram isso, mas com toda humanidade cristã.
Ontem fui surpreendido com a notícia da descoberta de documentos comprovadamente reais, onde constata que, nosso grande Judas, apenas cumpriu ordens do seu Mestre, no sentido de entregá-lo as autoridades romanas, provavelmente para testar o seu poderio perante o povo, provar sua contestada santidade e. em seguida, desencarnar-se.
Infelizmente, como o povo, desde aquele tempo, adorava prestigiar ladrões, na hora em que Pilatos lavou as mãos se isentando de ser o juiz, o povo, na sua sabedoria milenar de prestigiar corruptores e corruptos, sem pestanejar, escolheram a liberdade de Barrabás, famoso ladrão regional, e optaram para o sacrifício de Jesus Cristo.
A essa altura, pelos boatos sem nenhuma comprovação, somente pelas evidências, condenaram moralmente o pobre do Judas, que naquela época não contava com uma comissão de código de ética. Envergonhado e para não ser linchado em praça pública, preferiu suicidar-se por enforcamento (Me fez lembrar agora do caso Wladimir Herzog, que a história provou, documentalmente, que foi assassinado brutalmente pelo golpe militar de 64). Imagino até que, se continuarem na busca de outros papiros, possam descobrir que a turma da oposição tenha enforcado nosso fiel e heróico apóstolo, deixando indícios de suicídio, para como sempre, enganar a pobre humanidade.
É lamentável que a história seja sempre escrita de uma maneira errada, direcionando o povo para o abismo, através dos ferozes lobos travestidos de bondosas ovelhas. Sempre procuram alguém para sacrificar, deixar transparecer que são os donos da verdade e defensores do ser humano. E, depois das vitórias, esse mesmo iludido povo, é agraciado com pão, circo e lutas greco-romanas (essa técnica romana hoje modernizada usa-se bebidas, trios elétricos e brigas das galeras).
Vamos abrir os nossos olhos, procurar analisar com mais cuidados todas as notícias que chegam aos nossos olhos e ouvidos, para que não atravessemos a vida vivenciando as verdades que nos são impostas, muitas vezes baseadas em escabrosas mentiras.
Ao fiel apóstolo Judas, peço minhas mais sinceras desculpas, esperando que a humanidade preste-lhe uma grande homenagem pelo homem que foi, preferindo a morte a ter que ajoelhar-se perante a hipocrisia dos poderosos.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
A mulher de Edgar!
A mulher de Edgar
*Antonio Nunes de Souza
Ele estava realmente desesperado. Sua mulher, uma jararaca ultravenenosa, além de encher a sua testa de lindos chifres, usava o cartão de crédito como se fosse algo grátis que ninguém teria que pagar posteriormente. Comprava roupas como se fosse montar uma loja, ia ao salão como se fosse uma estrela de TV e perfumes e cremes eram suas taras. Sem contar os salões de massagens que pareciam sua segunda morada. Era uma verdadeira dondoca, um pouco tirada para perua. Bonita ela era! Mas, com ele, sempre estava com dores de cabeça, enxaquecas, etc. Suas chances sexuais eram tão mínimas, que muitas vezes apelava para a masturbação, satisfazendo suas necessidades, no firme propósito de jamais traí-la. Tinha orgulho de ser fiel.
Até que ele segurava todas suas barras, mas, no dia que descobriu que vinha sendo traído há muito tempo, ficou P da vida. E essa era a razão dele estar desesperado.
-Filha da mãe! Gasto uma grana preta com essa cachorra, troco o carro dela duas vezes por ano, faço todas suas vontades e ela, sacanamente, anda transando com outro.
-Calma, seu Edgar! Essas provas que estou apresentando é o atestado de que minha empresa de investigação é honesta e faz um trabalho digno e perfeito. Porém, faz parte das nossas atividades, controlar e orientar nossos clientes, no sentido de não fazerem bobagens, impulsionados pelos resultados apresentados. Só não conseguimos saber quem é o amante, pois ela sempre entra no motel sozinha. Com certeza o cara já está lá no quarto esperando.
-Calma uma zorra! Vou matar essa vagaba de porrada!
-Nós sugerimos que o senhor pare para pensar e vingue-se de uma forma mais civilizada possível, sem que venha sofrer conseqüências na vara criminal.
-É melhor do que ficar quieto na vara cornal! Não vejo razões para cautelas, mas, já que você está disposto a me dar uma idéia, desembuche para ver se é viável. Por mim eu a cortava toda em pedacinhos com uma gilete bem cega!
Como estamos habituados a tratar de casos similares ao do senhor, podemos sugerir o seguinte: Para que não haja desconfianças imediatas, será de bom alvitre continuar dando boa vida para ela, enquanto vamos colocando nosso plano para funcionar.
-Você me acha com cara de que, para continuar bancando essa pilantra?
-Não é nada disso! Cautela e caldo galinha não faz mal a ninguém. O plano é o seguinte:
Vou continuar seguindo-a e, quando ela entrar no motel, eu lhe telefono e damos o fragrante com fotografias, polícia e tudo mais.
-Bonito isso! E no outro dia sai estampado no jornal: “O corno Edgar pega mulher transando no motel com amante”. E meu retrato com cara de otário e servindo de gozação pra todo mundo.
-Não senhor. Eu vou passar é a porra nela, me livrar do cadáver e dizer que ela fugiu.
-Bem, estamos fora de tudo. Dessa hora em diante nossa firma de investigação abandona o caso e suas atitudes serão por sua conta. Quanto a nós, pode ficar despreocupado que guardaremos sigilo absoluto sobre suas intenções.
Edgar pagou o restante da conta ao detetive, saindo para seu escritório já matutando o que faria e de que maneira.
Ao chegar, com esse assunto corroendo sua mente, resolveu chamar em sua sala o seu assistente para poder desabafar com alguém da sua confiança, pois não poderia guardar essa notícia dentro da mente, que já estava em tempo de explodir.
-Seu Afonso, faça o favor de vir até minha sala!
-Dois minutos depois, entra na sala o Afonso, homem de boa aparência, cumprimentando o seu chefe com um bom dia e um sorriso discreto nos lábios.
Edgar levantou-se, foi até a porta e trancou. Afonso estranhou a atitude, mas nada disse, aguardando o que o seu chefe queria.
Ele sentou-se na sua confortável cadeira e, com o rosto transtornado pelo ódio, encarou Afonso e disse: Descobri toda traição de Ana Paula e agora vou me transformar num assassino!
-Não seu Edgar! Pelo amor de Deus não me mate não! Eu saio com ela porque ela me provoca e me ameaça, se eu não ficar com ela, ela vai fazer o senhor me botar pra fora do emprego!
Edgar levou um grande susto. Justo aquele filho da puta que trabalha com ele há oito anos, nas suas barbas, transando com sua mulher. Sem pestanejar, meteu a mão na gaveta, pegou trinta e oito e deu quatro tiros a queima roupa no peito de Afonso, que caiu duro sem dizer uma palavra e sem saber que Edgar nada sabia ao seu respeito no adultério.
Edgar saiu como um louco pegou o carro e foi se esconder para livrar-se do fragrante. No dia seguinte, passou disfarçadamente por uma banca de revista e comprou um daqueles jornais que primam por oferecer notícias trágicas. E, ao abrir a página policial, estava estampada em letras garrafais: Edgar Carneiro matou o empregado porque estava transando com sua mulher!
-Meu Deus, que vergonha para mim! Jamais terei coragem de enfrentar meus amigos e a sociedade! Falou ele em voz alta para si mesmo.
Ao entrar novamente no carro, viu no tapete aos seus pés, o revolver. Não pensou duas vezes, apanhou e disparou contra sua própria cabeça.
Felizmente, no outro dia, como Edgar já estava morto, não teve a oportunidade de ver a outra manchete do mesmo jornal: Além de traído e assassino, Edgar Carneiro suicidou-se como um covarde!
Na página social, podia-se ler o seguinte tópico: A elegantérrima Ana Paula Carneiro, herdeira das empresas do Grupo Carneiro S/A, sensibilizada e pesarosa, convida os amigos para a missa de sétimo dia do seu saudoso e querido marido Edgar. Igreja Imaculada, dia12/01 as 18:00 hs.
Sorry, Paulinha! Estarei lá.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Ele estava realmente desesperado. Sua mulher, uma jararaca ultravenenosa, além de encher a sua testa de lindos chifres, usava o cartão de crédito como se fosse algo grátis que ninguém teria que pagar posteriormente. Comprava roupas como se fosse montar uma loja, ia ao salão como se fosse uma estrela de TV e perfumes e cremes eram suas taras. Sem contar os salões de massagens que pareciam sua segunda morada. Era uma verdadeira dondoca, um pouco tirada para perua. Bonita ela era! Mas, com ele, sempre estava com dores de cabeça, enxaquecas, etc. Suas chances sexuais eram tão mínimas, que muitas vezes apelava para a masturbação, satisfazendo suas necessidades, no firme propósito de jamais traí-la. Tinha orgulho de ser fiel.
Até que ele segurava todas suas barras, mas, no dia que descobriu que vinha sendo traído há muito tempo, ficou P da vida. E essa era a razão dele estar desesperado.
-Filha da mãe! Gasto uma grana preta com essa cachorra, troco o carro dela duas vezes por ano, faço todas suas vontades e ela, sacanamente, anda transando com outro.
-Calma, seu Edgar! Essas provas que estou apresentando é o atestado de que minha empresa de investigação é honesta e faz um trabalho digno e perfeito. Porém, faz parte das nossas atividades, controlar e orientar nossos clientes, no sentido de não fazerem bobagens, impulsionados pelos resultados apresentados. Só não conseguimos saber quem é o amante, pois ela sempre entra no motel sozinha. Com certeza o cara já está lá no quarto esperando.
-Calma uma zorra! Vou matar essa vagaba de porrada!
-Nós sugerimos que o senhor pare para pensar e vingue-se de uma forma mais civilizada possível, sem que venha sofrer conseqüências na vara criminal.
-É melhor do que ficar quieto na vara cornal! Não vejo razões para cautelas, mas, já que você está disposto a me dar uma idéia, desembuche para ver se é viável. Por mim eu a cortava toda em pedacinhos com uma gilete bem cega!
Como estamos habituados a tratar de casos similares ao do senhor, podemos sugerir o seguinte: Para que não haja desconfianças imediatas, será de bom alvitre continuar dando boa vida para ela, enquanto vamos colocando nosso plano para funcionar.
-Você me acha com cara de que, para continuar bancando essa pilantra?
-Não é nada disso! Cautela e caldo galinha não faz mal a ninguém. O plano é o seguinte:
Vou continuar seguindo-a e, quando ela entrar no motel, eu lhe telefono e damos o fragrante com fotografias, polícia e tudo mais.
-Bonito isso! E no outro dia sai estampado no jornal: “O corno Edgar pega mulher transando no motel com amante”. E meu retrato com cara de otário e servindo de gozação pra todo mundo.
-Não senhor. Eu vou passar é a porra nela, me livrar do cadáver e dizer que ela fugiu.
-Bem, estamos fora de tudo. Dessa hora em diante nossa firma de investigação abandona o caso e suas atitudes serão por sua conta. Quanto a nós, pode ficar despreocupado que guardaremos sigilo absoluto sobre suas intenções.
Edgar pagou o restante da conta ao detetive, saindo para seu escritório já matutando o que faria e de que maneira.
Ao chegar, com esse assunto corroendo sua mente, resolveu chamar em sua sala o seu assistente para poder desabafar com alguém da sua confiança, pois não poderia guardar essa notícia dentro da mente, que já estava em tempo de explodir.
-Seu Afonso, faça o favor de vir até minha sala!
-Dois minutos depois, entra na sala o Afonso, homem de boa aparência, cumprimentando o seu chefe com um bom dia e um sorriso discreto nos lábios.
Edgar levantou-se, foi até a porta e trancou. Afonso estranhou a atitude, mas nada disse, aguardando o que o seu chefe queria.
Ele sentou-se na sua confortável cadeira e, com o rosto transtornado pelo ódio, encarou Afonso e disse: Descobri toda traição de Ana Paula e agora vou me transformar num assassino!
-Não seu Edgar! Pelo amor de Deus não me mate não! Eu saio com ela porque ela me provoca e me ameaça, se eu não ficar com ela, ela vai fazer o senhor me botar pra fora do emprego!
Edgar levou um grande susto. Justo aquele filho da puta que trabalha com ele há oito anos, nas suas barbas, transando com sua mulher. Sem pestanejar, meteu a mão na gaveta, pegou trinta e oito e deu quatro tiros a queima roupa no peito de Afonso, que caiu duro sem dizer uma palavra e sem saber que Edgar nada sabia ao seu respeito no adultério.
Edgar saiu como um louco pegou o carro e foi se esconder para livrar-se do fragrante. No dia seguinte, passou disfarçadamente por uma banca de revista e comprou um daqueles jornais que primam por oferecer notícias trágicas. E, ao abrir a página policial, estava estampada em letras garrafais: Edgar Carneiro matou o empregado porque estava transando com sua mulher!
-Meu Deus, que vergonha para mim! Jamais terei coragem de enfrentar meus amigos e a sociedade! Falou ele em voz alta para si mesmo.
Ao entrar novamente no carro, viu no tapete aos seus pés, o revolver. Não pensou duas vezes, apanhou e disparou contra sua própria cabeça.
Felizmente, no outro dia, como Edgar já estava morto, não teve a oportunidade de ver a outra manchete do mesmo jornal: Além de traído e assassino, Edgar Carneiro suicidou-se como um covarde!
Na página social, podia-se ler o seguinte tópico: A elegantérrima Ana Paula Carneiro, herdeira das empresas do Grupo Carneiro S/A, sensibilizada e pesarosa, convida os amigos para a missa de sétimo dia do seu saudoso e querido marido Edgar. Igreja Imaculada, dia12/01 as 18:00 hs.
Sorry, Paulinha! Estarei lá.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
A virada dos gays!
A virada dos gays!
*Antonio Nunes de Souza
Cada dia que passa o movimento gay ganha campo na simpatia popular e na justiça, como também, maciçamente, nas adesões comportamentais. Acho tudo isso GENIAL! Sempre é bom ver alguém vencer uma luta pela desigualdade.
Lembro-me, na minha infância e puberdade, havia uma discriminação tão grande, que você não podia ter um amigo como companhia constante, pois logo diziam que você estava dando, comendo ou trocando. Tínhamos de pisar em ovos, com o maior cuidado, para não ser tratado, direta ou indiretamente, como viado (gosto de escrever assim, pois é a maneira popular brasileira e chula, usada para designar o homossexual).
Felizmente, o tempo foi passando, as pessoas se civilizando, o número de adeptos aumentando progressivamente, que passou a ser inevitável encarar esse comportamento sexual como algo normal para quem fez suas opções ou preferências.
Antigamente, quando se referiam a algum gay, diziam: Aquilo é um viado descarado que envergonha a família! Ele é até inteligente, culto, trabalha, etc., mas...
Hoje, graças à força, imposição pelos seus direitos e reconhecimentos inevitáveis, quando se referem a um gay, dizem: É um cara maravilhoso, inteligente, bem humorado, bastante culto e leva seu trabalho com a maior seriedade.
Aí, se por acaso o interlocutor fizer a observação: Ele não é viado?
Certamente ouvira: Isso é de menos importância! É um detalhe que nada influencia em suas qualidades. É um cara bacana e sua preferência sexual é problema estritamente dele!
Cara! Eu que acompanho de perto essa evolução, pois sempre tive alguns maravilhosos amigos homossexuais, fico bastante feliz por ver quebrado esse ridículo e sem sentido preconceito pela grande maioria da população em todo mundo. Talvez porque as fileiras estão tão grandes e repletas de valores indiscutíveis, que, por mais machista que alguém possa ser, tem que se curvar perante a competência profissional dos homossexuais em todas as áreas de trabalho em que se dedicam. Eu tive um grande amigo (já falecido) que em tom de deboche e brincadeira, dizia: Viado quando não dá pra nada, tornam-se eximias costureiras! Não passava de um comentário hilário e bonachão, pois ele era homossexual e um geólogo de mão cheia, com trabalhos importantes até no exterior. Mas, não deixava ou deixa de ser uma verdade, uma vez que, os homossexuais realmente se preocupam em ser os melhores nos trabalhos que se dedicam.
A conquista do casamento em alguns paises civilizados, demonstra claramente que a sociedade machista e idiota, que esconde as verdades por trás da hipocrisia, tomou coragem de assumir uma realidade existente bem antes do império romano. E, já que existe, vamos oficializá-la dando seus direitos e não somente os deveres.
Com milhões de crianças abandonadas, por que não dar direito aos casais homossexuais de adoção? Se esses têm condições financeiras e bons antecedentes, provavelmente serão bons pais. Inclusive, muito melhores dos que geraram essas crianças e depois abandonaram pelo mundo. Essa outra medida oficializada é digna de louvor e deve ser copiada pelos casais ditos normais, no sentido de minimizar os sofrimentos de muitas crianças que superlotam os asilos.
Pode parecer para alguns, ainda com as mentalidades voltadas para o passado, que sou um apologista ou estimulador do procedimento gay, mas, na verdade, simplesmente encaro esse fato com grande normalidade e acho que todos devem respeitar as opções alheias, para inclusive serem respeitados também.
Com a evolução da ciência, ainda veremos implantes de úteros, ovários, pênis, próstatas, etc., onde cada um poderá, depois de adulto, escolher o seu sexo e ser feliz para sempre.
A virada do gay não é mais somente para dar. É para receber também!
* Escritor (Vida Louca –ansouza_ba@hotmail.com)
*Antonio Nunes de Souza
Cada dia que passa o movimento gay ganha campo na simpatia popular e na justiça, como também, maciçamente, nas adesões comportamentais. Acho tudo isso GENIAL! Sempre é bom ver alguém vencer uma luta pela desigualdade.
Lembro-me, na minha infância e puberdade, havia uma discriminação tão grande, que você não podia ter um amigo como companhia constante, pois logo diziam que você estava dando, comendo ou trocando. Tínhamos de pisar em ovos, com o maior cuidado, para não ser tratado, direta ou indiretamente, como viado (gosto de escrever assim, pois é a maneira popular brasileira e chula, usada para designar o homossexual).
Felizmente, o tempo foi passando, as pessoas se civilizando, o número de adeptos aumentando progressivamente, que passou a ser inevitável encarar esse comportamento sexual como algo normal para quem fez suas opções ou preferências.
Antigamente, quando se referiam a algum gay, diziam: Aquilo é um viado descarado que envergonha a família! Ele é até inteligente, culto, trabalha, etc., mas...
Hoje, graças à força, imposição pelos seus direitos e reconhecimentos inevitáveis, quando se referem a um gay, dizem: É um cara maravilhoso, inteligente, bem humorado, bastante culto e leva seu trabalho com a maior seriedade.
Aí, se por acaso o interlocutor fizer a observação: Ele não é viado?
Certamente ouvira: Isso é de menos importância! É um detalhe que nada influencia em suas qualidades. É um cara bacana e sua preferência sexual é problema estritamente dele!
Cara! Eu que acompanho de perto essa evolução, pois sempre tive alguns maravilhosos amigos homossexuais, fico bastante feliz por ver quebrado esse ridículo e sem sentido preconceito pela grande maioria da população em todo mundo. Talvez porque as fileiras estão tão grandes e repletas de valores indiscutíveis, que, por mais machista que alguém possa ser, tem que se curvar perante a competência profissional dos homossexuais em todas as áreas de trabalho em que se dedicam. Eu tive um grande amigo (já falecido) que em tom de deboche e brincadeira, dizia: Viado quando não dá pra nada, tornam-se eximias costureiras! Não passava de um comentário hilário e bonachão, pois ele era homossexual e um geólogo de mão cheia, com trabalhos importantes até no exterior. Mas, não deixava ou deixa de ser uma verdade, uma vez que, os homossexuais realmente se preocupam em ser os melhores nos trabalhos que se dedicam.
A conquista do casamento em alguns paises civilizados, demonstra claramente que a sociedade machista e idiota, que esconde as verdades por trás da hipocrisia, tomou coragem de assumir uma realidade existente bem antes do império romano. E, já que existe, vamos oficializá-la dando seus direitos e não somente os deveres.
Com milhões de crianças abandonadas, por que não dar direito aos casais homossexuais de adoção? Se esses têm condições financeiras e bons antecedentes, provavelmente serão bons pais. Inclusive, muito melhores dos que geraram essas crianças e depois abandonaram pelo mundo. Essa outra medida oficializada é digna de louvor e deve ser copiada pelos casais ditos normais, no sentido de minimizar os sofrimentos de muitas crianças que superlotam os asilos.
Pode parecer para alguns, ainda com as mentalidades voltadas para o passado, que sou um apologista ou estimulador do procedimento gay, mas, na verdade, simplesmente encaro esse fato com grande normalidade e acho que todos devem respeitar as opções alheias, para inclusive serem respeitados também.
Com a evolução da ciência, ainda veremos implantes de úteros, ovários, pênis, próstatas, etc., onde cada um poderá, depois de adulto, escolher o seu sexo e ser feliz para sempre.
A virada do gay não é mais somente para dar. É para receber também!
* Escritor (Vida Louca –ansouza_ba@hotmail.com)
Assinar:
Postagens (Atom)