sábado, 28 de outubro de 2023

VIDA SEXUAL ONTEM E HOJE! (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Afinal, graças a Deus ou ao Diabo, o asqueroso preconceito sobre sexo, está, praticamente, desaparecido, tornando-se, como sempre deveria ter sido, uma coisa normal, simplesmente para aliviar as tensões e desejos, pois, trata-se de uma necessidade fisiológica igual às outras, que faz muito bem ao corpo e a alma, além de ser gostosíssimo ao ser realizado. Ele tem um poder tão grande, que até quando é mal praticado, é sempre gostoso. Somente sendo uma merda, quando somente um goza e o outro fica chupando dedo. Mas, com a liberdade atual, as mulheres que são sempre as penalizadas, quando acontece isso, sem nenhuma cerimônia fala para o parceiro e o excita novamente e, com certeza, satisfaz sua merecida necessidade. Inclusive salientando dizendo que ele deve ser educado e solidário, quando estiver na cama com alguém!

Praticamente foram extintas as antigas e velhas casas de prostituição, onde bebia-se, dançava-se e fodia-se, pagando-se uma taxa para cada uma dessas coisas. Lembro-me na juventude, que tinha uma casa maravilhosa chamada Tabaris, que você ao entrar, recebia um cartão todo numerado, que quando tirava uma das mulheres para dançar, ela de cinco em cinco minutos, com um alfinete ia fazendo furos nos números, e quando você saía tinha de mostrar, eles contabilizavam quantos furos tinham e você pagava o valor total. Eu como era um garotão bonito e charmoso, as putas me aliviavam e eu dançava pra caralho, me esfregava bem e elas quase não furavam. Nesse país até as putas são corruptas e ludibriam seus patrões!

Já para dar uma agradável foda, tínhamos de pagar com antecedência a taxa do quarto e a da mulher, que variava em função da beleza e cotação daqueles dias, pois, sempre em tudo na vida, tem as coisas mais evidenciadas e desejadas, que logicamente, são mais caras. Eu rapazinho, grana pouca , sempre pegava as mais feias que eram mais baratas, não me dando ao luxo de belezas, pois, o importante era ter uma xoxota para me satisfazer. E no escuro todos os gatos são pardos!

Mas, como diz o povo que: Araruta tem seu dia de mingau”, um dia conheci uma rapariga tesudíssima, que tinha chegado do Espírito Santo, dançamos bastante e, para minha felicidade, ela se apaixonou por mim, dizia que eu parecia um francês, não só na aparência como a educação e classe, Aí mermão, desse dia em diante eu passei a ser, o que a turma chamava de “gigolô de goteira”. Vou explicar a razão: Para não gastar nada eu ficava na rua esperando o cabaré fechar, as vezes chovia e tinha de ficar encostado nas marquises, com goteiras pingando em minha cabeça. Quando Marize saía, ela vinha ao meu encontro, chamava um táxi e íamos para sua quitinete. Sempre tinha algo para comer, mas, quando não tinha, eu me satisfazia comendo somente ela, que gozava loucamente nos meus fortes braços e corpo cheio de tesão juvenil. Adorava ouvi-la dizer em meus ouvidos: Eu te amo meu francês, venha por cima “mon amour!”

Esse delicioso romance demorou um bom tempo, terminando quando voltei para o interior, deixando minha amada e generosa mulher, e a adorável Salvador!

Hoje essas casas folclóricas não mais existem, já não há necessidade, pois, todas as moças fodem com seus namorados normalmente, o idiota cabaço perdeu o status e o valor do passado, passou até a ser um impecílio tolo. Para se casar virgem só se for na infância. Essa modificação de hábitos e costumes foi genial, necessária e útil, acabando completamente esse tabu, que só pode foder se for casado. Você acha certo seguir normas obsoletas e ultrapassadas, vinda de mil anos atrás? Totalmente descabido e insensato!

Portanto, vamos todos fazer sexo, pois, quando a tesão acabar, você vai ficar puto da vida, por não ter aproveitado as grandes oportunidades que surgiram, que idiotamente, recusou por causa de um medíocre e imbecil preconceito!

A sociedade organizada é que ainda condena, mas, é onde fode-se mais às escondidas!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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