domingo, 1 de outubro de 2023

SERÁ QUE O AMOR EXITE OU É TESÃO? (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Cada dia que passa, pela maturidade e cautela de observar e vivenciar esse estranho sentimento, ou sensação, terminei concluindo que, literalmente, que ele não existe e não passa de uma criação fantasiosa e romântica, para rotular a tesão, a libido e o delicioso e desesperador desejo sexual!

Pode em princípio, parecer uma maneira grosseira de defini-lo, deixando a desagradável impressão que sou desnaturado insensível, ou bastante frustrado com as experiências tidas no decorrer da vida. Mas, simplesmente, não é nada disso. Pois, já tive ocasiões de curtir romances maravilhosos e até duradouros, somente terminados quando as excitações foram diminuindo, e os desejos sexuais ficando escassos, provando mais uma vez, que o estranho sentimento chamado amor, é o desejo peculiar de estar-se agarrado a pessoa dita amada e, dentro do possível, ter a relação deliciosa que termina sempre num gostoso orgasmo. Pois, fora essa atitude, que por sinal é maravilhosa, resta-nos a convivência, bom entendimento, solidariedade, cumplicidade, respeito, admiração, etc., encontrados, normalmente, nos bons amigos sem precisar ter despesas ou compromissos. Ainda com a grande vantagem de um não achar que é dono do outro, consequentemente não fazendo as absurdas cobranças. normalmente existentes, no relacionamento caracterizado como amoroso!

Há muito, um grande amigo/irmão disse-se que todo relacionamento e maravilhoso, porém, vira um inferno quando entra esse tal amor(?). Pois, quando caracterizamos a situação como “amorosa”, tudo se desmorona gradativamente com insatisfações em ambos os lados que, mesmo se reprimindo começa a sentir o desgaste, que pode demorar meses ou até alguns anos para explodir a separação!

Na época achei estranha essa declaração, entretanto, jamais esqueci esse fato, que hoje comprovo categoricamente, a sabedoria desse amigo que, como eu, também já foi privilegiado como vítima dessa perigosa e abstrata emoção!

Sendo mais claro e objetivo, posso dizer o seguinte: Se você tiver um bom amigo ou amiga que seja inteligente, prive dos mesmos gostos que os seus, lhe faça companhia indo ao cinema, teatro, praias, eventos interessantes e culturais, etc., você estará com sua solidão totalmente preenchida, tendo ao seu lado alguém que gosta da sua companhia, e está sempre presente quando é solicitado(a), sem a necessidade de casamento ou união, bancar despesas, dividir patrimônio, dar satisfação de tudo que faz, ter filhos, e outras coisas mais, decorrentes da excitação libidinosa, rotulada de amor!

Entretanto, como em todas situações de nossas vidas, estamos sempre passivos de certos perigos e armadilhas, tenha cuidado para não ir se apaixonando pelo seu amigo ou amiga, passar a ter um caso e terminar dizendo a bobagem, que está amando-a (o) loucamente. Pois, se isso ocorrer e forem do mesmo sexo, é que na verdade você sempre foi gay ou lésbica, simplesmente demorou a se descobrir, porém, não é condenável atualmente. E, nesse caso, já que aconteceu, é melhor cultuar o sentimento rotulado de amor, mesmo que, teoricamente, não exista!

Caso vocês forem sexos diferentes, nada mais lógico que viver a rotineira experiência, enquanto o clima do entusiasmo está dando prazer, pois, com o tempo vai sentindo a utopia desse abstrato sentimento se esvaindo, que é mais um complicador que, verdadeiramente, uma felicidade!

Suponho que a palavra “amor” foi criada para os religiosos e poetas, para substituir tesão, por acharem pejorativo. Eu como sou meio libertino, uso as duas em meus poemas e crônicas!

Ah! Ia me esquecendo: No caso do bom amigo ou amiga, resolva sua parte sexual como “eventual ficante”, com as mulheres em volta do seu ambiente social. É simples, sem custos e é aquela transa de mágico: Quando acaba, você cobre ela ou ele com o lençol, e quando puxa a figura desaparece da sua frente!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

 

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