Antonio Nunes de Souza*
Fique
sabendo que muitas vezes, convivemos bastante tempo ao lado de um amigo ou
amiga e, absurdamente, pensamos que a conhecemos na palma da nossa mão, como se
diz popularmente, mas, de uma hora para outra, você descobre facetas estranhas
e mirabolantes, que rondam e pairam nas mentes dessas figuras, que o deixa
completamente extasiado[U1] ,
com inusitadas taras, ou desejos mirabolantes, completamente fora dos padrões
usuais, ou da normalidade!
E
foi o que aconteceu com meu amigo de longa data, meu querido Mendonça. Sempre
saímos para eventos, festas shows, teatros, barzinhos para tomar uns drinques e
ouvir MPB de qualidade, etc., porém, quando eu o convidava para sair com as
moças do nosso ambiente para uma farra onde entrava uma sacanagem, ele sempre
pulava fora com uma desculpa, as vezes meio esfarrapada, mas, o fato é que
nunca ia, deixando-me encabulado, cheguei até a pensar que ele não era chegado
a fruta da macieira do paraíso!
Depois
dessa ligeira desconfiança, logicamente passei a fiscalizá-lo mais de perto
para ver para onde ele ia quando furtivamente dizia a noite que tinha um
assunto a tratar. E isso me pois uma pulga atrás da orelha, e um dia resolvi
segui-lo, foi quando tive a brutal surpresa, que contarei pra vocês em
detalhes!
Segui
seu caro a distância pilotando minha moto, até que ele foi bater numa
comunidade de anões que havia nas cercanias da capital, onde vendiam
artesanatos e serviam pratos típico, pois, todos eram imigrantes europeus e
descendentes já brasileiros. O certo é que haviam várias diversões, inclusive
uma danceteria, bastante vanguardista e erótica, que brindava seus clientes com
shows de strip-tease, funk e até lambada e forró. Mendonça foi direto para lá,
e eu, como estava escuro dentro do ambiente, logo em seguida também entrei,
ficando num lugar bem discreto, bastante encabulado, sem saber o que Mendonça
desejava. Mas, para matar minha curiosidade, o DJ de 60 centímetros de altura,
meteu um forró paraibano, gritando no microfone que era uma homenagem ao grande
Mendonça que acabara de chegar. Choveu uma salva de palmas, e ele não se fez de
rogado, sorridente pegou uma anã e entrou no salão mandado ver, todas as
peripécias dos xaxados paraibanos. Rodopiava de todas as formas e maneiras, por
ser muito alto, sua pequena parceira ficava com a boca direta no seu membro,
que logo todos viam que estava duríssimo. E a anã, não deixando por menos,
abriu o zíper e no ritmo, começou a fazer o maior boquete, que ele jamais tinha
tido nas plagas de Campina Grande. Juro que quase caí pra trás com essa cena Felliniana.
Imaginando que, logo em seguida ele fosse sair e ir embora. Porém meu amigo,
passei a ver que a coisa estava apenas começando!
Após
a dança/boquete, Mendonça seguiu com sua partner para uma mesa escanteada e
discreta, chegando em seguida muitas outras anãs, todas em volta dele, dando
beijos e abraços. Juro que fiquei atônito com o que estava vendo, inclusive com
vontade de ir até ele, para até tomar satisfações sobre essa tara irrelevante.
Mas, me contive, ficando no aguardo do desenrolar que poderia acontecer!
Uma
garçonete mirim passou por mim e aproveitei para perguntar: Quem é aquele
homem? E ela com cara de espanto me disse: O senhor não conhece não? Aquele é o
nosso querido “Mendonça de neve e as sete Anãs”. Ele vem toda semana e leva as
sete meninas para o quarto e faz a maior suruba do mundo. Lá ele se veste de
princesa toda de branco e as sete anãs fazem fila atrás dele e ficam rodando a
cama cantando” “ Eu vou , eu vou, eu vou foder eu vou, eu vou, eu vou, eu vou
foder eu vou!”. Depois ele se veste de Lobo Mau, e come todo mundo sem dó nem
piedade!
Sinceramente,
depois dessa informação, não pude deixar de dar uma gargalhada, imaginando a
cena mirabolante do meu amigo numa macro sacanagem com as micros mulheres!
Já
com minha curiosidade morta, e ao mesmo tempo estarrecido, peguei minha moto e
voltei para casa, pensando se contaria a Fernando Caldas, nosso amigo, que o
velho Mendonça adora uma fazer sacanagens com as gatinhas mignons. Talvez por
essa razão, em todas circunstâncias, ele sempre diz: “Tamanho não é documento!”
E eu, inocentemente, não sabia o que ele estava pensando, ou se referindo!
Procure
reparar melhor seus amigos, pois, com certeza, cada um deles deve ter uma tara
que você desconhece!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna
de Letras
Nenhum comentário:
Postar um comentário