quarta-feira, 25 de outubro de 2023

NUANCES DA NOSSA QUERIDA BAHIA! (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Chega o sábado aí começa a alegria do pobre, pois, a do rico já começa na sexta-feira. Mas, nós, miseráveis da vida, ainda temos que trabalhar até meio dia. Mas, não deixa de ser um dia alegre, uma vez que, depois dessa hora o couro come direitinho, quando caímos na gandaia, tomando umas batidas, pouca cerveja porque a grana e fraca, porém, com cada um do grupo pagando uma, sempre tomamos uma boa quantidade, inclusive muitas vezes deixamos a zorra “pendurada” nos bares onde somos conhecidos!

Depois de encher a cara, lá pras cinco da tarde, vamos para casa, comer uma gororoba qualquer, descansar até as 21 horas, para sair na noite para ver um show 0800 no Pelourinho e, logicamente, pegar uma “perdida” qualquer, para terminar a noite numa boa. Liguei para meus dois amigos, parceiros fixos de nossas noitada, acertamos nos encontrar no pé da cruz do Terreiro, iniciando a romaria de danças, cantos e sacanagens!

Chegamos quase na mesma hora, e já ouvíamos de longe o soar dos tambores do Olodum, e ficamos alegre, pois, quando esse bloco toca, assanha metade da Bahia, além de arrebanhar um porrada de turistas, todas e todos dando a maior sopa para acasalar com um mulato baiano, que tem uma fama que atravessa o mundo, ser bom de cama e bem dotado. Isso ajuda bastante na hora da paquera e azaração. Chegamos ao Pelô e a zorra estava bombando forte. Mulher dando nas coxas e homens dando na canela. Sendo elas a maioria, tranquilamente, dava para se escolher, e foi isso que passamos a fazer, logo que pegamos três latinhas de cerveja para começar a calibração, a fim de aguentar o sufoco amoroso feminino!

Cada um passou a circular em áreas diferentes, deixamos marcado um ponto certo de encontro para depois das circulações e, sem medo de ser feliz, mandamos ver. Não sei como eles estavam se saindo, mas, quanto a mim, com umas dez passadas me bati com uma gringa, mais branca do que minha dentadura, que sem nenhuma cerimônia, me abraçou e começou a dançar, toda desengonçada e fora do ritmo, mas, linda e gostosíssima. Pensei logo: Eu hoje vou me dar bem! E não me fiz de rogado, agarrei a danada pela cintura, os tambores tocando e nós nos beijando, sem falar porra nenhuma, pois, ela não falava português e nem eu inglês. Somente nos esfregávamos, beijos e alisamentos e uns sorrisos de assentimentos e satisfações. Ela adorava Whisky e ia sempre no bar e trazia doses duplas para nós, fazendo meu estômago estranhar pra caralho, já que estava habituado a cachaça. Isso pra mim estava uma mão na roda: música, mulher e bebida tudo 0800. Dizem que pobre tem seu dia de sorte!

Nem me preocupei em ir encontrar com Fernando e Mendonça, eles são maiores devem estar numa boa também. Lá pras quatro da matina, quase no cu da madruga, Mary (esse era seu nome) falou; I want to go to my hotel! Apenas entendi “hotel”, e como ela me puxava, imaginei que ela queria era cama, coisa que eu também desejava. Disse: OK que é a única coisa que sei em sua língua, além de “I love you” que todos conhecem!

Chegamos num puto hotel de luxo, ela foi me puxando para os elevadores, estranhei ela nem pegar a chave na portaria, mas, lá em cima vi que a zorra é só enfiar um cartão na porta e ela abre e ainda acende as luzes. Cheguei a tomar um susto com a novidade. Ela só fazia sorrir, mas, nos seus olhos eu via que ela estava doidinha para transar, e eu não ficava atrás!

Partimos para o banheiro, onde tinha uma linda banheira, dessas que ficam jorrando água pelo nosso corpo. Ela temperou a água bem quentinha e, tranquilamente, começou a se desnudar, ao mesmo tempo que me orientava fazer o mesmo com sinais. Eu pensei logo que seria uma grande foda em libras, pois, nos falávamos através de sinais. Entramos os dois nus na banheira, seu corpo era mais branco que leite, e eu negro que nem uma graúna. Quando nos abraçamos dentro d’agua, me lembrei do meu time Botafogo, era um corpo só em preto e branco, Mary era exímia em sacanagem, mesmo dentro d’agua era uma fera, pois mergulhava a cabeça fazendo sexo oral, levantando as vezes para respirar, mas, não perdia o ritmo, me deixando super excitado. Eu também, puta velha no ramo, mandei ver todas sacanagens que aprendi na vida, fazendo a loura tremer e flutuar na banheira como se fosso uma sereia dando um ataque de epilepsia de tanto tremer e babar. Foi um grande fodaço afro-americano, que ficamos na maior felicidade, além de exaustos pelas repetições de orgasmos!

Fomos pra cama, dormimos e, quando acordamos ao meio dia, Mary pediu o café no apartamento, tomamos, sempre nos falando por sinais e sorrisos, e quando terminamos, ela levantou-se, pegou a bolsa e tirou duas notas de 100 dólares e me deu. Eu quis recusar, mas ela colocou no meu bolso e não pude recusar tal presente, como uma bonificação vaginal!

Nos despedimos, tomei um táxi, já que me sentia abonado, pois estava voltando com os mesmos 80 reais que tinha, e estava voltando com minha rola poliglota, pois fodeu em inglês, e eu com uma graninha que vai me fazer bem!

Essa é a Bahia de todos os Santos e de todos os pecados. Espero que meu próximo sábado seja tão agradável e lucrativo!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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