Antonio Nunes de Souza*
Não existem mais dúvidas, que as diversas
opções sexuais estão ocupando grandes espaços dentro da sociedade moderna. A
oficialização em vários países é uma das mais evidentes provas que os conceitos
estão mudando, e atropelando os mais antigos e milenares preconceitos, com
relação ao livre arbítrio de como e com quem usar a sua sexualidade!
O
mundo está acabando? Que nada! Estamos
apenas vendo o progresso das liberdades, ações e desejos sendo mais respeitados,
fazendo cair à máscara hipócrita da sociedade mundial, que mesmo sabendo da
existência de tais comportamentos, lutavam e lutam para esconder ou camuflar
seus adeptos, taxando-os de doentes. Felizmente, homens e mulheres
completamente sadios e conscientes das suas obrigações, fizeram e fazem suas
opções sexuais, procurando suas felicidades e prazeres, das maneiras que lhes
são melhores e convenientes, derrubando essa falsa e podre conceituação!
Devemos lembrar, que todos têm o direito de
administrar suas vidas com toda liberdade, desde que não fira os direitos de outros.
O comportamento tradicional e obsoleto de julgamentos, simplesmente está sendo
reavaliado, “dando a César o que é de César”, ou seja: O direito livre de opção
sexual.
Há
alguns anos, criou-se uma sigla “GLS” (gays, lésbicas e simpatizantes), para
rotular ambientes que eram frequentados por essas três classificações de
pessoas. Não nego que sou e sempre fui um simpatizante. Tenho grandes amigos e
amigas homossexuais, pessoas honestas, cultas, trabalhadoras e educadas, que
lhes tenho o maior respeito e admiração pelo que elas são, independentes das
suas preferências, que batem de frente com as minhas. A isso se chama respeito
humano!
E
é o que todos devem ter, em vez de fazer comentários bisonhos e depreciativos,
como se as opções sexuais apagassem os seus dignificantes trabalhos, suas
competências e criatividades!
Entretanto,
depois dessa apologia as liberdades de opções sexuais, não podia deixar de dar
a minha opinião, com relação a determinados comportamentos exagerados e até
agressivos (para mim descabidos e desnecessários ). Refiro-me a trejeitos e
roupas femininas, idem masculinas, maquiagens carregadas e, principalmente,
respeitar com dignidade seus locais de trabalho ou órgãos que estão representando.
Para ilustrar essa minha opinião, posso citar o caso antigo do padre Pinto, em
Salvador, que usando da igreja como seu palco, deu o maior show de loucura
desvairada, chocando não só os católicos tradicionais, como toda classe
religiosa do mundo. E, somente depois de repetir a dose publicamente em
ambientes carnavalescos, a diocese tomou a decisão de afastá-lo da paróquia,
constatando que ele não tem problemas psíquicos, apenas tratava-se de um gay
espalhafatoso, ungido e sacramentado!
Em todas correntes de preferências sexuais,
inclusive a heterossexual, encontra-se tipos que exageram no comportamento,
querendo demonstrar que é mais do que na verdade é. Esses são classificados de
uma maneira indelicada, de coronéis, bichas loucas, cafajestes e outros
adjetivos bem mais depreciativos. Muitas vezes até justifica, pois, se é
lésbica deve sempre proceder como uma mulher, se gay o comportamento
logicamente deve ser de um homem. Não se assuste porque falei comportamento de
um homem, pois, morrerei dizendo que para ser gay, precisa ser muito homem.
Jamais teria essa coragem toda. E, sendo hétero, não precisa ser cafajeste para
querer mostrar que é muito mais homem que os outros!
O importante é que todas as pessoas sejam
respeitadas igualmente, pois, por mais que se tenha comportamentos diferenciados,
ou fora dos padrões que a hipócrita sociedade determina, somos todos seres
humanos com iguais direitos!
*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos
Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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