Antonio Nunes de Souza*
O
mais comum, e que acontece diariamente, é o grosseiro e desagradável assédio
imoral e sexual dos homens com as mulheres, não respeitando lugares, idades,
horários, deixando-as magoadas, constrangidas e, muitas vezes, feridas e até
mortas. Essas condenáveis atitudes, só podemos atribuir a distúrbios mentais,
que não conseguem frear seus animalescos estímulos, fazendo com que procedam,
covardemente, como verdadeiros selvagens!
Mas,
você sabe que também acontece com as mulheres?
Pois,
acontece sim, meu amigo. Existem muitas mulheres que, quando desejam ter algo
com alguém, força a barra de uma forma grande e abusiva, que você muitas vezes
é obrigado a ceder, para não passar como homossexual. Tenho que ressaltar, que
os modos são mais delicados, menos grosseiros, porém, com bastantes e constantes
insistências.
Eu
posso citar um dos casos que aconteceu comigo, que deixou-me bastante
constrangido por algum tempo, que fez-me controlar-me ao máximo, em função da
minha atividade profissional, já que aconteceu em meu local de trabalho, pois,
sou médico ginecologista. E na nossa profissão, os debochados e gozadores,
sempre dizem, que: “nós trabalhamos, no lugar que os outros se divertem!” É uma
sacanagem conosco, mas, é uma realidade!
Apareceu
uma cliente em minha clínica, uma mulher elegante, muito bonita, com todas
características de rica, com aproximadamente uns trinta e cinco anos, que havia
marcado uma consulta particular através de telefone. Eu a atendi, como faço com
todas minhas clientes, com seriedade profissional, respeito e critério, mas,
percebi que ela me olhava com um olhar penetrante quando falava, que, mesmo com
a minha experiência dos meus cinquenta anos, as vezes, ficava sentindo-me
inseguro e com certa timidez. Solicitei uns exames, já que não havia nenhum
problema aparente, apenas para ver o que estava provocando as dores que ela alegara!
Na
semana seguinte, ela retornou com os exames, fiz todas verificações, nada
acusou de significativo, que justiçasse alguma dor, mas, ela insistiu que eu fizesse
um novo exame, que ela não se importaria de pagar a consulta. Aleguei não haver
necessidade, querendo ser honesto e correto, mas, ela insistiu tanto, alegando
que desta vez, eu poderia detectar algo que não percebi na vez anterior, que
terminei concordando. Fiz o exame, e ela pediu que eu introduzisse mais o dedo
na sua vagina, pois, poderia ser alguma coisa mais internamente, achei
estranhíssimo o comportamento, já que as clientes, geralmente, pouco falam e se
sentem inibidas e pouco a vontade, em função da posição e da exposição das suas
partes íntimas, mas, com ela, as atitudes eram bem diferenciadas, inclusive,
quando descia da mesa de exames, tropeçou, que vi que foi propositadamente, e
caiu em meu braços, abraçando-me fortemente. Foi aí que constatei, que ela
estava procurando algo mais, que uma cura médica. Nada disse, a não ser, que
continuei sem nada encontrar. Receitei uma medicação para dores, pedindo que ela
tomasse, e se continuasse, que voltasse, pois faríamos um exame mais profundo,
através de equipamentos modernos e eficientes!
Passados
uns dias, ela telefonou, solicitando a secretária que desejava falar
diretamente comigo. Foi transferida a ligação, e ela disse-me que estava com
bastante dores, sentindo sem condições de se deslocar até minha clínica, e
gostaria que quando eu saísse as 18 horas, passasse em seu endereço para medica-la.
Pelo ocorrido no consultório, fiquei na dúvida se havia doença, ou astúcia com
outras intenções. É bom que diga que sou um coroa que todos me batizam como
muito bonito e elegante, e talvez por isso, tenha provocado esse assédio feminino.
Ao anoitecer, olhei seu endereço na ficha e segui. Lá chegando, ela já me
recebeu num robe de seda, que ao andar suas coxas apareciam bondosamente e
propositadamente. Ela esperta, para justificar, desculpou-se da roupa que
vestia, alegando que passou o dia deitada. Coloquei-a no sofá para examina-la,
mas, antes que eu começasse a fazer algum movimento, ela, intempestivamente, me
abraçou, indo diretamente em minha boca, beijando-me numa ânsia louca, que me
deixou sem ação e nem reação, sentindo-me completamente perdido, sem saber se
deveria ser médico ou homem, naquele momento. Mas, como se estivesse lendo meus
pensamentos, ela começou a pegar e massagear meu pênis, como se estivesse
dizendo que optasse ser homem naquele instante. E a obedeci imediatamente,
tirando seu robe, que, por baixo nada existia e, sem mesmo baixar ou tirar as
calças saquei meu bisturi carnal e, como o corte já existia, somente fiz
enfia-lo com todo carinho, fazendo ela gemer de prazer depois de uns poucos minutos.
Daí pra diante, foi somente sacanagens, que não era mais uma relação médico/paciente,
apenas duas pessoas, que parecendo estarem no cio, trepavam com prazer e
satisfação. Esse encontro demorou horas, depois nos despedimos, tivemos novos
encontros posteriormente, ela, cinicamente, me disse que nunca tinha sentido
dores, e que me viu quando foi fazer algo no edifício da minha clínica, e ficou vidrada em mim, de uma maneira que não conseguia se controlar!
Esse
caso durou algum tempo, depois foi esfriando, ela deve ter conhecido outro, eu
também conheci outra pessoa num congresso, terminamos nos separando numa boa,
apenas conservando uma amizade e boas e agradáveis lembranças!
Vocês
viram claramente, que o assédio feminino é ousado, porém, com classe e
delicadeza!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
Um comentário:
É a mais pura verdade!
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