sexta-feira, 22 de março de 2024

VOCÊ JÁ FOI ASSEDIADO? (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

O mais comum, e que acontece diariamente, é o grosseiro e desagradável assédio imoral e sexual dos homens com as mulheres, não respeitando lugares, idades, horários, deixando-as magoadas, constrangidas e, muitas vezes, feridas e até mortas. Essas condenáveis atitudes, só podemos atribuir a distúrbios mentais, que não conseguem frear seus animalescos estímulos, fazendo com que procedam, covardemente, como verdadeiros selvagens!

Mas, você sabe que também acontece com as mulheres?

Pois, acontece sim, meu amigo. Existem muitas mulheres que, quando desejam ter algo com alguém, força a barra de uma forma grande e abusiva, que você muitas vezes é obrigado a ceder, para não passar como homossexual. Tenho que ressaltar, que os modos são mais delicados, menos grosseiros, porém, com bastantes e constantes insistências.

Eu posso citar um dos casos que aconteceu comigo, que deixou-me bastante constrangido por algum tempo, que fez-me controlar-me ao máximo, em função da minha atividade profissional, já que aconteceu em meu local de trabalho, pois, sou médico ginecologista. E na nossa profissão, os debochados e gozadores, sempre dizem, que: “nós trabalhamos, no lugar que os outros se divertem!” É uma sacanagem conosco, mas, é uma realidade!

Apareceu uma cliente em minha clínica, uma mulher elegante, muito bonita, com todas características de rica, com aproximadamente uns trinta e cinco anos, que havia marcado uma consulta particular através de telefone. Eu a atendi, como faço com todas minhas clientes, com seriedade profissional, respeito e critério, mas, percebi que ela me olhava com um olhar penetrante quando falava, que, mesmo com a minha experiência dos meus cinquenta anos, as vezes, ficava sentindo-me inseguro e com certa timidez. Solicitei uns exames, já que não havia nenhum problema aparente, apenas para ver o que estava provocando as dores que ela alegara!

Na semana seguinte, ela retornou com os exames, fiz todas verificações, nada acusou de significativo, que justiçasse alguma dor, mas, ela insistiu que eu fizesse um novo exame, que ela não se importaria de pagar a consulta. Aleguei não haver necessidade, querendo ser honesto e correto, mas, ela insistiu tanto, alegando que desta vez, eu poderia detectar algo que não percebi na vez anterior, que terminei concordando. Fiz o exame, e ela pediu que eu introduzisse mais o dedo na sua vagina, pois, poderia ser alguma coisa mais internamente, achei estranhíssimo o comportamento, já que as clientes, geralmente, pouco falam e se sentem inibidas e pouco a vontade, em função da posição e da exposição das suas partes íntimas, mas, com ela, as atitudes eram bem diferenciadas, inclusive, quando descia da mesa de exames, tropeçou, que vi que foi propositadamente, e caiu em meu braços, abraçando-me fortemente. Foi aí que constatei, que ela estava procurando algo mais, que uma cura médica. Nada disse, a não ser, que continuei sem nada encontrar. Receitei uma medicação para dores, pedindo que ela tomasse, e se continuasse, que voltasse, pois faríamos um exame mais profundo, através de equipamentos modernos e eficientes!

Passados uns dias, ela telefonou, solicitando a secretária que desejava falar diretamente comigo. Foi transferida a ligação, e ela disse-me que estava com bastante dores, sentindo sem condições de se deslocar até minha clínica, e gostaria que quando eu saísse as 18 horas, passasse em seu endereço para medica-la. Pelo ocorrido no consultório, fiquei na dúvida se havia doença, ou astúcia com outras intenções. É bom que diga que sou um coroa que todos me batizam como muito bonito e elegante, e talvez por isso, tenha provocado esse assédio feminino. Ao anoitecer, olhei seu endereço na ficha e segui. Lá chegando, ela já me recebeu num robe de seda, que ao andar suas coxas apareciam bondosamente e propositadamente. Ela esperta, para justificar, desculpou-se da roupa que vestia, alegando que passou o dia deitada. Coloquei-a no sofá para examina-la, mas, antes que eu começasse a fazer algum movimento, ela, intempestivamente, me abraçou, indo diretamente em minha boca, beijando-me numa ânsia louca, que me deixou sem ação e nem reação, sentindo-me completamente perdido, sem saber se deveria ser médico ou homem, naquele momento. Mas, como se estivesse lendo meus pensamentos, ela começou a pegar e massagear meu pênis, como se estivesse dizendo que optasse ser homem naquele instante. E a obedeci imediatamente, tirando seu robe, que, por baixo nada existia e, sem mesmo baixar ou tirar as calças saquei meu bisturi carnal e, como o corte já existia, somente fiz enfia-lo com todo carinho, fazendo ela gemer de prazer depois de uns poucos minutos. Daí pra diante, foi somente sacanagens, que não era mais uma relação médico/paciente, apenas duas pessoas, que parecendo estarem no cio, trepavam com prazer e satisfação. Esse encontro demorou horas, depois nos despedimos, tivemos novos encontros posteriormente, ela, cinicamente, me disse que nunca tinha sentido dores, e que me viu quando foi fazer algo no edifício da minha clínica, e ficou vidrada em mim, de uma maneira que não conseguia se controlar!

Esse caso durou algum tempo, depois foi esfriando, ela deve ter conhecido outro, eu também conheci outra pessoa num congresso, terminamos nos separando numa boa, apenas conservando uma amizade e boas e agradáveis lembranças!

Vocês viram claramente, que o assédio feminino é ousado, porém, com classe e delicadeza!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

Um comentário:

Anônimo disse...

É a mais pura verdade!