Antonio Nunes de Souza*
Assim como se tornou modismo as nomenclaturas
dadas pela mídia televisiva a uma série de mulheres (melancia, melão, samambaia
e outras mais), fiquei matutando qual a razão que as mulheres têm esse
privilégio de serem divulgadas, elogiosamente, pelos seus avantajados e
provocantes bumbuns e seios, e os homens apenas com as simples adjetivações de horríveis,
feios, simpáticos e bonitos. Imaginei logo que seria justo e correto, também
fazer uma classificação masculina, não só elogiosa para aqueles que são
merecedores, como também crítica, para alertar aqueles que não honram a classe,
e ficam denegrindo nossa imagem já bastante desgastada, com comportamentos
ridículos e inadequados!
Vou
iniciar pelos mais perniciosos e, posteriormente, os qualificados:
Não
poderia deixar de começar pelo mais conhecido, supondo ser o mais comum
encontrado em abundância: o homem “banana”. Esse, inegavelmente, é a vergonha
masculina, manobrado pelas mulheres, amigos e patrões, sendo sua maior
característica a falta de firmeza nos posicionamentos, se deixando levar por
todos, terminam carregando uma série de decepções durante a vida, que os
transformam em verdadeiros focos de chacotas e exemplos de idiotas e tolos. Mas,
no fundo, são pessoas puras que acreditam nas palavras dos seres humanos e, por
mais que sofram, não mudam seus comportamentos. Provavelmente, estão fadados ao
reino dos céus para seguir a carreira de arcanjos. Eu tenho uma amiga, que pelo
seu jeito de mandona e teimosa, tenho a impressão que seu marido é dessa classe
bananoide!
Embora
exista uma grande variação de bananas (prata, d’água, nanica, terra, etc.),
esses tipos servem apenas para parâmetro dos tamanhos dos pintos, pois os
comportamentos são idênticos em todas as circunstâncias. Quando se diz: fulano
é um “banana”. Não precisa maiores explicações comportamentais, entretanto,
aqui no norte/nordeste este ser também tem a alcunha junina de “pamonha”!
Já
o homem “abacaxi”, que hoje está lutando pela predominância quantitativa, é
aquele que tem uma aparência curiosa e digna de atenção. É casca grossa, mal
educado, egoísta, mal informado e, mesmo sendo portador de uma doçura interna,
seus comportamentos não estimulam a ter que aturá-los como companhia (tem mulheres
também dessa classe). Geralmente, quem se atreve a descascar um homem abacaxi,
termina se ferindo nos espinhos da sua coroa. Esse tipo já deveria ter nascido
em “compotas” que seria melhor digerível. Porém, quando um abacaxi se apaixona
e uma mulher sabe manipulá-lo direitinho, ele se transforma em verdadeiro “banana”.
Come na palminha da mão (essa amiga que falei, acho que faz isso)!
O
pior de todos é o abacaxi/cafajeste que adora palitar os dentes, e ainda sai do
restaurante, entra no carro e vai dirigindo com um palito na boca (uma grossura
imperdoável só comparável a ter que aguentar, uma mulher mascando chicletes,
como se fosse uma vaca ruminando)!
O
homem “pepino”, conhecido nacionalmente como um problemático e perigosíssimo,
tem uma característica atraente pelo seu porte, geralmente com boa aparência,
grande poder de convencimento, simpatia, cara de sincero, bom papo, sabendo ser
camaleônico nas mais diversas ocasiões que seja preciso, afim de alcançar seus
objetivos! São sempre enganadores, e conseguem dobrar suas parceiras nas mais
diversas situações, criando problemas no presente e, muitas vezes, no futuro.
Normalmente, deixam sequelas irreparáveis e inesquecíveis. Esse, até na salada
não é digestivo!
Poderia
falar também nos sarados, bombados, barrigas de tanquinhos e os cocô-boys que
ficam com seus equipamentos de sons com milhares de decibéis desfilando pelas
ruas, ou nas lojas de conveniências, acreditando que estão abafando. Estes,
seguramente, serão os futuros abacaxis, pepinos e bananas!
Vou
me ater apenas a esses poucos exemplos dos menos classificados, que são os mais
acentuados. Mas, não posso deixar de dizer que existem homens maravilhosos,
educados, bom gosto, refinados, cultos, românticos, sinceros, honestos e
solidários, que na próxima oportunidade, citarei com carinho e atenção,
defendendo essa parte da casta que me honra ser um participante. Estou pensando
até chamá-los de homem manga, pois têm a pele lisa e macia, são doces e servem
para se comer e chupar, proporcionando prazeres inesquecíveis!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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