Antonio Nunes de Souza*
Privilégios
todos nós nascemos tendo, sendo que muitos usam para coisas boas, e outros,
infelizmente, para coisas ruins para prejudicar terceiros, quer seja por prazer
ou para ganhar com suas ações. O meu privilégio é ter a mente criativa, facilidade
de jogar com as palavras, disposição para escrever diariamente, sem que isso
seja para ganhar algo, a não ser a satisfação de saber, que provoco momentos
alegres e divertidos para meus amigos e leitores!
E
aproveito essa dádiva, que agradeço aos meus esforços, estudos, leituras e
educação que adquiri, para, eventualmente, fazer certas analogias interessantes,
que se bem pensadas, tem muitos sentidos. E no caso, volto-me as crenças
religiosas, sem que seja atacando-as ou criando polêmicas. Apenas, mostrando um
lado, que mesmo com minhas muitas leituras, nunca li nada nesse simples, claro
e evidente fato, que está bem em frente aos nossos narizes, e poucos enxergam
dessa interessante forma!
Segundo
as crenças (em sua grande e diversa maioria), professam a existência do “céu”, “inferno”
e “purgatório”, locais que nós estamos passivos de ir para eles, a depender de
nossas ações e comportamentos. Até aí, tudo bem, ou “certinho” como diz uma
amiga minha. Pois, como trata-se de um freio comportamental da humanidade,
logicamente, teria que ter um lugar lindo, maravilhoso, cheio de encantos e só
felicidades, para os bons. E, logicamente, um lugar péssimo, calorento, cheio
fogos e labaredas para os desobedientes, pecadores e maus comportados. Com esses
dois lugares e suas boas e ruins definições, veem elas (as religiões), conseguindo
minimizar as violências humanas, já que, acreditando ou não, é melhor seguir
essas regras, que arriscar morrer, e ir parar nas quintas dos infernos. Não
posso deixar de lado o tal do purgatório, que é um lugar intermediário, onde
nós podemos ir pagar nossos pecados, tendo a possibilidade de ir para o céu ou
para o inferno, dependendo dos pecados cometidos!
Aí,
depois de em rápidas palavras dissertar sobre o céu, inferno e purgatório, vou
falar sobre a minha interessante analogia, que tenho certeza, pelo menos farei
muitas pessoas pensarem a respeito, fazerem reflexões, e muitos me darão toda
razão!
O
tenebroso e intitulado “inferno”, não passa do centro de nosso planeta terra,
que é cheio de vulcões adormecidos, alguns entrando em erupções eventuais,
engolindo cidades e levando junto muitas vidas, que, provavelmente, mereciam ou
não, por algumas razões que desconhecemos. E, com certeza, esse lugar de fogo e
labaredas, foi escolhido para ser denominado de inferno e local de castigo,
tomando por base as grandes erupções constantes, num passado bem distante, que,
realmente, amedrontava qualquer pecador, principalmente analfabeto e as palavras
dos Imperadores eram sagradas e incontestáveis!
Já
o intermediário “purgatório”, que é um lugar de curas pecaminosas, este é
representado pelos nossos hospitais, lugares onde vamos depois que cometemos os
grandes pecados da gula, excesso de bebidas, alimentações inadequadas, fumo e
drogas, ou doenças outras através de vírus. Pois, depois de nossa estadia num purgatório
(hospital), poderemos ir para o céu, ou para as profundezas do inferno. Ou seja:
se ficarmos bom ou morrermos!
Chegamos
finalmente ao fantástico e maravilhoso céu, que, ilusoriamente, imaginam ser lá
nas alturas, cheio de estrelas, Santidades, etc., ele é nada mais, nada menos
que a nossa querida terra, deslumbrante, bonita, acolhedora, nos alimenta, nos
dá prazeres, condições de vida, procriação, felicidades, e nos recebe de braços
abertos e tapete vermelho, colocando em nossas mãos, todas oportunidades
durante nossas longas vidas!
Tenho
convicção absoluta, que se você admitir tais fatos, passará a viver mais e
melhor no “Céu”, e com os pés no chão, em vez de estar iludido, deixando de
desfrutar a vida, esperando ir para o céu, estando nele, desde o dia que nasceu!
Não
custa nada pensar a respeito, não proceder nem como um fanático, nem como um
ateu, apenas ser lógico e coerente com as realidades da vida!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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