Antonio Nunes de Souza*
Mas,
antes de fazer essas coisas, você deve olhar para traz, e ver se você está
fazendo a sua parte. Pois, já que reconhece as necessidades, nada mais justo
que participar de alguma forma, colaborando para que elas aconteçam, mesmo que
não sejam de sua obrigatoriedade, mas, com certeza, as maiorias delas, devem
ser resolvidos pelos governos e as cidadanias!
O
grande estadista, presidente americano John Kennedy, dizia sempre que; “Nunca
pergunte o que o governo pode fazer por você, e sim o que você pode fazer pelo
governo!” E nessa célebre e inesquecível frase, quis ele dizer que o governo (qualquer
que seja), não pode sozinho resolver os problemas existentes em um país, e se
faz necessário que a sociedade, que se diz organizada, também esteja presente
dando a sua parcela, no sentido de complementar, ou minimizar os sofrimentos
dos pobres e excluídos, que infelizmente, é a maioria de nossa população, ou
sendo mais preciso, da população mundial, sendo mais acentuadas em alguns
continentes!
As
atitudes de voluntarismos é de uma quantidade tão irrisória e insignificante,
que podemos caracteriza-la como inexpressiva, inclusive, pode observar que,
curiosamente, a grande maioria de pessoas que dela participa, são exatamente,
pobres e necessitados, que se ajudam mutuamente em suas sofridas comunidades. Nos
perímetros urbanos, uma vertente de “socialites” promovem seus chás de tortas
caritativos, para que exibam seus caros vestidos e joias, e saiam como notícias
nas colunas sociais e redes. Ações de uma pobreza de espírito, que faria Chico
Xavier chorar de desgosto. Ao contrário disso, o que vejo, quando as TVs estão
procurando notícias exóticas e inusitadas, são mulheres pobres, negras e
desempregadas, que vão aos mercados, feiras livres e ao CEASA, arrecadando
frutas, legumes e mercadorias perto de perder as validades e, valentemente,
cozinham sopas e preparam quentinhas para distribuir, religiosamente, aos pobres
necessitados iguais a eles. Gesto que nos comove e a todos, mas, não chega ao
ponto de sensibilizar a hipócrita sociedade organizada (?), para que façam o
mesmo em até maiores proporções, em função dos seus maiores poderes
aquisitivos!
Você
já pensou em um dia no mês, ir a um abrigo e levar um presente qualquer para um
dos infelizes moradores? Imagine se você fosse ele ou ela, quando de alegria
lhe proporcionaria?
Que
tal você que pode, uma vez por mês comprar uma cesta básica ou alguns
alimentos, pegar seu carro, ir a uma comunidade pobre, escolher uma casa e dar,
vendo nos olhos lágrimas de agradecimento?
Para
fazer essas simplíssimas coisas, existem milhões que, simplesmente, acreditam
que isso é problema do governo, e que paga impostos para isso. Se esquecendo,
que o pobre paga uma fortuna de impostos nas suas compras básicas e,
infelizmente, são os que menos retornos recebem!
Por
tudo que disse, fiscalize, reclame e exija que é sua obrigação fazer com todos
os governantes, sejam de que partido for, mas, também se una a ele para que as
coisas melhores e funcionem, demonstrando a sua solidariedade, religiosidade e
humanitarismo!
Enquanto
estivermos olhando as dores e desesperos dos outros, somente sentindo pena,
jamais provaremos que somos humanos e racionais!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
Um comentário:
É a mais pura verdade!
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