Antonio Nunes de Souza*
Com
tantas agonias, sofrimentos, desempregos, falta de assistência médica e excesso
de fome, lógico seria que em determinadas vertentes, eles tivessem direito a
algumas benesses, não só financeiras como em outras áreas, que para eles,
valorizam muito a classe!
A
mais conhecida por todos, com certeza absoluta, são as dezenas de cestas, vales,
bônus e auxílios que, praticamente, quem tem muitos filhos, chegam ao ponto de não
precisar trabalhar, já que vivem acostumados numa vida modesta, que essas
farturas dão para a sustentação, os acomodando, sem precisar de ter que
enfrentar o batente cotidiano. Tem muitos, que pela ignorância, se enchem de
filhos para aumentar sua renda familiar, através dessas benesses “cestivas”!
Em
seguida vem as cotas que, vergonhosamente, com a oficialização delas, estão querendo
dizer bem claramente, que trata-se de seres inferiores (geralmente são negros,
mulatos e pardos), e que por essa razão, merecem ter uma oportunidade para ver
se melhoram. Para os beneficiados, eles acham que é um grande avanço e
reconhecimento, não observando que, cada branco que eles despedem, o salário dá
para contratar dez negros em diversas funções (as televisões são grandes
exemplos nas novelas e noticiários). Inclusive, a negritude por ser competente
e maravilhosa, além de necessitada, passou até a ser um modismo em todas
profissões e atividades, que os empresários matam vários coelhos com uma só
cajadada. Ou seja: eles se passam como uns grandes acolhedores dos pobres
negros, tem mão de obra bem mais barata, minimizando os seus custos. Quando
nessa vertente, o que deviriam fazer seria oportunizar todos igualitariamente,
e que todos concorressem de igual para igual, pois, não existe seres
inferiores, a não ser especiais por problema de saúde!
Embora
tenha alguns poucos outros, vou finalizar com um bastante interessante, e até
divertido, que são os nomes atuais de seus queridos filhos, que os José, Pedro,
Manoel, Luís, João, Maria, Lúcia, Leda, Dalva, Tereza, Jacira, etc. tranquilamente
foram substituídos por John Kleber, Maiky, Robert, Jeam Paul, Meyre, Pavillova,
Leide Marry, Stefanny Luize, Ted Jackson, JamillY Greice, Gregory, Thompson e
uma série de outros, sendo a maioria escritos errados (como coloquei alguns),
inclusive, para dar maior charme, ainda colocam dois L ou dois N para valorizar
ou tornar-se mais imponentes. O interessante é que a maioria com esses nomes
internacionais, são todos “dos Santos, da Silva, ou de Jesus, e nas suas
comunidades, simplesmente, são tratados por apelidos, muitas vezes, até
ridículos. Acho isso uma grande tolice, mas, para eles, quando perguntam o nome
dos filhos, a mãe abre o peito e, com o maior orgulho diz: Fritiz Laurence o
menino e a menina Katiuxa Lorenne. Sinceramente, são meio foda as junções,
concordâncias, como são escritos e pior, como são pronunciados. Porém, eles se
orgulham pra caralho e é um direito, que apenas passam a ser esquecidos nossos
lindos nomes tradicionais brasileiros e portugueses!
Talvez,
para completar suas alegrias, somente falta a picanha grátis, carros populares
que seja viável eles comprarem, as passagens aéreas de 200 reais e melhorar o
atendimento péssimo do SUS. E assim que tudo isso estiver vigorando, todos
sorrirão de orelha a orelha e se considerarão “classe média!”
É
muito importante que os governos deem outras alegrias a esse querido e sofredor
povo brasileiro, e que eles se conscientizem que a pobreza não é uma “casta
racial”, e ter nascido nela é uma situação que pode ser passageira, a depender
de seus grandes esforços, desejar e querer. Pois, literalmente, querer é poder!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de
Letras!
2 comentários:
Bem isso!
Bem isso!
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