Antonio Nunes de Souza*
São
curiosidades interessantes, que atingem muitas pessoas, principalmente as
ligadas à área da educação e, acentuadamente, as pessoas mais velhas, dadas as
suas vivências e experiências de vida. E eu, sendo as duas coisas, logicamente
encaixo-me como uma luva nessa história, inclusive tendo alguns problemas por
não saber, ou não me conter, controlando meus ímpetos de desejo de querer ser
útil, educado e eficiente!
Estou
referindo-me ao fato de ser bom observador em todos os sentidos, e sempre
percebo falhas, erros, hábitos e costumes condenáveis nas pessoas que convivem em
minha volta e, com o maior carinho e dedicação, não me controlando, procuro
corrigi-las, não só orientando-as, como também mostrando quanto é importante para
suas vidas (profissionais e sociais), mudar tais comportamentos. E faço isso,
sinceramente, como se estivesse proporcionando um benefício, pois, raríssimas
são as pessoas que tem essa preocupação com seus amigos e funcionários, principalmente
funcionários, que o que querem é que trabalhem ao máximo, ganhem o mínimo, e
pouco se importam com seus maus hábitos ou educação, desde de que cumpram as
tarefas que foram determinadas!
Porém,
talvez e quase sempre, por não ter tido a oportunidade de uma boa orientação e
educação doméstica, muitas dessas pessoas, quando, mesmo educadamente,
procuramos fazer observações no sentido de melhora-las, sempre recebemos
grosserias, caras feias que exprimem claramente estar dizendo: “que não é da
nossa conta, se meta em sua vida, rico metido a besta, vá a merda, ou para
outros lugares mais desagradáveis”, nos deixando bastante constrangido, em ver
que fomos mal interpretado, quando nossa real intensão foi nada mais, nada
menos, que procurar transforma-la numa pessoa melhor em termo de qualidade!
Na
minha experiência profissional, tive um sócio que agia completamente e
exatamente ao contrário de mim. Eu com esse sistema tolo de querer ser bonzinho,
e consertar o mundo, nós tínhamos dezenas de funcionários e, sem exceção, todos
faziam cara feia pra mim, apenas me aturavam, em função dessas observações. Já
o meu sócio, pouco se importava que os funcionários tivessem seus defeitos,
pois, o importante é que eles se virassem e produzissem. Isso ele dizia,
inclusive me condenando por eu proceder como um aconselhador e orientador. E,
com esse diferencial de comportamento, todos adoravam ele, e eu sentia que me
tinham o maior desprezo, Porém, inteligentemente, eu entendia essas reações, e
jamais quis mudar meu comportamento, e nunca mudarei, deixando de procurar
oferecer o melhor, passando saberes, mesmo que não seja bem recebido. O
importante é você fazer a sua parte, e se não for absorvida pelo outro, com
certeza, um dia ele vai se lembrar que você há muito tempo, lhe chamou a
atenção sobre aqueles hábitos ou defeitos deveriam ser corrigidos!
Felizes
e inteligentes, são aqueles que encontram pessoas que se preocupam em melhorar
suas qualidades, e abraçam com unhas e dentes. E tolos são os que pensam que
sabem tudo, e não precisam de ninguém para orienta-los!
“Não
existe no mundo pessoa que não tenha o que dar, nem pessoa que não precise
receber!”
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros
fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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