Antonio Nunes de Souza*
Em tudo que fazemos em nossas vidas, para que
sejam definidas, executadas e nos proporcionem tranquilidade e segurança, os
sentimentos que temos que usar bastante são, seguramente, sensatez,
conhecimentos e inteligência. Essa é uma regra que chamamos de coerência!
Porém, infelizmente, milhões de pessoas,
mesmo tendo esses fatores citados, em quase ou praticamente em todas suas
vidas, preferem usar nos seus comportamentos, um sentimento nocivo,
intempestivo e prejudicial, que é o famigerado fanatismo. E entre os
procedimentos podemos destacar três deles que, estupidamente, se você usar os
três que citei acima, verá que esses abaixo são intolerantes, sem sentido e
abstratos e, certamente, deixará de ser um fanatizado, ou um ser que viveu uma
ilusão durante a existência: Política, Futebol e Religião!
É bastante comum ouvirmos, que esses três
assuntos não se discute, exatamente porque na grande maioria ou totalidade, os
que professam uma ou essas três coisas, são completamente fanatizados, cegos
das claras razões, subservientes nas crenças e exagerados nas atitudes e comportamentos!
No futebol seu time sempre é o melhor, perdeu
porque o árbitro roubou, que o técnico é burro e deve sair, chegando ao ponto
de uma vertente agredir jogadores dos seus próprios times, assim como,
selvagemente, se digladiarem nas arquibancadas e ruas, provocando graves
ferimentos mortes. Uma prova cabal de um grande e descabido fanatismo!
Na política, talvez seja onde a imbecilidade
campeia abraçada ao fanatismo, e de mãos dadas com a falta de compromissos com
suas comunidades, estados e país. Pois se fanatizam tantos com seus partidos,
votando em qualquer cretino que eles recomendem, ou se não tem partidos, se
deixam envolver pelas palavras dos espertos candidatos, que se transformam,
doentemente, em seus ídolos miraculosos!
Logicamente, a mais complicada e comprovadamente
prejudicial, é a religião ou religiões, já que temos muitíssimas vertentes
comercializando e politizando em vez de estarem evangelizando. Mas, se você
estudar com profundidade, analisar os absurdos que nos passaram por séculos,
sendo ladainhas milenares totalmente inverossímeis, inconcebíveis e
inconsistentes, verá, ou chegará a conclusões lógicas e cabíveis. Porém,
infelizmente, todos preferem acreditar que o irreal é realíssimo, pois,
literalmente, precisam de uma bengala mental para se apoiarem, vivendo numa
esperança desesperada, implorando que tudo seja verdade, porém, nos seus
íntimos, suas grandes dúvidas perduram fortemente. Temos que ser lógicos e
sensatos, e ver que, como os fanáticos dizem que “Deus está no comando”, mais
que evidente e claro que Ele perdeu-se com o tempo, idade, não está dando conta
do recado, ou está povoando outros planetas, fazendo homens de barro e mulheres
de costelas, já que viver nesse mundo terrestre está impraticável. E nesse caso
temos duas opções a acreditar: Ou Ele é um péssimo comandante, ou Ele não
existe. E foi criado, juntamente com o Diabo, para na época (mil e quinhentos
anos atrás), se tentar minimizar os ímpetos selvagens dos homens, com as
promessas de: se for bom vai para o céu que é um lugar maravilhoso, e se for
ruim vai para o inferno que é horrível e muito quente. Como naquela época o
povo ignorante e analfabeto, que já acreditava em dezenas de Deuses, Saci
Pererê, Mula sem cabeça, Centauro, etc., com a chegada desse novo Deus cheio de
poderes, foram passando e exagerando seus poderes até os dias de hoje, que
ainda tem idiotas que acreditam em Papai Noel, Branca de Neve, Lobisomem e
outras tolices, porque não acreditar nessa personagem fantástica, que vai lhe
dar outra vida num deslumbrante paraíso?
Para mim, essa segunda opção é a mais correta
e palpável, pois, todas tentativas de comprovações, sempre terminam com a fatídica
frase: Você tem que ter fé, pois, somente quem tem fé pode acreditar, sendo que
a fé é a coisa mais abstrata do mundo, pois, faz você acreditar no que nunca
viu, jamais ninguém viu e nem verá. Assim como suas idas para o céu, por não
voltarem e nem tem internet por lá, ninguém pode provar sua existência. Nem as
centenas de astronautas que por lá circulam livremente, exploram o espaço sideral, e jamais encontraram nenhum resquício palpável!
Podem me chamar de herege, blasfemador e
excomungado, pois, não me incomodo, já que se eu for para inferno vou tirar de
letra e numa boa, pois, quem conseguiu viver oitenta e três anos nessa terra
cheia de barbaridades, consegue sobreviver em qualquer lugar. Além de ter o
prazer de me encontrar com uma série de celebridades, como José Saramago, Nietzsche,
Bertrand Russell, Thomas Huxley e muitíssimos outros. E ficar do lado desses
caras é um enorme privilégio!
*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um
dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário