sábado, 6 de abril de 2024

UMA APRESENTAÇÃO DE BALANÇAR O CORAÇÃO! (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Dizer que foi “divino e maravilhoso”, com certeza, é muito pouco. Pois, o que assistimos hoje à tarde foi um casal elegantemente vestidos, que há mais de meio século, vem dando alegrias e mais alegrias, não só ao Brasil como uma grande parte do mundo. Meus queridos e adorados maninhos Caetano e Bethânia, dois irmãos dos oito, que, seis deles vieram do abençoado útero da nossa amada Canô, com o auxílio de Zeca, e duas que foram, carinhosamente perfilhadas, como se dentro dela tivessem saídas. E eu, com meus seis anos de idade, fui me aconchegando que, quando ela abria as suas protetoras asas acobertando sua ninhada, sorrateiramente eu entrava de bolo, me acomodando naquelas maravilhosas penas calorosas e protetoras!

E foi assim que vi e acompanhei a gestação e nascimento de Bethânia, lembro-me de vê-la engatinhando de fraudas, tomando suas mamadeiras, que eu, Caetano, Bob, Rodrigo, Mabel, Clara e Nicinha, só éramos dengo com aquela criancinha, que tronou-se uma rainha cheia de imponência. Já a risonha Irene, chegou alguns anos depois, que fomos quase todos em passeata, busca-la na maternidade, para ficar provisoriamente em princípio, mas, terminou ficando definitivamente, e sendo amada carinhosamente por todos, completando a maravilhosa família de seu Zezinho e Dona Canô, que educaram todos com uma maestria invejável, tornando-os, literalmente, pessoas especiais em todos os sentidos!

Hoje, juntamente com eles, rememorei momentos sublimes de nossas infâncias, juventudes e adultos, pois, nossos elos de afetividades, caminhos e amizades fraternais, continuam sólidos e serão infinitos. Sorri muito e chorei muito mais, já que as lembranças me tomaram de assalto, fazendo um pobre velho sentimental, não poder conter as lágrimas, que pulavam horas de tristeza, como a de ver minha adorada Nicinha cantando, Canozinha sorrindo, e de alegria quando meus maninhos e seus filhotes cantavam. Essas constantes mutações sentimentais me abalaram, mostrando-me que já não posso ter essas deliciosas, porém, perigosas emoções. Mas, como deixar de tê-las, se os sucessos que eles, merecidamente, tem, e me atingem diretamente, pela felicidade mais que solidária?

Meu maior privilégio é que não sou amigo por eles serem artistas, pois, quando os conheci e vivenciamos anos, a única arte da família era a de saber amar, e acolher todos com carinho, como fizeram comigo e muitos outros. Nunca serei tiete, pois, amo todos eles como irmãos e, curiosamente, como detalhes, cantam, compõem, tocam, escrevem, lecionam, poliglotas, educados e solidários. Um amor bem diferenciado dos demais, fato que muito me honra, principalmente, pela reciprocidade nesses passados setenta e seis anos da minha vida, já que tudo isso começou nos meus seis anos de idade!

Nunca vou esquecer essa tarde de hoje, assim como não esqueço dos nossos encontros, quando beijos e abraços são distribuídos aos montes, numa demonstração clara e evidente, que nossas amizades serão eternas e fortes, da mesma maneira que amamos nossa querida cidade de Santo Amaro da Purificação!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

 

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente sem palavras para descrever!