Antonio Nunes de Souza*
Evidentemente,
a alegria, satisfação e desejo de ser pai ou mãe, nos vem à cabeça desde a
juventude, pois, é uma grande sensação que sente-se, quando temos a felicidade
de ver ou ter nos braços, o fruto que veio de nós, que foi programado ou não,
mas, representa a continuidade de nossas vidas!
Entretanto,
toda essa felicidade e realização, vem acompanhada de uma imensa série de
responsabilidades e despesas, que em alguns momentos, chegamos a nos arrepender
de ter vacilado, pois, ainda não era a hora da maternidade ou paternidade, e que
houve certa precipitação. Porém, quando abraçamos e beijamos eles, esquecemos
tudo isso, já que nos dá um prazer indescritível, e nos derramamos de amores e
alegrias!
Contudo,
temos que olhar, quanto é complicado atualmente, que as mulheres passaram a
trabalhar em empregos ou serviços eventuais, para ajudar nos proventos da casa,
ou, simplesmente, sustenta-la no caso da mãe solo, que, sem pensar, arranjou
uma produção independente, ou uma união desastrada com alguém que partiu e
deixou o pepino nas suas pobres contas. Fatos esses, que acontecem constantemente!
No
caso dos pais terem que trabalhar fora, obviamente, vem o problema crucial de
quem tomara conta do filho ou filhos. Geralmente, nas famílias mais pobres,
sempre ocorre uma das sogra morar junto, ou
uma parenta qualquer ou vizinha que, felizmente, quebra esse
valiosíssimo galho, mas, quando não acontece isso, torna-se um drama terrível,
pois, os ganhos ou salários são os condizentes com o mercado, que não dão
condições de se pagar a alguém confiável, para fazer esse serviço de babá temporária
por horas, principalmente quando pelo serviço prestado pelo pai ou mãe o
pagamento é compatível com a sua realização, e não comporta ser aumentado,
fugindo da normalidade (também por falta de condições de quem contrata os seus
serviços). E quando isso acontece, muitas vezes perde-se oportunidades de novas
aberturas, conhecer pessoas que podem ajuda-las em diversas outras áreas,
ampliar seus conhecimentos, inclusive costumes, modos e hábitos, para que sejam
transmitidos na educação dos seus filhos. Agora mesmo, estou em entendimento
com uma secretária para trabalhar comigo e, por ela ter um casal de filhos, a
situação está em suspense, para ver como encontrará a solução que atenda essa
necessidade. Mas, como ela é uma pessoa educada e inteligente, tenho certeza
que em breve dias estaremos trabalhando juntos, sem maiores problemas, já que o
interesse é mútuo e necessário para ambas as partes!
Certamente
e com certeza, teríamos uma condição de vida bem mais tranquila e agradável, se
deixássemos essa pressa e afobação com a alegria de ter filhos, deixando para quando
a situação financeira estivesse mais sedimentada e viável, para tivéssemos a
felicidade de poder trabalhar, sabendo que podemos pagar para ter uma
assistência digna para nossos filhos, já que o governo constrói o mínimo de creches
necessárias, para atender uma enorme população carente!
Por
essas razões é que digo que “filhos são grandes alegrias, acompanhadas de despesas
e complicações!”
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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