Categoricamente que sim. Pois, trata-se de um dos sentimentos mais nobre, que entre todos, destaca-se com relevância, por ajudar ao próximo em alguma circunstância, principalmente nas mais penosas. Porém, quando aquele que necessita tem em sua volta, milhares de outras pessoas, que podem e estão dispostas a ajudá-la, nesses casos, temos que ter a compreensão de nos colocarmos nos pratos da balança e, inteligentemente, olhar se nossos pesos estão mais carregados que o dela, e sim assim for, deixar que essa avalanche de amigos cuidem do caso, enquanto devemos procurar urgentemente, cuidar dos nossos sérios problemas que estão nos afligindo. A esse comportamento correto e justo, damos o nome de “sensatez”!
Para
muitos, pode parecer até que seja uma atitude egoística, porém, geralmente quem
olha de fora, não conhece de perto as situações alheias, e, equivocadamente, pedem
socorro a outras que, infelizmente, está se afogando muito mais que a que ele
deseja beneficiar. Isso acontece muito, por não terem os interesses necessários
e suficientes de procurar saber como seus amigos estão, apenas levam em conta
as aparências, ou o que está aparentando. E, evidentemente, algumas ou muitas
que são solicitadas em situações similares ou bem piores, não querendo externar
suas graves necessidades, por orgulho, inocência, pureza ou infantilidade,
deixam de lado suas grandes e complicadas adversidades, para ser gentil ou
externar vaidades, quando esses “pidões”, que deveriam estar ajudando-as e não
solicitando que elas deem ajudas!
Parece
um pouco emaranhada minha explicação. Mas, se não me fiz entender, posso numa síntese,
enxugar o texto, com a clareza simples de um jargão popular: “O torto pedindo
para o aleijado”. Numa situação que a ajuda é para uma pessoa que, mesmo
perdendo suas posições empregatícias no momento, continuará tendo uma solidificada
vida e carreira profissional!
Essas
observações que fiz, são, simplesmente, para abrir ou tentar abrir os olhos
daqueles que, de uma maneira totalmente descabida, perde seu precioso tempo,
tentando fazer favores, quando na verdade ele é que está urgentemente precisando.
Mas, talvez por vaidade, não queira deixar transparecer. Conheço muitos que
assim procedem, e o povo, sempre satírico, pelas suas costas dizem: “Fulano
come mortadela e fica arrotando presunto!”
O
certo é que devemos sempre que possível, ser solidários ao máximo com todas
pessoas, porém, tem situações realmente embaraçosas e complicadas, que nós
temos que olhar para nossos próprios umbigos, não por egoísmo, e sim para que
possamos fazer nossas vidas voltarem a trilhar de uma maneira saudável, digna e
decente como no passado!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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