Antonio
Nunes de Souza*
Felizmente,
aquela célebre frase dita pelo padre no final da cerimônia do casamente, passou
a ser, completamente, obsoleta, fora dos padrões modernos, não acompanha a
praticidade e, finalmente, com esse resultado, deu a liberdade para que se tome
posicionamentos lógicos, justos e necessários, sem ter que sofrer as ridículas
condenações sociais, titulando com malícia, que fulana é largada do marido,
como se isso fosse uma doença, sendo muitas vezes, ela é que foi corajosa de se
separar, já que a união estava impraticável. Assim sendo, a tal: “Até que morte
os separem!”, deverá em breves dias, ser mudado pelo Papa Francisco, que é um
vanguardista de primeira, e com sangue latino nas veias!
É
uma sensação maravilhosa quando chegamos ao pé do altar, para realizar nosso
casamente ( o primeiro, pois, do segundo em diante não tem tanta graça).
Normalmente estamos apaixonados, a mulher nos provoca uma grande tesão, que nem
olhamos os defeitos, pois, para nós quando amamos, tudo é aceitável e achamos
engraçado. Até quando ela peida mal educadamente ou sem querer, rimos aos montes
e achamos até cheirosos. Mas, com o passar do tempo, começamos (ambos) a ir
aumentando as intimidades, as nossas deficiências vão aparecendo, defeitos e
maus hábitos vão surgindo, que, obviamente, passamos a ver o outro lado da
moeda, que só realmente passamos a conhecer de verdade, depois de morar embaixo
do mesmo teto, e com o passar de algum tempo!
As
tesões diminuem, os enjoos e desculpas aparecem, as traições acontecem e, é
imprescindível uma separação pelo desgaste, rotina, pequenas brigas e discursões.
Porém, para essa decisão, é necessário que se tenha a coragem de agir sem medos
ou desesperos, encarando com normalidade, vendo que é uma burrice continuar com
um relacionamento que não está lhe deixando feliz. E é muito melhor que seja
logo, que deixar o barco correr, pensando que vai melhorar ou mesmo se
acomodar, e quando se tornar completamente inviável a continuação, você já está
envelhecida, desgastada que, consequentemente, terá dificuldades em encontrar
alguém que lhe queira, a não ser que tenha uma boa grana e situação privilegiada.
Mas, só aparecerão oportunistas querendo molezas!
Se
no caso for uma união de apenas “juntar os panos de bunda”, essas são sempre
por impulsos e desejos sexuais, que dificilmente tem vidas duradouras, somente
perdurando quando o apaixonado ou apaixonada tem grana, que, para prender o
parceiro ou parceira, passa a presentear aos montes, como se estivesse
comprando a companhia. Situação que é ridícula, falta de amor próprio e vergonhosa,
além de pouco duradoura!
Nada
de dizer que não se separa por causa dos filhos, para não traumatiza-los, que
isso não acontece. Eu sou filho de pais separados (tinha 5 anos), e nunca tive
traumas, apenas muitas saudades, e as crianças de hoje já estão habituadas a
aparecer sempre em casa um novo tio, que com algum tempo vão mudando, e elas
nem ligam, pois estão ocupadíssimos com seis celulares e Ipodes jogando ou trocando
mensagens. Como também que não terá condições de se sustentar e os filhos,
pois, hoje trabalha-se em qualquer coisa, não existe mais os idiotas
preconceitos, tem uma porção de cestas dadas pelo governo, ajuda de parentes e
alguns amigos, além da mesada obrigatória do pai para completar sua receita. E
isso aparece sempre, as vezes até através de quem nem esperamos. O mais importante
é você ter a coragem, para tomar posições em seu próprio benefício!
Veja
em que situação você se encontra, dentre as citadas, ou se por acaso ainda está
romanceando na eterna lua de mel, aproveite bem, que com certeza, ela também tem
prazo de validade!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
Um comentário:
Só verdades amigo Bom dia!
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