Antonio Nunes de Souza*
Cada
dia que passa, pela maturidade e cautela de examinar e vivenciar esse estranho
sentimento, ou sensação, terminei concluindo que, literalmente, ele não existe,
e não passa de uma criação fantasiosa e romântica dos antigos poetas, para
rotular a tesão, o libido, ou a junção dos dois, que é o incontrolável desejo
sexual!
Pode
parecer para muitos, que é uma maneira grosseira de defini-lo, deixando a
impressão que sou um desnaturado insensível, maníaco sexual, ou frustrado com
experiências de uniões homem/mulher. Mas, sinceramente, não é nada disso, pois,
já tive ocasiões de curtir romances maravilhosos e até duradouros, somente
terminados quando as excitações foram diminuindo, e os desejos sexuais ficando escassos,
provando mais uma vez, que o estranho sentimento chamado amor, é nada mais,
nada menos, que o desejo peculiar do sexo, e, dentro do possível, de estar-se
agarrado a pessoa dita amada, tendo a relação deliciosa, que termina sempre no gostoso
orgasmo!
Pois,
tendo alguém ao seu lada, que gosta da sua companhia, e está sempre presente
quando é solicitado (as vezes não é nem preciso solicitar), sem precisar de
casamento ou união, bancar despesas, dividir patrimônio, dar satisfações de
tudo que faz, ter filhos e outras coisas mais, que são decorrentes das
excitações libidinosas, rotuladas, drasticamente de amor!
Entretanto,
como em todas situações de nossas vidas, estamos sempre passivos de certos
perigos e armadilhas, tendo cuidado de não ir apaixonando-se por seu amigo ou
amiga, passar a ter um caso e terminar desejand-o loucamente. Pois, se isso
ocorrer e forem do mesmo sexo, é porque na verdade você sempre foi gay,
simplesmente demorou a se descobrir, mas que não é nada condenável. E, nesse
caso, já que aconteceu, cultuar o tradicional sentimento rotulado de amor,
mesmo que, teoricamente, ele não exista, apenas é o apelido romântico de tesão!
Caso
vocês forem de sexos diferentes, nada mais lógico será viver a rotineira experiência,
enquanto o clima do entusiasmo está dando prazeres e, logo, logo estarão
chegando a conclusão da utopia desse absurdo e abstrato sentimento, que é muito
mais complicador que, verdadeiramente, uma felicidade!
O
importante é gostar com paixão, enquanto houver tesão. E, quando isso passar,
não justifica não conservar uma ótima amizade. A isso chama-se educação,
respeito, sabedoria e classe!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de letras!
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