quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

NÓS ADMINISTRAMOS BEM O TRABALHO E O LAZER! (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Nós nos preocupamos tanto dançando, cantando, bebendo, comendo, dormindo e fodendo, que não nos apercebemos nem de leve, que somos um dos estados mais festeiros do mundo, talvez até em primeiro lugar nessa categoria, levando-se em conta que temos uma porrada de feriados, dias santos nem se fala, pontos facultativos uma caralhada, fora os enforcamentos por conta própria, que são aceitos de bom grado pelos prefeitos e empresários, já que eles também adoram essa festiva esculhambação!

Estatisticamente, esses dias citados, chegam simplesmente a bagatela de duzentos dias inativos, ou ativos de diversões, alegrias e sacanagens, isso obviamente, contando os queridinhos domingos, que só eles são simplesmente cinquenta e dois (é foda, mas, é uma puta verdade)!

Tirando os dias das esbornias, sobram para alavancar o país, cento e sessenta e cinco dias, tendo-se de levar em conta, que depois de cada feriadão, perde-se uma manhã, uns contando aos outros as proezas e merdas que fizeram durante a folga. Logicamente, durante esses papos que ninguém trabalha, podemos contabilizar aproximadamente, o tempo correspondente de quinze dias, sobrando categoricamente, apenas cento e cinquenta dias para o batente firme. Porém, esse batente que geralmente uma parte é usada para armações de palanques, ensaios de blocos, confecções de abadás, preparação de carros de trios elétricos, shows nas concha acústica, teatro e no Pelourinho, e ainda os festivais de verão, inverno, primavera, e os maravilhosos São João e São Pedro, sem nenhuma dúvida, esses trabalhos de preparativos momescos, tomam quase a metade dos cem dias restantes, que naturalmente são gastos nos carnavais e micaretas!

Aí, quando terminei minha pesquisa e contabilidade, tomei um susto do caralho, vendo que apenas sobraram cinquenta dias para realmente se trabalhar!

 Então me perguntei: Como será que essa zorra desse estado anda?

Sinceramente não sei. Mas, que trabalhamos pra caralho eu não nenhuma dúvida. E com certeza, deve ser nos intervalos quando estamos dançando, cantando, bebendo, comendo, dormindo e fodendo!

Conheço mais de uma dezena de países, o Brasil quase todo, mas, igual a nossa Bahia, não existe e jamais existirá!

Eta, Eta, Eta, Eta Bahia porreta!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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