Antonio Nunes de Souza*
Todos
que estudaram e tem um pouco de cultura, devem saber ou passarão a tomar
conhecimento agora, que no ano de 1985, foi realizada a mudança número 25 na
constituição, liberando o voto nas eleições brasileiras, para analfabetos, e
que o presidente que sancionou esse decreto na época, foi o digníssimo José
Sarney!
Claro
que foi uma festa de arromba, uma vitória maciça dos políticos, pois, a partir dessa
data, puderam muitos deles manejar a “massa popular” com mais facilidades, para
não só se reelegerem, como também eleger seus filhos, como o próprio Sarney fez
com a filha, filho e genro, criando uma corrente monstruosa no países de
hereditariedade, com abrangência em todos estados. Na Bahia mesmo, temos como
mais expressivos exemplos, Antonio Carlos Magalhães e Antonio Lomanto Junior,
tendo outros em menores escalas, porém quantidades exuberantes e vergonhosas!
Não
sou um metido a intelectual bocal, que discrimina o semi ou analfabeto, jamais
e em absoluto, pois, tenho um respeito profundo, e sinto bastante os descasos
na educação, que esses bandidos políticos, sempre deixam a educação em terceiro
e quarto plano (no governo passado tivemos um exemplo mais que sórdido, nas
retenções e cortes de verbas, além de ministros desqualificados). Mas, em
todos, não são meras coincidências!
O
problema maior que afeta o país, é que temos mais bares que escolas, mais
carnavais, festas pré momescas e festivais, muitíssimo mais que universidades e
escolas técnicas, caracterizando, veementemente, que o ideal para os políticos,
ainda é o projeto criado no Império Romano, de enganar o povo com “pão e circo”!
E
esses dois produtos vem funcionando maravilhosamente bem para eles, como também
o próprio povo adora promessas de picanhas e festejos quase que cotidianamente,
pois, já está super sedimentado em suas cabeças, que é assim mesmo, pobre é
para se lascar, que Deus está no comando, e basta estar vivo que é uma grande
dádiva. Perderam em sua maioria, a vontade de vencer, pois, em suas mentes, é
impossível um pobre melhorar de vida. Quando conseguem uma casinha ou
apartamento fajuto na área suburbana, e um empreguinho qualquer, se julgam
grandes vencedores. Obvio que tem as exceções, mas, pouco expressivas em termos
de quantidade!
Doe-me profundamente, ver o povo servindo de massa de manobras ou “maria vai com as outas”, principalmente
os religiosos, que abrangem a maioria dos semi e analfabetos, escolhendo
candidatos medíocres, corruptos e enganadores, atrasando o país, pois, pelas
suas riquezas naturais e dimensão geográfica, deveria ser a maior potência mundial.
Temos exemplos claros “que a educação faz crescer a nação”. Países como a
França, Japão e outros mais, que são do tamanho de um só estado brasileiro, são
potências tecnológicas e financeiras, respeitadas mundialmente, graças os
grandes investimentos na educação e cultura, fazendo com que as pessoas façam
análises e pesquisas sobre os candidatos, votando e elegendo, aqueles que,
realmente, tem condições de governar e administrar com seriedade e honestidade,
fazendo pelo povo o que ele merece e que foi prometido, através do retorno dos impostos!
Creio que enquanto perdurar essa lei, que faz o pobre (geralmente são pobres),
se enfatiotarem todos nos dias das eleições, e com o maior orgulho votar nos
candidatos que os patrões e pastores determinaram. Isso é um brutal crime, que
os coitados, aceitam como uma grande conquista, não enxergando que são torpemente
manipulados, com efeitos contra eles mesmos!
Finalizo contando uma
barbaridade: Tive uma empregada doméstica, que sugeri que ela votasse em um determinado
candidato, que depois de analisar vi que era o mais sensato, porém estava na
rabada das pesquisas. E ela me respondeu prontamente: “Eu vou perder meu voto!
Passo o tempo enorme esperando as eleições, e agora vou perder ele? aonde seu
Antonio! Vou votar em fulano que aí eu ganho na certa. E o canalha ganhou, e
ela ficou na maior alegria. Mas, ele foi uma merda, e ela passou quatro anos
xingando a mãe dele!
Pobre
Brasil, onde a instrução é diversão!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras
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