Antonio Nunes de Souza*
Basicamente
são quatro as razões principais, que nos levam a ir parar em outros países.
Obviamente existem outras, porém, as mais significativas e comuns são as que citarei,
como ilustração!
Vou
começar pela mais importante, que é em função de estudos, qualificações,
mestrados, doutorados, seminários e congressos, que são em busca de não só
aprender, como em alguns casos, apresentar projetos e pesquisas de interesses
internacionais. Esse tipo de deslocamento é de uma constância grande, que,
literalmente, nos dá o retorno de grandes saberes e atualizações cientificas,
tendo como consequência a melhoria do nosso e outros países!
Em
seguida temos outra muito necessária, que é a área comercial, quando vamos para
oferecer os nossos produtos em geral, assim como, pesquisar sobre os que são
somente produzidos nos países visitados e, logicamente, compra-los para que
possamos abastecer o nosso mercado. Essa é importantíssima, pois, equilibra a
balança comercial, influencia diretamente no PIB, e no crescimento do país!
Já
a terceira, que é a mais aprazível, é nada mais nada menos que a deliciosa
viagem de turismo, desfrutando as maravilhas de outras plagas, conhecer
hábitos, costumes, suas histórias e seus povos. Os mais inteligentes não se
prendem somente a compras e restaurantes (o que é mais comum na maioria),
aproveitam para ir aos melhores museus do mundo, conhecer monumentos
históricos, ter contatos diretos com os nativos para absorver novas
experiências, e fazendo assim, além retornar com a mala cheia de compras e
lembranças, vem também com as mentes mais abertas, e acumuladas de culturas e
novas ideias!
Essa
quarta, dentre as selecionadas, infelizmente é a mais complexa, pois, geralmente,
trata-se de pessoas que não conseguem vencer em seu próprio país, debandam para
outros que são tidos como paraísos miraculosos, que oportunizam todos com a
possibilidade de enriquecer, ou ter um status, que certamente, não teriam na
sua terra. Essa ideia em certo ponto é pertinente, porém, a grande maioria
dessas pessoas que se deslocam nessa aventura, não tem qualificações
necessárias e, geralmente, passam a viver de subempregos, salários aviltantes
bem inferiores aos cidadãos do país, humilhados, preocupados com a fiscalização
da imigração, pois, geralmente, estão no país clandestinamente. É muito lamentável
que a grande maioria é desprovida de educação doméstica, pouca cultura e, em
muitos casos, querem impor seus hábitos, costumes e tratamentos, que não são
compatíveis com os dos países em que estão vivendo. Não sou de forma alguma,
que essa atitude seja tomada, por uma grande gama de aventureiros (tenho um
filho que mora em Nova Yorque há vinte dois anos), pois, trata-se de uma opção,
porém, que tenham a sensatez de respeitar as regras e comportamentos
determinados pelo governo do país em que está vivendo. É bastante triste para
nós, estarmos vendo o que está acontecendo em Portugal atualmante, onde estão escorraçando
os brasileiros, com citações pejorativas, que tenho certeza, que muitos dos
acontecimentos e ocorrências são pertinentes, para provocar essa desagradável
reação. Tenho amigos brasileiros, moradores em Lisboa e outras cidades que,
pelos seus excelentes comportamentos, são recebidos e acatados por todos com
carinho e atenção. Não estou sendo contra meus patrícios, apenas solicito
respeito e sensatez comportamental. Devemos respeitas as regras do jogo, sem
querer mudar os hábitos e costumes de uma casa que não é a sua. Entrem, fiquem,
se acomodem, mas, nada de querer mudar os móveis dos lugares!
Em
qualquer das condições que você esteja enquadrado, só posso desejar uma boa
viagem, bom retorno, ou uma fixação de moradia dentro dos conformes!
Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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