segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

MUDANÇAS DE HÁBITOS E COMPORTAMENTOS! (Clique no título r lria)

 

Antonio Nunes de Souza*

O passar do tempo, que é o nosso melhor professor, sempre estamos passivos de sermos surpreendidos com atitudes que, seguramente são, literalmente surreais e inacreditáveis!

Vou, para efeito de ilustração, contar um fato verídico, ocorrido há sessenta e sete anos atrás, numa cidade do interior que morava, que estarreceu a toda população, virando um escândalo sem precedente:

Um jovem muito conhecido na cidade, dono de um caminhão que fazia fretes diversos (pequenas cidades todos se conhecem), começou um namoro com uma linda moça de família de porte médio, sendo que com o tempo, como era normal no passado, ficaram noivos, felizes, alegres e esperançosos de um futuro brilhante e maravilhoso (não vou citar os nomes por uma questão de ética). Ele começou a construir uma casa, comprar os apetrechos normais para equipar o seu lar, ela era apenas uma moça do lar, não trabalhava enem tinha nenhuma formação. Como era comum naquela época, os namoros, noivados, até chegar ao casamento, demorava no m´nimo uns quatro a cinco anos. E foi o prazo que João e Maria (colocarei esses nomes hipotéticos) resolveram marcar o data do casamento, dia que foi feito uma comemoração entre as famílias, brindando a decisão do noivo, já que eram sempre os homens que tomavam essa séria decisão matrimonial!

A euforia de ambos brilhavam nos olhos, e como nas cidades do interior as notícias correm depressa, todos já ficaram na espero desse casório, pensando nos “comes e bebes”, que nunca falta nesses eventos!

Passados os dias de expectativas, chegou a data marcada, João todo impalitosado, Maria com um lindo vestido branco com uma calda expressiva, igreja abarrota de convidados e curiosos, depois da entrada ao som da valsa nupcial, o padre celebrou o casamento as 16.00 horas. A igreja badala o sino, todos na porta jogando arroz nos noivos e, logo em seguida convidados e penetras invadiram a grande casa do pai da noiva, onde uma grande “radiola tocava seus discos com as músicas alegres e dançantes (boleros, mambos e sambas), e a festança rolou até as dez da noite, quando os convidados, foram saindo aos pouco, até que o último saiu. Aí, João pegou sua linda Maria, ainda vestida de noiva, se despediram dos pais, entres choros e lágrimas de saudades e alegrias, entraram na boleia do caminhão, dirigindo-se para sua casa, que seria sua nova moradia!

Foi aí que a merda aconteceu, pois, quando João e Maria se deitaram, meios escabreados, pois, na época as intimidades existiam, porém, em escalas bem inferiores, principalmente nas pequenas cidades do interior, João passou as mãos pelo corpo da da sua donzela maravilhosa, e com poucas preliminares, subiu no seu amor e, com o maior desejo, penetrou Maria, que escondendo o rosto com vergonha, recebeu de bom grado o vergalhão de João. Logo depois que sentiu prazer, João pulou para o lado, levantou-se, acendeu a luz, e puxou o lençol de cima de Maria e viu que não tinha nenhuma marca de sangramento nela, e que a penetração foi de primeira sem nenhum empecilho. E mediante essa sua constatação, mandou Maria se levantar, vestir a roupa, ela nada entendia, até que ele disse: Vou lhe devolver ao seu pai, sua vagabunda, pois você não era mais “moça” (desvirginada), já esteve com outro homem e me enganou. Maria chorava copiosamente dizendo que era mentira, mas, João, além de nervoso, estava alucinado pelo vexame que estava passando e o que passaria na cidade com os amigos e moradores. Porém, mesmo com essa preocupação, pegou Maria pelo braço (isso as duas horas da manhã, pegou o caminhão foi direto para casa do sogro. Lá chegando, bateu na porta, Maria, soluçava barbaramente, os pais abriram a porta e João, num ato grosseiro, apenas disse: Vim devolver sua filha que não sendo mais “moça”, me enganou por anos, me levando até ao casamento. Amanhã pedirei a anulação!

Nisso a sogra desmaiou, o sogro louco da vida defendia a filha, mesmo com uma pontinha de dúvidas. Mas, Sem dar até logo, João virou as costas e voltou para casa, obviamente, sem conseguir dormir, imaginando a merda que seria no dia seguinte!

O escândalo foi o máximo que você possa imaginar, a cidade que é dada a fofocas, esse caso foi um prato cheíssimo. João entrou na justiça para pedir a anulação do matrimônio, o sogro mandou um ginecologista fazer um minucioso exame em Salvador e, felizmente, o médico atestou que Maria tinha o hímen complacente (tem determinada elasticidade, recebe a penetração e depois volta a posição original)!

Aí meus amigos, os sogros procuraram João, mostraram o diagnóstico de dois médicos atentando a veracidade, e João, meio cabreiro, disse que aceitava, mas, que fosse espalhada a notícia da razão para que ele não passasse a ser chamado de “pedreiro”, que tapou o buraco que outro abriu. O faro é que eles voltaram, João pediu desculpas a Maria, foram morar em outra cidade por algum tempo para que a história fosse esquecida, com uns anos voltaram para sua cidade de origem, já com dois filhos!

Uma história dessa contada, nenhum jovem acredita ou imagina que no passado as pessoas eram loucas e super atrasadas. Pois, nos dias de hoje, com as mudanças de hábitos e costumes, é mais provável, o noivo ir devolver a noiva por ser virgem, sem experiência sexual, não saber desempenhar bem no ato, estranhar certas posições, etc., provocando um fiasco desagradável na lua de mel!

Juro de pés juntos, que esse caso é realíssimo, e que acompanhei do início até o fim. E vale dizer que, muitos homens moradores da cidade, foram dar parabéns a João, pela demonstração de coragem e de salvar valentemente a sua honra!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

 

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