Antonio Nunes de Souza*
Os homens
saíram, foram embora
Pelo
cansaço, pela bebida, pelo avanço da hora
As
prostitutas exaustas sentiram-se aliviadas.
Depois de aguentarem
os clientes
Devassos,
bêbados e intransigentes
Fingindo
estarem todos apaixonados!
Mais um dia,
mais uma noite das mil
Uma delas,
ainda jovem e de aparência servil
Olha-se no
espelho refletindo a maquiagem borrada.
Na
decadência de um rosto marcado
Correm
lágrimas pelo destino traçado
De ser
sempre possuída e nunca ser amada!
Essa é a
vida das tristes rameiras
Que para
muitos parecem besteiras
Não vendo
seus grandes tormentos.
Vá um dia ou
noite ser prostituta
Enfrentar
essa grande e triste labuta
Que saberá o
tamanho do sofrimento!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
Um comentário:
A vida dessas mulheres não são da forma que a maioria pronunciam : Vida fácil! Qual é a facilidade? Não vejo!
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