Antonio Nunes de Souza*
Esses
dois sentimentos, ou dizendo-se mais precisamente, essas reações, são
totalmente entrelaçados, já que somos todos passivos de senti-las em uma série
de situações, sendo que, em alguns casos, somos acometidos das duas ao mesmo tempo.
Um exemplo simples e que ocorre constantemente, são nos casos de acidentes,
quando acontece, por fatalidade, a pessoa que estava com você é bastante
atingida ou morre e, felizmente, você não tem nenhum ferimento. Obviamente,
você fica triste pela perda do amigo ou parente, mas, seguramente super alegre
por ter escapado. Uma situação dúbia, para provar que nem sempre quando
acontece o mal, pode também acontecer o bem. E não temos nem devemos de forma
alguma, o direito de dizer a idiota frase, que foi milagre de Deus que lhe
salvou, pois, se assim fosse, também deveria ter salvo a outra pessoa, que
muitas vezes é ou era muitíssimo bem melhor que você como ser humano. Simplesmente,
ocorreu o acidente ter sido violento do lado dele, como poderia ter sido no seu.
Qualquer analogia diferente é ilusória, descabida e utópica!
Nas
outras diferenciadas ocasiões, a alegria não passa de uma reação maravilhosa,
que está sempre atrelada quando estamos amando, sadio, bem empregado, as contas
em dia, realizamos um sonho ou projeto, até quando assistimos um filme, lemos
um texto interessante, ou um bom livro. Na verdade, ela sempre se apresenta em
todos momentos de felicidade, pois, jamais pode-se ter alegria sem a provocação
da desejada e maravilhosa felicidade!
Já
como o outro lado da moeda, a desagradável tristeza, infelizmente, sempre está
presente nos nossos momentos mais cruciais, nos deixando completamente pra
baixo, chegando em muitos casos, provocar depressões terríveis, com sequelas
irreparáveis. Conhece-se casos de mães ou conjugues, que perdem um filho ou o
companheiro (a), que a tristeza pela falta é tamanha, chegando ao ponto de
provocar sérias consequências salutares, indo até ao óbito. A tristeza e a
depressão não são sentimentos viróticos. Trata-se de uma auto doença, que a
pessoa constrói em sua própria mente, levando-a aos psicólogos e psiquiatras,
para que esses as convençam com o tempo e remédios, que depende mais dela do
que dele a sua cura. Ou seja: no dia que o paciente toma ciência de que está
sendo idiota, dá a volta por cima, uma banana para o mundo, e volta a viver com
alegria e felicidade. Poucos acreditam nisso, mas, é uma grande verdade. Quem
faz alarde dessa auto doença é o próprio doente para valoriza-la, não querendo
admitir sua fraqueza!
Uma
vez que somos passivos de ambas sensações, devemos lutar fervorosamente, para somente
desfrutarmos da alegria, principalmente quando depende de nós mesmos, pois,
infelizmente, tem muitas pessoas que, direta ou indiretamente, nos provoca
momentos de tristeza. Lamentavelmente, isso é inevitável, e temos que saber
administrar esses desagradáveis momentos!
Com
o tempo, aprendi a me policiar, ser qualitativo, isolar-me com poucos amigos
presenciais, conviver com milhares virtuais e, assim fazendo, estou sempre
cheio de alegrias, e, raramente, tenho a desdita de sentir tristeza, mas, isso
acontece ao ver muitas imbecilidades existentes!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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