Antonio Nunes de Souza*
Passado
o Natal, sem nenhum descanso, estão todos já se preparando para a chegado do
Ano Novo, curtir o famoso Réveillon, com suas roupas brancas, que constitui o
modismo e hábito, pesquisar também a cor do ano que deve-se usar a calcinha ou
cueca, além de programar suas festas, geralmente em grandes barracas nas
praias, no sentido de a meia noite, ver os normais foguetórios e fogos
espetaculares e, como complemento imperdível, pular as sete ondas de Iemanjá,
para ter um ano de sorte e provedor. Além de ser farto nas afetividades
românticas. Com esses detalhes, vesse logo que é uma outra festa também cheia
de rituais, fora as deliciosas transas, depois de professados esses babados de
final de ano!
Todos,
ilusoriamente, desejando um “Feliz Ano Novo”, sabendo intimamente, que não vai
mudar porra nenhuma, pois, anualmente, quando melhora uma coisa,
impreterivelmente piora outra ou outras, ficando sempre o mesmo equilíbrio da
merda de sempre. Mas, como temos um temperamento sensacional de nos adaptar as
situações ruins, seguramos a barra numa boa, bastando saber que está vivo e,
bom ou mal, conseguiu ultrapassar mais um ano, que geralmente, é filho da puta,
na maioria das realizações de nossas aspirações!
Mas,
o bom e maravilhoso, é que adoramos tudo isso e estamos sempre cheios de
esperanças, imaginando que um dia a sorte vai bafejar, ou vai cair do céu em
função das orações, algumas coisas que melhorará a sua sofrida vida!
Quem
inventou o adágio que diz: “A esperança é a última que morre!”, com certeza,
deve ter morrido de tanto esperar, pois, esperança só chega quando você luta,
batalha, estuda, procura, tenta e ouve orientações e conselhos que lhe
acrescente experiências. Fazendo essas coisas, tenha certeza que a tal da
esperança vai bater logo, logo em sua porta. Ficar acomodado, orando e dizendo “ai
meu Deus, meu cu tá doendo”, não resolve merda nenhuma. Você é que tem que ser
guerreiro para vencer as batalhas, dessa vida louca que vivenciamos!
Não
lhe desejo Feliz Ano Novo, porque minhas palavras são apenas fantasiosas e
gentis. Quem vai fazer com que seu ano seja feliz, será, estritamente, você com
seus atos e atitudes. O resto é conversa fiada!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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