Antonio Nunes de Souza*
Depois
da divisão do tempo em segundos, minutos, horas, dias, semanas e meses,
passamos a comemorar a junção de todos esses espaços de tempo, com o nome de
ano, que corresponde a trezentos e sessenta e cinco dias, tempo esse, que nos
acostumamos a usar como medida de uma temporada, e sempre no fim de cada uma
delas, fazer uma analogia de como ela foi para nós, em todas vertentes das
nossas pretensões, sonhos, projetos e desejos!
Obviamente
que estamos, completamente condicionados a seguir esse sistema, porém, na
verdade e lógico seria, fazermos uma avaliação diária na hora que deitássemos
na cama para dormir, nos comprometendo não repetir as coisas que não deveríamos
ter feito e, ao mesmo tempo, ampliar aquelas benéficas que fizemos. E depois
dessa reflexão, nos desejar uma boa noite que, consequentemente, ao acordar,
teríamos um “Feliz Dia Novo”!
Creio
que com essa atitude mais que simplista, melhoraríamos muito nossos
comportamentais, já que cotidianamente, estaríamos preocupados em ser melhores,
menos egoístas, mais humanos e solidários, tendo como consequência, um mundo
melhor para todos, sem que haja a necessidade hipócrita de passar o ano todo
procedente com atitudes fora dos padrões e, com trezentos e sessenta e cinco
dias, fim de um ano, cheios de erros acumulados, desejar e querer que tenhamos
um “Feliz Ano Novo, sem que ninguém tenha se preocupado em se renovar, para que
isso possa acontecer. Infelizmente, esse comportamento, além de incoerente e bastante
injustificável, demonstra apenas, uma maneira acomodada de viver, sempre
seguindo as regras impostas num passado longicuo!
Nada
mais belo que comemorar o dia decorrido, pois, jamais saberemos se haverá o
amanhã. Essa incerteza será sempre uma dúvida em nossas mentes, principalmente
pelas brutais inseguranças que vivenciamos, sempre aumentadas cotidianamente!
Uma
coisa é certa: “Se você procurar melhor todos os dias, repetindo que pra você
está tudo bem, enquanto milhões estão mal, querer e desejar um “Feliz Ano
Novo”, não passa de uma grande hipocrisia!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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