terça-feira, 5 de dezembro de 2023

RAMEIRA ( Clique no título e leia)

 

                     Antonio Nunes de Souza*

Os homens saíram, foram embora

Pelo cansaço, pela bebida, pelo avanço da hora

As prostitutas exaustas sentiram-se aliviadas.

Depois de aguentarem os clientes

Devassos, bêbados e intransigentes

Fingindo estarem todos apaixonados!

 

Mais um dia, mais uma noite das mil

Uma delas, ainda jovem e de aparência servil

Olha-se no espelho refletindo a maquiagem borrada.

Na decadência de um rosto marcado

Correm lágrimas pelo destino traçado

De ser sempre possuída e nunca ser amada!

 

Essa é a vida das tristes rameiras

Que para muitos parecem besteiras

Não vendo seus grandes tormentos.

Vá um dia ou noite ser prostituta

Enfrentar essa grande e triste labuta

Que saberá o tamanho do sofrimento!

 

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

 

Um comentário:

Anônimo disse...

A vida dessas mulheres não são da forma que a maioria pronunciam : Vida fácil! Qual é a facilidade? Não vejo!