Antonio Nunes de Souza*
Essas
duas ações, que ocorrem constantemente nas mais diversas situações, sempre são atribuídas
a duas distintas ações, já que as pessoas estão fanatizadas para assim pensar
ou classificar: Se for sorte é coisa de Deus, mas, se for azar é coisa do
Diabo. Somente algumas poucas vezes, que estranhamente, alguém que não merece e
é beneficiado regiamente, classifica-se logo como se esse indivíduo tenha “parte
com o Diabo”. Assim como, a pessoa sofre um puto acidente e morre, aí aliviam a
cara do Diabo, e dizem: “Foi Deus que chamou”. Nesse caso eu nem sei
classificar se foi sorte ou azar. Imagine você como são estranhos e inverossímeis
os pensamentos das pessoas, com relação as ocorrências das constantes situações!
Eu
com quase um século de estrada, tenho visto e presenciado situações, que poderiam
ser classificas em qualquer um dos dois atos (azar ou sorte), porém, para mim
não existem nenhum dos dois, que eles foram criados pelas imaginações humanas,
como uma desculpa ou justificativa, das ocorrências imprevistas ou imprevisíveis
no decorrer das nossas vidas!
A sorte por exemplo, muitas vezes ou
normalmente, depende de seus esforços, dedicação, ambientes que frequenta,
estudos, educação (esse fator é importantíssimo para conseguir os outros. O mal
educado é sempre desprezado), e principalmente, não ficar feito um tolo,
esperando que caia do céu, enviada por Deus pelo Sedex. Muitíssimas vezes
acontecem fatos atribuídos a sorte, que, erroneamente, atribuem a milagre, mas,
apenas a pessoa trabalhou para que acontecesse, e estava no lugar certo e na
hora certa, apenas, ocorreu coincidentemente. Situação que é caracterizada popularmente,
como: “nasceu com o cu pra lua ou cagado de sorte!
Já
o desprezado azar, sempre acontece quando você está no lugar errado e na hora
errada. Ocasião que o povo logo diz: “o diabo hoje está solto!”
Acontecem
situações onde a sorte e o azar estão completamente entrelaçados, que sofre-se
as duas ações num só momento. Posso ilustrar um caso recente do grande festival
de música na Palestina, que milhares de jovens tiveram a sorte de poder ir dos
seus diversos países e, infelizmente, no meio da maior alegria, todos foram
atacados pelo Hamas, e muitos foram mortos, feridos, presos e mutilados. O que
poderíamos dizer dessa caótica situação? Que Deus e o Diabo estavam lá de mãos
dadas, cada um fazendo a sua parte?
Esses
casos e milhares de outros, comprovam que nós é que traçamos a nossa sorte ou
destino, pois, nossos azares, muitas vezes, ou quase todas as vezes dependem
mais de nossos comportamentos e terceiros que atravessam nossos caminhos!
Termino,
pelo sim, pelo não, desejando boa sorte para todos. Mas, não se esqueçam que
somente meu desejo nada representa. Se você não aproveitar as oportunidades e
lutar pelos seus sonhos, planos e projetos de vida, vai ficar sempre penando e
repedindo que não tem sorte!
Quanto
ao diabólico azar, somente posso dizer: “Vade retro Satanás. Um, dois e três
Mangalô três vezes!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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