Antonio Nunes de Souza*
Nem sempre, mesmo com uma capacidade de
convencimento comprovada, consegue-se contornar situações que surgem, mesmo que
claramente aparentem ser benéficas, e que somente acrescentará melhores
predicados para outras pessoas!
Infelizmente, em todas divergências, quer seja comercial,
social ou afetiva, depende-se muito do grau de assimilação de quem você esteja
lidando, pois, pesa profundamente a cultura e a educação desta. Jamais podemos
incutir algo substancial, na cabeça de alguém que desconhece hábitos, costumes,
cultura, que vive e viveu toda sua vida, em um mundo totalmente adverso e
diferente, onde tudo isso não existe, ou só é visto através de novelas de televisão.
E, em decorrência da falta dessas importantes coisas, passam a ter uma micro visão
totalmente fora da realidade, enxergando apenas o pequeno mundo em que vive,
qualificando aqueles que, através de estímulos e ajudas procuram muda-los, como
boçais, ou ricos metidos a besta!
Raramente encontra-se nesses ambientes, pessoas que tenham a humildade
de reconhecer, que quando dizemos ou até sugerimos uma mudança comportamental,
estamos nada mais, nada menos querendo vê-las com um melhor status, mostrando
que aquele pequeno mundo em sua volta, pouco tem a lhe oferecer em termos de
melhoras qualitativas, e caso se submetam a determinados sacrifícios de aprendizagem,
logo poderão desfrutar de uma condição mais digna e respeitável, conseguindo
sua independência econômica, melhorar a qualidade de vida e, consequentemente,
desfrutar mais adequadamente das coisas boas que o mundo oferece!
Contentar-se com pouco é uma atitude dos
acomodados e fracos. Pois, esses desistem cedo, ou nem tentam lutar em seus
próprios benefícios, para estar entre os melhores, achando cegamente e
tolamente, que onde chegou já é o suficiente!
Alguém certa vez disse: “Quando você não tiver um par de sapatos, lembre-se daqueles que não tem
nem os pés”. Esse pensamento é uma das coisas mais repugnantes que
já li. Pois, estimula as pessoas a ficar
felizes por não ter as coisas, porque existem outras que têm muito menos que
elas. É querer fazer com que o conformismo seja uma doutrina a ser seguida, com
alegria, prazer e satisfação!
Quando você não tiver um par de sapatos, deve é lutar, e
muito, para conseguir um ou dois o mais breve possível. Se outras pessoas
conseguem, por que você não pode conseguir?
Se alguém não tem os pés, deve lutar é para conseguir uma prótese ou uma
cadeira de rodas. E não ficar feliz porque existem pessoas que não tem nem os
pés nem as mãos! Conformar-se com uma situação nada confortável, é dar exemplo
de incapacidade, comodismo e falta de aspirações. Sonhar com as melhorias todos
sonham, mas, sem lutas e fazer sacrifícios, tudo se torna quase impossível. E,
quando alguém nessas condições, encontra quem queira ajuda-la, inclusive com
paciência, afeto, custos e sacrifícios, deve colocar as mãos para os céus, e
agarrar com unhas e dentes essas oportunidades, mesmo que tenha, em alguns momentos,
engolir sapos por não entender certas atitudes, mas, esforçar-se para entender
que o que está se fazendo ou dizendo, é para o seu próprio bem, mesmo que as
palavras possam ferir suas sensibilidades. Revoltar-se é o maior sinal de falta
de humildade e provar que, o pouco que tem, é o suficiente para que sua vida
seja plena, e não precisa se sujeitar à vontade ou orientação de ninguém. Esses
tolos, que são a maioria, sempre quebram a cara e, quando caem na realidade, já
é muito tarde para voltar atrás!
Infelizmente, as vezes perde-se batalhas, tentando de todas as
formas ajudar e mostrar o mundo diferente que existe, a uma pessoa que precisa
e necessita, mas, pela falta dos predicados que citei acima, você passa a ser
repudiado, e tratado como se fosse alguém quer entrar em sua vida, para
modificar suas normais atitudes e suas características pessoais, gostos,
hábitos e costumes!
É uma pena, pois, certamente, a tendência é que muito em
breve, com os acidentes de percursos que provavelmente sempre ocorrem no
decorrer da vida, comprovarão quanto foram tolas suas atitudes, e o que deixou
de ganhar em tempo, experiência e prazeres, que a vida proporciona, e o mundo
pode oferecer!
Esses fatos são, literalmente, acontecidos graças a falta de
educação doméstica, pois, conheço pessoas com formações, pós graduações e
mestrados, que, absurdamente, assim procedem, já que sua convivência e rastros
dos ambientes nascidos e criados, não deixam que essas pessoas enxerguem que a
qualificação educacional, é o fator mais importante para todas vertentes que se
queira seguir, inclusive abrindo muitas portas! Mas, lamentavelmente, como diz
o povo: “Quem nasceu para ser burro, jamais chega a ser carroça!” Ou seja: Sua
sina é sempre ser carregadora de cargas, em vez de ser, tranquilamente puxada!
Se você estiver em algum dos dois lados, se for no primeiro,
nunca deixe de tentar melhorar as pessoas, porém, se o seu lado é o outro, tire
as vendas dos olhos, pense, reflita e aproveite as oportunidades que possam
surgir, pois, com certeza, no futuro lhe serão bastante benéficas. Eu posso até
dizer de cátedra, que os frutos são bons, pois, no passado, precisei desses
empurrões para chegar onde cheguei. E, sabiamente, aproveitei até os segundos
que apareceram em minha frente!
*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros
fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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