Antonio Nunes de Souza*
Logicamente,
minha pergunta pode parecer uma demonstração de ignorância, falta de
conhecimentos e, mais que tudo, uma pretensão sem limites, fazendo uma analogia
numa área, onde somente cientistas e estudiosos têm o direito de opinar,
baseados em suas laboratoriais experiência, cujos resultados encontrados os
qualificaram para tais afirmações, mesmo que depois, os avanços tecnológicos
venham comprovar ao contrário do que parecia ser!
E,
para nossas surpresas e espantos, fatos dessa ordem acontecem constantemente,
nos deixando meios confusos e descrentes, imaginando que somos uma porção de
joguetes experimentais, sempre passivos de opiniões, eventualmente,
contraditórias, sobre o que pode nos fazer bem ou mal. Pior ainda, daquelas
gostosas coisas, que não devemos fazer e alimentos que, se consumidos, nos podem
causar problemas!
É
claro e evidente que as reações são diferentes em cada corpo humano, sendo que
as pesquisas, geralmente se utilizam de dezenas ou centenas de pessoas, para que, estudando
suas reações durante o processo analítico, os resultados encontrados na
maioria, passam a ser uma resposta para o estudioso cientista que, com essas
bases, apresentam os resultados nos congressos, como mais uma conquista obtida!
Todavia,
tornou-se comum aparecer, até com intervalos menores e contradições mais
veementes, discordâncias muitas vezes radicais, com relação aos estudos feitos
no passado e no presente, principalmente na área alimentícia. Tenho amigos que
maníacos por seguir essas regras e conselhos, só vivem doentes. Como também
tenho outros que comem tudo, sendo seus pratos favoritos a feijoada com mocotó,
dobradinha, sarapatel, rabada, fatada e qualquer tipo de moqueca,
principalmente as com muito dendê e pimenta, e, incrivelmente, tem uma saúde
férrea, ainda temperada pelo gostoso cigarro e os aperitivos diários e
costumeiros. Fico imaginando que esses últimos, foram feitos com barros de altíssima
qualidade, ou cerâmica vitrificada!
Quantas
vezes já vimos nos noticiários televisivos e jornais, que o ovo faz mal, o café
é um veneno, o açúcar uma tragédia, o rico/pobre chocolate é execrável, a carne
vermelha é coisa do demônio. O sal coitado, nem pensar. E conheço pessoas que
nem banho de mar tomam, para não engolir a água nos mergulhos. E quantas outras
vezes tivemos a surpresa, de ver a descaracterização dessas afirmações,
colocando esses mesmos alimentos numa posição de destaque para uma saúde
perfeita? Pode parecer uma tolice minha, escrever sobre algo que não tenho
credenciais para tanto, apenas baseando-me nos fatos e experiência de vida!
Na
verdade não estou dando minha opinião, querendo mudar pensamentos ou hábitos,
simplesmente estou fazendo uma pergunta aos grandes mestres da medicina humana!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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