segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

COMO VOCÊ SE CLASSIFICA? (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Evidentemente, todos nós em algum momento, ou em todos momentos oportunos e necessários, nos classificamos. Muitas vezes nem tanto nos baseando nas realidades, e nos colocamos numa classe que, nem sempre é a real. Porém, essa é a que gostaríamos de estar, ou em muitíssimos casos, a que achamos que, categoricamente, somos!

Para se falar messes fatos, não se faz necessário ter formação de antropólogo ou sociólogo, pois, lendo-se bastante a respeito, e conjuntamente sendo um bom observador, pode-se perceber claramente esses dados, já que são comportamentos vistos no cotidiano!

Estou referindo-me a questão de etnia e condições sociais, que são dois assuntos muito relevantes, discutidos e cheios de controvérsias, exatamente pelas auto classificações, ou mais ainda, pelas classificações que, discriminativamente, são dadas as pessoas, muitas vezes com ironias e desprezos, sem as mínimas razões. Na parte alusiva a cor, quando o racismo era mais aturado e suportado, sem as leis judiciárias, todos os mulatos, sararás, morenos e pardos, faziam tudo para que se tornassem brancos, ou pelo menos parecidos, já que uma grande maioria, pela mistura de raças, nasciam  e nascem com as peles mais claras, porém, como a etnia negra é fortíssima nos seus detalhes raciais, sempre os narizes chatos ou poucos afilados, as testas largas, queixos proeminentes e os cabelos crespos, não deixam dúvidas da negritude da pessoa, que deveria ter orgulho de ser negro ou negra, pois, negra é uma etnia oficializada mundialmente, e ser mestiço tem muito pouca significação classificatória, pois, simplesmente, tornou-se um tipo humano de uma raça proveniente de diversas misturas étnicas. Essa simples explicação é super lógica, para que as pessoas tenham personalidade e orgulho de dizer, que são negras, já que suas principais características são dessa específica etnia, que por sinal, em sua maioria, é linda, maravilhosa, guerreira, inteligente e forte. Sou um grande admirador e apologista dessa etnia!

Com relação as condições sociais e financeiras, duas são as mais comuns auto classificações, normalmente usadas: “sou pobre” e “estou pobre”. No primeiro caso a pessoa já tem enraizado em sua mente, que nasceu pobre, vive na pobreza e continuar pobre será normalíssimo em sua vida. Essa é uma das atitudes mais erradas, que, lamentavelmente, é a mais vista e praticada, pelos acomodados e covardes, que não tem o desprendimento de lutar para melhorar, sair da condição que vive, ampliar conhecimentos, arriscar e aproveitar as oportunidades. Jamais olhar os desafios como impossíveis, tentar de todos os meios melhorar suas qualificações e, principalmente, ver que o mundo está aberto para todos, e não para alguns privilegiados. Quando algo surgir em sua frente, nunca diga que não serve, sem que não tente para ter a certeza. Já aqueles que usam a segunda expressão, percebe-se logo que são pessoas que sabem o que querem quando dizem: “estou pobre”, pois estão, literalmente, dizendo que as suas classificações são as daquele momento, mas, com certeza, tem dentro de si os desejos, pretensões e esperanças, que em breve suas classificações serão outras bem diferentes, graças suas dedicações, esforços e perseveranças, que aplicarão nesse sentido. Nessa área, bem diferente da etnia, que você se for preto, ficará preto até a morte. Porém, com relação à pobreza, embora seja difícil (como tudo na vida), se você lutar, certamente conseguirá melhorar e muito. Principalmente se livrar-se de uma coisa doentia e muito comum nesse ambiente, com o nome de “conformismo ou acomodação!”

Com essas explicações simples e cheias de verdades, espero que você saiba se classificar dentro da realidade de sua etnia, assim como, pare de dizer que sou pobre, pois, na realidade, apenas “você está pobre”, e parar de estar, depende muito de sua competência!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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