Antonio Nunes de Souza*
Com
a evolução dos tempos, muitas coisas foram se modernizando, os costumes,
hábitos e recriminações, aos poucos foram-se moderando em todas vertentes,
principalmente sobre o tema que vou abordar, já que talvez seja um dos mais
vibrantes, e utilizado com uma constância incrível, tornando-se cada vez mais
sumário, ou para ser mais objetivo, praticamente invisível, deixando os corpos
completamente visíveis. Meio complexa essa definição, mas, com o decorrer,
tenho certeza que entenderá!
Num
passado, nem tão distante, as divinas mulheres, que ousavam tomar um banho de
mar ou somente ir a praia tomar um sol, iam com suas bermudas abaixo dos
joelhos, blusas de mangas ¾, indo sempre para praias mais desertas, por uma
questão de pudismo e vergonha dos seas ousadas roupas de banho. Mas, como tem
sempre as vanguardistas, que até hoje são chamada de “porras loucas ou banda voou”,
resolveram usar nas orlas marítimas, bermudas acima dos joelhos, acompanhadas
de blusas com mangas cavadas. Fato que criou o maior tumulto na sociedade
conservadora. Porém, como as mulheres todas adoraram a nova moda, começaram a
aderir, sendo que algumas (como hoje) foram exagerando, até que,
bombasticamente, apareceu uma louca para a época, vestindo um maiô inteiro, com
um pequeno decote em cima e na parte de baixo até o meio das coxas. Imagine
vocês o furor e as curiosidades dos homens, que por uma questão de respeito,
usavam ridículos macacões listrados para se banhar!
Com o andar da carruagem, como normalmente aparece uma mais atirada e assanhada, foi lançada a moda furacão do maiô de duas peças, que, numa puta ousadia, mostrava o umbigo das divinas mulheres. Muitas refugaram, porém, logo todas aderiram numa boa, já que a moda veio acompanhada do uso masculino de um enorme calção que batia nos joelhos! Daí pra frente mermão, a coisa passou a diminuir de tal forma, que logo surgiu o biquíni, e em seguida o tal do “cordão cheiroso, já mostrando completamente a bunda e os pelos pubianos. E, como muitas acharam que ainda era pouco, começaram a usar o monoquíni, que era somente a micro parte de baixo. Mas, para selar com chave de ouro, foram criados clubes em praias privadas de nudismo, transformando-se num modismo mundial!
Assim
virou uma naturalidade, ficar nua e se exibir nas redes, quer seja por desejo
de elogios, exibicionismos, ou se ofertando para namoros, casamentos ou sexos
eventuais, terminou virando uma coisa insólita, ridícula e sem graça, pois,
destruiu aquele desejo interior masculino, de imaginar como seria a mulher,
quando a via coberta por um decente vestido, que sutilmente mostrava suas
formas. Digo com sinceridade, que chego cheio de tesão e, quando a mulher tira
a roupa, a coisa perde toda graça, de tanto já ter visto milhares de mulheres
nuas. Eu logo digo: “Vista a roupa meu bem, para ficar mais sedutora!” E juro
que dá certo, pois, já está sendo um espetáculo sem graça, essas exibições de
nudez tão comuns e vulgares na internet. Com tantas bundas expostas, parece até
propaganda de papel higiênico. Espero que elas se toquem, vendo que tem
mercadorias que não devem ser expostas em demasia, pois, perdem muito o valor!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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