sexta-feira, 10 de novembro de 2023

FORAM-SE OS BARÕES E FICARAM< AS BARONESAS! (Clique no título e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Numa lembrança que só nos causa tristezas, nossa região era conhecida como império dos barões do cacau, produtores que desfrutavam de situações privilegiadas, graças suas benditas roças que, por uma centena de anos, deram sustentação e forjaram as diversas cidades do sul da Bahia!

Infelizmente, uma série de fatores (doenças, condições climáticas e falta de assistência) culminando com a famigerada praga da “vassoura de Bruxa”, fez com que a cacauicultura sofresse um abalo sem precedentes, já que, há três décadas, várias são as tentativas feitas nos sofisticados e competentes laboratórios da CEPLAC e, os resultados continuam deixando a desejar, no sentido de um combate eficiente e necessário. Até agora, com alguns comportamentos, criações de clones, platações nas cabrucas, etc., tem-se conseguido minimizar um pouco, vislumbrando possibilidades de que seja possível conviver com a doença, controlando-a de uma maneira que a cultura volte a ser viável e com lucratividade!

É de grande valia, salientar que, depois quase uma centena de anos, uma vertente de produtores passou a industrializar o fruto com a produção de chocolate, que está apresentando uma ótima aceitação e lucratividade, alcançando os mercados nacional e internacional. E é importante e justo salientar, que o grande publicitário Marco Lessa é um dos grandes mentores e estimuladores nessa área, promovendo workshops, seminários, feiras, palestras e festivais, com sucesso absoluto!

Não vou me expandir no assunto, pois, depois que Daniel Thame escreveu o livro “Vassoura”, basta que você tenha o prazer de ler, para ter as informações mais precisas e consistentes sobre essa terrível praga!

Como gosto de fazer jogos de palavras nos meus artigos e crônicas, para condenar a brutal praga das baronesas, que todos os anos sofremos há décadas e, absurdamente, nada é feito como preventivo, pelas autoridades competentes, deixando todos vendo o rio Cachoeira coberto de baronesas, criando uma verdadeira laje vegetal fétida, que serve de moradia para ratos, baratas, cobras e criatório do mosquito da dengue, além das muriçocas comuns e incomodativas. Isso tudo foi que me fez abordar os saudosos baronatos da terra do nosso querido Jorge Amado!

Em algumas gestões, depois de muita “chiada” da população, os prefeitos ou secretários da área, providenciavam guindastes e tratores e faziam limpezas, melhorando a fedentina e o fluxo do rio, dando uma satisfação à comunidade!

Acreditamos que o novo prefeito que virá no próximo ano, contando com o governo do estado e a presidência, tome essa providência urgente, e mais que correto, em vez de paliativos, cuide, literalmente, para que essa situação constrangedora, não se repita anualmente, perdurando por meses!

Lamentavelmente, “foram-se os barões... e ficaram as baronesas!”

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!  

2 comentários:

Anônimo disse...

É a mais pura verdade!

Anônimo disse...

É a mais pura verdade!