Antonio Nunes de Souza*
Meus
pais se separaram alguns anos atrás e, como ele era italiano, resolveu voltar
para sua terra, onde havia deixado familiares, afim de continuar e refazer a
vida, na sua própria terra natal. Ele tinha uma loja de materiais elétricos que
deixou integralmente para eu e minha mãe. Mas, minha mãe arranjou um novo
casamento em menos de um ano, e foi morar em Portugal, cujo novo marido era
português, dono de vinhedos em Porto. E, com essa atitude, passou a loja em meu
nome e me colocou como uma nova executiva e empresária, que com meus 20 anos,
desconhecia completamente a sistemática de funcionamento da modesta, porém, bem
sortida loja. Até então seu Abílio que já trabalhava desde o tempo de meu pai,
foi quem ficou a frente movimentando a casa!
Porém,
logo que herdei em definitivo a empresa, seu Abílio se aposentou e foi para
outra localidade. Vejam vocês como me tornei de uma hora para outra, uma
pequena e inexperiente comerciante. Mas, como sempre fui resolvida em minhas
coisas, e bastante esperta, deixei a faculdade de economia e fui a luta com
unhas e dentes!
Essa
explicação que dei acima, seria necessário para que vocês entendessem como
cheguei a esse status, sem nenhuma previsão para tanto. E, arregaçando a
“saia”, coloquei logo um anuncio procurando uma pessoa experiente na área, para
me ajudar a tocar o barco pra frente. Não deixei a casa fechada um dia sequer,
pois, mesmo sem entender porra nenhuma, os clientes sempre sabiam o que
desejavam e me ajudavam a encontrar!
Para
minha salvação, com seu vasto e qualificado currículo, apareceu Luiz Alberto
Soares e, mesmo que ele não tivesse aquela experiência toda com seus 30 anos,
eu teria lhe contratado, pois, estava completamente perdida e precisava de
alguém ao meu lado, principalmente um homem com conhecimentos da causa!
Acertamos
alguns detalhes com relação a remuneração, comissões, horários, etc., e vendo
que eu estava “perdida”, ele facilitou ao máximo, também por estar desempregado
há mais de um ano. Seu Soares foi o nome que lhe batizei, enfatizando a sua
posição de uma espécie de gerente!
Sem
querer exagerar, as coisas passaram a correr tão bem que, já no primeiro ano,
com a administração minha e a experiência de “compras e vendas” de seu Soares,
nossa loja cresceu mais de 100% do que poderíamos esperar. Isso nos deixou
bastante felizes, além dos mais dois empregados que tivemos que colocar. E,
como é lógico e comum, resolvemos fazer no fim do ano um jantar regado as mais
gostosas iguarias, acompanhado de vinhos italianos que eu já deliciava com meu
pai, e portugueses que minha mãe, eventualmente, me mandava!
Foi
uma noite maravilhosa em minha casa, os dois funcionários e suas esposas foram
embora logo depois da meia noite, ficando somente eu e seu Soares.
Curiosamente, nunca tinha olhado para seu Soares como um homem, apenas um
funcionário responsável e competente. Mas, depois dos vinhos e drinques
diversos, vi que ele era um rapaz bonito, olhos bem negros, cabelos tipo anjo,
bem cacheados, estatura média e um físico admirável nos seus 31 anos. Aí, como
não sou de ferro, comecei a dar “mole”, coloquei uma música romântica e chamei
ele para dançar. Foi então que, o que poderia acontecer, aconteceu! Passamos a
nos esfregar com frenesi, dançando colados mais que gêmeos siameses e, apagamos
a forte luz da sala, para ficar uma gostosa penumbra, começando uma sacanagem
sem limites, tirando nossas roupas, deitando no tapete, iniciando uma deliciosa
trepada numa avidez de quem estava sedento por sexo. E esse era o meu caso,
pois, havia meses que tinha terminado um modesto namorico sem maiores
compromissos!
O
fato é que ficamos transando de todos os modos e posições, sem o pudismo e os
preconceitos idiotas de “isso não pode”, fazendo tudo que nos dava prazer e
orgasmos constantes! Parecia uma guerra benéfica de sexo. Eu com as pernas
abertas, ou de cócoras, ou quatro pés e Soares incansável enfiava sua dura e
firme rola em minha vagina ou em outros lugares que desejasse!
Exaustos,
isso depois de horas, já no meio da madrugada, nos olhamos e rimos bastante,
sem demonstrar nenhuma culpa, apenas, o prazer dos prazeres sentidos. Tomamos
um bom banho e, por incrível que pareça, na banheira de hidro massagem, Soares
me pegou e, sem dó nem piedade, enfiou todo sem membro ensaboado na minha
bunda, deixando-me, mais uma vez louca de tesão!
Passados
quatro anos desse inusitado fato, temos dois filhos: Luiz Soares júnior com
três anos e Paola da Penha com um ano. Tão lindos como aquela noite de
comemoração inesquecível!
Hoje,
se você passar em Salvador pela Avenida ACM, poderá ver nossa majestosa loja
com um grande letreiro:
SOARES
& RASTELLI CIA. LTDA.
Meu
nome é Gioconda Pedreira Rastelli!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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