Antonio Nunes de Souza*
Dr. Antonio, tem coisas na vida, que nos
surpreendem de formas inusitadas e inesperadas, que quando acontece, ou melhor
dizendo, quando aparece a hora de acontecer, ficamos, assustados, com
preconceitos, vergonhas, mas, felizmente, as consequências são positivas,
benéficas e adoráveis!
Meu
nome Frank Popowisk, filho de imigrantes alemães, nasci e me criei em Blumenau
e, pela minha descendência germânica, sou louro, olhos azuis, alto, esguio,
forte e musculoso, que com esse conjunto de coisas, sempre fui considerado um
rapaz muito bonito, e logicamente, me aproveitando disso, transava com a moça que escolhesse, pois eu era sempre
cotado e o escolhido por elas. Com essa vida de galã, sempre fui relaxado com
relação aos estudos, sempre vivendo com uns bicos como gigolô de algumas coroas
solitárias, que com isso me dava uma boa e razoável vida para uma cidade do
interior!
Porém,
vi um filme “Midnight Cowboy” (Perdidos na noite), onde um jovem bonito
resolveu ir para Nova Yorque para ser “garoto de programa”, e isso me deu a
ideia de ir para São Paulo, pois, sendo uma cidade grande e cheia de ricaças
viúvas e carentes, com certeza me daria muito bem. E, sem pestanejar, arrumei
meus panos de bunda, comprei a passagem de ônibus e segui para meu projeto, na
esperança de me “armar” numa boa!
Com
minhas economias, fui para um hotel razoável, pois morar relativamente bem,
torna-se confiável e sinal de certa prosperidade. Como já tinha ido com meu pai
algumas vezes a Sampa, não estranhei tanto a imensidão da cidade. Me arrumei
com toda classe, perfumado e elegante, fui direto para a Rua Augusta no meio da
tarde, pois, nessa rua acontecem as coisas mais importantes de Sampa, além de
ser o centro financeiro e comercial. Fiquei circulando, parei numa cafeteria e
tomei um cappuccino, mas, mesmo ficando até as vinte horas, nada apareceu em
termos de flerte feminino ou masculino, uma vez que estava disposto a encarar o
que aparecesse, desde que rolasse grana. Poderia ser mulher ou homoxessual,
comigo cai tudo no pau. Mas, como nada surgiu até aquela hora, resolvi voltar
para o hotel, já que duramente a noite é bastante ariscado transitar a pé, por
causa dos roubos e crimes!
Dia
seguinte resolvi fazer uma “pescaria” nos shoppings, pois é o lugar que circula
muita gente e tem muitas madames que vão comprar futilidades, somente para
desfilar se exibindo, ou atrás de uma aventura. Fiquei olhando vitrines,
fazendo perguntas sobre preços, rodei pelos diversos pavimentos, até que
cansado, resolvi me sentar na praça de alimentação para fazer um lanche. Aí,
repentinamente, veio um homem, pediu licença e sentou-se em minha mesa. Nada
disse, até que ele começou a puxar conversa, terminamos conversando
normalmente, até que ele de pronto falou: Desculpe minha ousadia, mas, você
topa fazer uma aventura interessante?
Achei
estranha a pergunta, pensei que era até algum assalto, e disse: Que tipo de
aventura você está me propondo, Pode ser mais claro?
É
o seguinte e vou ser bem claro: Eu adoro ter sexo com minha mulher com outro
homem na cama e gozo e sinto o maior prazer, tendo relação a três. Em princípio
minha mulher não aceitava, mas, com o tempo ela acatou a ideia e adora também!
Cara
eu nunca fiz isso e nem sei se me excitarei numa situação estranha dessa!
Se
você topar, iremos agora para minha casa, e você verá que não é nada demais e
super agradável. E como compensação, se você for legal eu lhe pagarei dois mil
reais ou até mais!
Ao
ouvir o valor, quase que puxava ele pelo braço e saía correndo pra casa dele,
porém, meio desconfiado, falei que toparia, entretanto, caso algo saísse errado,
eu receberia o valor proposto. E ele aceitou na hora, dizendo que sua mulher
era linda, e me adoraria por ser um homem bonito!
Pegamos
o carro dele e seguimos. Lá chegando me apresentou a Elza sua mulher, que
realmente era linda, e sem nenhuma cerimônia, ele foi pegar uma roupa de banho
para mim, ele pós um short, ela um biquíni e fomos os três para a piscina, ela
levando uma garrafa de Whisky 12 anos, copos e balde com gelo. Sentamos numa
mesa no deck, começando a bebericar afim de começar as intimidades normais
nessas ocasiões. Eu, mesmo bem vivido na sacanagem, estava meio tenso, pois
para mim era algo inovador no meu currículo sexual. Bebida vai, bebida vem,
mergulhos e alguns carinhos aquáticos e em terra firme, comecei a gostar, me
excitei muito ao me agarrar com Elza, enquanto Fernando sorria, as vezes me
abraçava ou abraçava Elza, alguns momentos os três mergulhavam agarrados e nos
bolinando em todos os pontos eróticos. Depois de algum tempo, saímos da piscina
e nos dirigimos a suíte do casal, que era enorme e nababesca. A cama, tenho
certeza que foi encomendada, pois era bastante larga e grande com vários
travesseiros, uma verdadeira “cama para suruba” perfeita para ninguém cair nas
trocas de posições!
Elza
veio por cima de mim, já excitada se introduziu freneticamente, Fernando se
masturbava numa cadência calma, talvez para não gozar logo, e com alguns
minutos, Elza me virou e eu fiquei encima dela, foi quando Fernando veio por
trás de mim e, sem pedir licença, com o membro vaselinado, começou a enfiar na
minha bunda. Deu vontade de pular da cama e encher ele de porrada, mas, me
lembrei da grana que era ótima, me segurei e deixei ele continuar, enquanto eu
estava todo dentro da sapeca Elza. Assim como ele bombava em mim eu bombava na
sua mulher, que gozava sem parar, enquanto eu, ao mesmo tempo, passei a ssentir
uma sensação maravilhosa no anus e gozava com o maior êxtase no membro também!
Jamais senti uma sensação semelhante de ter dois gozos ao mesmo tempo no cu e
no penes. Pra mim, não posso dizer que foi minha melhor foda da vida, pois,
continuei, fazendo isso sempre e jamais deixarei de fazer. O meu prazer anal,
sinceramente, dá de dez a zero no do meu penes. Agora eu entendo muito bem,
porque muitos homens viram gays!
O
que posso dizer é que, com certeza absoluta, se vocês ainda não deram a bunda,
não sabem a delícia que estão perdendo!
Eu,
como psicólogo, ouvi essa confissão de Frank, dei uma risadinha e disse: Felizmente,
já estou velho, minha bunda está murcha, o cu com hemorroida, não tenho essas
tesões para surubas, prefiro morrer como um perdedor de tempo. Jamais quero
aproveitar esse tempo perdido, partirei sem nenhuma inveja e nem tristeza!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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