quinta-feira, 16 de novembro de 2023

FAÇA AMOR NÃO FAÇA GUERRA! (Clique no título e leia)

 


Antonio Nunes de Souza*

Esse maravilhoso slogan foi o maior sucesso nos anos sessenta, como um grito de liberdade do sensacional movimento Hippie, que, inegavelmente, foi o maior movimento de contestação do século passado, com duração de mais de uma década!

Esse movimento, que muitos apenas conhecem, ou sabem que foi uma loucura da juventude, mas, na realidade tratou-se de uma brutal contestação as atitudes arcaicas da sociedade vigente na época, contra hábitos, modos e costumes completamente fora da ordem, não mais cabendo suportar tais ditames, que reprimiam todos sem a mínima exceção!

Esse monumental movimento começou em Londres que, imediatamente, ganhou o mundo, já que em todos os continentes, todos viviam sufocados em função da hipocrisia e falsos comportamentos da sociedade dominante. O que vi, presenciei, e em algumas ocasiões participei como solidário e admirador, pela coragem, garra e voluntarismo dos jovens, que, de 14 a 25 anos, saiam pelo mundo, através de caronas, com suas mochilas nas costas, muitas vezes sem lenço se sem documentos, ambos os sexos, divulgando seus desejos, e estimulando aqueles que, timidamente, nada faziam em favor das intenções de modificar o mundo. E, seguramente, conseguiram quebrar dezenas de tabus milenários e centenários, que hoje, graças esses rebeldes hippies, pode-se desfrutar de uma maior liberdade, sendo respeitados nas suas atitudes e comportamentos!

Podemos citar o desprezo pelo sutiã, a mini sai lançada por Mary Quant, cabelos longos para os homens, brincos, tatuagens, roupas unissex, sexo livre, adeus a virgindade, explosão nas musicalidades, psicodelismo, e como ponto nada positivo, um consumo exagerado de drogas como o LSD, maconha, haxixe e bebidas. Essa última parte denegriu muito o movimento, mas, seria impossível que isso não acontecesse, já que os jovens estavam afim de tudo e, consequentemente, os traficantes deitaram e rolaram oferecendo seus produtos!

Podemos complementar, dizendo que aqui no Brasil o movimento tomou corpo com o lançamento do tropicalismo, que foi um reflexo do “hippismo”. Ocasião que surgiram centenas de músicas contestadoras, prisões e exílios, graças ao podre e fétido golpe militar de 64!

Infelizmente, mesmo passados sessenta anos desse movimento sadio justo, que muitos por desconhecer detalhes, acham que foi uma anarquia, os homens ainda preferem fazer a guerra em vez de fazer amor. Estando todos completamente cegos pela ganância financeira e o poder!

Como um remanescente dos gloriosos hippies, fico triste, desesperado e desiludido, vendo guerras, crimes brutais e assassinatos invadindo as salas da minha casa, apoiados pelas maiores nações do mundo. Será que estão todos estimulando para que haja um novo movimento mundial semelhante, contra essas autoridades recheadas de genocidas desnaturados?

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

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