Antonio Nunes de Souza*
Manhã
seguinte acordei na minha nuvem quarto e sala, escovei os dentes, bebi minha
água benta com um pedaço de manjar dos deuses, e saí passeando para conhecer
aquele terreno que eu não conhecia e nem esperava que existisse. Quando cheguei
no praça vi ao longe uma roda de gente, e resolvi me aproximar para ver o que
era. Ao chegar tomei um puto susto, pois os santos Thomaz tocava berimbau,
Sebastião padeiro e Paulo no atabaque, e no centro Benedito e Augustinho dando
pernadas e jogando capoeira. Achei uma loucura, mas, um cara morador antigo que
estava na roda, me disse que quando Mestre Bimba chegou aqui, a Santidade
autorizou abrir uma academia!
Segui
adiante, e de repente me deparei com uma nuvem praia lidíssima e, para me
deixar mais extasiado, lotada de mulheres belíssimas, gostosas e nuas. Claro
que tirei minha bata, que é a vestimenta oficial, fiquei também nu, indo
circular na areia, apreciando aquelas gostosuras. Vi muitas deitadas de frente
e outras de bruços ou quatro pés. Foi aí que fui perceber que nenhuma tinha
vagina, boca e nem anus. Aí, tinham uns
caras atrás de umas pedras, fui até eles perguntar a razão daquelas anomalias.
Eles me disseram que o chefão determinou que quem fodeu na terra fodeu, pois
aqui não fode mais. Isso as mulheres e os homens. As mulheres foram mais
castigadas por foderem pouco ou se recusaram a foder com alegações idiotas. Pois,
nem podem se masturbar, e para os homens como sempre não tiveram vergonha de
foder, ele construiu um punhetodromo pra nos divertir, e para entrar são 20
hóstias e uma garrafa de água benta de 500 ml. Para serem remetidas para o
purgatório como uma ajuda beneficente!
Vesti
minha bata e segui caminhando, para fazer o que fui determinado, ou seja
espionar se existia céu, e se existisse, anotar como as coisas funcionam por
lá. E eu, mesmo devagar, já tinha alguns fatos importantes para dizer aos
terráqueos. E foi aí que recebi um tapa forte nas costas, e meu irmão dizendo:
Porra Antonio, já toquei a campainha, liguei para seu telefone, bati na porta e
você não respondia. Pensei até que você poderia estar morto. Aí fui chamar um
chaveiro e ele abriu a porta, e encontro você num sono da porra!
Ainda
assustado e meio perdido, falei: Cadê São Pedro meu irmão?
Cê
tá maluco seu sacana? Você bebeu?
Aí
já com a cabeça mais assentada, expliquei para ele que estava sonhando uma
loucura retada, e pelo tema, caí num sono muito profundo. Mas, se o céu é do
jeito que consegui captar, sugiro a vocês que se divirtam bem por aqui, fodam
bastante, senão, quando morrerem nem poderão se arrepender, pois, o verdadeiro
céu é aqui minha gente!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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