Antonio Nunes de Souza*
Ter surpresas desagradáveis e inesperadas em nossas vidas são tão constantes que, para quem é previdente e cauteloso, já passou a ser uma dinâmica normal que nunca deve ser encarada como surpresa. E sim, como um, ou mais um acidente de percurso, nas nossas lutas e caminhadas!
Entretanto, quando acontece com um candidato a cargo público, dependendo de eleição, essas surpresas são, literalmente, fodas de serem engolidas, ou recebidas com naturalidade!
Uma dessas de arrepiar os cabelos, foi a que aconteceu com Zeca do Mercadinho, que gastou uma baba em cartazes, santinhos, serviço de auto-falantes em motos e automóveis, um churrasco de qualidade com pagode e as zorras todas, na maior laje da sua comunidade. No mercadinho dava e deu ainda crédito na caderneta para os moradores, fez tudo como manda o figurino, recebendo promessas de votos não só da sua freguesia, como também dos seus familiares e, com isso, contava ser eleito, tranquilamente, como vereador. Contratou no dia quatro táxis para transportar seus votantes e, quando acabou a votação, somente recebeu 104 votos, em vez dos mais de mil que esperava, baseando-se nos filhos da puta que curtiram suas mordomias, créditos, atrasos de pagamentos, etc., e foram votar para outros candidatos! Isso para ele não representava uma surpresa desagradável, e sim uma puta decepção e traição das mais sacanas possíveis. E, para ampliar mais o seu desgosto, Raimundão, o bicheiro e agiota da comunidade, foi eleito com quase dois mil votos!
Imaginou ainda ter que enfrentar as freguesas do mercado, dizendo que votaram nele e o marido também. Ele astuto e puto da vida, passou a anotar o número dessas pessoas, e quando deu por conta, já estava em duas mil, trezentos e dezenove votos. Aí foi que seu desespero e ódio aumentou!
Resultado: Hoje o Mercadinho do Zeca não vende fiado, nada de anotações em cadernetas, preços majorados e, quem quiser algum favor ou benevolência, que vá procurar na puta que pariu!
Fiquei sentido com o resultado de Zeca, pois, tratava-se de um cara do bem e honesto, mas, geralmente acontece, estranhamente, o povo preferir votar nos mentirosos, que vem há vários anos legislaram somente em causa própria, e esquecendo daqueles que foram bons, como também reelegendo outros canalhas vereadores, prefeitos governadores, deputados e senadores, que comprovadamente, não merecem!
Vamos ver em outubro, se o povo está feliz, alegre e satisfeito com o que vem passando esses últimos anos, e vai optar por mais quatro anos passando fome, sem empregos, segurança, inflação, moradia, saúde, educação e falta de respeito. E todas essas absurdas atitudes, usando o nome de Deus como escudo, para enganar os fiéis! POBRE BRASIL!
*Escritor – Historiador - Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário