Antonio Nunes de Souza*
Ela não queria nada! Aliás, para ser sensato e claro, ela queria tudo do bom e do melhor, mas, não fazia nada para que as coisas acontecessem normalmente, pelas forças dos seus esforços, dentro dos padrões determinados pela ditadora sociedade. Popularmente, poderíamos classifica-la como uma sacana folgada, que achava que por sua beleza, todos eram obrigados a ceder e conceder os seus desejos e caprichos!
E o interessante é que conseguia sempre, pois nesse particular, denominado de “sexo”, faz com que qualquer homem faça coisas que Deus duvida!
Se as mulheres fossem mais interesseiras, dominariam o mundo num piscar dos olhos. Ou melhor dizendo, com o abrir das pernas, nas horas certas e para as pessoas também. Mas, imagino eu que, pensando nos trabalhos que teriam, então deixam essa zorra para os homens mesmo!
Larissa era daquelas, que não se preocupava com o que podia acontecer depois. Pois, o importante era o momento, desfrutando de um bom motel ou hotel, ganhando presentes caros, fins de semana em lugares chiques, e até um cartão de crédito com um limite gordo ela conseguiu, presente de um industrial muito chegado a “fruta”. Tornou-se uma excelente empreendedora, sem nem tomar curso intensivo no CEBRAI!
Com seus vinte e dois anos, já conhecia a vida mundana, que se fossem apurar seus recebimento de membros, certamente, já estava beirando os cinquenta metros. Uma heroína em termos de receptividade peniana. Já estava com sua meta de comprar um carrinho, mesmo não precisando, pois, seus parceiros todos tinham vários, mas, esse desejo fazia parte da sua vaidade e sonho do passado!
Linda, charmosa, sarada, pois, não dispensava a academia, mas, muitas vezes vacilava com relacionamentos com amigos estrangeiros dos seus patrocinadores locais. E aí é que foi o caos e a tragédia na vida de Larissa: foi contaminada com HIV e, quando tomou conhecimento, a doença já tinha avançado de tal forma, que infelizmente, a levou a uma morte prematura e imediata! O alvoroço foi grande entre a sua seleta clientela, todos fazendo seus exames e preocupados com suas famílias!
Uma pena o que aconteceu com Larissa e, infelizmente, existem milhares de Larissas nesse mundo, que tem o juízo na vagina e não trabalham criteriosamente, e não raciocinam, com relação a um comportamento sexual qualificado, mesmo sendo abundante que não faz mal a ninguém, inclusive comercialmente, uma vez que é só lavar que está nova para usar novamente, não sendo nada depreciativo como alguns pudicos classificam. Uns trabalham com as mãos, outros trabalham usando as pernas, ela trabalhava com a vagina. Ficando claro que cada um usa a parte do corpo que tem mais habilidades, logicamente, tendo cuidados, como é feito nas ações de todas as profissões. Fato triste que ocorreu, graças ao vacilo de nossa querida Larissa!
Eu em particular, creio que essa profissão gloriosa já deveria ser oficializada, recolher impostos, direitos as leis previdenciárias e, principalmente, muito respeito, pois elas proporcionam um prazer em minutos, bem superior aos melhores parques de diversões, com suas rodas gigantes, montanhas russas, sombrinhas, barquinhos, etc. É como o jogo de bicho: todos gostam, praticam, ganham dinheiro, sabem que existe, funciona abertamente e, absurdamente, não oficializam!
Se vocês não sabem, já existem sindicatos em vários estados (e em todas as partes do mundo), que lutam pelos seus direitos, só faltam fazer como Bolsonaro faz política com motociatas, elas organizarem muitas “putaciatas”, com milhares de faixas escritas: “As prostitutas unidas jamais serão vencidas!”
*Escritor – Historiador - Membro da Academia Grapiúna de Letras
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