Antonio Nunes de Souza*
Esse velho sem sentido tabu, criado pelos próprios homens nas suas medievais ideias do distante passado, estimulou uma série interminável de regras, passando a ser um regimento histórico de padrões sacrossantos que, quebrá-los foge aos conceitos e preceitos traçados para o bem (?) da humanidade!
Logicamente, estou referindo-me ao assustador e tenebroso “SEXO”, assim encarado pelos puritanos, ou pseudos moralistas que, por mais que vejam, sintam, pratiquem e se deliciem, sempre que se referem a esse ato tão significativo e maravilhoso, são cheios de melindres e hipócritas opiniões!
Antes, quando a liberdade sexual era bastante reprimida, as dificuldades de encontros difíceis e mais privativos, a inexistência de motéis, os receios familiares, os grandes escândalos na pudica (?) sociedade, obviamente, as coisas ocorriam com menos frequência e, por essa razão, ainda repetem mentirosamente hoje, a tola expressão: “No meu tempo nada disso existia!” Mas, a verdade é que tudo sempre existiu, somente com maiores cautelas, melhores prazeres pelos mistérios e segredos, e o sentido de vitória por ter conseguido passar por toda essa malha fina e fiscalizadora da vida alheia. Essa admirável época, ficou conhecida como a dos corajosos e corajosas, que adoravam viver perigosamente. E muitas vezes, alguns mais velhos, fechavam os olhos, pois, sabiam que uma sacanagem não fazia mal para ninguém! Claro que essa pequena benevolência, era sempre mais ofertada pelos homens!
Com o passar dos anos, avanços tecnológicos, culturais, educacionais e científicas, o sexo deixou de ser aquele tabu misterioso, assombroso e perigoso, que para praticá-lo, tinha que seguir todos os padrões determinados pela sociedade, e os rígidos ditames das leis. Felizmente, há anos começou a ser encarado com naturalidade, sendo apenas denominado corretamente, como uma necessidade fisiológica, que todos os seres vivos sentem e desejam constantemente, e nem sempre como uma operação reprodutiva. Simplesmente, para sentir aquele “choquinho” gostoso, que nenhuma tomada da Companhia de Energia Elétrica é capaz de dar!
Aí, o genial sexo já com status de algo comum e normal, passou a ter uma maior constância (um pouco até abusiva), alcançando uma liberdade nunca antes conseguida, sendo praticado em todas as posições possíveis e impossíveis, independente de idade, credo, cor, raça, gêneros e números com a maior igualdade, sem que se tenha de respeitar qualquer ditame proibitivo de alguma lei retrógrada. Com todo esse avanço, ficou decretada a total e plena liberdade, inclusive para os casamentos de pessoa do mesmo sexo, ainda com direito oficial a fazer adoções!
Nós brasileiros estamos seguindo os grandes astros e estrelas do mundo musical, esportivo, e literário que, com coragem, explicitam as suas preferências sexuais, encorajando aqueles que ainda têm medo de “sair do armário’ honrosamente!
Não querendo ser condenatório, não sei se tudo isso é progresso, ou regresso. Apenas, temos que entender e seguir as ditas evoluções dos tempos!
Importantíssimo é respeitar, acabar com o asqueroso preconceito, pois, cada pessoa tem o direito absoluto de escolher as preferências que lhe são mais agradáveis, desde quando não esteja incomodando a ninguém. A liberdade de viver não tem gênero definido. O que na verdade vale é sentir o prazer da forma que melhor lhe apraz!
Ainda bem que já estou bastante velho, para ter que seguir novas experiências. Mas, aprovo todos os posicionamentos, principalmente quando a finalidade é o querido e insubstituível sexo!
*Escritor – Historiador - Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL
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