Antonio Nunes de Souza*
O fanatismo é repugnante quando é aplicado em todo ou qualquer lado. Quer seja direita, esquerda, centro, sobrando as posições ocupadas pelos meio termos, omissos e, uma parte considerável de pessoas, que tem uma visão mais aguçada, que preferem ficar calada, reconhecer a podridão existente e, inteligentemente, ver com clareza e equilíbrio que os atos, hábitos, costumes e atitudes são fétidos, condenáveis, torpes, mas, são definitivos, com proporções de ampliações constantes, sendo impossível e sem possibilidades, perder tempo querendo ser um arauto de cornetas mudas, se desgastando contra a fortíssima, asquerosa e incrustada ordem mundial!
Essa atitude de nojo e desprezo, que ao mesmo tempo, não perder tempo em falar, ou sapatear fazendo malcriação, de forma alguma é concordar, ou por acomodação. Simplesmente, por ver, vivenciar e sentir no corpo e na alma, que essa situação é generalizada, inevitável de ser freada, com tendências fortes e claras de aumentar cotidianamente. Por que se arvorar de defensor em pró de uma causa indefensável?
É muito mais lógico e justo, você se preocupar com os fatos da sua comunidade, cidade, estado e seu país, mesmo vendo e reconhecendo que as misérias que lá fora acontecem, traz reflexos negativos indiretamente, ou diretamente. Porém, reconheça a sua pequinês, lamente e trate de viver, pois, jamais serão seus parcos gritos, que mudarão o curso da história, traçada desde que o mundo existe!
Porém, para as pessoas que se fanatizam, em qualquer dessas vertentes, é extremamente difícil você as convencer que devem fazer reflexões, reconhecer que a matéria prima que os homens foram feitos (pela religião com barro e pelo cientista Darwin viemos do macaco), sinceramente, duas matérias primas de péssimas qualidades que, lamentavelmente, produziu esse animal que pouco tem de racional, sensibilidade, solidariedade, humanismo e amor ao próximo. A única parte da oração que aprenderam foi: “venha a nós o vosso reino!”
Atualmente pelas necessidades e ganâncias, estamos vivenciando um mundo de fanatismos em todas as áreas, todos querem engolir todos, uma competição irreal entre as pessoas, os canalhas se aproveitando dos analfabetos, puros e semi alfabetizados, as religiões enriquecendo e proliferando, como se fossem agências bancárias, para arrecadar migalhas, abusando da fé alheia! E, tristemente, tudo isso passou a ser normalíssimo, pois o pobre povo foi criado e não educado, para se ajoelhar perante essas barbáries dos mandatários poderosos!
Alguém vai conseguir consertar esses absurdos disparates?
Claro e óbvio que não! Se por acaso você disser a um evangélico para não pagar dízimo, que para falar com Deus não precisa pagar ingresso, pois Deus está em todos os lugares e você pode falar diretamente com Ele. A resposta já está na ponta da língua: Mas, a Bíblia manda e tenho que obedecer!
Não atinando ele que a Bíblia foi escrita há milhares de anos, e naquela época era de interesse dos governantes arrecadar uma parte do que o povo ganhava. Os “bíblicos” de hoje usam o mesmo expediente, com o nome de “imposto de renda”, pois, quem está por cima é quem dita e determina as abusivas regras. E aí é que aparecem os fanáticos que aprovam, rebatem, brigam e morrem defendendo o que, na sua mente é o certo, e que todos em sua volta estão redondamente errados!
Sugiro que você não alimente fanatismo por nada, use de sensatez, analise profundamente as coisas, principalmente lendo bastante, tenha equilíbrio, pois, com certeza, terá uma vida melhor, mais tranquila, mesmo estando no meio dessa lama podre, que cada dia cobre o mundo!
*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL
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