quinta-feira, 31 de março de 2022

ACREDITAR OU NÃO NA CIÊNCIA?

 

Antonio Nunes de Souza*

Logicamente, minha pergunta pode parecer uma demonstração de ignorância, falta de conhecimentos, ou pretensão ilimitada em fazer analogia numa área, onde somente cientistas e estudiosos têm o direito de opinar, baseados em suas laboratoriais experiência, cujos resultados encontrados os qualificaram para tais afirmações, mesmo que depois, avanços tecnológicos venha comprovar o contrário do que parecia ser!

E, para nossas surpresas e espantos, fatos dessa ordem acontecem sempre, nos deixando confusos e descrentes, imaginando que somos uma porção de joguetes experimentais, passivos de opiniões contraditórias, sobre o que pode nos fazer bem, ou pior ainda, daquelas gostosas coisas que não devemos fazer e alimentos que, se consumidos, nos podem fazer mal!

É claro e evidente, que as reações são diferentes em cada corpo humano, sendo que as pesquisas geralmente se utilizam de dezenas ou centenas de pessoas, para estudando as reações durante o processo analítico, os resultados obtidos na maioria, passam a ser uma resposta para os estudiosos cientistas, que com dados, apresentam nos congressos, como mais uma conquista!

Todavia, tornou-se comum aparecer até com intervalos menores, e contradições mais veementes, discordâncias muitas vezes radicais, com relação aos estudos feitos no passado e no presente, principalmente na área alimentícia. Tenho amigos que maníacos por seguir essas regras e conselhos, só vivem doentes. Como também tenho outros que comem tudo, sendo seus pratos favoritos a feijoada com mocotó, dobradinha, sarapatel, rabada, fatada e qualquer tipo de moqueca, principalmente as com muito dendê e, incrivelmente, têm uma saúde férrea, ainda temperada pelo gostoso cigarro e os aperitivos diários e costumeiros. Fico imaginando que esses últimos, foram feitos com barros de alta qualidade, ou cerâmica vitrificada!

Quantas vezes já ouvimos nos noticiários televisivos e jornais, que o ovo faz mal, o café é um veneno, o açúcar uma tragédia, o rico/pobre chocolate é execrável, a carne vermelha é coisa do demônio. O sal coitado, nem pensar e, conheço pessoas que nem banho de mar tomam para não engolir a água nos mergulhos. E, quantas outras vezes tivemos a surpresa de ver a descaracterização dessas afirmações, colocando esses alimentos numa posição de destaque para uma saúde perfeita? Pode parecer uma tolice minha escrever sobre algo que não tenho credenciais para tanto, apenas baseando-me nos fatos que conheço, em função da experiência de vida!

Na verdade não estou dando minha opinião, querendo mudar pensamentos, simplesmente estou como muitos, fazendo uma pergunta aos grandes mestres da medicina humana, como também façam uma reflexão!

*Escritor – Historiador - Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL

 

 

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