quarta-feira, 2 de março de 2022

DEVEMOS APLAUDIR A GLOBALIZAÇÃO?

 

Antonio Nunes de Souza*

É exatamente isso que fazemos cotidianamente, nos vangloriando por estarmos vivendo e convivendo com o mundo em nossas mãos, através da internet, aviões, fabulosos navios, informações, etc., temos em nossas mãos tudo que é lançado no planeta terra, bastando simplesmente solicitar com uma simples ligação no Zap, e-mail ou uma mensagem nas diversas redes existentes!

Obviamente, a globalização pode ser olhada e aplaudida com o maior carinho, já que nos proporciona ter o mundo aos nossos pés para qualquer coisa, inclusive, na área da saúde que, magicamente, uma equipe médica nos Estados Unidos, ou outro país qualquer, pode fazer uma cirurgia minuciosa no outro lado da terra, com uma tranquilidade maior que o mesmo procedimento presencialmente!

Na área da educação, fantasticamente, estamos super abastecido de faculdades com cursos EAD (estudo a distância) em todas vertentes profissionais, que nos deixam com água na boca, por duas coisas absurdas: péssimo ensino pela falta de fiscalização governamental, e colocando no mercado profissionais despreparados, piorando o nosso nível cultural. A grande maioria segue o adágio antigo: “pagou/passou!” E esse é dos grandes desatinos da maravilhosa e aplaudida globalização!

Porém, embora a parte educacional mal usada, seja cruel e super prejudicial, a globalização nos deixa todos pisando em ovos, já que a ganância dos grandes e poderosos países é incomensurável. Vivemos e convivemos passivos em segundos, que qualquer merda que acontece em alguma parte do mundo, nos afeta profundamente, deixando todos apreensivos, preocupados e assombrados!

Se um Sheik árabe acordar de mau humor e aumentar o preço do petróleo, sacode completamente a economia mundial. Se um banco quebrar na Inglaterra, a libra sofre, o dólar sobe e o real desce. Uma grande empresa no Japão vai a falência, as bolsas do planeta tem uma tremenda queda pelo reflexo global. Até uma cagada qualquer que um presidente de qualquer país de ponta ou emergente der, atinge, geralmente, meio mundo, ou o mundo inteiro!

Agora, imagine vocês quando um ditador com tendências psicopáticas, resolve bombardear e se apossar de outro país, causando destruição e morticínios, para alimentar o seu ego doentio, como está fazendo o sórdido e detestado Putin, contra a Ucrânia?

Ousadamente, pelo seu poderio armamentista, desafia o mundo, tendo uma atitude condenada por centenas de países, ainda encontrando uma meia dúzia de apoio, inclusive, claramente e lamentavelmente do nosso presidente!

Mesmo com as vastas punições com sanções rigorosas e severas, Putin continua com seus intentos, ameaçando aos que desejam ajudar belicamente, o país bombardeado covardemente, pois, sabe que, caso haja uma posição efetiva de defensiva solidária, haverá uma brutal guerra mundial, com consequências de uma destruição terráquea, em função das monumentais armas atômicas e nucleares. E, somente com esses ataques, sanções, tentativas e acordos de pacificação, o mundo inteiro está sofrendo com inflação, falta de produtos, turismo travado, medo e pânico do pior acontecer, ou seja, uma terceira guerra mundial, além de muitas outras penalidades graves e assustadoras, que todos estamos passivos, ativos e reflexivos!

Em rápidas palavras, temos uma modesta síntese da globalização, que foi conquistada com a progressão das tecnologias, sendo que hoje essa maravilhosa conquista, nos deixa assombrado, tímidos e fracos, dependendo, literalmente, dos grandes países poderosos, pelas suas riquezas e capacidade de armamentos. Pois, se por acaso acontecer uma terceira guerra nesses dias, pelo gosto de Bolsonaro, ainda teremos obrigatoriamente de ir lutar defendendo a Rússia. Imaginem o absurdo!

A verdade é que temos realmente de aplaudir a globalização, porém, sempre estar preparados para vaia-la, como está sendo feito em todos países do mundo, quando ela for usada contra a humanidade e a democracia. Temos que lutar muito para preservar o respeito territorial e humano!

*Escritor – Historiador - Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL

 

 

Nenhum comentário: