terça-feira, 7 de novembro de 2017

PROFESSOR OU SOFREDOR?

Antonio Nunes de Souza*

Em toda minha trajetória de vida, sempre lutei e continuo lutando, no sentido dos poderes públicos, juntamente com as tais sociedades organizadas, prestigiem essa dignificante e sacrificada classe que, com esforços e grande desigual luta, exerce suas funções, sendo remunerada com absurdas migalhas, com relação as suas necessidades!

Mesmo com as constantes ameaças de greves, reivindicações dos seus sindicatos, algumas defesas de políticos conscientes, temos presenciados que, depois de tumultos e atrasos curriculares, são beneficiados com irrisórios aumentos(?) que nada, ou pouco representa em termos de sobrevivência.

Parece que são cegos, pois não enxergam que os professores, além de precisarem de cursos suplementares, seminários workshops, especializações, mestrados e doutorados e, o custo desses objetivos tão necessários, não são condizentes com suas parcas remunerações. Não estou nem levando em consideração a parte de apresentação e vestuário que, obviamente, é imprescindível.

No momento estamos tendo mais um impasse que, desta feita, trata-se de um corte nos salários relativo as gratificações que vinham recebendo já há alguns tempo e, agora, o prefeito apurou que não está dentro do padrão de normalidade e, sendo assim, retirou bruscamente, sem aviso prévio, sugando em torno de 30% do que já era uma ridícula remuneração!
O empasse está formado, a classe revoltada mais uma vez em Itabuna e, como resultado triste, os alunos passam a não ter aulas, ou aulas mal preparadas em função do estado de espírito dos seus mestres.
Quando será que a sensatez vai atingir a cabeça dos nossos administradores e legisladores, no sentido de prestigiar essa importante vertente profissional que orgulha a nossa nação?

Infelizmente, todos que entram bradam com veemência que cuidarão da Educação, Saúde, Segurança, Moradia e Saneamento e, depois de eleitos, cuida sim dessa coisas, mas, para seus parentes, amigos e correligionários!

Se faz necessário que o povo tome a ciência que esses homens são seus empregados públicos que tem a obrigação de servir bem a população, em todas essas necessidades básicas. Serei claro: NÃO É PEDIR, TRATA-SE DE EXIGIR OS NOSSOS DIREITOS DE CIDADÃOS!
O professor tem que deixar de ser um sofredor!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

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